quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Senado aprova projeto que reserva 50% das vagas em federais para cotas

Vergonha, assim resolvemos o problema da educação. Cretinice pura. Devíamos melhorar a qualidade da educação básica em nosso país, como os governantes não levam isso a sério, e deixam em segundo plano desviando o din din, é muito mais fácil deixar a educação básica ainda píor, pois no final do curso eles terão direito a 50% das vagas nas universidades. Então teremos a turma A da escola pública, um curso mais fraco e fácil, assim não coloco em conflito toda a vivência do aluno em face a uma escola facilitadora. E teremos a turma B que será a sala forte, alunos oriundos de ótimos colégios, onde a competitividade existe e seleciona os melhores. No caso da turma A selecionaremos os melhores dentro de um universo de aprendizagem fragilizada. Resultado: no mesmo curso um grupo muito bem preparado e outro preparado de acordo com os costumes da educação básica. A mesma que passa o aluno sem saber absolutamente nada.
Fonte: 07/08/2012 - 22h44 GABRIELA GUERREIRO DE BRASÍLIA - Folha de São Paulo
O Senado aprovou na noite desta terça-feira projeto que reserva metade das vagas nas universidades federais e nas escolas técnicas do país para alunos que cursaram todo o ensino médio em colégios públicos.
Além disso, estabelece a divisão dessas vagas com base nas raças dos estudantes.
O projeto segue agora para sanção presidencial. Na prática, ele mais do que dobra o total de vagas destinadas a cotas nas federais.
Levantamento da Folha nas 59 instituições federais mostra que hoje há 52.190 vagas reservadas, de um total de 244.263. Com o projeto, seriam então 122.131 --aumento de 134%.
O texto ainda prevê que as cotas devem ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios. A divisão deve considerar o tamanho de cada uma dessas populações no Estado, segundo o censo mais recente do IBGE.
Se houver sobra de vagas, elas irão para os demais alunos das escolas públicas.
Dos 50% reservados para cotas, metade das vagas será destinada a alunos com renda familiar de até R$ 933,00 por pessoa. Nesse grupo, também é preciso respeitar o critério racial.
Assim, os 50% restantes das cotas podem ser ocupados por quem tem renda maior, desde que seja obedecido o critério racial.
O tema tramitava havia 13 anos no Congresso, mas, por ser polêmico, só foi aprovado depois que o governo mobilizou aliados. A expectativa era que fosse votado nesta quarta, mas o governo aproveitou o plenário cheio na sessão para concluir a tramitação.
O projeto prevê que as cotas irão vigorar por dez anos. Depois disso, haverá revisão do tema com o objetivo de verificar se o modelo deu certo.
"É um período de transição para garantir a igualdade na seleção", disse a senadora Ana Rita (PT-ES), uma das relatoras do texto.
Editoria de Arte/Folhapress
VESTIBULAR
Um trecho aprovado deve ser vetado pela presidente Dilma Rousseff. Ele estabelece que o ingresso por meio de cotas deve ocorrer pela média das notas do aluno no ensino médio, sem vestibular ou sistema similar.
Para facilitar a aprovação no Senado, o Palácio do Planalto prometeu vetar essa mudança.
A votação foi simbólica. Apenas o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) se declarou contrário ao projeto.
"Ao colocar todas as instituições no mesmo molde, estamos ferindo a autonomia da universidade. Estabelecemos de fora para dentro um critério", afirmou.
O senador Paulo Paim (PT-RS), um dos principais defensores do projeto, disse que a mudança faz um resgate social dos negros no país.
"Quem é negro sabe o quanto o preconceito é forte. A rejeição desse projeto significaria não querer que os negros, índios e pardos tenham acesso à universidade."