sexta-feira, 29 de maio de 2009

Governo nomeia relatores especiais e não discute PLCs 19 e 20 na Alesp

Essa é a realidade da educação paulista, as emendas são coerentes e apenas torna a lei justa e aplicável. Haja vista que alguns dispositivos existem na lei, mas na prática não são aplicados, por exemplo o tempo de duração de aula, a lei diz 60 minutos, mas hoje nos períodos manhã e tarde são de 50 minutos e a noite com duração de 45 minutos. A emenda apenas cumpre com uma realidade que foi estabelecida pelo próprio governo, por isso o contraditório. Nesta queda de braço quem perde somos nós professores.
Fonte: APEOESP - Fax nº 29 – 28/05/2009
Todos à assembleia da categoria em 29 de maio
Governo José Serra, confirmando perfil antidemocrático, vem se recusando a debater nas comissões permanentes da Assembléia Legislativa os Projetos de Lei Complementares 19 e 20, que tramitam em regime de urgência naquela Casa. O PLC 19 foi encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que tem apenas 48 horas para elaborar e votar parecer sobre o conteúdo do projeto. No caso do PLC 20, vencido o prazo regimental de 48 horas na CCJ sem que fosse votado qualquer parecer, o presidente da Casa, por solicitação da liderança do governo, indicou relator especial que elaborou parecer favorável ao projeto, sem emendas. Com isto, não houve votação e o projeto imediatamente foi encaminhado para próxima comissão, a de Educação. A deputada Maria Lúcia Prandi (PT), presidente da Comissão de Educação enviou o projeto ao deputado Roberto Felício, que elaborou substitutivo com inclusão de emendas de interesse da categoria, entre elas, a garantia de 1/3 da jornada para atividades extraclasses; curso de formação continuada durante o estágio probatório sem prejuízo das atribuições normais (e não como etapa do concurso); hora-aula não superior a 50 minutos; gratificação por dedicação exclusiva, entre outras. Entretanto, a base governista não se apresentou, impedindo a instalação da reunião da Comissão de Educação que deveria acontecer nesta quarta-feira para discussão do projeto e do substitutivo. Com isto, o governador poderá solicitar relator especial, impedindo o debate democrático e a votação do projeto. Este quadro reforça a necessidade de intensa mobilização de toda a categoria, visando pressionar os parlamentares e o próprio governo estadual a garantir a inclusão de emendas que assegurem os direitos dos professores. A mobilização de toda a categoria, aliada à intervenção de parlamentares de oposição no Legislativo, já garantiu conquistas, como a estabilidade dos ACTs que estavam na rede até a data da promulgação da SPRREV. Portanto, é de suma importância que todos compareçam à assembleia estadual nesta sexta-feira, 29, às 14 horas, na Praça da República para deliberação dos próximos passos do movimento. E no dia 03 de junho, às 14h30, vamos lotar o Plenário Juscelino Kubitschek na audiência pública sobre os projetos de lei, pressionando os parlamentares da base a aprovarem modificações que atendam às necessidades da categoria..
Calendário de luta
Dia 29 de maio: assembleia com paralisação, 14 horas, Praça da República, seguida de ato público do funcionalismo
Dia 03 de junho: audiência pública, 14h30, Plenário Juscelino Kubitschek, Assembleia Legislativa

MEC vai ampliar exigências para cursos de Pedagogia

O MEC também deveria cobrar do sistemas de ensino melhores condições de trabalho e de salário. De nada adianta apenas mudar os cursos, se a carreira não atrai bons profissionais em função dos baixos salários. A problemática não está apenas nos cursos e na formação docente, os problemas são bem mais amplos e falta alguém que imponha alguns limites aos sistemas públicos de ensino e aos seus respectivos gestores.
Fonte: Agência Estado - 29/05/2009 - 10h07 O Ministério da Educação vai apertar o processo de fiscalização dos cursos de Pedagogia. Na esteira do lançamento do Sistema Nacional de Formação de Professores, o governo quer ter certeza de que os cursos estão preparando os estudantes para ensinar, e não para administrar escolas ou fazer pesquisa. A partir de agora, o documento de fiscalização que será usado para autorizar novos cursos e manter os antigos exigirá laboratórios de informática e ensino, brinquedotecas e contato dos alunos com escolas desde o primeiro ano. O foco nos cursos de Pedagogia é uma das tentativas do ministério de melhorar a formação dos professores. Hoje, apesar de quase 70% dos docentes brasileiros terem curso superior completo, apenas 61,7% têm licenciatura. São 330 mil atuando sem formação adequada - 17,5% do total. A maior parte no ensino fundamental. "É ruim a formação, mesmo daqueles professores que têm curso superior", disse o ministro da Educação, Fernando Haddad. "Por isso estamos homologando o instrumento de autorização de cursos de Pedagogia. Vamos alterar a metodologia de autorização e reconhecimento de cursos." No início deste ano, o MEC iniciou um processo de supervisão de 60 cursos de Pedagogia que tiveram notas 1 e 2 no Exame Nacional de Desempenho do Estudante. Desses, 20 estão em processo de extinção por não terem condições de se adequar às exigências. Os demais estão sob um protocolo que dá prazo de um ano para que as modificações sejam feitas. O censo do professor, divulgado ontem pelo MEC, mostra que 61,7% dos professores que atuam na educação básica têm curso superior e licenciaturas. Mas 25,2% têm apenas o magistério de ensino médio e outros 5,5% o ensino médio regular. Mais de 15 mil têm apenas o ensino fundamental e, mesmo assim, parte deles dá aulas para crianças de 5ª a 8ª série e mesmo no ensino médio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O futuro do ensino - Editorial Folha de São Paulo

Falta apenas os governantes perceberem que precisam valorizar a carreira do magistério, não apenas com bonificações eventuais, mas com salários elevados ao nível de cobrança que se faz a uma classe infelizmente descontente e desprivilegiada.
Fonte: Folha de São Paulo - Editorial - 29/05/2009
O CENSO da educação básica de 2007, preparado pelo Inep (instituto de pesquisas do Ministério da Educação), traça um perfil preocupante do professor brasileiro nas redes pública e privada de ensino. Em todos os níveis de instrução há parcelas significativas de mestres, no mínimo 13%, sem a formação mínima exigida em lei.O caso mais grave se localiza entre a 5ª e a 8ª séries do ensino fundamental, com 27% de profissionais não qualificados. Um contingente pequeno, 16 mil do 1,8 milhão de docentes, só estudou até o fim do ensino fundamental. Pela legislação, não poderia dar aulas.Particularmente alarmante é a situação no ensino de disciplinas estratégicas -como física e matemática- para o desenvolvimento profissional na economia tecnológica dos tempos atuais. No ensino médio, só um quarto dos professores de física tem licenciatura na área. Em matemática, 34%.Mesmo não sendo a única mazela da educação nacional, a qualificação deficiente dos mestres ajuda a explicar o péssimo desempenho de nossos estudantes em provas internacionais. Resulta, com certeza, da contínua desvalorização da profissão docente, para a qual contribuiu uma gama de fatores que não cabe analisar aqui. Importa é olhar para o futuro, que apresenta duas ordens de desafios.A primeira consiste em dotar o magistério da condição de disputar os melhores talentos saídos das universidades. Com um rendimento médio de R$ 1.335 por mês, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2007, parece difícil. Entre 30 ocupações com nível universitário listadas na Pnad, as cinco mais mal remuneradas são todas docentes.Melhorar os salários, assim, constitui providência imperativa, mas não suficiente. Nenhum jovem promissor vai atrelar seu futuro a uma profissão que não ofereça uma carreira estruturada e boas condições de trabalho, o que inclui disciplina e segurança no ambiente de ensino. Além disso, há que dotar o recém-chegado do ferramental didático que as faculdades de educação em geral abandonaram, em favor de divagações teórico-sociológicas.A mesma deficiência precisa ser sanada no caso dos professores que integram as redes públicas de ensino e nela ficarão por anos ou décadas, a segunda ordem de desafios. Antes, ou em paralelo, urge fazer com que satisfaçam ao menos a exigência legal de graduação universitária, dificuldade que os governos federal, estaduais e municipais bem ou mal já atacam.Aqui e ali, sistemas de avaliação e bonificação por desempenho começam a fornecer incentivos corretos para que professores prossigam aperfeiçoando-se. Ainda é cedo para verificar a eficácia desses dispositivos, mas eles decerto não dispensam o investimento na requalificação do quadro docente atual. O maior desafio é elevar o desempenho médio dos alunos ao menos no que é essencial -a escrita, a compreensão de textos, as operações matemáticas.

Em discurso, Lula critica a política de educação de Serra

Fonte: Folha de São Paulo - 29/08/2009 -DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em discurso de improviso, ontem, em evento de lançamento do primeiro Plano Nacional de Formação de Professores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a política de educação do governador paulista, José Serra (PSDB).Lula disse que, com a implementação desse plano e a consequente melhoria na formação dos profissionais de educação, não haverá mais no país mapas com dois Paraguais e alguém tentando fazer incorretamente educação sexual por meio de um livro.Neste ano, a Secretaria da Educação de São Paulo recolheu o livro didático que trazia erros no mapa da América do Sul e havia enviado a alunos de terceira série um livro com palavrões e conotação sexual.

"Modelo de comprar deve mudar", afirma Secretário de Educação do Estado de São Paulo

Vamos esperar que erros deste tipo não ocorram mais. É esperar para ver. Fonte: 29/05/2009 - Folha de S.Paulo
O secretário Paulo Renato Souza disse que vai mudar a compra de livros para as escolas. Ele quer criar uma comissão de especialistas que fará um parecer sobre cada obra.
Pergunta - Como se escolhem os livros?
Paulo Renato Souza - Cada processo teve uma sistemática. No Ler e Escrever [projeto do governador José Serra (PSDB) quando era prefeito de SP], mais da metade dos 818 títulos já era usada na secretaria municipal. O Estado usou as mesmas obras e, como alguns títulos estavam fora de catálogo, pedimos que elas [editoras] mandassem novos livros para essas faixas etárias. Quem fez a seleção foi a mesma comissão do município. Havia normas claras, que, obviamente, não foram seguidas. O que não tem sido destacado é que o programa é bom. Se há dois títulos errados, 816 são bons. Mas, de fato, foi detectado problema com o livro sobre futebol [que continha palavrões]. Quem escolheu aquele livro leu o prefácio e algumas histórias, mas não as três que eram complicadas. O segundo livro é claramente inadequado para a idade.
Pergunta - Onde ocorreu o erro?
Paulo Renato - No fato de não termos comissão formal de especialistas, que deveria ter escrito um parecer sobre cada livro. É o que faremos daqui para a frente, como eu fazia no Ministério da Educação [na gestão FHC].
Pergunta - Foi um erro da secretária Maria Helena Guimarães de Castro [as compras foram feitas no ano passado, na gestão dela]?
Paulo Renato - Foi um erro da secretaria, da coordenação do programa, não quero responsabilizar ninguém.
Pergunta - Após o primeiro problema, a secretaria disse que passava pente-fino nas demais obras...
Paulo Renato - Vai acabar hoje [ontem]. A poesia havia sido detectada na noite anterior à publicação [da reportagem de ontem]. Se houver necessidade, vamos excluir mais alguns títulos do programa.

Secretário admite novo erro em livro para criança

Quando ocorre algum fato nas escolas e a mídia divulga, de imediato o governo tenta culpar e afastar os indicados, mesmo que não exista prova alguma, entretanto, quando ocorre dentro da cúpula do governo nada acontece, espera-se que com o tempo a população esqueça e ninguém é punido.
Fonte: 29/05/2009 - Gilberto Yoshinaga - do Agora
O secretário estadual da Educação, Paulo Renato Souza, admitiu ontem mais um erro do governo na seleção dos livros. No caso mais recente, divulgado ontem pelo Agora, a obra "Poesia do Dia -Poetas de Hoje para Leitores de Agora", disponível para as crianças da 3ª série (nove anos de idade), traz expressões como "Tome drogas" e "Nunca ame ninguém. Estupre". "Realmente foi um erro. Ninguém da secretaria pensa que o livro é adequado para a 3ª série. Os exemplares já estão sendo retirados do acervo da terceira série", disse. Segundo ele, uma sindicância vai apurar o caso. "Erros acontecem. Certamente alguém terá de ressarcir o prejuízo", disse. "Minha ideia é que possamos devolver para as editoras e pedir livros adequados, em substituição, ou o ressarcimento dos recursos", afirmou Paulo Renato. "De certa forma, houve erro da editora, ela sabia que eram livros infantis. A Via Lettera, editora de um dos títulos polêmicos, disse em nota que não faz recomendação de títulos pela faixa etária. "Uma vez solicitada a compra, efetuamos a venda. É um processo mecânico. Não fomos informados, no ato da compra, a quem seria destinado. Já a Abril Educação, editora de outro livro recolhido, afirmou que o título é recomendado para jovens de 13 anos, "indicação reforçada na contracapa, na apresentação e no suplemento ao professor". A Secretaria da Educação disse que gastou R$ 29.456,10 na compra de 1.313 exemplares de "Poesia do Dia". Mas não informou quanto gastou com todos os livros da coleção. Ainda de acordo com Paulo Renato, o governo José Serra (PSDB) deveria concluir ontem a reavaliação dos outros 816 títulos do kit para verificar se alguma outra obra tem conteúdo inapropriado. "A partir de quarta, todos os títulos ficarão expostos na secretaria, por 15 dias, à disposição de todos." Até a conclusão desta edição, a pasta não havia informado se a reavaliação foi concluída nem se outros títulos inadequados foram achados.
Outros erros
Esse foi o segundo título impróprio detectado no programa de incentivo à leitura. O livro "Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol", também indicado para alunos de 3ª série, contém vários palavrões, expressões de conotação sexual ou preconceituosa e frases de duplo sentido. O Estado gastou R$ 37.100 com 1.700 exemplares desse livro --dos quais 1.216 chegaram a ser distribuídos na rede estadual de ensino. Antes disso, em março, descobriu-se que 500 mil livros de geografia distribuídos como material didático tinham erros. No mapa da América do Sul, o Paraguai aparecia duas vezes e tinha a localização invertida com o Uruguai. A Fundação Vanzolini, que fez o material, trocou os livros com o equívoco.

Comissão do Senado aprova ensino fundamental, médio e profissional nas penitenciárias

Espero que seja aprovada em plenário. De fato, a educação é a grande ação transformadora dentro das unidades prisionais. Eu atuei durante quatro anos como assessor pedagógico da Fundação Roberto Marinho em presídios do Estado de São Paulo, os alunos cursaram as séries finais do ensino fundamental com apoio dos vídeos do Telecurso 2000 além de professores capacitados sistematicamente para desenvolverem de fato estratégias que previlegiavam muito mais a aprendizagem, do que apenas o mecanismo de "dar aula". Os resultados foram favoráveis, até porque as avaliações era feitas pela Fundação Bradesco, que não tinha vínculo nenhum com os alunos. De modo geral, a maioria dos professores sentiram-se privilegiados ao fim do projeto, não apenas pelo alto índice de aprovação (é importante deixar claro, que esses resultados foram verdadeiros, os alunos foram responsáveis pelos índices e em momento algum se pensou em educação facilitadora e sim em reparadora) mas pelas mudanças de comportamento que os alunos-presos tiveram durante todo o projeto. Espero enfim que o Congresso Nacional tome a melhor decisão, que é oferecer de verdade educação as pessoas que se encontram presas.
Fonte: 28/05/2009 - 16h37 - Da Agência Senado
As penitenciárias brasileiras poderão ser obrigadas a oferecer aos presos o ensino fundamental e médio, na modalidade de educação a distância, conforme decidiu a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, na reunião desta quinta-feira (28).De acordo com o substitutivo do senador Romeu Tuma (DEM-SP) o projeto (PLC 95/02) do deputado Paulo Rocha (PT-PA), presos e presas também terão direito a programas de educação profissional, que deverão ser integrados ao sistema federal ou estadual de ensino.A proposta determina que o censo penitenciário anual deverá apurar a escolaridade de todos os presos, a existência de cursos de nível fundamental e médio e o número de presos e presas que os frequentam, a implementação de cursos profissionalizantes, além do acervo dos livros.Ao defender a proposta, Romeu Tuma afirmou que o projeto, transformado em lei, será um instrumento para que a ressocialização dos presos. A matéria vai agora à votação do plenário.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

MPF quer impedir universidade de substituir vestibular por novo Enem

Tava demorando...
Fonte: Revista Ultima Instância - Da Redação - 28/05/2009 - 17h09
O MPF-RS (Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul) quer impedir a Ufpel (Universidade Federal de Pelotas) de utilizar o resultado do novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como único critério para escolha de seus alunos em 2009. A Procuradoria ingressou nesta quarta-feira (27/5) com uma ação civil pública questionando a alteração do processo seletivo da instituição, que já anunciou o fim de seu vestibular, com adesão imediata ao novo plano do Ministério da Educação. Segundo o MPF-RS, o procurador da República Max dos Passos Palombo argumenta que a alteração se deu de forma abrupta e pode prejudicar a preparação dos estudantes que pretendem ingressar na Ufpel. Ele pede que a mudança ocorra somente a partir do processo seletivo de 2011. “A decisão deveria ter sido precedida de alteração no Estatuto da instituição, que prevê a realização do vestibular pela própria Ufpel, o que teria de ter sido realizada pelo Consun (Conselho Universitário da Ufpel), e não por decisão apenas do Cocepe (Conselho de Ensino da Ufpel)”, diz o procurador na ação. Procurada, a Ufpel disse por meio de sua assessoria que não comentaria o caso por ainda não ter sido notificada sobre a ação. Ainda de acordo com Palombo, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) prevê que as universidades devem levar em conta o impacto que a alteração de seus processos seletivos podem acarretar sobre a orientação do ensino médio (art. 51 da LDB). Esse é exatamente um dos objetivos alegados pelo MEC para substituir o vestibular. De acordo com o Ministério, as provas atuais exigem um excesso de conhecimentos específicos que prejudicam o planejamento do ensino médio. Outra finalidade do novo sistema é aumentar o acesso de estudantes de escolas públicas ao ensino superior.

Novo Enem terá 180 questões e 10h de duração; MEC lança edital

Fonte: 28/05/2009 - 10h29 - Da Redação - UOL educação -Em São Paulo
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2009 terá 180 questões e tempo de duração total de 10h, sendo 4h30 no primeiro dia e 5h30 no segundo. As informações foram divulgadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (28). As provas serão realizadas nos dias 3 e 4 de outubro.
O MEC (Ministério da Educação) resolveu mudar o formato do Enem. Inicialmente, eram previstos 200 testes, mas a pasta avaliou que 180 eram suficientes para avaliar os candidatos.No primeiro dia de exame (3/10), haverá provas de ciências da natureza e suas tecnologias e, depois, ciências humanas e suas tecnologias. Nesse dia, os candidatos terão 4h30 para resolver as questões.No segundo dia (4/10), serão aplicadas a prova de linguagens, códigos e suas tecnologias, que inclui a redação, e a prova de matemática e suas tecnologias. Os estudantes terão 5h30 para a resolução dos exames desse dia.Até agora, 42 faculdades federais já declararam que irão utilizar o exame em seus vestibulares.
O MEC definiu que o Enem poderá ser usado de quatro formas:
como prova única para a seleção de ingresso;
substituindo apenas a primeira fase do vestibular pelo Enem;
combinando a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional; nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem que será utilizado na média definitiva;
usando o Enem como fase única apenas para as vagas ociosas da universidade.
InscriçãoAs inscrições do exame devem ser feitas somente pela internet, das 8h de 15 de junho às 23h59 de 17 de julho (horário de Brasília (DF). É preciso preencher o cadastro e imprimir o comprovante de inscrição e o boleto de pagamento; a taxa custa R$ 35. Os comprovantes de inscrição estarão disponíveis via web até o dia 24 de julho.Estudantes que tenham estudado em escolas públicas ou em instituições participantes do Encceja 2006, 2007 e 2008 têm isenção de taxa. Também terão isenção de taxa candidatos de baixa renda, bem como os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais; para isso, é necessário fazer requerimento entre os dias 15 e 19 de junho, pela web. A relação dos isentos será divulgada até 3 de julho.O resultado do Enem deverá ser enviado aos candidatos via Correios, a partir da segunda quinzena de janeiro de 2010.

MEC quer que candidato a professor vá bem no Enem

Fonte: Agência Estado - 28/05/2009 - 09h24 Após mexer com avaliação, aumentar recursos para escolas e prefeituras, incrementar material escolar e instituir piso salarial nacional, o Ministério da Educação quer cobrar mais qualidade do professor. Um pacote de medidas a ser apresentado hoje vai mexer com a formação, os concursos e até o acesso aos cursos de licenciatura: para ser candidato a professor, o estudante terá de ir bem no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). 600 mil têm aulas com professores apenas com ensino fundamental Metade dos professores de 1ª a 4ª séries não têm formação adequada Apenas 1 em 4 professores de física têm formação específica MEC prevê investimento de R$ 1,9 bi e 330 mil vagas de formação Estudante de licenciatura e de medicina poderá pagar Fies com trabalho Ministério quer sistema nacional de contratação Censo: professor padrão é mulher de 30 anos e leciona na cidade
"Fizemos um mapeamento do que funciona no sistema de valorização do professor no mundo para tentar atrair jovens talentosos para a carreira do magistério. Concluímos que teríamos de criar dois filtros, o primeiro no ingresso à própria licenciatura. A ideia é que o ingressante tenha uma pontuação mínima no Enem", explicou o ministro Fernando Haddad.A obrigatoriedade dessa pontuação no Enem terá de ser introduzida por mudança na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e vai atingir candidatos a licenciatura em qualquer área, em faculdades particulares ou públicas, estaduais ou federais. Se a instituição não usar o Enem na seleção, o candidato terá de fazer as duas provas.O governo federal também levou adiante uma proposta que se arrastava havia mais de um ano: permitirá que estudantes formados com ajuda do Financiamento Estudantil e que se tornem professores em escolas públicas paguem com trabalho o seu empréstimo. A cada mês de trabalho, 1% do saldo devedor será quitado. O mesmo valerá para médicos que ingressarem no programa Saúde da Família. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Censo revela formação deficitária do professor

O Texto é longo, mas vale a leitura, precisamos entender porque tantas falhas com os professores. Talvez porque se cobre e espera-se muito deste profissional, afinal de contas todos valorizam o papel do professor, todos, inclusive os políticos fazem uso da importância deste papel em época de eleição, mas valorizar apenas com elogio não funciona, professor ganha muito pouco, sei que muitos utilizarão o argumento que ao ingressar na carreira já era sabido que o salário era baixo, mas isso não justifica em nada, podemos continuar com o papel preponderante que exercemos perante a sociedade e podemos também sermos melhores remurados. Afinal de contas, elogio não paga conta. Porque que os membros do executivo e legislativo, não estabelecem que ao se darem aumento o mesmo percentual seria usado para os profissionais da educação. Outra incoerência, é justo e necessário a cobrança de solída formação do professor, mas porque algumas pessoas que exercem altos cargos, ganhando muito, mas muito bem e para estes nada é exigido, é no mínimo incoerente. Algumas pessoas governam o país em vários setores públicos e a estes nada é cobrado, não existe pressão e por vezes são expostos quando descobrem alguma falcatrua, o que hoje em dia, infelizmente tem sido corriqueiro, talvez seja o momento de exigir deste profissionais tanto ou mais daquilo que se cobram dos professores.
Fonte: Angela Pinho – Folha de São Paulo – 28/05/2009 - Da Sucursal de Brasília
Até teólogo e bibliotecário dão aula de física
Dos professores de quinta a oitava série do país, 26,6% não têm a habilitação legal exigida para dar aulas nesse nível, que é diploma de ensino superior com licenciatura. Do total de docentes desse nível, 21,3% não têm nenhuma graduação e 5,3% têm diploma superior, mas sem a licenciatura.O retrato é do censo da educação básica de 2007 feito pelo Inep, o instituto de pesquisas ligado ao MEC. Pela primeira vez, foram identificados dados individuais do universo de 1,8 milhão de docentes de escolas públicas e particulares do país.Para quem trabalha até a quarta série, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, determina como formação mínima o curso normal (de formação de professores) de nível médio ou um curso superior com licenciatura.Da quinta série ao ensino médio, a exigência é ter nível superior com licenciatura.Entre os docentes, há até uma parcela que só estudou até a oitava série: 0,8% do total.Sem a qualificação mínima exigida, esses profissionais dão aula para cerca de 600 mil alunos -ou 1% das matrículas-, segundo o levantamento.Roraima, Pará e Ceará têm a pior situação: 12% dos professores só têm nível fundamental ou médio, sem magistratura.O ministro Fernando Haddad (Educação) diz acreditar que grande parte dos professores não enquadrados nas exigências tenha iniciado a carreira do magistério antes da Lei de Diretrizes e Bases, aprovada em 1996. Como a legislação não tem efeito retroativo, eles continuaram em atividade.Para melhorar a qualificação, o MEC enviará ao Congresso um projeto que exigirá de todos os professores do ensino fundamental (1ª a 8ª série) a formação em algum curso superior com licenciatura.O curso normal de nível médio continuaria valendo para quem atua em creche e pré-escola. Também serão criadas 310 mil vagas em universidades públicas de 21 Estados para professores sem a formação legal ou graduados em áreas diferentes daquelas em que atuam.Cursos gratuitos de licenciatura em universidades privadas já são oferecidos no ProUni (programa de bolsas de estudo), mas têm baixa procura -1,2% do total de bolsistas.O professor João Batista de Oliveira, que fez pesquisas na área de formação de professores, lembra que a exigência de nível superior já é o mínimo pedido nos países desenvolvidos.Ressalta, por outro lado, que isso depende da qualidade da graduação. "Não temos muito forte no Brasil a evidência de que os atuais cursos de formação façam grande diferença."
Descompasso
Os dados mostram ainda que há, em todas as disciplinas, um descompasso entre a formação e o que ele tem a ensinar.Incluídas no ano passado, filosofia e sociologia/estudos sociais, por exemplo, têm apenas 25% e 13% de seus docentes graduados em filosofia e ciências sociais, respectivamente.Física é o caso mais emblemático. Dos professores da disciplina no ensino médio, apenas 25% foram formados por algum curso universitário específico da área -contra 34% que estudaram matemática. A lista conta ainda com químicos, bibliotecários e teólogos.Uma das causas dessa distorção pode ser o salário, segundo estudo de Fernando de Holanda Barbosa Filho e Samuel de Abreu Pessôa, da FGV.Eles compararam os vencimentos de professores da rede estadual em SP e no RS com os de profissionais de formação semelhante em outras áreas -o censo não inclui salários.A conclusão é que, no mercado gaúcho, o magistério é menos vantajoso financeiramente para formados em física. Em São Paulo, há quase empate.Para Barbosa Filho, o fato de os salários pagos a docentes de física e química da rede pública serem equivalentes aos de professores de outras disciplinas afasta do magistério os profissionais dessas áreas. Eles acabam indo para profissões com mais retorno financeiro.Na avaliação do presidente da Sociedade Brasileira de Física, Alaor Chaves, é melhor um professor de física formado em engenharia ou matemática do que outro oriundo de um curso genérico de ciências.Mas, ressalva, um formado em matemática tende muitas vezes a abordar mais as equações envolvidas na matéria do que a explicação dos fenômenos, por exemplo.
MEC quer tornar mais rigorosa seleção de futuros professores
Diante das deficiências na formação de parcela expressiva dos professores, o Ministério da Educação lança hoje um conjunto de medidas para, de um lado, qualificar os que já estão em exercício e, de outro, tornar mais rigorosa a seleção dos futuros docentes.Uma das propostas é filtrar futuros professores já na entrada para a universidade.O projeto, que depende da aprovação do Congresso, fixa uma nota mínima no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para quem quiser ingressar em um curso superior de formação de professores.A ideia de uma nota de corte nacional, segundo o ministro Fernando Haddad, parte da premissa de que dificilmente uma instituição de ensino consegue elevar a formação de um aluno que tem base precária.Uma pesquisa com dados do Enem de 2005 de Paula Louzano, doutora em educação pela Universidade Harvard (EUA), mostrou que só 5% dos melhores alunos do ensino médio queriam seguir o magistério, o que ela credita à falta de atratividade da carreira. Entre os piores, o índice sobe para 16%.Segundo o ministro, a nota de corte pode mudar de ano para ano. Nesse cálculo, teriam de ser equacionados o aspecto quantitativo, ou seja, a demanda da rede pública por professores, e o qualitativo.Para depois da universidade, o MEC fará um concurso nacional para seleção de professores da rede pública. A prova será feita pelo Inep, e os Estados e municípios interessados poderão usar o banco de dados com as notas dos aprovados.Serão anunciadas novas regras para a graduação em pedagogia em instituições privadas e federais -as estaduais e municipais não estão sob jurisdição do MEC. Os cursos terão de usar 70% da carga horária para formação de professores.A medida vem após conclusão de que cursos ensinam pouco sobre o que e como ensinar.Para incentivar o ingresso nos cursos de formação de professores, será enviado ao Congresso um projeto de lei que modifica o Fies, que financia estudantes do ensino superior.O aluno de um curso privado de formação de professores que aderir ao financiamento poderá, depois de formado, abater 1% de sua dívida a cada mês trabalhado na rede pública. Ao final de oito anos e quatro meses, ele terá quitado seu débito. A medida valerá também para médicos do Programa Saúde da Família em municípios definidos pelo Ministério da Saúde. Docente do ensino médio é o mais sacrificado
O censo da educação básica do Inep mostra que o professor do ensino médio é o mais sobrecarregado do país.De acordo com o levantamento, 50% dos docentes dessa etapa são responsáveis por cinco ou mais turmas, incluindo os 14% que respondem por dez ou mais classes. Isso acontece porque eles, em geral, lecionam apenas uma disciplina, diferentemente do que ocorre no início da vida escolar das crianças.É o caso do professor Luciano Pereira da Costa, 33, que deixa sua casa em Diadema (Grande SP) por volta das 6h, todos os dias da semana. Às 7h, ele inicia a primeira aula do dia, num colégio particular. A maratona vai até as 23h, quando termina sua última aula, numa escola estadual ao lado de casa.Juntando as duas escolas, ele tem cerca de 700 alunos, divididos em 19 turmas. Para uma delas, não dá aulas de física, sua licenciatura, mas de matemática. São cerca de 55 aulas por semana. Esse esquema rende a ele R$ 2.800 por mês, verba complementada com aulas particulares, que elevam a renda mensal para cerca de R$ 4.000.A rotina corrida não permite que Luciano prepare aulas ou atividades diferentes, lamenta o professor. "Sinto falta disso. Acabo trabalhando sempre com o mesmo material. Se trabalhasse apenas em uma escola, poderia me dedicar mais."O censo do Inep revela que 64% dos professores dão aula em só um período do dia (manhã, tarde ou noite), e 6%, nos três. A possibilidade de um período do dia fora da sala de aula é uma reivindicação de professores, com o argumento de que isso lhes dá tempo para corrigir provas e se preparar melhor.A permanência do profissional em uma única escola acontece com 81% dos professores do Brasil, segundo o censo. Em São Paulo, Estado com o terceiro pior percentual, são 75%.A professora de inglês Mônica Hermini, 43, dedica seu tempo a 180 alunos do colégio Santo Américo, no Morumbi (zona oeste de SP). Ela dá aulas das 8h às 16h20 e tem tempo livre para elaborar material didático próprio. As horas vagas ajudaram a concluir tese de doutorado em literatura inglesa na USP. Mônica recebe mais que o triplo dos salários de Luciano juntos.Em média, segundo o censo, o professor brasileiro típico é mulher, tem 30 anos e dá aula a apenas uma turma de 35 alunos em uma escola. Mas o retrato varia com a região e a série. MEC: PROJETO DE LEI EXIGIRÁ LICENCIATURA
O MEC enviará ao Congresso um projeto que exigirá de todos os professores do ensino fundamental a formação em algum curso superior com licenciatura. Hoje, a lei admite o curso normal de nível médio (antigo magistério), que continuaria valendo para quem atua em creche e pré-escola. Serão criadas 310 mil vagas em universidades públicas de 21 Estados para professores sem a formação legal ou graduados em áreas diferentes das que atuam. Com esse salário, quem quer ser um professor?
ANTÔNIO GOIS DA SUCURSAL DO RIO
Um dos problemas mais graves detectados no censo do MEC com professores é o alto percentual dos que dão aulas de física, matemática e química no ensino médio sem formação nessas áreas.Em 2007, o Conselho Nacional de Educação já alertara que havia um déficit na formação de professores nessas disciplinas, evidenciado também pela dificuldade dos Estados de preencher vagas em seus concursos.A principal explicação para isso depende de uma informação que o censo do MEC não traz, mas que pode ser obtida na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE.Na comparação de 30 ocupações que exigem nível superior, as cinco de menor rendimento médio são todas relacionadas ao magistério.O salário médio de um professor de ensino médio com nível superior no Brasil era de R$ 1.335 em 2007. Isso representa dois terços dos rendimentos de um enfermeiro diplomado (R$ 2.022), metade do que ganham jornalistas (R$ 2.767) e 27% do obtido por médicos (R$ 4.865).É verdade que há evidências empíricas de que salários maiores não significam melhores notas de alunos nas avaliações do MEC. Mas esse é um dado que capta apenas um efeito imediato.Sabe-se, a partir de um estudo da consultoria McKinsey, que os países com melhor desempenho educacional são os que selecionam para suas escolas os profissionais mais bem capacitados. Para isso, não há dúvida de que a remuneração é um fator essencial.No Brasil, dados do questionário socioeconômico do Enade (exame substituto do provão) mostram que vamos em direção oposta: os alunos em cursos de formação de professores são os mais pobres, de famílias menos escolarizadas e que mais estudaram na rede pública.Em áreas em que o número de formados já não dá conta da demanda -caso de matemática, física e química- o problema fica ainda mais agudo. Os melhores que se formam nessas licenciaturas se deparam com escolhas como essas: receber R$ 1.335 como professor ou, por exemplo, fazer um concurso público para bancário, cuja remuneração média para nível superior é de R$ 2.216?Sem salários atrativos, não há vocação que resista. Resta às escolas darem um jeitinho para que os alunos não fiquem sem aulas dessas áreas.

Rio proíbe uso de eletrônicos em escolas estaduais

No Estado de São Paulo já tem essa lei, os regimentos escolares já proíbem o uso, mas infelizmente é muito difícil controlar, proibir e punir os alunos que ainda insistem em utilizar os aparelhos em sala de aula para atormentar a vida dos professores. Não basta apenas a lei, precisa também fiscalizar e punir, afinal de contas todos os atos sociais são punidos na forma da lei, o único lugar que pode se fazer tudo e nada acontece em nome de uma suposta nova psicologia e nas salas de aulas e nas escolas públicas não só de São Paulo, mas infelizmente de todo o país.
Fonte: Folha de São Paulo - 28/05/2009 - Da Sucursal do Rio
Aparelhos reprodutores de música, jogos, agendas eletrônicas e máquinas fotográficas estão proibidos nas salas de aula, bibliotecas e outros espaços de estudo das escolas da rede pública estadual do Rio.O veto consta de lei aprovada pelo governador Sérgio Cabral e publicada ontem no "Diário Oficial", colocando em vigor projeto de lei do deputado Marcelo Simão (PHS).O impedimento se estende aos professores, exceto em situações em que haja a autorização do estabelecimento de ensino para fins pedagógicos.

Senado estende merenda para ensino médio

Até que enfim foi aprovado. Será que pensavam que os alunos do ensino médio não tinham fome e por isso não precisava da merenda? Inclusive os alunos do período noturno sempre deram e continuarão a valorizar esta refeição. Tomare que o congresso continue pensando na população e não apenas em seus benefícios.
Fonte: Folha de São Paulo - 28/05/2009 - Da Sucursal de Brasília
O plenário do Senado aprovou ontem medida provisória que estende o programa de merenda escolar aos alunos das escolas públicas do ensino médio e profissionalizante. E inclui os alunos de ensino médio e da educação infantil no programa federal de transporte escolar.Atualmente o Programa Nacional de Alimentação Escolar é restrito à educação fundamental. A matéria agora vai à sanção do presidente da República.A MP, já em vigor, determina que 30% dos alimentos usados para merenda sejam produzidos pela agricultura local.

Livro para adolescentes é entregue a crianças em (escola estadual) SP

Primeiramente é importante deixar claro que o programa Ler e Escrever, de fato, estabelece excelentes parâmetros e tem contribuido com a melhora do processo de alfabetização e letramento, é um material facilitador e orientador e organiza uma rede imensa que é a estrutura da SEE/SP, contudo, nada se justifica, alguém precisa esclarecer os critérios de avaliação, escolha e compra, ou orientar melhor quem realiza este processo, lembrando que é alguém comissionado, ou seja está nesta função porque foi escolhido por alguém e provavelmente deve seguir a cartilha do governo, por isso não acredito em boicote, pois não é alguém que não tem compromisso com o governo que faz a seleção. Então, o governo precisa criar uma melhor forma de comissionar, quem sabe fazendo provas como quer fazer com os professores OFAs que não são concursados, talvez cobrando e exigindo mais, os resultados serão melhores, nesse sentido tento estabelecer o raciocínio de lógica que o governo faz ao propor o processo seletivo. Fonte: Folha de São Paulo - 28/05/2009 - Fábio Takahashi - Da reportagem local O governo de São Paulo enviou a alunos de terceira série (faixa etária de nove anos) um livro feito para adolescentes, que possui frases como "nunca ame ninguém. Estupre". A coletânea de poesias faz parte do mesmo programa de melhoria da alfabetização que teve um livro recolhido por conter palavrões e expressões de conotação sexual: "Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol", também distribuída para a terceira série. A nova obra, "Poesia do Dia -Poetas de Hoje para Leitores de Agora", foi enviada às escolas há cerca de duas semanas para ser usada como material de apoio. Foram distribuídos 1.333 exemplares. "Não é para crianças de nove anos. São várias ironias, que elas não entendem", afirmou o escritor Joca Reiners Terron, autor do poema mais criticado por professores da rede, chamado "Manual de Auto-Ajuda para Supervilões". Alguns dos versos são "Tome drogas, pois é sempre aconselhável ver o panorama do alto"; e "Odeie. Assim, por esporte". "Espero que o Serra [governador José Serra] não ache o texto um horror, como ele disse do outro livro. Horror é quem escolhe essas obras para crianças", disse Terron. Em nota, a direção da Abril Educação (responsável pela Ática) afirma que o livro é recomendado para adolescentes de 13 anos, "indicação reforçada na contracapa, na apresentação e no suplemento ao professor". Após questionamento da Folha, a Secretaria da Educação da gestão José Serra (PSDB) decidiu ontem retirar os livros das salas de aula. Os exemplares, no entanto, permanecerão nas escolas, para consulta de alunos mais velhos. O entendimento é que os assuntos do poema devem ser abordados na escola, mas com supervisão de um especialista. A secretaria não esclareceu como é feita a escolha dos livros. A sindicância aberta para apurar o caso do outro livro ainda não foi concluída. Críticas
Professor da Faculdade de Educação da USP, Vitor Paro afirma que a escolha do livro para crianças de nove anos "é produto da incompetência e ignorância do governo". "Por que os livros só foram retirados após o jornalista questionar? A análise não deveria ter sido feita antes?", diz. A coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Angela Soligo, classifica como "um horror" o poema. "Tem uma ironia que talvez só o adulto entenda. É totalmente desnecessário para uma escola." "Já é o segundo caso. Os professores ficam inseguros com o material", disse ela. Secretaria diz que programa requer "ajustes"
A Secretaria da Educação admitiu que o programa Ler e Escrever, que usa os livros criticados, precisa de "ajustes". Afirmou, porém, que o projeto tem tido bons resultados -cada aluno, diz, poderá ter acesso a até 200 títulos. Sobre a nova obra criticada, afirma que ela se refere a assuntos que "o noticiário aborda, as crianças estão expostas". "A escola precisa tratar desses temas. Mas com supervisão", afirmou a diretora de projetos especiais da FDE (fundação da secretaria responsável pela compra), Claudia Aratangy. A Folha solicitou entrevista com o secretário Paulo Renato Souza, mas não foi atendida. Durante a entrevista, na tarde de ontem, Aratangy disse que analisava retirar o livro das salas de terceira série e deixá-lo para os alunos mais velhos, com supervisão. Mais tarde, a assessoria de imprensa afirmou que a decisão já havia sido tomada. "O poema é uma ironia, não está incentivando uso de drogas ou os crimes. Mas ele precisa de uma mediação para ser lido", afirmou Aratangy. Questionada se o critério não deveria ter sido definido antes do envio do material às escolas, ela afirmou que "foi feita análise, mas algumas coisas passaram".

Falta estudo a professor no país

Não é nenhuma novidade. Por isso muitos sistemas de ensino, dão formação e capacitação quando ingressam na função através de concurso público e outros sistemas dão capacitação e formação independentemente do concurso, haja vista que este profissional mesmo se contratado precisa e necessita de formação e atualização constante. Neste ponto preciso dizer que a SEE/SP fez um grande avanço quando ofereceu aos professores com apenas o magistério o curso de formação universitária totalmente gratuito. Fonte: 28/05/2009 - Folha de S.Paulo

Dos professores de quinta a oitava série, 27% não têm diploma de ensino superior com licenciatura, que é a habilitação legal exigida para dar aulas nesse nível. No total, 21,3% não têm sequer diploma. O retrato é do censo da educação básica de 2007 realizado pelo Inep, o instituto de pesquisas ligado ao Ministério da Educação.

Pela primeira vez, foram identificados dados individuais do universo de 1,8 milhão de profissionais de escolas públicas e particulares do país. Para quem trabalha até a 4ª série, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, determina como formação mínima ter curso normal de nível médio ou algum curso superior com licenciatura. Da 5ª ao ensino médio, a exigência é curso de nível superior com licenciatura.

Entre os professores que lecionam nas escolas públicas e particulares brasileiras há até uma parcela que só estudou até a 8ª série: 0,8% do total.

Esses profissionais sem a qualificação mínima exigida dão aula para cerca de 600 mil alunos --ou 1% das matrículas--, diz o Inep.

O ministro Fernando Haddad (Educação) diz acreditar que grande parte dos professores não enquadrados nas exigências tenha iniciado a carreira do magistério antes da lei, aprovada em 1996 e que não teve efeito retroativo.

O Ministério da Educação informou ainda que lança hoje um conjunto de medidas para tornar mais rigorosa a seleção dos futuros docentes.

Uma das propostas do projeto é filtrar futuros professores já na entrada para a universidade, como uma nota mínima para o ingresso deles em um curso superior.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

SP pretende instalar 11 mil câmeras em escolas

Além das câmeras é importante ações pedagógicas que atendam as necessidades dos alunos e das escolas, afim de diminuir os índices de violência. É imperativo ações que deem condições dignas para que os professores possam de fato realizar seu ofício, que ultimamente tem sido muito difícil de ser posto em prática.
Fonte: 26/05/2009 - 19h07 - Agência Estado
Após dois episódios de quebra-quebra em escolas estaduais de São Paulo em seis meses, a Secretaria da Educação do Estado anunciará na sexta-feira um plano de combate à violência nas unidades da rede pública. O programa prevê a instalação de câmeras nas escolas - serão 11 mil aparelhos em 2,2 mil unidades -, a distribuição de manuais de segurança e a criação de um sistema online de registros de ocorrências. A Secretaria da Educação passará a contar ainda com a assessoria de um oficial da PM (Polícia Militar), estabelecendo uma ligação com a secretaria da Segurança Pública de São Paulo.As informações são do secretário da Educação, Paulo Renato Souza. Ele fez a declaração após participar de evento de assinatura de convênios para a abertura de nove mil vagas no ensino técnico estadual, em cerimônia realizada numa escola estadual na zona sul da capital paulista. Segundo Paulo Renato, o plano é começar em agosto com a instalação das câmeras de segurança nas unidades de ensino. A secretaria está finalizando a licitação para adquirir os equipamentos e contratar uma empresa de monitoramento.A ideia de um plano de combate à violência no ambiente escolar voltou a ganhar força no governo Serra depois da ocorrência de dois incidentes de quebra-quebra em unidades de ensino na cidade. O primeiro deles ganhou destaque em novembro, quando uma briga generalizada entre alunos da Escola Estadual Amadeu Amaral, no Belém, zona leste, terminou com uma jovem ferida e o prédio depredado.O segundo foi no último dia 14, quando houve quebra-quebra na Escola Estadual Professor Antônio Firmino de Proença, na Mooca, zona leste da capital. Os jovens que provocaram a confusão seriam traficantes de drogas, segundo afirmou na época Paulo Renato, e teriam entrado no prédio sem autorização da direção da escola. O governador do Estado, José Serra (PSDB), concluiu o ensino médio nessa instituição de ensino.

MEC promete dez mil salas de aula para alunos com necessidades especiais de aprendizagem

Importante decisão. Falta agora capacitar os professores para o trabalho com a diversidade cognitiva em sala de aula.
Fonte:26/05/2009 - 16h28 - Da Redação* - UOL educação -Em São Paulo
O MEC (Ministério da Educação) promete oferecer, até o final do ano, dez mil salas de recursos multifuncionais às redes de ensino públicas. De acordo com a pasta, a medida busca apoiar estados e municípios a atender os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados nas classes comuns das escolas públicas. As secretarias de educação de estados e municípios devem indicar as escolas que receberão as salas este ano até o dia 5 de junho.Para fazer a indicação, o gestor deve se cadastrar e preencher as informações solicitadas. Em seguida, deve acessar o Sistema de Gestão Tecnológica e preencher os campos Usuário e Senha.No menu Logística, o gestor deve clicar em Distribuição de Equipamentos e Entidades Atendidas. Depois, é preciso selecionar, no menu Distribuição, o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. Na parte inferior da tela, aparecerá a lista de escolas aptas a receber as salas de recursos multifuncionais, conforme a cota de salas indicada abaixo do nome do responsável. De acordo com a cota do município, a secretaria de educação deve escolher as escolas, uma de cada vez, a partir da opção Atestado.O gestor precisa ainda se comprometer a reservar espaço físico e professores para a implantação das salas, clicando na opção Sim. Depois desses passos, basta salvar e confirmar os dados informados. Caso a operação de escolha seja bem-sucedida, aparecerá a palavra Selecionada, na cor verde, à direita de cada escola marcada.A entrega dos equipamentos, mobiliários e recursos que compõem as salas de recursos multifuncionais deve ser iniciada em novembro. Entre 2005 e 2007 foram entregues 5.550 salas.
* Com informações da Assessoria de Imprensa do MEC

Comissão do Senado aprova projeto para ampliar acesso à educação infantil

O Congresso precisa mesmo melhorar a legislação de acesso e permanência na educação infantil, pois enquanto este nível de ensino não for considerado direito público subjetivo como ocorre com o ensino fundamental, as prefeituras ficarão sempre empurrando com a barriga o problema e o ministério público cobrando providências, mas sem nenhuma penalidade aos prefeitos e secretários de educação.
Fonte: 26/05/2009 - 15h21 - Da Agência Brasil
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta terça-feira (26) um projeto de lei para ampliar a rede de creches e pré-escolas gratuitas e em tempo integral no país. A proposta, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), ainda será analisada pelas comissões de Assuntos Sociais e de Educação, antes de seguir para a Câmara.De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Dioclécio Campos Junior, atualmente apenas 17% das crianças brasileiras de até 6 anos de idade têm acesso à educação no Brasil, o que, para ele, é um atraso inaceitável. O pediatra avalia que incluir meninos e meninas nessa faixa etária no sistema de ensino é uma medida complementar à licença-maternidade de seis meses."É prosseguir no processo de criação de uma rede de proteção e de estimulação com segurança e qualidade na primeira infância, nos seis primeiros anos de vida", disse Campos Junior, em entrevista à Rádio Nacional.O pediatra destacou que essa fase é fundamental para a formação desenvolvimento infantil. "Nesse período é feito o desenvolvimento do cérebro, a diferenciação das estruturas que vão formando pouco a pouco a inteligência, o desenvolvimento mental, a personalidade, os comportamentos dos futuros cidadãos."Segundo ele, o projeto prevê a criação de espaços adaptados para crianças dessa faixa etária. "O que se pretende é garantir igualdade de direitos a todas as famílias brasileiras, independentemente da sua situação socioeconômica."Campos Junior ressaltou ainda a importância de a sociedade apoiar o projeto de lei. "O compromisso que nós temos com essas crianças deveria ser semelhante ao das populações indígenas. As etnias indígenas no Brasil que ainda não foram destruídas, exterminadas ou distorcidas pela colonização têm como princípio básico o seguinte: o cuidado com uma criança numa aldeia indígena não é de responsabilidade só dos pais, é de todos que compõem a aldeia. Portanto, a responsabilidade com a primeira infância no Brasil deve ser de toda a sociedade", defendeu.

Estado anuncia vagas em cursos técnicos nas escolas estaduais e nos CEUS

Uma boa iniciativa, haja vista que muitas escolas possuem salas ociosas.
27/05/2009 - Camila Souza - do Agora
O governo do Estado anunciou ontem a criação de 9.265 novas vagas em cursos técnicos gratuitos, que serão realizados em salas de escolas estaduais de todo o Estado e nos CEUs (Centros Educacionais Unificados) da capital. Entre as vagas, 6.520 já estarão disponíveis no segundo semestre, com vestibular em 12 de julho. O programa é resultado de um convênio entre o Centro Paula Souza, a Secretaria de Estado da Educação e a Prefeitura de São Paulo. As vagas serão inicialmente para dez cursos, e cada escola estadual ou CEU trabalhará em conjunto com a Etec (escola técnica) mais próxima, que será responsável pela formação. Receberão o programa 55 cidades paulistas, incluindo a capital. Em São Paulo, dez CEUs estarão no projeto, com 600 vagas: Jaçanã (zona norte); Quinta do Sol, Parque Veredas e Lajeado (zona leste); Capão Redondo, Vila Rubi, Vila do Sol, Paraisópolis e Alvarenga (zona sul); e Parque Anhanguera (zona oeste).

Escola não teve aula de matemática neste ano

A SME esta autorizando vários concursos, mas o edital até agora nada, a impressão que tenho é que ficam esperando um tempo maior, para poder usar o número de contratações nas próximas eleições. A SME criou uma outra avaliação institucional, pergunto: Qual será o rendimento destes alunos? talvez este grupo não esteja presente nos resultados, pois a Avaliação da Cidade é por adesão, logo as escolas com problemas dificilmente participarão, e com isso o resultado apresentado não corresponderá a realidade de fato das escolas públicas municipais. É importante lembrar que a prefeitura articula propostas e ações pedagógicas pertinentes, o seu departamento de orientação técnica e os grupos de referência realizam um bom trabalho. Muitos professores possuem uma carga horária considerada para reuniões pedagógicas e desenvolvimento de projetos. Falta apenas que isso aconteça em todas as escolas.
Fonte: 27/05/2009 - Gilberto Yoshinaga e Gabriela Gasparin - do Agora
Inaugurada neste ano pela gestão Gilberto Kassab (DEM), a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Vila Santa Maria, localizada em Cidade Dutra (zona sul de SP), está prestes a encerrar o primeiro semestre letivo com falta de professores. Alguns alunos de 5ª, 6ª e 7ª séries não têm tido aulas de matemática, história, português, geografia, informática e leitura. Professores estão de licença Estudante carrega livros à toa "Só tive aulas de matemática na primeira semana de aula. Depois disso, o professor entrou de licença e não apareceu nenhum substituto", conta o estudante João Gabriel Silva Latuner Antunes, 12 anos, da 7ª série. "Não sei quando vou ter de repor essas aulas. Também fico preocupado com o que vai acontecer no ano que vem, porque neste ano ainda não aprendi nada", acrescenta. Também na 7ª série, mas em outra classe, um estudante de 13 anos tem sido ainda mais prejudicado. "Além de matemática, não tenho professores de informática e leitura", diz ele. "Às vezes, essas aulas vagas são ocupadas por algum professor de outra matéria. Em outros casos, temos de ficar sem fazer nada dentro da sala de aula, porque não aparece nenhum professor substituto", relata. Outro estudante, de 11 anos, vive situação semelhante na 5ª série. Ele afirma que, em 2009, só teve algumas aulas de história e português, disciplinas que no momento estão sem professor. "Neste ano, ainda não tive nenhuma aula de matemática. Meu caderno está todo em branco e nunca usei o livro, que deixo em casa", afirma. A falta de professores também incomoda os pais. A técnica Rosinda Maria da Silva, 43 anos, mãe de João Gabriel, já procurou a diretoria da escola para pedir explicação, mas não obteve resposta convincente. "A diretora admitiu que faltam professores, mas disse que os pais é que têm de se unir e reivindicar uma atitude da Secretaria da Educação", diz ela. "Não acho que isso seja responsabilidade dos pais, mas sim da prefeitura.
Declínio
Apesar de a escola ser nova, a falta de professores na Emef Vila Santa Maria ilustra a queda do rendimento dos alunos de 6ª e 8ª séries em matemática, dado revelado na última Prova São Paulo, cujos resultados foram divulgados em abril. Os alunos da escola nova, no entanto, ainda não passaram pelo exame. O índice de alunos com nível satisfatório nesta disciplina caiu entre 2007 e 2008. Entre os alunos de 6ª série, o percentual de aprovação caiu de 47,2% para 41,2%. Já entre os alunos de 8ª série, a queda foi maior: de 60,3%, em 2007, para 47%, no ano seguinte. A avaliação é aplicada anualmente na rede municipal de ensino e avalia os alunos em português e em matemática.

Diretora de Escola Estadual é afastada ao proibir entrada de aluno

Além do ECA e do Decreto da APM, existe decreto do governador proibindo a exigência de uniforme e carteirinha para adentrar em qualquer estabelecimento de ensino público, haja vista, que é obrigação do sistema oferecer condições para o andamento correto da escola. O que acontece é que algumas escolas acabam fazendo isso para poder caminhar com as próprias pernas, haja vista também, que a morosidade do sistema é complicada, e as vezes é com esse caixa da APM que as escolas conseguem caminhar. Pois é proibido pedir dinheiro para qualquer coisa, mas o Estado não dá verba por exemplo para os professores tirarem xerox, o que por vezes prejudica as ações didático-pedagógica no ambiente escolar.
Fonte: 26/05/2009 - Jéssika Torrezan - do Agora
A diretora da Escola Estadual Luis Gonzaga Righini, no bairro do Limão (zona norte de SP), foi afastada do cargo depois que pais denunciaram a venda de uniformes na unidade. Segundo os pais de alunos, eles eram obrigados a comprar o uniforme e a carteirinha do colégio. Quem não pagasse era proibido de entrar no prédio e de assistir às aulas. As camisetas custavam R$ 15, e a carteirinha, R$ 3. Segundo a Secretaria de Estado da Educação, a entrada de alunos não pode ser proibida. De acordo com a pasta, a diretora ficará afastada até o término das investigações.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pobre em escola privada vai melhor no Enem

Isso apenas mostra e prova que o desenvolvimento e desempenho cognitivo dos alunos esta atrelado a vários fatores e as condições ambientais, ou seja a qualidade na educação esta presente e pode ser quantificado por várias vertentes, entretanto a condição financeria ajuda, mas não é fator preponderante para a qualidade dos mecanismos de metacognição dos alunos.
Fonte: Folha de São Paulo - 25/05/2009 - Antônio Goisda Sucursal do Rio - Talita Bedinellida Reportagem Local
Todo dia o operador de máquina Cláudio Roberto Ferreira, 35, leva de bicicleta a filha Ana Beatriz, 8, à escola. Mora numa casa de três cômodos -cozinha, banheiro e quarto- num loteamento irregular no distrito de São Rafael (extremo leste de SP). Com quatro pessoas na família, metade da renda de R$ 600 é usada para pagar a escola das duas filhas.Na esperança de um futuro melhor, matriculou Ana Beatriz na Paulista Instituição de Ensino, colégio próximo à sua casa, que teve, na rede privada, a sexta menor média no ranking do Enem na cidade entre alunos do ensino médio regular.Apesar de a posição da escola não ser muito boa se comparada à das outras particulares, os números do Enem mostram que a menina provavelmente terá desempenho escolar melhor estudando na instituição do que numa escola estadual.Uma comparação das notas do Enem considerando a renda familiar dos alunos mostra que estudantes igualmente pobres se saem melhor em escolas particulares do que em públicas.No último exame, 17 pontos separavam a média da rede privada e a média da rede pública. Quando se considera apenas alunos com renda familiar inferior a dois salários mínimos, a distância cai pela metade (oito pontos), mas persiste em favor das particulares.Os dados do Enem mostram também que, apesar de o perfil de aluno de escolas particulares ser de maior renda que o da rede pública, 15% dos que estudaram apenas em colégios privados têm renda familiar inferior a dois salários mínimos."Tenho sobrinhos que estudam em escola pública e a gente ouve muitas histórias de professores agredidos, vê na TV casos até de morte dentro da sala de aula. Na escola particular, elas estão seguras e têm um estudo melhor", diz Ferreira.Uma mudança em seu trabalho fez com que sua renda caísse de R$ 1.000 para R$ 600. Ferreira adiou as obras da casa, como o acabamento do piso de concreto, mas não deixou de pagar as mensalidades. "Sempre priorizamos a escola."História parecida conta o motorista de ônibus Everaldo de Azevedo, 37. Ele recebe pensão de R$ 1.000 do INSS por causa de um problema físico. Sua mulher está desempregada. Mesmo assim, não tira a filha Natália do Colégio Tauá, na Ilha do Governador (zona norte do Rio), onde paga R$ 120 de mensalidade, além de material didático e alimentação."Cortamos refrigerante, pizza, cerveja e quase tudo para poder manter nossa filha numa escola particular. Lá, pelo menos, tenho como cobrar, pois, se vejo que ela não está aprendendo, posso ameaçar trocar de colégio ou exigir mais esforço do professor. Na escola pública, isso não acontece."Apesar de argumentos como menos violência e mais facilidade de cobrança, Ailton Fernandes, diretor do Sindicato dos Professores de São Paulo que já deu aulas em escolas públicas e privadas, diz que muitas vezes há escolas públicas do bairro com desempenho melhor que essas particulares. "Mas pesa muito na hora da escolha dos pais o fato de, na rede privada, haver menos paralisações por greve, conselho de classes ou outras razões."

Cerca de 50 mil alunos participam de avaliação internacional para medir desempenho

Fonte: 25/05/2009 - 08h23 - da Agência Brasil
A prova da edição 2009 do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) será aplicada no Brasil entre esta segunda e sexta-feira (29). Farão o exame cerca de 50 mil alunos de 990 escolas públicas e privadas, das áreas rural e urbana de 587 municípios, em todos os Estados e o Distrito Federal. Realizado a cada três anos pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Pisa tem como objetivo principal fornecer aos países participantes indicadores que possam ser comparados internacionalmente, de modo a subsidiar políticas de melhoria da educação. Participam do programa alunos de 15 anos de idade, matriculados a partir da 7ª série do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio.
Pisa
O programa de avaliação começou em 2000 e o objetivo é fornecer aos países participantes indicadores educacionais que possam ser comparados internacionalmente. Este ano, 65 países participam da prova. Entre as três provas aplicadas (matemática, leitura e ciências), uma área do conhecimento é escolhida, a cada edição, para ser o foco das análises. Em 2009, o exame terá ênfase em leitura. O Brasil participou de todas as edições do Pisa e sempre ocupa as últimas posições no ranking de desempenho. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do Ministério da Educação, é o coordenador do Pisa no país.

domingo, 24 de maio de 2009

Direitos de acesso e permanência Educação Infantil

Fonte: Educar para crescer – maio/2009 1) Que lei garante o direito à Educação Infantil?
É dever do Estado assegurar à criança de zero a seis anos de idade o atendimento em creche e pré-escola. Esta determinação está prevista na Constituição Federal de 1988 e no Estatuto da Criança e do Adolescente. "De acordo com estes dois instrumentos legais, a Educação, incluída aí a creche e a pré-escola, passa a ser um direito e, por isto, pode ser cobrada por qualquer cidadão", explica Gabriela Pluciennik, Coordenadora de Parcerias do Portal Pró-Menino (www.promenino.org.br) e pesquisadora do Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor
2)Sou obrigada a matricular meu filho?
Embora a família não seja obrigada a matricular a criança (de 0 a 3 anos) em uma creche, o governo precisa providenciar a vaga. O município tem de atender as crianças. "Mas, se nossa sociedade, ou seja, você, não acionar os mecanismos de fiscalização, nada vai mudar. Temos instrumentos legais para isso", diz a Coordenadora Geral de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica, do Ministério da Educação (MEC), Rita Coelho.
3) O que fazer para conseguir vaga?
Comece pelo mais fácil. Em primeiro lugar, procure a creche mais próxima a sua casa e inscreva seu filho. O Google pode ser uma boa ferramenta para a busca. Para não correr o risco de ficar por muito tempo na fila de espera por uma vaga, procure as instituições com o máximo de antecedência - antes mesmo de a criança nascer. Caso não tenha vaga, não deixe de se inscrever nas listas de espera.
4) Mas existem vagas para todos?
Os dados oficiais do IBGE mostram que pelo menos 30% das mulheres brasileiras com filhos de 0 a 6 anos não conseguem vagas em creches e pré-escolas públicas para suas crianças. Mas, na prática, a falta de vagas nessas instituições de todo o país é bem maior. Um estudo do economista Sergio Haddad, coordenador geral do movimento Ação Educativa, revela que 23 milhões das crianças de 0 a 6 anos não freqüentam creches e/ou pré escolas. Ou seja, menos da metade das crianças brasileiras têm esse direito atendido (Haddad, Sérgio. Educação e exclusão no Brasil. Ação Educativa; 2007).
5) Como os pais devem brigar pela vaga?
Se a creche não arrumar a vaga, os pais ou responsáveis pela criança devem, assim, se cadastrar em uma lista de espera de sua cidade. Caso a creche demore muito para providenciar a vaga, procure as Diretorias Regionais de Ensino para lutar pela vaga. Esses órgãos só precisam ser acionados quando as creches não arrumarem a vaga. Os pais também podem procurar a Defensoria Pública e o Ministério Público, ou o Conselho Tutelar mais próximo. "Esse órgão é responsável por zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente", diz a coordenadora do portal Pró-menino, Gabriela Pluciennik. Defensoria Pública http://www.dpu.gov.br/ Ministério Público http://www.pgr.mpf.gov.br/ Conselho tutelar http://www.pgr.mpf.gov.br/
6) E se isso não resolver o problema?
Se o Conselho Tutelar não conseguir uma vaga, a família - ou o próprio Conselho - deve procurar o Promotor de Justiça da Infância e da Juventude. Esse órgão pode entrar na Justiça contra o Estado e obrigá-lo a fornecer a vaga solicitada. Embora seja um direito garantido pela Constituição, muitas vezes o Estado consegue escapar da obrigação alegando não ter condições de atender a toda a demanda. "Nestes casos, o que acaba acontecendo é que o Ministério Público faz um acordo com o poder público e juntos eles estabelecem prazos e metas para a regularização da demanda", diz Gabriela Pluciennik, coordenadora de Parcerias do Portal Pró-Menino (www.promenino.org.br) e pesquisadora do Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor.
7) Qual o horário mínimo de funcionamento das creches e das pré-escolas? Há férias?
A LDB prevê o funcionamento mínimo das creches 5 dias por semana, durante quatro horas por dia, mas recomenda a expansão desse horário conforme as necessidades. O ideal é que as creches atendam 12 horas, das 6 às 18, por exemplo, pensando no horário de trabalho dos pais. Na cidade de São Paulo, o horário de funcionamento das creches era de 12 horas, mas, devido a uma determinação do prefeito Gilberto Kassab, de 2009, o atendimento foi reduzido para 10 horas diárias. As creches, pela necessidade de trabalho dos pais, não devem parar de funcionar, mas os funcionários precisam de férias. Para isso, as instituições devem promover rodízios de funcionários.
8) Uma mãe adolescente tem o direito de matricular seu filho durante o período em que ela estuda?
Infelizmente, não. A escolha do período de estudo não é garantida por lei. A única exceção é o adolescente trabalhador. Um problema sério, considerando os altos índices de gravidez precoce. "Uma mãe adolescente deve se informar sobre os critérios para a concessão de vagas por período e inscrever seu nome na lista de espera para o período desejado", diz Gabriela Pluciennik.
9) Qual a importância de pressionar as autoridade para conseguir a vaga?
A falta de vagas em creches é uma triste realidade. Mesmo pressionando as instituições de ensino, órgãos fiscalizadores e governos, muitas vezes a conquista deste direito demora muito. Mas, é importante saber dos seus direitos e exigir que eles sejam atendidos. Embora nem sempre os governos cumpram com suas obrigações, órgãos fiscalizadores, como as Diretorias Regionais de Ensino, o Conselho Tutelar e as promotorias de Justiça da Infância e da Juventude, existem, mas precisam ser acionados para funcionar.
10) Qual a importância da Educação na primeira infância?
É praticamente consenso entre educadores e especialistas que os primeiros anos de vida são os mais importantes para o aprendizado humano. Para o professor Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, o ensino em creches e pré-escolas deveria ser a prioridade das políticas públicas do país. "As chances de uma criança que teve uma boa educação na primeira infância ser bem sucedida na vida adulta são bem maiores", explica. Neri faz questão de lembrar que não basta oferecer vagas para todos, também é preciso garantir a qualidade destas instituições. "No Nordeste há mais oferta de vagas em creches do que no resto do país, mas isso não significa que a situação lá seja melhor. Muitos destes estabelecimentos não têm planejamento e infra-estrutura adequados, e acabam funcionando como verdadeiros depósitos de crianças", alerta.

Calendário vestibular meio do ano - 2009

Fonte: Folha de São Paulo – 24/05/2009
Clique no título e será direcionado para a página com o calendário de 120 instituições de ensino públicas e privadas de todo o país.

Estudo mapeia violência em escolas públicas SP

O que me deixa espantado é que a violência faz parte da prática pedagógica hoje em dia, todos os docentes sentem a violência no seu cotidiano e muitos são vítimas desta triste realidade, os estudiosos e pesquisadores provam com estudos esta violência, os sindicatos tem realizado pesquisas nas escolas, todos estes dados estão disponíveis e às vezes penso que só os governantes e dirigentes não percebem esta realidade e tentam a qualquer custo jogar a sujeira para debaixo do tapete, mesmo sabendo dos altos índices não apenas de violência, mas também da presença de drogas dentro das unidades escolares, logo as drogas, bem como as bebidas (que são proibidas por lei, mas sem fiscalização) colaboram com o aumento das péssimas condições de trabalho. E infelizmente não existem leis (e se existem não são aplicadas) que defendam os professores desta violência generalizada, logo, nos sentimos sozinhos e abandonados e desta forma as práticas de ensino e de aprendizagem são prejudicadas diretamente.
Fonte: 24/05/2009 – Folha de São Paulo - DA FOLHA RIBEIRÃO
Numa escola, a diretora negocia com alunos para evitar depredações. Em outra, 72% dos estudantes dizem ser vítimas de bullyng. Em mais uma, 71% dos professores afirmam ter baixa autoestima.Os cenários constituem um retrato de escolas públicas da região de Ribeirão Preto feito pelo Observatório da Violência e Práticas Exemplares da Universidade de São Paulo.Entre 2007 e 2008, 30 pesquisadores ligados ao Observatório analisaram e praticaram ações de intervenção nas unidades de ensino. Após a experiência, fizeram relatórios que serão reunidos num livro sobre violência nas escolas dessa região do interior.Um dos casos, ocorrido na escola Professora Glete de Alcântara, na periferia da cidade, fez a pesquisadora Márcia Batista comparar o episódio a situações vividas em presídios.Isso porque a direção da escola precisou negociar uma maneira de evitar as depredações. Em troca da ordem, oferecia cachorro-quente aos alunos num dia da semana, por exemplo.A dirigente regional de ensino de Ribeirão, Gertrudes Aparecida Ferreira, diz que as considerações sobre a Glete de Alcântara são carregadas de "uma certa dose de exagero".A dirigente afirmou desconhecer qualquer tipo de negociação com os alunos para evitar depredações.

Laptop para docentes (SP) tem versões diferentes

Essa é a realidade que os professores de São Paulo enfrentam, vamos esperar e ver se no próximo lote tem o acessório ou não...
Fonte: 24/05/2009 - FÁBIO TAKAHASHI – Folha de São Paulo - DA REPORTAGEM LOCAL Professores da rede estadual de São Paulo que aderiram ao programa de compra de laptops com ajuda do governo têm recebido computadores com acessórios diferentes, apesar de terem pago o mesmo preço.O projeto prevê auxílio do governo estadual no financiamento das máquinas aos docentes, com parcelamento em até 24 vezes sem juros, e preços abaixo do mercado.As primeiras 10 mil máquinas entregues no projeto possuíam webcam (câmera).O acessório não consta nas demais (cerca de 17.500).Segundo integrantes do governo José Serra (PSDB), as exigências da licitação não previam o equipamento.A inclusão da câmera no primeiro lote, dizem, foi feita por decisão da Positivo Informática, vencedora da disputa.A empresa afirma que, num primeiro momento, possuía em estoque apenas máquinas que dispunham da webcam.Por essa razão, para não atrasar a entrega, enviou os computadores com o equipamento não exigido na especificação, sem custo adicional para o governo, entre março e abril.A empresa afirma que, quando conseguiu repor o estoque, passou a enviar as máquinas sem as câmeras."Só comprei o laptop porque vi os dos colegas, completinhos. Quando o meu chegou, fiquei decepcionada", afirmou uma professora de Capivari (135 km de SP), que pediu para que seu nome não fosse publicado.Ela recebeu a máquina na semana passada. "É injusto, porque paguei o mesmo preço".
Pedido
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação disse que pediu à Positivo que inclua a câmera nos próximos lotes. A empresa, que também se manifestou por nota, não cita a inclusão do acessório nas máquinas.A fornecedora disse que enviou laptops com câmeras "de forma a priorizar a entrega dos equipamentos aos professores, honrando o compromisso com os professores e com o governo do Estado de São Paulo".Por meio do programa, o professor pode comprar o laptop em até 24 parcelas de R$ 72,42, o que representa R$ 1.738 no total. À época do lançamento, feito por Serra, a máquina estava estimada pela secretaria em R$ 2.500, que afirmava que gastaria R$ 15 milhões para garantir o juro zero.Apresentado em outubro de 2008, com previsão para início em dezembro, o programa só passou a entregar os computadores em março deste ano.Segundo o governo, o atraso ocorreu porque houve mudança da configuração do equipamento a ser adquirido, mais moderno e pelo mesmo preço.

Cidade de São Paulo cria mais uma avaliação

A avaliação institucional é uma excelente ferramenta para o estabelecimento de políticas públicas de educação, haja vista que a prova mostra o desempenho do sistema municipal de ensino. Como a própria matéria diz já existe a prova São Paulo e a cidade participa da Prova Brasil que é aplicada pelo governo federal e que estabele o Ideb (índice de desenvolvimento da educação básica) para todos os sistemas de ensino nacional. Entretanto, precisamos tomar alguns cuidados, as provas servem como referência para a reflexão e tomada de novas decisões afim de sanar os problemas inferidos, muito bem, se o sistema municipal já não consegue melhorar sua prática aplicando provas anualmente, como será possível com provas a cada seis meses. Isso não é nem utopia, e tentar garantir números, pois as medidas em eduçação não podem e não devem ser a curto prazo, pois quando essas acontecem não garantem continuidade e qualidade duradoura, já as ações a médio e longo prazo em educação possuem melhores resultados. Não sou contra avaliações, pelo contrário, mas utilizar um instrumento importante sem critérios, tornará a prática sem função e então deixará de avaliação e passará a ser auditoria.
Fonte: 23/05/2009 - Adriana Ferraz - do Agora
Os alunos da rede municipal de ensino serão submetidos a mais uma avaliação, a Prova da Cidade, a ser aplicada na 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do ensino fundamental. A intenção, segundo o secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, é saber o quanto os alunos aprenderam ao final do primeiro semestre de 2009. A avaliação acontece já no próximo mês, nos dias 16 e 17 de junho. As escolas que aceitarem participar --a prova não é obrigatória-- terão até sexta-feira que vem para entrar em contato com a Secretaria Municipal da Educação, segundo portaria publicada no "Diário Oficial" da Cidade. Desde 2007, a prefeitura também aplica a Prova São Paulo, que permite comparação de resultados com a Prova Brasil, do governo federal, que é feita bianualmente. Com o acréscimo da Prova da Cidade, os estudantes municipais serão submetidos a três avaliações externas este ano --fora as provas bimestrais aplicadas pelas escolas. "É importante que as crianças façam provas. Elas não são solução para os males da educação, mas ajudam no trabalho. Todo mundo passa por testes, a vida toda", disse Schneider.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Zona sul de SP é a região que mais perde professores

A matéria jáaponta os problemas, falta apenas o governo estabelecer a prática.
Fonte: 22/05/2009 - 08h45 - Agência Estado
A região do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, é a que mais perde professores todos os anos e também onde é mais difícil repô-los. Números da Secretaria Municipal da Educação mostram que no mês passado 67% da demanda por docentes no ensino fundamental estava na área, que inclui bairros como Capão Redondo, Jardim Ângela e Vila Andrade. Eles ficaram conhecidos há alguns anos pelo alto índice de violência e tráfico de drogas. O número de professores que pedem transferência, são exonerados ou saem da rede por outros motivos nessa região tem aumentado. No ano passado, 471 docentes saíram da rede no Campo Limpo - em 2007, o número ficou em 200. Com um terço dos moradores vivendo em favelas, o distrito tem 129 mil alunos em 125 escolas de educação infantil e 70 de ensino fundamental. De acordo com o mapa comparativo das regiões da cidade, elaborado pelo Movimento Nossa São Paulo com dados do Ministério da Educação, os índices educacionais do Campo Limpo estão entre os mais baixos da capital. O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação) da região de 5ª a 8ª série, por exemplo, foi de 3,5 - numa escala de 1 a 10. Na Mooca, região com a melhor nota da cidade, a pontuação foi de 4,8. O motivo dessa fuga de professores ainda é incerto, mas, segundo entidades sociais, professores e especialistas, vários fatores contribuem para o problema. O estigma da violência é um deles, assim como a falta de transporte público adequado e a distância dos bairros da região central da cidade. Outro fator é a falta de faculdades de Pedagogia e licenciaturas em comparação com outros bairros. Um acréscimo no adicional pago para quem trabalha em áreas vulneráveis poderia ajudar, segundo Cleyton Gomes da Silva, diretor do Sinpeem, sindicato dos docentes da capital. "É longe, é carente, há violência e alunos envolvidos com drogas. Os professores de outros bairros sentem medo. Nessas condições, é preciso um estímulo maior", diz ele. Segundo o secretário da Educação, Alexandre Schneider, esse reajuste está em fase de regulamentação e deverá ocorrer em breve. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Quatro em cada dez alunos que retomam os estudos abandonam seus cursos

Acredito também que falte políticas públicas destinadas a esta modalidade de ensino, afinal de contas a necessidade deste grupo de alunos é em boa parte diferente de quem estuda os níveis de ensino de forma regular. A EJA acaba sendo um curso amarrado e não atende as demandas dos alunos, por isso a evasão. O governo precisa olhar e entender melhor as necessidades da EJA.
Fonte: 22/05/2009 - 10h00 - Simone Harnik - UOL educação -Em São Paulo
Concluir os estudos de ensino fundamental e médio parece uma tarefa árdua para os jovens e adultos que não fizeram as aulas na idade ideal: quatro em cada dez abandonam cursos de EJA (Educação de Jovens e Adultos). É isso que mostra uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): 42,7% dos adultos que procuraram a EJA até 2007 largaram os estudos - o que corresponde a mais de 3,4 milhões de pessoas.
  • Mais de 80% estão preocupados com trabalho
  • Educação de jovens e adultos é mais frequente entre mais pobres
  • IBGE: informática é o curso profissional mais procurado
  • Nordeste tem jovens e adultos com escolaridade mais baixa
  • As informações são de um suplemento da Pnad 2007 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgado nesta sexta-feira (22). Na Pnad 2007, a mais recente pesquisa publicada pelo IBGE, foram pesquisadas 399.964 pessoas em 147.851 residências, distribuídas por todo o país. O estudo mostra que, das pessoas que saíram da educação de jovens e adultos, apenas 4,3% conseguiram concluir a primeira parte do ensino fundamental (1ª a 4ª série); 15,1% terminaram o segundo ciclo do ensino fundamental (de 5ª a 8ª série); e 37,9% finalizaram o ensino médio.

    Motivos do abandono

    O principal motivo para o abandono do curso para a maioria dos entrevistados foi a dificuldade de encaixar o horário das aulas com o horário de trabalho (ou de procurar trabalho). Ao todo, 27,9% das pessoas pesquisadas alegaram esta causa. Em segundo lugar, com 15,6% das respostas, aparece a falta de interesse em fazer o curso. Também aparecem nas razões para a desistência a incompatibilidade do horário das aulas com o dos afazeres domésticos (13,6%), a dificuldade de acompanhar o curso (13,6%), a inexistência de curso perto de casa (5,5%), a falta de curso perto do trabalho (1,1%), falta de vagas (0,7%) e outros motivos (22,0%).

    Razões para fazer o curso

    Quem procurou a EJA tinha principalmente a intenção de retomar os estudos (43,7%). Em segundo lugar, apareceram os que queriam melhores oportunidades de trabalho (19,4%). Depois, há ainda os que buscavam adiantar os estudos (17,5%) e conseguir um diploma (13,7%). Quando foi feito o levantamento, 2,9 milhões de pessoas de 15 anos ou mais faziam EJA. Estavam no primeiro ciclo do ensino fundamental 23,9%% dos estudantes; no segundo ciclo, 40%; e no ensino médio, 36,1%.

    Alfabetização de adultos

    Cerca de 2,5 milhões de pessoas faziam a AJA (Alfabetização de Jovens e Adultos), em 2007, quando foi realizado o levantamento. Naquele ano, a taxa de analfabetismo atingia 10% dos brasileiros com 15 anos ou mais - o que representa aproximadamente 14,1 milhões de pessoas. Ou seja, somente dois em cada dez analfabetos estudavam. Cerca de 45% do 1,8 milhão de alunos que frequentavam as aulas de alfabetização declararam não saber ler e escrever um bilhete simples. A região Nordeste, onde se concentrava mais da metade dos analfabetos do país (7,5 milhões), de acordo com a Pnad 2007, foi a que teve mais estudantes de AJA: 1,3 milhão de pessoas. Apresentaram menores números de participantes de AJA as regiões Sul (265 mil pessoas), Centro-Oeste (125 mil) e Norte (169 mil). Aprender a ler e a escrever foi o que motivou 66% dos estudantes a buscarem o curso de alfabetização. As outras razões foram retomar os estudos (21,8%), conseguir melhores oportunidades de trabalho (7,9%), e outros motivos (4,3%).

    Ministério Público vai apurar compra de livros com palavrões feita pela Secretraria de Estado da Educação de São Paulo

    Fonte: DA REPORTAGEM LOCAL - Folha de São Paulo
    O Ministério Público Estadual de São Paulo vai investigar a compra de livros com palavrões e temática sexual que foram enviados pelo governo a escolas estaduais. O inquérito vai apurar quanto foi gasto com a obra e o responsável pela compra. Se comprovado mau uso de recurso público, o órgão pedirá à Justiça que exija a devolução dos recursos. A Secretaria da Educação disse que prestará todos os esclarecimentos solicitados.

    MEC agora estuda reduzir número de questões do Enem deste ano

    Fonte: Folha de São Paulo - DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
    O Inep (instituto ligado ao MEC) pode reduzir o número de questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano de 200 para 160 ou 180, pois reitores das universidades federais temem que a prova, como prevista, seja muito longa. O formato tem de ser aprovado pelo comitê do exame, que se reúne dia 29. Reynaldo Fernandes, presidente do Inep, diz que é possível fazer a prova com 40 a 45 questões por área, em vez de 50.

    Conteúdos das provas da 2 fase da USP - 2009

    Clique no título e será direcionado para o arquivo com as respectivas provas da 2 fase do vestibular da USP

    quinta-feira, 21 de maio de 2009

    Vândalos invadem e ateiam fogo em escola estadual de Guarulhos (SP)

    Aonde vamos parar com tanta barbaridade acontecendo nas escolas públicas? Fonte: 21/05/2009 - 17h00 - da Folha Online

    Vândalos invadiram uma escola estadual em Guarulhos (Grande São Paulo) e atearam fogo em uma dependência da instituição. A diretoria da escola foi informada do incêndio na madrugada desta quinta-feira.

    A escola Professora Alayde Maria Vicente, Jardim Maria Alice, teve a sala de material didático totalmente queimada. As chamas destruíram livros, cadernos e demais materiais utilizados no aprendizado. Dois aparelhos de DVDs também foram danificados pelas chamas.

    De acordo com o boletim de ocorrência, a escola está em reformas e o mestre-de-obras chegou por volta das 3h e viu o estrago. A escola foi arrombada. Nenhum suspeito foi identificado, segundo a Polícia Civil.

    Diretores da Apeoesp (sindicato dos professores do Estado de São Paulo) estiveram na escola e relataram que o problema ocorreu pela falta de seguranças na unidade no período da noite. Nenhuma escola estadual têm vigias noturnos, segundo a entidade.

    Segundo os diretores, os alunos da unidade ficaram sem aula no dia de hoje.

    Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que o caso será investigado pela Polícia Civil e que as aulas serão retomadas nesta sexta-feira (22). Assim como outras unidades da rede, a escola passa por obras de melhoria de infraestrutura, inclusive com reforma do telhado, reforço de janelas e construção de muros, diz a nota.

    Mães são detidas por mau comportamento dos filhos

    Bem que isso poderia acontecer com mais frequência, a participação da família é essencial no processo de construção do conhecimento, entretanto, infelizmente a família vem deixando a cada ano a responsabilidade de formar e educar única e exclusivamente como responsabilidade da escola. A escola sozinha não conseguirá suprir e atender todas as demandas, logo se faz necessário a cobrança direta e a obrigatoriedade da família na relação escola x comunidade. Quem sabe com essa participação diminuimos os indices de violência nas escolas.
    Fonte: 21/05/2009 - 14h39 - Agência Estado
    Duas mulheres foram detidas ontem depois de uma audiência com o promotor José Heitor dos Santos, no Ministério Público de Mirassol, no interior de São Paulo, devido à ausência na escola e ao mau comportamento dos filhos. Segundo informações da Delegacia de Defesa da Mulher, para onde foram levadas, esta é a quarta prisão de mães na cidade este mês. As últimas duas aconteceram na semana passada. Elas foram ouvidas e liberadas em seguida. Segundo o promotor José Heitor, as famílias de jovens que apresentam problemas nas escolas estão sendo acompanhadas há anos. "Os filhos estão sendo acompanhados. Muitos deles são usuários de drogas, não comparecem à escola e as mães não conseguiram explicar ontem na audiência o motivo de os filhos estarem nas ruas e não na escola", explica. Ainda de acordo com o promotor, o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente citam que todo pai e mãe que deixem de zelar pela educação dos filhos estão cometendo o crime de abandono intelectual. "Quando os pais não cuidam adequadamente dos filhos, que ficam pelas ruas em meio às pessoas que usam drogas, os pais estão cometendo outro crime, o de abandono de incapaz. E é isso que esses pais estão fazendo", enfatiza o promotor. Outros 200 pais serão chamados pela promotoria ao longo do ano e já está marcado, para o dia 21 de agosto, uma audiência com outros 150 menores, a maioria com 14 anos, e seus pais. Eles foram pegos na madrugada em uma chácara da cidade, em companhia de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), onde muitas pessoas estavam usando drogas, inclusive os menores, explica o promotor. Conselheiros tutelares do município foram chamados para orientar as famílias das mães detidas, que agora vão passar por acompanhamento psicológico.