quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Alunos de escola top de SP boicotam Saresp

É importante lembrar, que o governo do Estado de SP só colocou as ETESP junto com as outras escolas regulares com o objetivo de mascarar os dados, haja vista que estes alunos tem um melhor desempenho na escola pública, até por conta do ingresso que acontece por meio de vestibulinho. Como eles tem um bom resultado, é um engodo acreditar que os dados do IDESP de fato sejam verdadeiros e mostram a realidade escolar. Isso foi mais um factoide criado por este último governador, que queria a qualquer custo mostrar resultados. O qualquer coisa a qualquer preço teve resultado nas urnas. Vamos torcer para que o futuro governador tenha mais juizo e bom senso com a educação paulista.
Fonte: Folha de São Paulo, de 18/11/10
Os 200 alunos, 100% dos matriculados no 3º ano do ensino médio da Escola Técnica Estadual de São Paulo, Etesp, considerada a melhor escola estadual paulista, boicotaram ontem a prova do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar (Saresp).
Os estudantes fizeram uma manifestação em frente à escola, pedindo para ser atendidos pela diretoria -o que não aconteceu até o final do protesto, às 12h.
O boicote foi organizado pelo grêmio estudantil. Segundo o estudante Daniel, 16, os alunos da Etesp, no Bom Retiro (centro de SP), não são contra às avaliações periódicas. "Mas isso tem de ser acompanhado por melhorias efetivas na educação. Do jeito que está, é só uma prova sem função alguma."
A expectativa do Estado é que, nos dois dias de prova (termina hoje), 2,5 milhões de estudantes de escolas estaduais, municipais, particulares e técnicas participem da avaliação do governo. Desses, 1,7 milhão são da rede estadual de ensino.
Segundo a Secretaria da Educação, é com base nos resultados das provas que são traçadas "políticas públicas de aprimoramento da educação oferecida aos quase cinco milhões de estudantes das escolas públicas paulistas".
Bruno, 16, acredita que o Saresp "visa apenas a dar uma satisfação à opinião pública, descontente com os resultados pífios da educação pública paulista".
"É um "me engana que eu gosto". Eles fazem o Saresp ao mesmo tempo em que entregam livros didáticos que mostram o continente americano com dois Paraguais. Isso é sério?", pergunta o estudante (refere-se ao episódio ocorrido em 2009, quando a Secretaria Estadual da Educação distribuiu livro de geografia com mapa errado da América do Sul).
A Etesp é a 116ª melhor escola do país, de acordo com o último ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), e a mais bem colocada dentre todas as estaduais paulistas. O ingresso se dá por vestibulinho. (LC)

Udemo encaminha ofício ao futuro governador

São Paulo, 17 de novembro de 2010

Ofício n.º 085/10

Prezado Senhor,

Durante a campanha ao Governo do Estado, Vossa Excelência destacou a importância da Educação no vosso futuro governo.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em 30/09/10, Vossa Excelência afirmou que, se eleito, “a educação será a sua grande prioridade”.

Em entrevista à Rede Globo, logo após a proclamação do resultado da eleição, declarou: “vou conceder aos professores reajustes salariais acima da inflação”.

Confiamos nas vossas promessas e acreditamos que um primeiro gesto de boa vontade e determinação de cumpri-las será colocar na Secretaria da Educação uma pessoa bastante envolvida com a escola pública, disposta ao diálogo com os professores e suas entidades e que não padeça de vícios anteriores.

Nesse sentido, Excelência, temos certeza de que não faltam nomes nos vossos quadros. Mas temos também a firme convicção de que o atual Secretário não deve continuar, para o bem da educação e o sucesso do vosso governo nesta área.

A manutenção do atual secretário, com certeza, vai criar uma área de atrito entre o vosso governo e o magistério, como um todo, logo no início da gestão, sem muita chance de compatibilização e diálogo, contaminando toda a futura gestão.

A experiência do magistério com o atual Secretário foi muito ruim, deixando uma imagem de descaso com os profissionais da educação.

Por essas razões, pedimos que Vossa Excelência reflita sobre esse nosso pleito. Se necessário, que Vossa Excelência faça uma consulta à base do magistério, e até mesmo às diversas instâncias da Pasta.

Sendo só, para o momento, e na certeza de que Vossa Excelência cumprirá as promessas de campanha, aproveitamos o ensejo para renovarmos nossos votos de elevada estima e distinta consideração.

Respeitosamente,

Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto

Presidente

Excelentíssimo Senhor

Dr. Geraldo Alckmin

DD Governador eleito do

Estado de São Paulo.

De olho nele!

Fonte: UDEMO
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, em matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, de 30/09/10, afirmou que, se eleito, “a educação será a sua grande prioridade”.
Em entrevista à Rede Globo, logo após a proclamação do resultado da eleição, declarou: “vou conceder aos professores reajustes salariais acima da inflação”.
Estamos de olho! Vamos acompanhar e cobrar.
Um bom sinal vai ser quem ele vai colocar na Secretaria da Educação.
Se mantiver o atual secretário, tudo terá sido mera promessa de campanha. Nada vai mudar.
As entidades da Educação tiveram problemas com o Secretário; a base do magistério, de um modo geral, criou aversão a ele, porque o Secretário se mostrou, o tempo todo, avesso ao diálogo e desrespeitoso com o magistério.
Graças a ele, e ao próprio, cunhou-se contra o Governador Serra o bordão: “Serra não gosta de professor”!
Não sabemos quem deveria ser o próximo Secretário da Educação, mas sabemos quem não poderia ser: ele, o atual!
Não é nada pessoal, menos, ainda, político-partidário. É apenas uma constatação.
Se o governador eleito tem uma visão diferente desta, ou acha que a posição das entidades é corporativista e sectária, então que faça uma consulta direta ao magistério sobre o assunto.
O resultado não vai surpreender ninguém!

Pais vão ao Ministério Público contra falta de professores em Jundiaí

Fonte: Jornal Bom Dia Jundiaí, de 18/11/10 - Alexandre Barbosa Agência BOM DIA
Os pais de 40 alunos da sexta série da escola estadual Orozimbo Sóstena, no Jardim Estádio, em Jundiaí, entraram nesta quarta-feira com uma ação junto ao Ministério Público para reivindicar que o conteúdo escolar perdido pelos filhos, pela falta de professores, seja reposto e a situação resolvida.
Segundo Valéria Ballas, uma das mães que coordena o grupo de pais, há duas semanas os alunos perderam cinco professores, afastados por motivos de saúde ou licença-prêmio e, somente o de história foi substituído.
“Eles ainda estão sem professores de português, ciências, inglês e geografia”, afirma.
Segundo Valéria, a decisão de procurar o auxílio do MP veio após uma reunião dos pais com a diretora da escola, que teria afirmado não ser possível substituir os docentes.
"Como a progressão é continuada, os alunos não repetem mais e parece que o Estado não se importa com o problema na defasagem do ensino”, afirma a mãe. “O ideal é que Jundiaí seguisse o exemplo de Várzea Paulista, onde a Justiça proibiu a aprovação automática.”
O BOM DIA constatou que há ausências de professores também na quinta e na sétima séries e no ensino médio.
A diretora da escola, Ariane Picardi, confirma o problema e diz que apesar do esforço da diretoria, não consegue encontrar provisórios devido à nova lei que rege a contratação de substitutos.
“Nós tentamos contratar todos professores que tinhamos cadastrados pela Diretoria de Ensino, porém, nenhum deles estava disponível ou aceitou o convite”, diz.
Wendel Carlos Ferreira, 37 anos, pai de um aluno que cursa o primeiro ano do ensino médio, também reclamou do Estado pela falta de professores na escola pública.
“Essa escola sempre foi muito boa, mas o salário que o professor recebe hoje faz com que ninguém queira dar aula aqui”, reclama.
De acordo com Wendel, seu filho vai às sextas-feiras na escola, fica as três primeiras aulas de “janela” e só tem as duas últimas.
Promotoria
Os pais que foram ontem ao MP não conseguiram falar com o promotor da Vara da Infância e Juventude, Mauro Vaz. Mas foram recebidos pelo oficial que o assiste e receberam a informação de que hoje o promotor analisará o caso e deverá tomar providências contra a escola.
Segundo o MP, o problema ocorre em várias escolas , mas este é o primeiro grupo a procurar a promotoria.
Nova lei dificulta a contratação de substitutos
“A situação que está ruim, vai ficar pior ano que vem”, diz a presidente da Apeosp (sindicado dos professores) de Jundiaí, Leila Regina Martins Casote, 36 anos, sobre a falta de professores substitutos.
Leila explicou que a falta de professores deve-se aos baixos salários, falta de estrutura e segurança. E, principalmente em virtude da lei, em vigor desde o ano passado.
Segundo Leila, os professores substitutos ou eventuais agora precisam assinar um contrato para dar às aulas, porém, quem o fizer este ano, está impedido de pegar qualquer aula em 2011.
“Se um professor pegar duas, 20 ou um mês de aula, não importa a quantidade, ele ficará sem poder dar aulas no próximo ano todo. Isto é um absurdo”, diz.
Segundo Leila, por isso nenhum professor quer pegar aulas no fim do ano, para não comprometer o seguinte.
Ela ainda aponta que o Estado é cada vez menos atrativo e professores têm migrado para escolas particulares.
“Sem contar que há cada vez menos pessoas interessadas em ser professor. Os cursos de licenciatura da região estão cada vez mais vazios e algumas faculdades nem os oferecem mais.”
A presidente da Apeosp parabenizou os pais por buscar na Justiça os direitos de ensino dos seus filhos.
“Nós brigamos pelos direitos dos professores, eles pelos dos filhos.”
Diretoria promete repor aulas na escola
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado, por meio da Diretoria de Ensino de Jundiaí, informou que todas as aulas não dadas aos alunos da Escola Estadual Orozimbo Sóstena serão repostas, em datas a serem definidas. Nos próximos dias, três professores de licença-saúde retornam à escola.
A Diretoria de Ensino informou também que semanalmente publica as aulas para atribuição.