domingo, 21 de novembro de 2010

O Enem paulista - SARESP

A leitura precisa ser atenta aos detalhes, principalmente a fala do governador. O SARESP como avaliação institucional tem um papel e função importante para as políticas públicas de educação, mas por várias vezes teve seu uso desviado, antigamente as escolas eram punidas com cores e com isso tinha investimentos diferenciados, potencializando um grande erro, pois se uma escola teve um desempenho ruim, esta, precisa de maior atenção, mas não, estas tinham suas verbas reduzidas e com isso a qualidade que quase não existe, desaparece por completo. Hoje o SARESP é utilizado para avaliar as escolas e os professores e o resultado pune todos, inclusive os alunos, que tem nas suas avaliações o resultado mascarado, haja visto que para a escola a quantidade do resultado melhora a quantidade do bônus, o governo então pede para que todos façam isso, em função das péssimas condições de trabalho. Com isso a qualidade mais uma vez fica em segundo plano. E o píor e o governo sempre manipulando as informações e tentando colocar a culpa e responsabilidade na escola, ou minimizando o erro, como sempre dizendo que foi pontual. Aonde vamos parar?
EDITORIAL FOLHA
Não se restringem ao governo federal as falhas de gestão que impedem a aplicação de boas ideias na área educacional.
Enquanto ainda se discutem soluções para os problemas ocorridos na aplicação da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), exemplos de desorganização surgem no Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento do Estado de São Paulo). O teste, organizado pelo governo paulista, mede e compara o desempenho acadêmico de alunos da educação básica e do ensino médio.
Sua aplicação nesta semana, a exemplo do que já havia ocorrido no exame federal, foi marcada por gabaritos trocados, falta de provas e uso de celular por alunos.
A avaliação, concebida para permitir um diagnóstico preciso sobre os problemas das escolas públicas, deveria ser utilizada pelo Estado para traçar as políticas de melhoria do ensino.
O exame também fornece subsídios para uma política de estímulos meritocráticos ao trabalho dos docentes. Como se sabe, o governo paulista implantou um sistema de bônus financeiros distribuídos para os professores das escolas com melhor desempenho.
O acúmulo de problemas, ao colocar sob suspeita as notas obtidas pelos alunos, torna duvidosa qualquer medida que tenha por base o resultado do Saresp. Mas há ainda outro problema, bem mais grave: a Folha teve acesso a uma gravação, feita por celular, que mostra uma professora, sentada ao lado de um dos estudantes, a ajudá-lo na prova.
Há relatos ainda de docentes que aplicaram o exame às suas próprias turmas, o que é proibido, pelo fato óbvio de que o desempenho desses alunos é do interesse direto dos professores.
Ao que tudo indica, é muito frágil a vigilância de inspetores para impedir fraudes nos resultados.
Manipulada por professores, a prova perde o sentido, impede a obtenção de diagnósticos precisos sobre a educação e a implementação de medidas eficazes para melhorar sua qualidade.
Compete ao governo paulista aplicar medidas drásticas de monitoramento nos próximos exames, se não deseja abandoná-los ao completo descrédito.
Apeoesp quer anulação do provão escolar de SP - Para sindicato de professores, erros no Saresp poderão afetar os bônus dos docentes
A Apeoesp, que representa os professores da rede estadual paulista, afirmou ontem que entrará na Justiça para pedir a anulação do Saresp, prova do governo do Estado aplicada nesta semana.
A Folha divulgou ontem que recebeu relatos de gabaritos trocados, provas faltando, uso de celular e até de professores da própria escola dentro da sala (o que é proibido) ajudando alunos a responder às questões.
Para Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato, os alunos foram prejudicados com as falhas e isso, diz, tem reflexo nos docentes.
"As falhas vão provocar distorções nas notas. E os professores terão bônus de acordo com o desempenho do alunos. Se distorce o resultado dos alunos, distorce o dos professores também."
Ela considerou grave, sobretudo, o problema detectado em ao menos 18 escolas, onde as folhas de resposta tinham numeração do estudante diferente da que havia no caderno de perguntas. Isso poderia fazer com que respostas certas fossem consideradas erradas.
Outro fator que pode distorcer as notas é o fato de os professores terem ajudado alunos com as respostas, como a Folha viu em um vídeo gravado na sala de aula.
O secretário da Educação, Paulo Renato Souza, disse que os alunos não foram prejudicados e que o problema com a numeração na folha de respostas era "previsto".
"Quando você tem 26 cadernos de prova, que têm que ser manipulados, colocados exatamente a prova com a folha de resposta [os erros podem acontecer]. Isso foi resolvido nas escolas", disse. A secretaria diz que havia um espaço onde os alunos poderiam retificar o número.
Paulo Renato afirmou ainda que os outros problemas serão investigados e, se comprovados, a nota da escola e o bônus serão cancelados.
Segundo ele, a secretaria recebeu, no ano passado, denúncias de fraude em 14 escolas. Elas foram investigadas e o bônus, suspenso. Treze delas foram inocentadas e receberam o bônus nove meses depois. Uma ainda está em sindicância.
O governador Alberto Goldman (PSDB) disse ontem que as falhas foram "casos muito singulares, sem nenhuma repercussão" e que a avaliação em todo o Estado vai estar "99% perfeita".
Para ele, as falhas não prejudicam os alunos, "porque o avaliado é a escola, para efeito de bônus que os professores e diretores recebem".
(TALITA BEDINELLI)

Inscrição para concorrer a afastamento nos termos do artigo 22 da LC 444/85 para docentes titulares de cargo (efetivos)

DRHU – 56, de 28-9-2010
Dispõe sobre inscrições para a Prova de Avaliação e para o Processo de atribuição de classes e aulas do ano letivo de 2011 (...)
II – Professores efetivos, na Unidade Escolar de classificação do cargo:
a) de 03/11 a 12-11-2010 – para inscrição regular
b) de 16/11 a 23-11-2010 – para atribuição de classes e aulas nos termos do artigo 22 da Lei Complementar nº 444/85; que será efetuada pelo próprio docente no site: www.educacao.sp.gov.br
c) No período de 10/01 a 21-01-2011, cumprirá à Comissão de Atribuição de classes e aulas verificar cada uma das inscrições de titulares de cargo que tenham optado por participar da atribuição de vagas, nos termos do artigo 22 da L.C. nº 444/85, para fins de confirmação ou de indeferimento da indicação, à vista das restrições previstas nos artigos 7º e 18 do Decreto nº 53.037, de 28/5/2008, com redação alterada pelo Decreto nº 53.161, de 24/6/2008.
Outras informações sobre o afastamento pelo artigo 22 da LC 444/85:
Pode haver afastamento no mesmo município?
Não há impedimento legal a que o docente tenha atribuição nos termos do artigo 22 da LC 444/85 no mesmo município no qual é titular de cargo.
Haverá indicação pela internet?
Não há indicação para atribuição nos termos do artigo 22 da LC 444/85. A atribuição se dá de acordo com a classificação e as aulas disponíveis para esta atribuição e acontece no processo inicial conforme cronograma a ser divulgado pelo DRHU.
Caso não tenha mais interesse por ocasião da atribuição posso declinar?
Deferida a inscrição o docente não pode declinar da inscrição.
Em relação à atribuição nos termos do artigo 22 da LC 444/85 o docente somente terá atribuídas as aulas disponíveis para esta atribuição específica e que forem de seu interesse. Não há atribuição compulsória nos termos do artigo 22 da LC 444/85.

sábado, 20 de novembro de 2010

Aluno da rede estadual fica até 6 meses sem professor

Se com tudo o que tem hoje, existe a falta de professores, com essa duzentena criada e imposta pelo governo de forma covarde e autoritária, não teremos mesmo professores para 2011. O píor que o governo diz que vai mudar, mas agir mesmo que é bom, nada. Com isso o próximo governador terá sérios problemas para começar o ano letivo e olha que todos são do mesmo partido, imagina se outro partido ganhasse, o que não fariam para derrubar, haja vista que não ajudam nem o colega do mesmo partido. A educação paulista esta de mal a píor. E como diz um grande filósofo popular, eleito pela democracia "píor que tá não fica".
Fonte: TALITA BEDINELLI DE SÃO PAULO RAPHAEL MARCHIORI DO "AGORA"
A prova do Saresp (que avalia o aprendizado anual de alunos da rede paulista) teve um gostinho amargo para Lia, 13, nesta semana.
Apesar de boa aluna, ela não soube responder a parte das questões de português.
E não foi por falta de estudo. "Foi por falta de professor", diz Cléo, 33, mãe dela.
A professora de português de Lia na Joaquim Leme do Prado, zona norte da capital, está de licença há três meses e nenhum outro docente a substituiu. Os alunos ficam na sala ou no pátio "sem fazer nada", diz a menina. Mesmo sem aulas, ou avaliação, ela teve nota 8 no bimestre.
Lia é uma das vítimas de um problema que aconteceu em muitas escolas estaduais de SP ao longo do ano.
A Folha escutou relato semelhante em outras 11 escolas, de todas as regiões da cidade e da Grande SP. Em algumas, os estudantes chegaram a ficar até seis meses sem uma determinada disciplina.
Em Araraquara, interior do Estado, alunos do 3º ano fizeram um boicote ao Saresp, pois afirmam que não tiveram aulas regulares de química, história e física desde o começo do ano.
A falta de professores é consequência de uma lei estadual, de 2009, que determina que funcionários contratados sem concurso podem trabalhar por no máximo um ano. Depois, eles devem ficar afastados por 200 dias para evitar vínculo empregatício.
Por isso, poucos professores não estáveis (cerca de 10% da categoria) aceitam cobrir licenças temporárias. Preferem esperar por vagas com mais tempo de trabalho ou até desistem da profissão.
A situação deve piorar no próximo ano, pois os professores que deram aula neste ano terão que se afastar até o início do segundo semestre.
A Secretaria Estadual da Educação reconhece o problema e diz que tentará modificar a legislação neste ano.
AULA VAGA
Os alunos dizem ainda que a ausência dos professores não costuma ser suprida por atividades escolares.
"A gente traz jogo e fica jogando dentro da sala", diz Renata, 12, aluna da escola Castro Alves, na zona norte. Ela ficou dois meses sem ter aula de história neste ano.
Na escola, estudantes do 3º ano do ensino médio também ficaram cerca de seis meses sem aula de filosofia.
A vice-diretora de uma escola confirmou aos pais o problema numa reunião que a Folha acompanhou: "Me parte o coração ver crianças assim. Mas nenhum professor quer pegar essas aulas".

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Alunos de escola top de SP boicotam Saresp

É importante lembrar, que o governo do Estado de SP só colocou as ETESP junto com as outras escolas regulares com o objetivo de mascarar os dados, haja vista que estes alunos tem um melhor desempenho na escola pública, até por conta do ingresso que acontece por meio de vestibulinho. Como eles tem um bom resultado, é um engodo acreditar que os dados do IDESP de fato sejam verdadeiros e mostram a realidade escolar. Isso foi mais um factoide criado por este último governador, que queria a qualquer custo mostrar resultados. O qualquer coisa a qualquer preço teve resultado nas urnas. Vamos torcer para que o futuro governador tenha mais juizo e bom senso com a educação paulista.
Fonte: Folha de São Paulo, de 18/11/10
Os 200 alunos, 100% dos matriculados no 3º ano do ensino médio da Escola Técnica Estadual de São Paulo, Etesp, considerada a melhor escola estadual paulista, boicotaram ontem a prova do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar (Saresp).
Os estudantes fizeram uma manifestação em frente à escola, pedindo para ser atendidos pela diretoria -o que não aconteceu até o final do protesto, às 12h.
O boicote foi organizado pelo grêmio estudantil. Segundo o estudante Daniel, 16, os alunos da Etesp, no Bom Retiro (centro de SP), não são contra às avaliações periódicas. "Mas isso tem de ser acompanhado por melhorias efetivas na educação. Do jeito que está, é só uma prova sem função alguma."
A expectativa do Estado é que, nos dois dias de prova (termina hoje), 2,5 milhões de estudantes de escolas estaduais, municipais, particulares e técnicas participem da avaliação do governo. Desses, 1,7 milhão são da rede estadual de ensino.
Segundo a Secretaria da Educação, é com base nos resultados das provas que são traçadas "políticas públicas de aprimoramento da educação oferecida aos quase cinco milhões de estudantes das escolas públicas paulistas".
Bruno, 16, acredita que o Saresp "visa apenas a dar uma satisfação à opinião pública, descontente com os resultados pífios da educação pública paulista".
"É um "me engana que eu gosto". Eles fazem o Saresp ao mesmo tempo em que entregam livros didáticos que mostram o continente americano com dois Paraguais. Isso é sério?", pergunta o estudante (refere-se ao episódio ocorrido em 2009, quando a Secretaria Estadual da Educação distribuiu livro de geografia com mapa errado da América do Sul).
A Etesp é a 116ª melhor escola do país, de acordo com o último ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), e a mais bem colocada dentre todas as estaduais paulistas. O ingresso se dá por vestibulinho. (LC)

Udemo encaminha ofício ao futuro governador

São Paulo, 17 de novembro de 2010

Ofício n.º 085/10

Prezado Senhor,

Durante a campanha ao Governo do Estado, Vossa Excelência destacou a importância da Educação no vosso futuro governo.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em 30/09/10, Vossa Excelência afirmou que, se eleito, “a educação será a sua grande prioridade”.

Em entrevista à Rede Globo, logo após a proclamação do resultado da eleição, declarou: “vou conceder aos professores reajustes salariais acima da inflação”.

Confiamos nas vossas promessas e acreditamos que um primeiro gesto de boa vontade e determinação de cumpri-las será colocar na Secretaria da Educação uma pessoa bastante envolvida com a escola pública, disposta ao diálogo com os professores e suas entidades e que não padeça de vícios anteriores.

Nesse sentido, Excelência, temos certeza de que não faltam nomes nos vossos quadros. Mas temos também a firme convicção de que o atual Secretário não deve continuar, para o bem da educação e o sucesso do vosso governo nesta área.

A manutenção do atual secretário, com certeza, vai criar uma área de atrito entre o vosso governo e o magistério, como um todo, logo no início da gestão, sem muita chance de compatibilização e diálogo, contaminando toda a futura gestão.

A experiência do magistério com o atual Secretário foi muito ruim, deixando uma imagem de descaso com os profissionais da educação.

Por essas razões, pedimos que Vossa Excelência reflita sobre esse nosso pleito. Se necessário, que Vossa Excelência faça uma consulta à base do magistério, e até mesmo às diversas instâncias da Pasta.

Sendo só, para o momento, e na certeza de que Vossa Excelência cumprirá as promessas de campanha, aproveitamos o ensejo para renovarmos nossos votos de elevada estima e distinta consideração.

Respeitosamente,

Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto

Presidente

Excelentíssimo Senhor

Dr. Geraldo Alckmin

DD Governador eleito do

Estado de São Paulo.

De olho nele!

Fonte: UDEMO
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, em matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, de 30/09/10, afirmou que, se eleito, “a educação será a sua grande prioridade”.
Em entrevista à Rede Globo, logo após a proclamação do resultado da eleição, declarou: “vou conceder aos professores reajustes salariais acima da inflação”.
Estamos de olho! Vamos acompanhar e cobrar.
Um bom sinal vai ser quem ele vai colocar na Secretaria da Educação.
Se mantiver o atual secretário, tudo terá sido mera promessa de campanha. Nada vai mudar.
As entidades da Educação tiveram problemas com o Secretário; a base do magistério, de um modo geral, criou aversão a ele, porque o Secretário se mostrou, o tempo todo, avesso ao diálogo e desrespeitoso com o magistério.
Graças a ele, e ao próprio, cunhou-se contra o Governador Serra o bordão: “Serra não gosta de professor”!
Não sabemos quem deveria ser o próximo Secretário da Educação, mas sabemos quem não poderia ser: ele, o atual!
Não é nada pessoal, menos, ainda, político-partidário. É apenas uma constatação.
Se o governador eleito tem uma visão diferente desta, ou acha que a posição das entidades é corporativista e sectária, então que faça uma consulta direta ao magistério sobre o assunto.
O resultado não vai surpreender ninguém!

Pais vão ao Ministério Público contra falta de professores em Jundiaí

Fonte: Jornal Bom Dia Jundiaí, de 18/11/10 - Alexandre Barbosa Agência BOM DIA
Os pais de 40 alunos da sexta série da escola estadual Orozimbo Sóstena, no Jardim Estádio, em Jundiaí, entraram nesta quarta-feira com uma ação junto ao Ministério Público para reivindicar que o conteúdo escolar perdido pelos filhos, pela falta de professores, seja reposto e a situação resolvida.
Segundo Valéria Ballas, uma das mães que coordena o grupo de pais, há duas semanas os alunos perderam cinco professores, afastados por motivos de saúde ou licença-prêmio e, somente o de história foi substituído.
“Eles ainda estão sem professores de português, ciências, inglês e geografia”, afirma.
Segundo Valéria, a decisão de procurar o auxílio do MP veio após uma reunião dos pais com a diretora da escola, que teria afirmado não ser possível substituir os docentes.
"Como a progressão é continuada, os alunos não repetem mais e parece que o Estado não se importa com o problema na defasagem do ensino”, afirma a mãe. “O ideal é que Jundiaí seguisse o exemplo de Várzea Paulista, onde a Justiça proibiu a aprovação automática.”
O BOM DIA constatou que há ausências de professores também na quinta e na sétima séries e no ensino médio.
A diretora da escola, Ariane Picardi, confirma o problema e diz que apesar do esforço da diretoria, não consegue encontrar provisórios devido à nova lei que rege a contratação de substitutos.
“Nós tentamos contratar todos professores que tinhamos cadastrados pela Diretoria de Ensino, porém, nenhum deles estava disponível ou aceitou o convite”, diz.
Wendel Carlos Ferreira, 37 anos, pai de um aluno que cursa o primeiro ano do ensino médio, também reclamou do Estado pela falta de professores na escola pública.
“Essa escola sempre foi muito boa, mas o salário que o professor recebe hoje faz com que ninguém queira dar aula aqui”, reclama.
De acordo com Wendel, seu filho vai às sextas-feiras na escola, fica as três primeiras aulas de “janela” e só tem as duas últimas.
Promotoria
Os pais que foram ontem ao MP não conseguiram falar com o promotor da Vara da Infância e Juventude, Mauro Vaz. Mas foram recebidos pelo oficial que o assiste e receberam a informação de que hoje o promotor analisará o caso e deverá tomar providências contra a escola.
Segundo o MP, o problema ocorre em várias escolas , mas este é o primeiro grupo a procurar a promotoria.
Nova lei dificulta a contratação de substitutos
“A situação que está ruim, vai ficar pior ano que vem”, diz a presidente da Apeosp (sindicado dos professores) de Jundiaí, Leila Regina Martins Casote, 36 anos, sobre a falta de professores substitutos.
Leila explicou que a falta de professores deve-se aos baixos salários, falta de estrutura e segurança. E, principalmente em virtude da lei, em vigor desde o ano passado.
Segundo Leila, os professores substitutos ou eventuais agora precisam assinar um contrato para dar às aulas, porém, quem o fizer este ano, está impedido de pegar qualquer aula em 2011.
“Se um professor pegar duas, 20 ou um mês de aula, não importa a quantidade, ele ficará sem poder dar aulas no próximo ano todo. Isto é um absurdo”, diz.
Segundo Leila, por isso nenhum professor quer pegar aulas no fim do ano, para não comprometer o seguinte.
Ela ainda aponta que o Estado é cada vez menos atrativo e professores têm migrado para escolas particulares.
“Sem contar que há cada vez menos pessoas interessadas em ser professor. Os cursos de licenciatura da região estão cada vez mais vazios e algumas faculdades nem os oferecem mais.”
A presidente da Apeosp parabenizou os pais por buscar na Justiça os direitos de ensino dos seus filhos.
“Nós brigamos pelos direitos dos professores, eles pelos dos filhos.”
Diretoria promete repor aulas na escola
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado, por meio da Diretoria de Ensino de Jundiaí, informou que todas as aulas não dadas aos alunos da Escola Estadual Orozimbo Sóstena serão repostas, em datas a serem definidas. Nos próximos dias, três professores de licença-saúde retornam à escola.
A Diretoria de Ensino informou também que semanalmente publica as aulas para atribuição.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Estado atrasa para marcar exame de professor

Fonte: 17/11/2010 Carol Rocha do Agora
Candidato a uma vaga na rede de ensino estadual em 2011, o professor R., 30 anos, trata como "boato" a informação que o governo do Estado vai bancar os 13 exames exigidos no edital da seleção. Ao contrário do prometido pelo governador Alberto Goldman (PSDB) no fim de outubro, parte dos 12 mil interessados em uma das 10.083 vagas de PEB 2 (professor de ensino básico) não recebeu telefonema ou comunicado para agendar os exames.
"Rolou um boato de que o Estado pagaria os exames. Mas não recebi comunicado. Como já dou aula na rede municipal, consegui fazer a maioria [das consultas] no Hospital do Servidor Público Municipal. Faltam apenas dois, que farei na rede particular e espero ser reembolsado", diz o docente.
No dia 30 de outubro, o governo do Estado informou que, a partir do último dia 3, a rede Dasa, responsável pelo laboratório Lavoisier, entraria em contato com os docentes que estão no curso de formação para agendar os exames. O procedimento seria concluído em até dez dias.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Site reúne informações sobre história da educação em SP

Acesse o site Memória da Educação:
O Arquivo Público do Estado de São Paulo lançou um site com informações sobre a história da educação paulista. O Memória da Educação reúne dados estatísticos, instruções pedagógicas, revistas e trabalhos escolares de 1852 a 1943. O objetivo é facilitar o acesso a documentos que revelam as mudanças da educação pública e o desenvolvimento de métodos pedagógicos ao longo dos anos.
“Como o site permite chegar perto das experiências de outras épocas, é possível traçar um diagnóstico daquela realidade”, diz a diretora do Núcleo de Ação Educativa do Arquivo Público e uma das responsáveis pelo site, Andresa Oliver.
“Ao pensarmos no processo histórico, podemos constatar as permanências e rupturas no ensino. O que era apontado antes como entrave na educação ainda existe hoje? Diversos problemas estão presentes atualmente como algo histórico”, completa.
Segundo Andresa, já constava em relatórios de 1833 a preocupação com o método de avaliação dos alunos – na época, feita por meio de uma prova final quando o ano letivo estava para ser encerrado. Nos registros dos diagnósticos de Botucatu (SP), por exemplo, há o alerta para o fato de que os estudantes deveriam ser avaliados de forma contínua no transcorrer do ano. Ainda constam depoimentos de professores que sofriam com falta de orientação pedagógica.
Pesquisadores e interessados em história e educação podem consultar os documentos públicos na Internet, como relatórios produzidos pelas Delegacias Regionais de Ensino do Estado de São Paulo e Anuários do Ensino do Estado de São Paulo. Professores e estudantes também constituem o público-alvo do site.
Publicações como a “Vinte anos de propaganda contra o emprego da palmatória e outros meios aviltantes no ensino da mocidade”, de 1880, escrita por Abílio César Borges, podem ser acessadas.
Outro exemplo é a Revista Escolar, editada entre os anos de 1925 e 1927 pela Diretoria Geral da Instrução Pública com o objetivo de “contribuir para o aperfeiçoamento do ensino público paulista”. Publicada mensalmente, a revista apresentava modelos de lições e materiais para uso dos professores.
Toda a documentação faz parte do acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo. “Temos nove mil metros de materiais relacionados ao ensino em nosso acervo. Percebemos o potencial dos documentos, então criamos a página temática na Internet”, revela a diretora Andresa.
O Memória da Educação oferece também fotografias de atividades pedagógicas e de escolas no interior no estado, como Itapetininga, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos, entre outras.
O site será atualizado com a inclusão de outros materiais. A previsão é de que novidades sejam acrescentadas até o primeiro semestre do próximo ano.
Documentos que ainda não foram digitalizados podem ser consultados diretamente na sede do Arquivo, localizado na Avenida Cruzeiro do Sul, 1.777, Santana, São Paulo (SP). O funcionamento é de terça a sábado, das 9h às 17h.

Haddad diz que validade da prova do Enem pode sem estendida para dois anos

Fonte: 16/11/2010 - 14h02 - Folha São Paulo - Caderno Saber - Larissa Guimarães de Brasília
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que o tempo de duração da validade do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) poderá ser revisto. Atualmente, o Enem tem validade de um ano. O ministro disse que a duração pode ser ampliada para dois anos.
Haddad participa de uma audiência no Senado sobre as falhas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O ministro se defendeu de críticas lançadas por senadores da oposição. "Em nenhum momento minimizei o direito dos estudantes", afirmou, respondendo pergunta da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).
O ministro disse que o Ministério da Educação irá mapear todos os estudantes que deverão fazer uma nova prova do Enem. Ele disse que os alunos que forem refazer o exame não serão prejudicados porque a nova data das provas será negociada com os reitores de universidades de acordo com os calendários dos vestibulares --a exemplo do que ocorreu em 2009.
No sábado (6), primeiro dia de prova, parte dos exemplares saiu com folhas repetidas ou erradas. Nesses casos, os alunos não receberam todas as questões. Já no cabeçalho da folha de respostas recebida por todos os alunos, o espaço para o gabarito das questões de ciências da natureza estava incorretamente identificado como ciências humanas.
Devido aos problemas encontrados na prova, o Enem deste ano chegou a ser suspenso pela juíza federal Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal, mas o presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, derrubou na última sexta a decisão que impossibilitava o prosseguimento do exame.
Segundo o ministro, ainda não é possível apontar responsáveis pelas falhas na montagem do cadernos amarelo das provas do Enem uma vez que a sindicância interna do governo deve ser instalada esta semana para apurar os problemas.
"No ano passado, ninguém no Inep se furtou a prestar os esclarecimentos devidos. E sabemos hoje que não houve nenhuma participação de servidor do Inep nas ocorrências do ano passado. Antes de sacrificar um servidor, temos de dar a ele o direito de defesa, ele se explica, ele eventualmente pode até ser punido, mas de acordo com o devido processo legal em que a defesa é admitida."
NOVA PROVA
O ministro disse também que ainda não decidiu a data para a aplicação do Enem aos alunos prejudicados por falhas nas provas no início do mês. Haddad disse que, antes de decidir a nova data, o governo vai analisar as 113 mil atas dos locais de aplicação das provas para ter a certeza de quantos alunos terão que repetir o exame.
Pelas estimativas do MEC, cerca de 0,1% dos alunos que compareceram ao Enem terão que refazer as provas. "Nós estamos trabalhando com aquele número, em torno de 0,1% dos estudantes que fizeram a prova. Não posso anunciar a data hoje porque dependo da Cesgranrio e do Cespe. Possivelmente [anuncio a data] esta semana ou na semana que vem. Só vamos fechar quando tivermos encerrado a leitura das atas", afirmou.
CRONOLOGIA
Veja a cronologia envolvendo as falhas e a batalha judicial do Enem 2010:
6 e 7.nov
Prova do Enem é aplicada para 3,3 milhões de estudantes. Ocorre uma série de problemas: cabeçalho de gabarito trocado, provas grampeadas de forma errada, uso de celular durante o exame, falta de informação sobre proibição de lápis e borracha e suspeita de vazamento do tema da redação
7.nov
Inep, órgão ligado ao MEC responsável pelo Enem, admite possibilidade de aplicar nova prova apenas para os alunos que foram prejudicados com os erros, cerca de 2.000 estudantes
8.nov
Acatando pedido do Ministério Público Federal, a Justiça Federal do Ceará suspende o exame em todo o país, por considerar que aplicar prova para apenas uma parte compromete a isonomia do processo. Além disso, o uso de celular teria evidenciado falhas no esquema de segurança
O MEC, por sua vez, diz que não há necessidade de suspender o exame para todos os 3,3 milhões alunos e que irá recorrer da decisão
9.nov
Justiça Federal do Ceará proíbe Ministério da Educação de divulgar o gabarito do Enem. Multiplicam-se as queixas de estudantes sobre falhas no exame
O advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, diz que decisão de refazer prova para todos é um prejuízo claro para milhões de estudantes. MEC decide encaminhar pedido de reconsideração para o TRF
10.nov
Diferentemente da posição do ministro da Educação, presidente Lula afirma que, se fosse preciso, o governo faria uma nova prova do Enem
11.nov
AGU (Advocacia-Geral da União) recorre da decisão da Justiça de suspender exame, mas não informa que argumentos usou no recurso
12.nov
Presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região derruba decisão que impossibilitava o prosseguimento do Enem, afirmando que suspensão traria transtornos aos organizadores e candidatos de todo o Brasil

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Teste de alfabetização

Charge publicada no Jornal Folha de São Paulo, de 12/11/10

Aluno quebra os braços e 6 dentes de professora no RS

Esse infeliz deveria ser proibido de exercer a função, imagina se um paciente questiona alguma atitude dele, pronto, já vai para a UTI. É uma vergonha, um delinquente desse tem que ser expulso da escola e preso. Cadê os órgãos da escola e dos direitos humanos que até agora não se manifestaram para defender a professora. Esqueci isso só acontece quando ocorre com os alunos ou com os bandidos. Inversão total de valores.
Fonte: 12/11/2010 - 12h16 - Agência Estado
Uma professora de uma escola técnica em Porto Alegre (RS) teve os dois braços e seis dentes quebrados após ser espancada por um aluno do curso de enfermagem que ficou revoltado por ter tirado uma nota baixa. O caso ocorreu na última terça-feira.
Após tomar conhecimento de sua nota, o rapaz utilizou uma cadeira de ferro para agredir a professora, de 57 anos. Os braços dela foram atingidos no momento em que tentou se defender. Mesmo depois de ela ter desmaiado, o estudante, que é instrutor de artes marciais, desferiu socos e chutes, quebrando os dentes da professora. Ao perceber a chegada de duas professoras, o aluno decidiu fugir.
O delegado Fernando Soares, que investiga o caso, disse que um segurança e o porteiro do prédio ainda tentaram deter o agressor mas não conseguiram. O estudante, de 25 anos, ainda não foi localizado pela polícia.

TRF derruba liminar que suspendeu o Enem 2010

Fonte: 12/11/2010 - 10h06 Da Redação UOL educação Em São Paulo Atualizada às 10h30
A liminar que suspendia o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010 foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região nesta sexta-feira (12). A decisão foi tomada pelo desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, presidente do TRF da 5ª Região, sediado na capital pernambucana. A informação é do JC Online. O ministro da Educação, Fernando Haddad, viajou a Recife e se reúne com o desembargador agora pela manhã.
Segundo nota do TRF, o presidente do TRF da 5ª Região "ressaltou que a suspensão de um certame envolvendo mais de 3 milhões de estudantes traria transtornos de monta aos organizadores e [aos] candidatos de todo o Brasil e que a alteração do cronograma do Enem repercutiria na realização dos vestibulares promovidos pelas instituições de ensino superior".
Ainda segundo o mesmo comunicado, o desembargador destacou ainda a "possibilidade de um elevadíssimo prejuízo ao erário" para a contratação dos serviços para a impressão e aplicação de um novo exame a todos os inscritos. Para o desembargador, "a decisão do Juízo Federal cearense, louvada em eventual irregularidade nas provas de menos de 0,05% dos candidatos, equivalente a 2.000 estudantes, finda por prejudicar todos os demais (cerca de 3.000.000), afrontando o princípio da proporcionalidade".
Segundo Haddad, demoraria "de dois a três meses" para que fosse organizada uma nova edição do Enem. A declaração foi dada ao Bom Dia Brasil e foi ao ar na manhã desta sexta (12).
O MEC (Ministério da Educação) pretende realizar a nova prova do Enem nos dias 4 e 5 de dezembro, para os alunos que receberam a prova com erro de impressão e não conseguiram trocá-la de imediato.
Entenda a batalha judicial
Estudantes identificaram problemas nos cadernos de provas e nos gabaritos do Enem, que foi aplicado nos dias 6 e 7 de novembro. Nos cadernos amarelos, havia questões repetidas e faltantes. Já nas folhas de resposta, os cabeçalhos dos testes de ciências da natureza e ciências humanas vieram trocados.
Depois disso, a Justiça suspendeu o Enem 2010. No dia 8 de novembro, a juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará, acatou argumento do MPF (Ministério Público Federal) e determinou a imediata suspensão do Enem 2010 em todo o Brasil. A Justiça entendeu que o erro de impressão das provas levou prejuízo aos candidatos.
Os réus questionaram a amplitude da decisão, ao que a juíza esclareceu que todo o processo deveria ficar suspenso. Isso incluía a divulgação do gabarito no final da terça-feira e a abertura de sistema de reclamação sobre o preenchimento dos gabaritos, previsto para a quarta (10).
Mesmo com essa decisão, o procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, pediu a anulação do Enem. "A prova tem que ser nula, independentemente de qualquer coisa", afirmou o procurador, que defende uma apuração criteriosa das responsabilidades pelas falhas.
A DPU (Defensoria Pública da União) do Ceará se juntou ao MPF (Ministério Público Federal) do Estado no pedido de anulação do Enem.
No dia 11 de novembro a AGU protocolou o recurso contra a suspensão do Enem.

Para desocupar uma sala, unidade da Fundação Casa "descarta" 800 livros

É preciso mesmo averiguar, pois é dinheiro público sendo descartado sem prestação de contas. Infelizmente esse fato foi divulgado, mas muitos lugares "descartam" livros ou vendem para a reciclagem para ganhar um dinheirinho para a escola. Mas o livro na escola é um bem público e como tal não pode ser "descartado" ou vendido sem anuência do responsável geral pela instituição que não é o diretor da unidade.
Fonte: 12/11/2010 - 09h41 Folha de São Paulo - HÉLIA ARAUJO DE RIBEIRÃO PRETO
Cerca de 800 livros, entre eles coleções completas de Machado de Assis, doados pela Fundação Casa de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) ao Rotaract Club de Serrana estão amontoados no depósito de uma loja de materiais de construção.
Segundo o diretor regional da Fundação Casa, Roberto Damásio, os livros foram doados porque os menores ficam no máximo 45 dias na unidade Ouro Verde, de internação provisória, e não teriam tempo de ler.
Ainda assim, Damásio afirmou que vai encaminhar um pedido de explicações para a diretoria da unidade e deve encaminhar o caso para apuração na corregedoria da Fundação Casa.
"A informação que tive é a de que não havia necessidade dos livros na unidade provisória, mas não tenho conhecimento do local para onde os exemplares foram levados. De qualquer maneira vamos apurar se foram cometidas irregularidades."
A doação, segundo funcionários da Casa, ocorreu irregularmente no início do ano. Os livros pertenciam à Fundação Casa desde 2003, quando a antiga Febem registrou, na Fundação Nacional do Livro, a criação da "Biblioteca Cláudio Manoel da Costa".
Depois que foi transformada em Fundação Casa, os livros foram levados para as bibliotecas nas unidades Rio Pardo e Ouro Verde. "No início deste ano a diretora queria desocupar uma sala na Ouro Verde, decidiu que os internos não iriam ler os livros e desativou a biblioteca", disse um funcionário.
Ainda de acordo com funcionários, foram doados também livros didáticos, inclusive os usados nas aulas do PEC (Programa Educação e Cidadania) para os cerca de cem internos da unidade.
A presidente do Rotaract Club de Serrana, Heloísa Helena de Souza, disse que os livros estão "provisoriamente" na loja. "Estamos procurando um local para montar a biblioteca."

Briga de professora de 62 anos e alunos de 8 termina na delegacia

É importante que exista a apuração antes de qualquer acusação. Contudo é um fato a violência dentro da escola e principalmente contra os professores, alías muitos pais só aparecem na escola nessas situações e por comodismo acabam jogando toda e qualquer responsabilidade na escola, pois assim é mais fácil, do que educar e cumprir com sua obrigação na formação do respectivo filho. O governo é ciente desse fato e de modo geral passa a mão na cabeça e sempre é mais fácil mesmo culpar o professor e isentar a família de suas obrigações. Não estou aqui defendendo ou acusando ninguém, apenas apontando os fatos, nesse caso específico é essencial a apuração antes do julgamento. Contudo se a professora for inocente, não terá o mesmo espaço na mídia para sua defesa quanto teve para a sua acusação.
Fonte:Folha de S. Paulo, 11/11 - Juliana Coissi - Luiza Pellicani de Ribeirão Preto
Briga de professora de 62 anos e alunos de 8 termina na delegacia
Mães acusam docente de agressão; já ela diz que foi agredida pelos alunos da segunda série
Enquanto apura o caso, secretaria da Educação afastou docente, que era substituta na aula e está prestes a se aposentar
Uma briga envolvendo uma professora de 62 anos e três alunos de 8 anos dentro de uma sala de aula da segunda série acabou na delegacia em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
De um lado, as mães dos alunos registraram boletim de ocorrência acusando a professora de lesão corporal. De outro, a docente nega a agressão e diz que foi ela a agredida pelas crianças.
O caso aconteceu na tarde de anteontem na escola estadual Deputado Orlando Jurca, no bairro Adelino Simioni, na periferia da cidade.
Mães de três crianças (dois meninos e uma menina) dizem que seus filhos relataram que a professora Nadir Rodrigues deu um soco na boca dele e também agarrou uma delas pelo braço, a empurrando em seguida.
Segundo os alunos, a confusão se deu porque Nadir, primeiro, deixou de castigo um menino que foi ao banheiro, contrariando sua autorização. Uma das meninas, diz esse relato, também não foi autorizada a ir ao banheiro e urinou nas calças -outra menina, ao tentar ajudá-la, teria sido agredida.
A professora, que é substituta, nega tudo, diz que só pediu que a aluna esperasse outra menina voltar do banheiro. "Em 23 anos de magistério nunca passei por isso. Nessa história eu é que sou a vítima", diz ela, que aguarda resposta de pedido de aposentadoria.
Ela disse ainda que tem marcas da agressão que sofreu, mas não deu detalhes.
Ontem, a Secretaria de Estado da Educação afastou a professora por tempo indeterminado enquanto segue com a apuração. Tanto os alunos como a docente passaram ontem por exame médico. A Delegacia de Defesa da Mulher investiga o caso.
Em nota, a secretaria disse que além do afastamento da docente, iniciou uma apuração preliminar. Afirmou ainda que as crianças passaram a receber acompanhamento especial de professores.
Para Sérgio Kodato, coordenador do Observatório da Violência e Práticas Exemplares, da USP de Ribeirão Preto, atualmente os professores estão em seu limite dentro da sala de aula. "Eles não têm nenhum meio para coibir um comportamento inadequado. Uma série de fatores faz os alunos se sentirem impunes."
A escola Orlando Jurca fica em bairro violento, com forte atuação do tráfico de drogas. Para o delegado Sérgio Siqueira, do 5º DP, a região é a "faixa de Gaza" da cidade.
RAIO-X DA ESCOLA
Nome: Escola estadual Orlando Jurca
Localização: Na periferia de Ribeirão Preto (SP)
Turmas: De 1ª a 4ª série do ensino fundamental
Alunos: Cerca de 750 estudantes no total
Média de alunos por classe: 30
Nota no Ideb 2009: 4,6 (a meta era 4,8)
Para educadora, condição adversa estimula violência
TALITA BEDINELLI - DE SÃO PAULO
Para Maria Regina Maluf, professora de psicologia da educação da PUC-SP, episódios de violência na sala de aula são "inadmissíveis". Mas eles estão relacionados a condições de trabalho inadequadas.
Folha - Por que a violência?
Maria Regina Maluf - A violência e a agressividade estão presentes em qualquer tipo de organização social. Nas relações educacionais entre adultos e crianças, espera-se que essa violência e agressividade sejam controladas.
Os professores deveriam ser mais bem treinados para lidar com as necessidades das crianças.
Diante disso, é necessário dispor de ambiente em que as crianças possam trabalhar bem. A sala de aula apertada, muito quente, barulhenta, faz com que as crianças fiquem mais agitadas e o professor, estressado.
Em condições muito adversas, como muitos professores trabalham, fica difícil controlar os impulsos. Mas não se pode usar violência contra a criança, isso é imperdoável.
Que condições adversas?
Condições de trabalho como número adequado de crianças em sala de aula, salário que permita a ele ter um emprego e dar aula em um único período.

Governo do Estado de SP antecipa pagamento do 13º salário dos servidores

Pagamento será feito no dia 15 de dezembro
O governador Alberto Goldman anunciou na quarta-feira, 10, a antecipação do 13º salário dos servidores públicos estaduais. O pagamento, que estava previsto para dia 20 de dezembro, será feito no dia 15 de dezembro.
Para parte dos servidores, o pagamento corresponderá à segunda parcela do 13º salário, uma vez que metade já foi paga antecipadamente no mês de aniversário do funcionário. Os servidores que aniversariam em dezembro recebem o valor integral.

Comunicado - Concurso PEB II - Convocação aula presencial

20 – São Paulo, 120 (214) Diário Oficial Poder Executivo - Seção I sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Comunicado
ESCOLA DE FORMAÇÃO e APERFEIÇOAMENTO DOS PROFESSORES DO ESTADO
3ª. Etapa do Concurso de Provimento de Cargos de Professor de Educação Básica II - Convocação dos candidatos para o 3º.
Encontro Presencial do Curso de Formação Específica
O terceiro encontro presencial do Curso de Formação Específica, terceira etapa do concurso para provimento de cargos de Professor de Educação Básica II da Secretaria de Estado da Educação, ocorrerá nos dia 02 e 03-12-2010. O encontro terá a duração de 4 horas e será realizado nos locais e períodos abaixo descritos.
Os candidatos devem verificar os locais e períodos para os quais estão convocados e comparecer com no mínimo 30 minutos de antecedência em relação ao horário do encontro, munidos de documento de identificação com foto.
A participação dos candidatos nesse encontro está condicionada ao cumprimento de 75% das atividades dos módulos 9 ao 13, que correspondem ao terceiro mês do curso, conforme regulamento. O candidato pode verificar sua situação no próprio ambiente do curso.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Acaba amanhã inscrição para professor

De fato, o período para a isncrição termina amanhã, apenas uma correção. Quem faz a inscrição do professor efetivo é a prórpia unidade escolar e não o professor, por isso não existe a possibilidade de o professor efetivo não realizar a inscrição. Outra coisa, mesmo se no dia da atribuição o professor efetivo não comparecer, o mesmo terá sua jornada atribuida de forma compulsória na mesma escola, o que pode ser ruim para o professor e que nessa situação o diretor atribui em função da conveniência da escola e essa nem sempre pode agradar ao professor. Caso na escola não tenha aulas suficientes, o restante da jornada vai para a diretoria de ensino que procederá da mesma forma. Nesse caso sim, ele poderá ir para uma escola longe, sem manifestar o desejo. Quem da essas informações para o jornal precisa explicar melhor.
Fonte: 11/11/2010 Carol Rocha do Agora
Os professores efetivos da rede estadual de ensino têm até amanhã para se inscrever no processo de atribuição de classes e de aulas de 2011 para as 5.300 escolas do Estado. O cadastro é feito na escola de classificação do cargo.
Para definir a fila dos professores que vão escolher as aulas e as classes e, assim, evitar empates, a Secretaria de Estado da Educação adota dois critérios básicos: o tempo de serviço do professor e os títulos que ele obteve ao longo da carreira.
O professor que não se inscrever no processo de atribuição terá a grade de aulas de 2011 definida pela Secretaria de Estado da Educação. Esse procedimento não é recomendável, já que os docentes serão encaminhados para as escolas que foram rejeitadas pelos demais professores

Organização de escolas: secretário ratifica negociação com o SINPEEM

Fonte: Sinpeem - 10/11/2010
Nenhum professor ficará excedente e haverá três grupos de Jeif nas Emeis. A afirmação, que ratifica a negociação com o SINPEEM, foi feita ontem pelo secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, em reunião com a Diretoria do sindicato e uma comissão composta por professores de todas as DREs, conforme resolução do 21º Congresso.
As negociações com o governo tiveram início antes da realização do Congresso com reuniões nas quais foram debatidas questões sobre a organização das escolas, calendário escolar, pontuação, remoção, escolha/atribuição, evolução do quadro de apoio, aposentadoria especial de STEs e readaptados, remuneração dos ATEs, concursos, PDE, direitos para os comissionados, entre outros assuntos.
A publicação das Portarias no DOC de 23 de outubro, em especial a de organização da educação infantil, trouxe muita preocupação e o presidente Claudio Fonseca voltou a insistir com o secretário na necessidade de debater o assunto para evitar quaisquer prejuízos aos profissionais de educação infantil.
O presidente do SINPEEM reivindicou e teve a garantia do secretário de que nenhum professor ficará excedente em função da organização da educação infantil de CEIs e Emeis. Segundo o secretário, se for necessário mudará o módulo para que não haja excedência. Garantiu, ainda, que será respeitara a relação de 1,5m² ou 1,2m² por criança.
O SINPEEM também reivindicou que as unidades com dois turnos para os alunos mantenham a organização do trabalho do professor respeitando sua jornada de três turnos de trabalho. Desta forma, as unidades, terão três horários para o trabalho coletivo da Jeif. A proposta foi aceita pela SME.
SINPEEM ENTREGA MANIFESTO
Na reunião ocorrida ontem, foi entregue ao secretário o Manifesto em Defesa da Educação Infantil, aprovado no 21º Congresso de Educação do SINPEEM.
No documento, a categoria defende:
· que os ambientes das instituições de educação infantil devem refletir uma concepção de educação e cuidado respeitosa das necessidades de desenvolvimento das crianças, em todos os aspectos: físico, afetivo, cognitivo e criativo;
· as orientações contidas nos documentos publicados pelo MEC: Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, o Parecer CNE/CEB, Parâmetros de Qualidade para a Educação Infantil e Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil, o Parecer CNE/CEB n° 05/2009 e a necessidade das unidades de educação infantil de proverem de infraestrutura que possibilite o atendimento às crianças com qualidade, respeitando a proporção de crianças/adultos e de crianças/espaço (mínimo de um metro e meio quadrado por criança);
· que as medidas contidas na Portaria, comprometem a qualidade do trabalho desenvolvido nos CEIs e nas Emeis, uma vez que levam à superlotação das salas, além de poder ocasionar prejuízos à vida funcional com centenas de profissionais excedentes e impossibilidade de acúmulo.
· que para ampliar o tempo da criança nas unidades da educação infantil, com qualidade e respeitando-se a opção da família, é necessário que haja condições estruturais para que as mesmas sejam atendidas com qualidade e que seja respeitada a opção da família. Tal medida deve estar coadunada à expansão da rede direta, uma vez que o atendimento na rede conveniada é muito mais precário.
A íntegra do manifesto está disponível no site do SINPEEM (http://www.sinpeem.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=4688).
NEGOCIAÇÕES CONTINUAM
Consideramos o resultado positivo, até o momento, mas continuamos as negociações com o governo sobre o processo de escolha/atribuição.
Também são reivindicações da categoria, aprovadas em Congresso, nas reuniões de representantes e do Conselho e nas assembléias da categoria a redução do número de alunos por sala de aula, expansão da rede física direta, condições dignas de trabalho, valorização salarial e profissional, entre outras.
Os profissionais de educação de unidades escolares em que houver o descumprindo do que foi acordado entre a SME e o SINPEEM devem entrar em contato com o sindicato.

O que dá pra rir dá pra chorar!

Fonte: UDEMO 11/11/2010
O verso da música de Billy Blanco continua atual.
Chegou até nós cópia do comunicado enviado pela Seção de Pessoal de uma Diretoria de Ensino, que diz, literalmente, o seguinte:
"Tendo em vista mudanças no sistema de aposentadoria, informamos que o requerimento e toda a documentação de aposentadoria (assinados na Unidade Escolar) deverão vir sem data, pois um novo requerimento será gerado na Diretoria de Ensino, pelo novo sistema SIGPREV.
Entraremos em contato com a Unidade Escolar para que o interessado e o Diretor de Escola venham até a Diretoria de Ensino assinar o requerimento oficial.
Obs.: ALERTAR O INTERESSADO que a data oficial do requerimento e dos demais documentos será a que for gerada quando da digitação da aposentadoria aqui na Diretoria de Ensino. Atenciosamente"
Comentários da Udemo
Acabaram de inventar o requerimento sem data. Só falta criarem agora o CPF sem número e a chuva sem água.
Se a escola encaminhar um requerimento em agosto e a Diretoria gerar um novo requerimento apenas em dezembro, a data oficial será dezembro? A partir deste mês (dezembro) é que se contam os 90 dias, quando então já terão decorridos 120 dias, totalizando 210 dias?
Será que esse pessoal ao menos desconfia que requerimento sem data não tem validade?
E agora são dois requerimentos, um “não-oficial” (da escola) e outro “oficial” (da DE) ?
Qualquer que seja a resposta (se é que pode haver uma) a orientação da Udemo é a seguinte:
NÃO ATENDA ESSA ORIENTAÇÃO ! ELA É ILEGAL ! E ABSURDA!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Rede municipal de SP aplica prova São Paulo nesta quarta e quinta-feira

Fonte: 10/11/2010 - 07h00 Da Redação - UOL educação - Em São Paulo
As escolas municipais da rede municipal de São Paulo farão nesta quarta (10) e quinta-feira (11), a Prova São Paulo 2010. Cerca de 320 mil alunos do ensino fundamental do ciclo I (2º ano do fundamental de 8 anos, 4º ano, 3º e 4º anos PIC e 3º ano por amostragem) e parte do ciclo II (2º ano, 4º ano, 1º ano com proficiência menor que 150 em português, 1º e 3º anos por amostragem).
A prova irá avaliar o desempenho dos estudantes, usando como referência a escala do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). O exame está na 4ª edição. Alunos com necessidades educacionais especiais farão as mesmas provas dos demais estudantes, por meio de material adaptado, aplicadores especiais (ledor ou escriba) e com provas ampliadas e em braile.
Na avaliação de língua portuguesa, no dia 10, os alunos deverão fazer uma prova e uma redação. No dia 11, será aplicado exame de matemática.
Nas duas disciplinas, os alunos do 2.º e 3.º anos do Ciclo I e 3.º ano do PIC responderão a 28 questões de múltipla escolha. Já os estudantes dos demais anos terão 36 questões. No ano passado eram, respectivamente, 20 e 32 questões. O aumento, segundo a secretaria, permitirá avaliação de maior número de habilidades dos alunos. A duração da avaliação será de 3h30.
Os professores aplicarão as provas, sendo que os do ciclo I ficarão responsáveis pela sala de aula em que não lecionam. Os do Ciclo II aplicarão os testes em qualquer turma, com exceção dos professores de língua portuguesa e de matemática, que não podem aplicar provas de suas disciplinas. Os alunos serão orientados a levar apenas lápis, borracha e caneta azul ou preta.
No dia 11, será aplicado também um questionário de hábitos de estudo para os estudantes. Pais, professores, coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores deverão preencher o questionário socioeconômico e entregá-lo ao coordenador local da prova até o dia 11.
Escala Saeb
Em 2007, a avaliação havia sido feita com duas escalas diferentes. A prova do 2.º ano teve uma escala própria, enquanto as dos demais anos estavam na escala Saeb. Em 2008, todas já tiveram como base o Saeb – utilizado pelo MEC (Ministério da Educação) para avaliar alunos de todo o país – assim como em 2009. Com a continuidade do critério em 2010 será possível observar o desenvolvimento de um determinado aluno, ano a ano do ensino fundamental, e comparar seu aprendizado com o desenvolvimento da educação em todo país.

Brasil precisa investir em salário de professor para aumentar IDH, diz Pnud

Melhorar salário de professor para aumentar IDH. Pergunto: Qual a novidade? todos sabem a receita, o problema e que sempre fica no campo da teoria e nunca na prática.
Fonte: Portal Aprendiz - Sarah Fernandes sarahfernandes@aprendiz.org.br
O Brasil precisa melhorar a infraestrutura das escolas, aumentar os salários dos professores e aprimorar as condições de trabalho nas unidades de ensino para elevar seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), uma vez que Educação foi o indicador de pior desempenho do país. A avaliação é do economista Rogério Carlos Borges, consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), responsável pelo índice.
O Brasil apresenta o 73º maior IDH entre 169 países avaliados no ranking do Relatório de Desenvolvimento Humano, divulgado na última quarta-feira (4/11). Os cinco primeiros colocados são Noruega, Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda. O cinco últimos são Zimbábue, República Democrática do Congo, Níger, Mali e Burkina Faso.
Na América Latina, o Brasil ocupa a 11ª posição, atrás de países como Barbados, Bahamas, Chile e Argentina, que lideram o ranking na região. “O ponto mais crítico é educação. O Brasil tem uma média de anos de escolaridade de 7,2 e a média de anos de estudo esperados do brasileiro é de 13,8”, diz Borges.
Confira a entrevista concedida ao Portal Aprendiz.
Portal Aprendiz - Na sua avaliação, o que representa o Brasil ocupar o 73º lugar no ranking do IDH? A que se deve o aumento de quatro posições no ranking entre 2009 e 2010?
Rogério Carlos Borges - Essa posição no ranking coloca o Brasil no grupo dos países de alto desenvolvimento. Do ano passado para cá, o país conquistou quatro posições e isso se deve a avanços em todas as dimensões analisadas, que são saúde, educação e renda. Não foram todos os países que alcançaram tanto em desenvolvimento humano.
Aprendiz – Por que o Brasil, apesar de apresentar uma das economias mais fortes da América Latina, fica atrás de 10 países da região no ranking do IDH?
Borges – As dimensões de expectativa de vida, educação e renda estão abaixo desses países de uma forma geral. O relatório mostra que o Brasil tem melhor renda do que indicadores sociais, ou seja, a renda não é nosso ponto fraco, mas os indicadores sociais sim.
Melhoramos em algumas áreas, como em expectativa de vida, que subiu muito nos últimos dez anos. Em 2000 era uma média de 70,2 anos e em 2010 é de 72,9 anos. Porém, o ponto mais crítico é educação. O Brasil tem uma média de anos de escolaridade de 7,2 e a média de anos de estudo esperados do brasileiro é de 13,8. É na educação que se deve concentrar mais atenção as politicas publicas e investimentos.
Aprendiz – São os investimentos que precisam ser intensificados para que o Brasil tenha um desenvolvimento humano condizente com a sua economia?
Borges - O Brasil investiu 5,2% no PIB [Produto interno Bruto] em educação e 3,5 % em saúde. Se considerarmos a Argentina, o país mais comparado com o Brasil, ela investiu 4,9% do PIB em educação e 5,11% em saúde. Ou seja, o Brasil investe pouco em saúde e muito em educação, em relação à América Latina. Agora é importante pensar na qualidade dos serviços e em como esses recursos estão sendo utilizados. Na saúde, porém, acredito que o investimento tenha que ser maior.
Aprendiz - Esse quadro pode significar falta de interesse em investir em políticas de educação?
Borges - Não diria que falta interesse, pois já foi dado um pontapé inicial. No Brasil existem vários indicadores e várias avaliações que têm monitorado a educação. Isso mostra uma vontade política de melhorar, iniciando por um primeiro passo, que é avaliar como estamos, medindo os rendimentos por escolas. Esse trabalho, como qualquer política, demora para refletir no IDH. Investindo hoje o reflexo vai ser a médio prazo, daqui 3, 5 ou 10 anos.
Aprendiz – Que medidas em educação que o Brasil deve adotar para elevar o seu IDH?
Borges – Acredito que agora é focar na qualidade. Investir na melhoria dos salários e das condições de trabalho dos professores e na infraestrutura das escolas. É preciso que os investimentos sejam direcionados para recursos materiais e humanos.
Aprendiz – Por que as dimensões de renda e longevidade tiveram melhor desempenho que educação?
Borges – Por causa da nossa economia, que depois do Plano Real começou a se estabilizar. Temos um país estável, de economia forte. Outro fator são os programas sociais, como o Bolsa Família, que contribuem para o aumento da renda. É um multiplicador da economia: ela está mais estável e as pessoas estão com mais dinheiro. Isso acaba aumentando o consumo e o acesso a serviços básicos.
Aprendiz – Quais foram às mudanças nos indicadores para calcular o IDH?
Borges – O indicador de renda deixou de utilizar o PIB per capito e passou para a Renda Nacional Bruta. Isso porque o PIB não reflete necessariamente o padrão de vida das pessoas. Um cidadão que vive próximo a uma multinacional nem sempre se beneficia com o que é produzido.
O indicador de educação deixou de ser a taxa de alfabetização e passou a utilizar a média de anos de estudo. Antes, as pessoas que tinham dois anos de estudo e as que tinham formação universitária eram colocadas na mesma categoria. Os anos de estudo conseguem mensurar melhor essas diferenças. Também foi usado o indicador de anos de escolaridade esperada, que reflete a qualidade, mensurando evasão, reprovação e abandono. O indicador de saúde continua sendo a expectativa de vida.
Aprendiz – Quais as demais mudanças na metodologia para calcular o IDH?
Borges – Houve mudanças na normalização e no cálculo. Na normalização, os valores mínimos e máximos dos indicadores deixaram de ser estabelecidos meio que aleatoriamente e passaram a ser baseados nos valores observados. O cálculo deixou de ser por média aritmética, que soma os três índices e divide por três, e passou a ser calculado por média geométrica. Isso porque a aritmética pode puxar o IDH de um país para cima se ao menos uma das médias for elevada.
Aprendiz – Por que foram feitas as mudanças?
Borges – Para que o IDH seja um retrato mais fidedigno das condições de vida no país. Foi uma revisão de 20 anos, ouvindo muitas críticas, colocações e sugestões. Tecnicamente ele está melhor, mas não está mais tão simples de compreender, o que era um diferencial do IDH.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Remoção SME SP 2010

DE 04 DE NOVEMBRO DE 2010
Concursos de Remoção 2010 – Classificação Final
O secretário municipal de Educação, no uso de suas atribuições legais, PUBLICA a classificação final dos candidatos inscritos nos Concursos de Remoção 2010.
Observação: a lista pode ser consultada no site da imprensa Oficial (www.imprensaoficial.com.br)
Comunicado nº 1.718 (DOC de 05/11/2010, páginas 121 a 194)

Ministro diz que novo Enem para prejudicados não fere igualdade entre concorrentes

Fonte: 09/11/2010 - 08h00 - Folha São Paulo - Caderno Saber
O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou na manhã desta terça-feira que a aplicação de uma nova prova do Enem para os candidatos prejudicados por problemas encontrados no exame do último fim de semana não vai prejudicar a condição de igualdade entre os concorrentes.
A afirmação do ministro foi feita durante entrevista no programa "Bom Dia Brasil", da TV Globo. Na ocasião, o ministro afirmou que irá mostrar à Justiça que a tecnologia educacional permite fazer uma nova prova para cerca de 2.000 pessoas sem prejudicar a isonomia. Ele ainda afirmou que as questões teriam o mesmo grau de dificuldade e citou exames que usam a metodologia.
Haddad ainda afirmou ter certeza de que a juíza federal Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará, que determinou ontem a suspensão do Enem, vai voltar atrás de sua decisão. Apesar disso, ele acrescentou que caso contrário o ministério vai recorrer da decisão.
Já ao ser questionado sobre os problemas na elaboração de algumas questões do Enem 2010, como erro de digitação e casos em que mais uma alternativa estava correta, o ministro disse que existe uma taxa de tolerância para esse tipo de problema e destacou que diversos vestibulares têm casos de anulação de questões devido ao problema.
PROBLEMAS
No sábado (6), primeiro dia de prova, parte dos exemplares saiu com folhas repetidas ou erradas. Nesses casos, os alunos não receberam todas as questões. Já no cabeçalho da folha de respostas recebida por todos os alunos, o espaço para o gabarito das questões de ciências da natureza estava incorretamente identificado como ciências humanas.
Ontem, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Joaquim José Soares Neto afirmou que o problema nas provas amarelas ainda está sendo dimensionado. Ao todo, as provas são divididas em quatro cores. Uma estimativa preliminar e extraoficial é que cerca 2.000 estudantes tenham feito a prova incompleta.
A suspensão do Enem já havia sido defendida pela seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e pela Defensoria Pública da União.
Na noite de sábado (6), Soares Neto repetiu em diversas ocasiões de uma entrevista coletiva concedida em Brasília que não havia possibilidade de o exame ser anulado.
Ao todo, o Enem teve 4,6 milhões de inscrições neste ano. Porém, a abstenção foi de 27% no sábado e fechou o domingo em 29% --cerca de 3,3 milhões compareceram em 1.698 cidades do país.
No ano passado, quando a prova vazou e foi adiada, a abstenção ficou próxima dos 40%.
A previsão do MEC (Ministério da Educação) é que os inscritos no exame concorressem a 83 mil vagas em 83 instituições federais de ensino, por meio do Sisu (sistema que destina vagas em instituições federais apenas com base na nota do Enem).

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Defensoria Pública da União recomenda anulação e nova aplicação do primeiro dia do Enem 2010

Essa história vai longe, e sempre os alunos são prejudicados em função das datas das provas e divulgação do resultado final, com isso perde ta,bém o Enem que caba não cumprindo com seu papel e função. É uma pena.
Fonte: 08/11/2010 - 12h43 Ana Okada UOL educação Em São Paulo
A DPU (Defensoria Pública da União) irá recomendar ao MEC (Ministério da Educação) que a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010 do sábado (6) seja anulada e aplicada novamente. O documento deve ser enviado ao ministério hoje (8).
Segundo a defensoria, a solução apresentada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) para os erros ocorridos no sábado (6) não contemplaria todos os prejudicados. A DPU diz que recebeu relatos de estudantes que preencheram o gabarito de duas formas - parte invertida e parte correta - devido a desencontro e demora de informação por parte dos organizadores do exame.
Houve também casos em que candidatos foram informados que a ordem das questões, no caderno de prova, é que estaria invertida.
O defensor Ricardo Emílio Pereira Salviano, titular do ofício de direitos humanos e tutela coletiva do Distrito Federal, diz que o intuito da ação é "sanar as irregularidades, e não causar empecilho ao exame".
Quanto às queixas de vazamento de informação do segundo dia, o defensor entende que as irregularidades não foram cometidas pelo Inep. "Foram erros pontuais de candidatos que burlaram a segurança, e que podem ser punidos por isso", explica Salviano. A defensoria se baseou em relatos veiculados na imprensa e em relatos pessoais recebidos por e-mail.
A DPU disponibilizou o endereço eletrônico enem2010@dpu.gov.br para que estudantes que foram prejudicados possam se manifestar.
Caso a recomendação não seja atendida, a defensoria deve entrar com ação civil coletiva na Justiça Federal, pedindo o cancelamento do exame do primeiro dia do Enem.

Resolução SE-71, de 5-11-2010 - Demanda Ensino Médio

Fonte: sábado, 6 de novembro de 2010 Diário Oficial Poder Executivo - Seção I São Paulo, 120 (210) – 29
Resolução SE-71, de 5-11-2010
Estabelece normas para o atendimento à demanda escolar do Ensino Médio, para o ano de 2011, nas escolas da rede estadual, e dá providências correlatas
O Secretário da Educação, considerando:
o esforço empreendido pelo Governo do Estado para assegurar a expansão do atendimento do ensino médio gratuito, conforme prevê a legislação vigente;
a necessidade de definição de diretrizes e procedimentos que garantam o adequado atendimento à demanda do ensino médio, resolve:
Artigo 1º - No processo de atendimento à demanda do ensino médio, inclusive na modalidade de educação de jovens e adultos, para o ano de 2011, as autoridades educacionais deverão contemplar:
I - alunos concluintes do ensino fundamental da própria escola;
II - alunos concluintes do ensino fundamental de escolas públicas, preferencialmente na mesma área de abrangência de sua residência; e
III - demais candidatos ao ingresso em qualquer série do ensino médio, inclusive na modalidade de educação de jovens e adultos, observada a legislação em vigor.
Artigo 2º - As inscrições de candidatos ao ensino médio e a efetivação das matrículas nas escolas estaduais serão realizadas exclusivamente por meio do Sistema de Cadastro de Alunos da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, conforme a seguinte ordem de procedimentos:
I - consulta ao aluno concluinte do ensino fundamental em escola pública, sobre o interesse em cursar o ensino médio, em 2011, na rede estadual, procedendo à digitação no Sistema de Cadastro de Alunos da Secretaria de Estado da Educação;
II - cadastramento e digitação, no Sistema de Cadastro de Alunos, de candidatos que não freqüentaram escola pública em 2010 e demais candidatos que pretendam retomar os estudos em 2011, demandantes de vaga em qualquer série do ensino médio, inclusive na modalidade de educação de jovens e adultos;
III - definição, no Sistema de Cadastro de Alunos, dos concluintes do ensino fundamental de escolas públicas que confirmarem o interesse na matrícula em escola estadual de ensino médio; IV - compatibilização entre a demanda e as vagas disponíveis;
V - efetivação da matrícula, no Sistema de Cadastro de Alunos, dos candidatos inscritos e dos alunos do ensino médio em continuidade de estudos;
VI - divulgação dos resultados para a comunidade escolar, afixando a listagem desses candidatos nas escolas receptoras da matrícula, nas escolas de origem e, nos postos, para aqueles inscritos conforme o disposto no inciso II deste artigo; e
VII - confirmação da matrícula no ensino médio, pelo aluno ou responsável por ele, na escola de destino;
Artigo 3º - O atendimento à demanda do ensino médio obedecerá às seguintes diretrizes:
I - a matrícula deverá respeitar o turno de trabalho do aluno, inclusive daquele que comprovar ser aprendiz, conforme disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente;
II - as escolas poderão compor turmas de educação de jovens e adultos, desde que devidamente homologadas pelas respectivas Coordenadorias de Ensino;
III - todas as escolas estaduais serão postos de inscrição, onde serão prestadas informações aos candidatos quanto às unidades escolares que oferecem ensino médio, para melhor orientá-los no momento de sua inscrição.
Parágrafo único - para atendimento à demanda escolar dos alunos que não estudaram em escolas públicas em 2010, as inscrições devem ser efetuadas conforme modelo de ficha constante do anexo II que integra a presente resolução.
Artigo 4º - Caberá às Coordenadorias de Ensino o gerenciamento do processo de atendimento à demanda.
Artigo 5º - As Diretorias de Ensino serão responsáveis pela acomodação de toda a demanda, inclusive acompanhando a digitação das inscrições com as respectivas sugestões de escolas e a efetivação da matrícula no Sistema de Cadastro de Alunos da Secretaria de Estado da Educação.
Artigo 6º - A efetivação da matrícula dos candidatos inscritos para o ensino médio, inclusive na modalidade de educação de jovens e adultos, será realizada no Sistema de Cadastro de Alunos do Estado, após a compatibilização demanda/vaga e a digitação da formação das classes, conforme cronograma constante do anexo, parte integrante desta resolução.
§ 1º - É obrigatória a efetivação das matrículas de todos os candidatos inscritos, no Sistema de Cadastro de Alunos do Estado.
§ 2º - É vedada a exclusão de matrícula de alunos que não comparecerem ou abandonarem a escola, sendo obrigatório o lançamento desses registros nas opções específicas, disponibilizadas no Sistema de Cadastro de Alunos do Estado.
§ 3º - no caso de aluno matriculado não comparecer às aulas, por período igual ou superior a 30 dias consecutivos, a partir do início do período letivo, sem apresentar justificativas do motivo das ausências, a escola deverá proceder ao lançamento de Não Comparecimento – N COM, no Sistema de Cadastro de Alunos do Estado, de forma a liberar a vaga reservada.
§ 4º - Considerando o previsto no parágrafo anterior, e caso o aluno passe a freqüentar a escola deverá proceder à matrícula, se houver vaga disponível, ou efetuar o cadastramento para nova compatibilização.
§ 5º As solicitações de transferências serão atendidas durante todo o ano letivo, observando o número de vagas na escola pretendida e em consonância com o estabelecido pela Resolução SE nº 76/2009.
Artigo 7º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Anexo I
8 a 18/11/2010 - consulta para confirmar o interesse do aluno concluinte do ensino fundamental em escola pública em cursar o ensino médio em escola estadual;
10 a 23/11/2010 - os postos de inscrição farão o cadastramento, no Sistema de Cadastro de Alunos da SEE, dos candidatos que não freqüentaram escola pública em 2010 e de candidatos que pretendam retomar os estudos em 2011, demandantes de vaga em qualquer série do ensino médio, inclusive na modalidade de educação de jovens e adultos;
16 a 24/11/2010 - definição, no Sistema de Cadastro de Alunos, dos alunos da rede pública que confirmaram o interesse em efetuar matrícula em escola estadual, no ensino médio;
A partir de 23/11 - digitação das matrículas dos alunos em continuidade de estudos, em todas as séries do ensino médio, inclusive na modalidade de educação de jovens e adultos, para o ano letivo de 2011;
24/11 a 3/12/2010 - compatibilização, pela Diretoria de Ensino, das vagas remanescentes, ratificação da escola para a matrícula de 2011 e digitação no Sistema de Cadastro de Alunos;
6 a 14/12/2010 - divulgação dos resultados nas escolas receptoras, nas escolas de origem e nos postos de inscrição para os inscritos conforme inciso II do artigo 2º da presente resolução;
7 a 17/12/2010 - confirmação da matrícula no ensino médio com entrega de documentação pelo aluno ou pais/responsável, na escola de destino;
1º a 22/12/2010 - digitação do rendimento escolar individualizado de todos os alunos das escolas estaduais, no Sistema de Cadastro de Alunos;
7/1/2011 - prazo final para as escolas estaduais concluírem a digitação das matrículas de seus alunos em continuidade de estudos, para o ano letivo de 2011;
A partir de 11/1/2011 e durante todo o ano – atendimento aos alunos em transferência, de acordo com o número de vagas existentes na escola de pretendida, com imediato registro no Sistema de Cadastro de Alunos da SEE, obedecendo aos critérios estabelecidos Resolução SE nº 76/2009.
A partir de 11/1/11 - Inscrição/Cadastramento dos candidatos à vaga no ensino médio, inclusive na modalidade de educação de jovens e adultos, na rede e, que não se inscreveram no pelo Programa da Matrícula Antecipada 2011, executado em 2010. No cadastramento desses candidatos não deverão ser incluídos aqueles caracterizados como solicitações de transferência de escola, ou seja, aluno com matrícula em 2011, sendo vedada a exclusão de aluno já matriculado. Para esse caso deverá ser utilizada exclusivamente a opção específica para essa finalidade, no Sistema de Cadastro de Alunos do Estado.
1º a 22/6/2011 - inscrição dos candidatos a vaga nos cursos de educação de jovens e adultos (2º semestre);
23/6 a 13/7/2011 - efetivação da matrícula dos alunos da modalidade de educação de jovens e adultos, no Sistema de Cadastro de Alunos da SEE (2º semestre).

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Falta de educação

Depois da campanha as promessas deixam de existir.
Fonte: Folha de São Paulo, de 05/11/10 - ELIANE CANTANHÊDE
BRASÍLIA - Ao declarar como prioridades a saúde, o combate à violência e a infraestrutura, a presidente eleita Dilma Rousseff deixou a educação em segundo plano, justificando na entrevista de quarta: "Eu considero que a educação está muito bem encaminhada".
É surpreendente em si, mas ficou mais ainda no dia seguinte (ontem), quando a ONU anunciou o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano de 2010). O Brasil é um dos dez países mais ricos do mundo, mas está em 73º lugar no IDH, entre 169 países. E o calcanhar de aquiles é justamente a educação.
Apesar de estar na categoria "alta" e com nota superior à mundial, o emergente Brasil tirou 0,699 e ficou abaixo da média da América Latina, que foi de 0,704. O Chile (45º lugar) e a Argentina (46º) foram os dois mais bem colocados da região, mas o Brasil também ficou atrás de Uruguai, Panamá, México, Trinidad e Tobago, Costa Rica e Peru. Está no nono lugar.
Como houve mudança de metodologia, não dá para comparar com o ano passado. E que nos perdoe o indiano Amartya Sen, Nobel de Economia e idealizador do ranking, mas toda pesquisa e todo indicador sempre dão margem para questionamentos, muxoxos, desdém.
Assim, a reação e o efeito do IDH dependem da ótica dos governos de plantão, principalmente quando são daqueles bons de marketing. Quando o resultado é a favor, copo cheio: o índice é perfeito. Se é contra, copo vazio: não vale nada.
Mas, já que Dilma está definindo nomes, programas e rumos para seu governo, deve estudar detalhadamente o IDH. Quem sabe assim não recoloca a educação ao lado de saúde, violência e infraestrutura?
A não ser que ela e Lula prefiram deixar o IDH pra lá e se fixar num outro ranking: o da revista "Forbes", que coloca Dilma em 16º lugar entre as pessoas mais influentes do mundo, à frente mesmo de Hillary Clinton e de Nicolas Sarkozy. E ela nem tomou posse ainda!

CURSO PREPARATÓRIO - CURSÃO SANTA RITA

Persistência da APEOESP alcança resultado: DRHU orienta diretorias de ensino sobre a aposentadoria especial

Fonte: FAX URGENTE - APEOESP
Desde que a o STF julgou a constitucionalidade da Lei 11.301/2006 que a APEOESP vem alertando o Governo do Estado que a questão da aposentadoria especial dos especialistas estava resolvida em âmbito superior. O governo estadual, porém, insistia em afirmar que aguardava parecer da Procuradoria Geral do Estado, que havia sido elaborado, mas retornou à PGE para que fossem esclarecidas algumas situações específicas.
Persistente na defesa dos direitos de todos os membros do Quadro do Magistério, que representa, em todas as reuniões que manteve com a Secretaria da Educação a APEOESP solicitava que a questão fosse resolvida.
Finalmente, no dia 03 de novembro o DRHU encaminhou uma orientação às Diretorias de Ensino, informando que a PGE emitiu novo parecer, o PA nº 61/2010, aprovado pelo Procurador Geral do Estado Adjunto.
Por conta deste parecer as Diretorias de Ensino são orientadas a encaminhar os processos de aposentadoria dos Professores Readaptados e aqueles que, em se mantendo como professores, foram designados como PCP, Vice-Diretor ou Diretor de Escola. Assim, para todos esses casos a aposentadoria especial passa a ser concedida administrativamente, não sendo mais necessário o ajuizamento de ações judiciais para fazer uso deste direito.
APEOESP Continua lutando pela aposentadoria especial para todos
O Governo do Estado mantém a negativa para a aposentadoria especial para aqueles que ocupam cargo efetivo de Diretor de Escola ou de Supervisor de Ensino. A APEOESP entende que essa decisão é ilegal e, portanto, orienta esses profissionais, caso enfrentem problemas para conseguirem a aposentadoria especial, que procurem o departamento jurídico da entidade
APEOESP assegura afastamento automático em 90 dias após o pedido de aposentadoria
A APEOESP tem recebido insistentes reclamações dos professores e demais membros do magistério quanto à demora na concessão das aposentadorias e encaminhou diversas vezes essas queixas ao secretário da Educação e outros órgãos do Estado.
Como se sabe, é assegurado ao servidor público do Estado de São Paulo, que após 90 (dias) decorridos do protocolo do pedido de aposentadoria voluntária, possa cessar o exercício da função pública, independente de qualquer formalidade, segundo o que dispõe a Constituição do Estado de São Paulo, em seu artigo 126, § 22 ( com a redação dada pela EC 21 de 14/02/2006).
Diante da demora para publicação dos pedidos de aposentadoria protocolados após a criação da SPPREV, o DRHU criou um código para ser lançado para fins de frequência e pagamento do servidor que lançar mão deste afastamento.
Orientação
A fim de evitar maiores problemas, orientamos os senhores professores a que, ao deixar o exercício da função pública a partir do 91º dia a contar do protocolo do pedido de aposentadoria, protocolem junto à Direção da Unidade Escolar ( órgão de lotação/sede de controle de frequência) um documento que comunicará à Unidade o afastamento em questão, conforme modelo abaixo.
ILMO. SR. DIRETOR DA EE ______________________________________
(nome, RG, CPF, cargo, natureza da contratação, lotado nesta unidade escolar, D.E.__________, endereço completo), vem à presença de Vossa Senhoria, com fundamento no artigo 126, § 22, conforme redação dada pela EC 21/2006, COMUNICAR que a partir de ____/____/_____ ( 91º dia ) após o protocolo do pedido de aposentadoria, em ____/____/____ ( cópia anexa), estarei cessando o exercício da função pública em questão.
_____________, ___ de _________ de ______
assinatura____________________ Nome/ RG

Prefeitura prevê salas com 25 alunos em creche

Os eleitores do Sr Prefeito, poderiam agora cobrar o que ele prometeu. Mas isso é só em época de campanha, depois esquece o povo e o pior e que o povo esquece também. E depois querem índices de primeiro mundo, conta outra...
Fonte: 05/11/2010 Fernanda Barbosa do Agora
A Prefeitura de São Paulo aumentou para 25 o número recomendado de crianças por educador em salas de alunos de três anos em creches municipais. Até o ano passado, a quantidade mínima era de 18 por professor --7 a menos. Em 2008, uma das promessas de campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM) era zerar a fila de espera nas unidades.
As crianças que começaram 2010 com dois anos dividem hoje um educador com 11 colegas. No ano que vem, esses alunos, com três anos, passarão a ter o mesmo professor que outros 24 amiguinhos --mais que o dobro do que neste ano.
Esse é o caso de Henrique Castro Arruda, 2 anos, que estuda na Barra Funda (zona oeste de SP). "Temo a perda de qualidade do trabalho", diz a sua mãe, a professora Elizamar de Castro, 35 anos."
Limite será reduzido de 35 para 25
De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, as portarias anteriores previam, para as crianças de três anos, um mínimo de 18 crianças e um máximo de 35 por educador. "O que estamos fazendo é reduzir o limite máximo, que era de 35 para 25."
A pasta informa que a média de alunos por professor já é, hoje, de 25 crianças. Segundo a secretaria, a mudança foi feita para atender "a totalidade das crianças" e oferecer seis horas de aula por dia para os alunos da pré-escola, e dez para os das creches.
A secretaria ressalta que os alunos serão acomodados de acordo com a capacidade física das salas e que não haverá superlotação de salas. A pasta informa que segue as determinações do Conselho Municipal de Educação, que indicam a necessidade de 1,5 metro quadrado de espaço para cada aluno de berçário e de 1,2 metro quadrado para as demais crianças.
A pasta diz que a reorganização do ensino infantil atende o que a Promotoria defende e que não haverá corte de vagas no berçário.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

OAB diz que MEC insulta cultura brasileira ao vetar livro de Monteiro Lobato

Aonde estamos e aonde vamos chegar? Agora é o Monteiro Lobato que é uma afronta. Pergunto é o Tiririrca com mais de 1 milhão de votos é o que? É uma inversão de valores tremenda. As pessoas ficam buscando pelo em casca de ovo, ou para aparecer, ou pq não tem mesmo o que fazer. Cabe a escola provocar a discussão e a reflexão mesmo desses materais que alguns gênios consideram inapropriados. Tem tanta coisa que de fato é inadequada e inapropriada na escola e isso ninguém leva em consideração. Como dizem o buraco é bem mais embaixo.
Fonte: 04/11/2010 - 18h56 Folha se São Paulo - Caderno SABER
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, defendeu nesta quinta-feira que o Ministério da Educação reveja o parecer que recomendou restrições à distribuição em escolas públicas do livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato.
Como revelou a Folha, o Conselho Nacional de Educação sugeriu que a obra não seja distribuída pelo governo ou, caso isso seja feito, que contenha uma "nota explicativa", devido a um suposto teor racista.
"O Ministério da Educação precisa rever essa decisão e deve desculpas ao país, não sendo aceitável que apresente uma mera justificativa", afirmou Cavalcante, em discurso na entrega do prêmio Francisco Cunha Pereira Filho na sede da OAB-PR, em Curitiba.
O advogado disse estar indignado devido ao conteúdo da obra ter sido considerado preconceituoso e racista. "Nós, que nos sentimos filhos literários do autor do Sítio do Pica-pau Amarelo, cuja sensibilidade indicou que um país se faz com homens e livros, não podemos aceitar tamanho absurdo. É um duplo insulto: à cultura nacional e à memória de um grande brasileiro", disse.
Ontem, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que iria pedir para o conselho rever o parecer que recomendou restrições à distribuição do livro. Haddad disse ter recebido diversas reclamações de educadores e especialistas contra a decisão do CNE. "Foram muitas manifestações para que o MEC afaste qualquer hipótese de censura a qualquer obra", afirmou.
Ele disse não ver racismo na obra, mas ainda assim não descartou a possibilidade de editoras redigirem as notas explicativas sobre o contexto em que determinada obra foi escrita quando isso for considerado necessário. Para o ministro, qualquer que seja a decisão do CNE, ela deverá valer para todos os livros e não para apenas um específico.
"CAÇADAS DE PEDRINHO"
Publicado em 1933, "Caçadas de Pedrinho" relata uma aventura da turma do Sítio do Pica-pau Amarelo na procura de uma onça-pintada. Conforme o parecer do CNE, o racismo estaria na abordagem da personagem Tia Nastácia e de animais como o urubu e o macaco.
"Estes fazem menção revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano", diz a conselheira que redigiu o documento, Nilma Lino Gomes, professora da UFMG.
Entre os trechos que justificariam a conclusão, o texto cita alguns em que Tia Nastácia é chamada de "negra". Outra diz: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão".
Em relação aos animais, um exemplo mencionado é: "Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens".
Por isso, Nilma sugere ao governo duas opções: 1) não selecionar para o PNBE obras que descumpram o preceito de "ausência de preconceitos e estereótipos"; 2) caso a obra seja adotada, tenha nota "sobre os estudos atuais e críticos que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura".

Juiz volta a ameaçar com cadeia pais dos que faltam às aulas

Se a moda pega, haja espaço físico nas detenções, pois infelizmente, os pais esquecem suas responsabilidades e jogam para a escola. Se o filho chega aos 14 anos, desrespeitando aos pais e não cumprindo com as regras e pq talvez faltou a estes mesmos pais uma mlehor orientação e se educassem desde sempre talvez o problema seria melhor. É muito cômodo para os pais dizer que não podem responder pelos filhos. Essa é a maior prova do abandono familiar. A justiça claro que precisa intervir e punir em alguns casos, mas precisa também orientar essas famílias pra que todos possam viver em sociedade com os princípios da cidadania para a democracia. Ou viverão muitos dias nas detenções... O governo também é responsável, pois sempre isenta os pais da responsabilidade, e também jogam a bronca para a escola. Assim fica fácil, mas chegará uma hora que ficará muito difícil, se é que já não chegou.
Fonte: Jornal "Bom dia Jundiaí", de 28/11/2010
Juiz volta a ameaçar com cadeia pais dos que faltam às aulas
Cerca de 330, e um total de 400 pais de Jundiaí convocados pela justiça , compareceram à audiência promovida pelo Conselho Tutelar e pelo Juiz da Vara e da Infância, Jefferson Barbin Torelli, ontem, no Fórum. Eles voltaram a receber advertência formal por evasão ou alto índice de faltas escolar dos filhos.
Além de receberem advertência, os pais foram avisados de que, nos casos de reincidência, podem até ser presos por um período de 15 a 30 dias.
Uma outra audiência já havia sido feita, em 30 de junho, com 210 pais.
Segundo a presidente do conselho, Kelly Cristina Galdieri, diversos alunos e pais presentes já tinham recebido a advertência na ocasião e serão reportados ao juiz. “É necessário que comecem a levar o assunto a sério”, disse.
“Vou analisar o relatório final, mas é bem provável que dessa vez tenhamos que punir com mais rigor e é possível que hajam detenções”, confirmou o juiz.
Alguns pais, como o auxiliar de expedições Eduardo de Oliveira Afonso, que tem seu filho de 14 anos matriculado na escola Maria de Almeida, criticava que a punição seja dada aos pais e não aos adolescentes.
“Com 14 anos, ele, tem que ser responsabilizado pelo comportamento, por faltar às aulas e por tudo que faz. Não acho certo os pais serem punidos, pois hoje os filhos crescem rápido e é difícil controlar sozinhos”, disse.
O juiz afirmou que os casos de adolescentes agressivos, que não obedecem os pais, devem ser analisados de outra forma.
“Quando constatarmos que a culpa não é dos pais e sim dos filhos, estes vão estar sujeitos a punições também”, disse.

Sai conteúdo do provão da Educação

Cuidado, nem tudo que sai no jornal é verdade. Primeiro que a Resolução SE 70 foi publicada no dia 27/10, ou seja, já a algum tempo. Outra coisa é esse engodo da prova do mérito, a inscrição que o efetivo tem que fazer é para o processo de atribuição de aula em 2011. Nesse caso para os OFAs da rede e candidato á admissão já acabou. Para a prova do mérito se faz necessário publicação em DOE com período de inscrição e data da prova, bem como a porcentagem de professores benefíciados com os 25% de aumento. Papel, infelizmente aceita tudo.
Fonte: 04/11/2010 Bernardo Moura do Agora
A Secretaria de Estado da Educação publicou no "Diário Oficial" do Estado a bibliografia sobre o conteúdo que poderá ser cobrado nas provas para os professores temporários da rede de ensino e na avaliação por mérito de quem já dá aulas nas escolas estaduais.
Hoje, a remuneração inicial de um professor que cumpre jornada de 40 horas semanais é de R$ 1.834,85.
O prazo de inscrição na prova para quem ainda não dá aulas na rede foi encerrado. Já os professores efetivos deverão se inscrever para o exame até o dia 12 de novembro, na escola de classificação do cargo.