sábado, 12 de março de 2011

SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO: PROGRESSÃO É REDISCUTIDA, MAS NÃO SERÁ EXTINTA

Fonte: Agência Estado
Ribeirão Preto - O secretário estadual da Educação de São Paulo, Herman Voorwald, disse ontem (11), em Ribeirão Preto, que a extinção da progressão continuada na rede está totalmente descartada. "Essa é a grande questão-chave, que a própria rede coloca, não no sentido de eliminá-la, mas de rediscuti-la sob a ótica de torná-la eficiente e viabilizar que os estudantes saiam efetivamente alfabetizados e com o conteúdo aprendido durante a sua formação", disse.
Segundo ele, são discutidas ainda com os profissionais da educação propostas de mudanças do atual ciclo de avaliação do ensino fundamental, uma nova política salarial e o Ensino Médio Integrado (aumentaria de três para quatro anos, dando ao estudante a possibilidade de optar por um curso técnico profissionalizante simultâneo).
Voorwald e seu secretário-adjunto João Cardoso Palma Filho participaram hoje na cidade do interior paulista da sexta reunião com professores e profissionais da rede de ensino do Estado, debatendo as propostas de reorganização da educação. Ao todo, eles farão o encontro nos 15 pólos do Estado, dialogando com a categoria, formada por cerca de 5,3 mil escolas.
Voorwald informou que a secretaria preparou um documento, intitulado 'Por Uma Educação de Qualidade', passado às escolas, que respondem sobre a progressão continuada. A meta não é encerrar o que está acontecendo, mas construir a nova proposta. A secretaria propõe a mudança dos atuais dois ciclos de avaliação, que é de 5 e 4 anos (na prática, no quinto e no nono ano), para um de três, ou seja, 3, 2 e 4 anos. "Nossa proposta é consolidada na garantia da recuperação logo", avisa o secretário.
Porém, nas reuniões de trabalho dos polos, surgiu outra alternativa: um quarto ciclo de avaliação (3, 2, 2 e 2). "Qualquer que seja o número de ciclos, o mais importante é que o estudante aprenda", disse Voorwald, citando que nenhum pólo falou em extinção, mas em melhoria da progressão continuada. A definição só valerá a partir de 2012.

AS 20 METAS DA EDUCAÇÃO

Fonte: CPP, MEC e Jornal Diário de S.Paulo
Nesta sexta-feira (11), o jornal Diário de S. Paulo, divulgou a matéria "Escola pública tem avaliação parecida", onde mostra que os alunos da rede estadual vão melhor no Ideb nas séries iniciais. Já os da Prefeitura têm notas melhores da quinta a nona séries.
As escolas estaduais e municipais da capital dividiram as avaliações do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino fundamental. Pelos dados mais recentes, de 2009, os estabelecimentos do estado receberam notas melhores nas séries iniciaiis, da primeira até a quarta: 4,6 contra 4,1 das municipais. Já a Prefeitura se saiu bem nos anos finais, da quinta a nona: 41, contra 3,8 das estaduais.
Os números, que revelam o desempenho nas avaliações das escolas, amenizam uma das razões que motivam os pais a preferirem os estabelecimentos municipais.
Segundo o jornal Diário de São Paulo, a qualidade do ensino é apontado pelos pais como um diferencial das unidades da Prefeitura. Os outros itens são a qualidade de gestão e dos espaços físicos, além de benefícios como leite e uniforme distribuídos aos estudantes.
A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) também definem responsabilidades específicas para os governos. O município tem como prioridade a creche e o ensino fundamental e o estado, o ensino médio.
O Plano Nacional de Educação, que está em discussão no Congresso, reforça as prioridades dos governos. Segundo a deputada Fátima Bezerra (PT-RN, relatora da proposta, os governos devem se voltar ao que está previsto na Constituição e na LDB. "O ideal é que cada esfera federativa cumpra o seu papel de acordo com a Constituição", afirmou.
Plano de educação tem 20 metas - O Plano Nacional de Educação (PNE) que está em discussão no Congresso Nacional tem 20 metas para serem cumpridas pelos governos federal, estaduais e municipais até 2020. O projeto está sendo analisado pela Comissão de Educação e depois vai para a Comissão de Constituição e Justiça antes de ser votado no plenário da Câmara.
Projeto confirma tese de municipalização - a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), relatora do PNE, acredita que a proposta deve reforçar a tese da municipalização do ensino, uma vez que prevê o regime de colaboração entre União, estados e municípios para criar o sistema nacional de educação.
AS 20 METAS DA EDUCAÇÃO
1) Atender, até 2016, crianças de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil para atender 50% das crianças até 3 anos.
2) Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos.
3) Atender, até 2016, jovens de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
4) Atender os estudantes de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
5) Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.
6) Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
7) Atingir as médias nacionais do Ideb.
8) Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos.
9) Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015.
10) Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos.
11) Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
12) Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos.
13 - Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores.
14) Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu.
15) Garantir que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior.
16) Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu.
17) Valoriza o magistério público da educação básica.
18) Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério.
19) Garantir a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho.
20) Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB.

SINPEEM debate com a categoria o direito de férias coletivas na educação infantil

Fonte: SINPEEM
O SINPEEM realizou neste sábado, 12 de março, reunião com profissionais de educação de mais de 200 CEIs e Emeis da rede municipal de ensino para debater a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de suspender as férias coletivas em janeiro na educação infantil. Um direito conquistado pelo SINPEEM depois de muitos anos de luta.
Durante o debate, foram feitos encaminhamentos importantes, que visam defender o direito das crianças de socialização, partindo do princípio de que esta responsabilidade envolve a participação da escola e da família para garantir a formação integral e o desenvolvimento da criança, conforme preveem a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O presidente do SINPEEM, Claudio Fonseca, explicou que a decisão do Tribunal de Justiça cabe recurso do governo municipal. O SINPEEM, que figurará como parte interessada no processo, cobrará, fiscalizará e reivindicará do governo municipal atuação incisiva para derrubar a decisão da Justiça de suspender as férias coletivas.
Entre as propostas apresentadas está o envolvimento direto dos profissionais de educação na realização de reuniões periódicas nas unidades para debater com a comunidade o papel da família, da escola e do Estado na educação infantil, tendo como foco a importância do convívio familiar para a criança, portanto, de maior tempo com os pais e demais familiares no período de férias.
Também foi proposto que o SINPEEM deve promover campanha nos meios de comunicação sobre a importância das férias coletivas em janeiro para o desenvolvimento e formação integral das crianças.
Os encaminhamentos serão apresentados para deliberação da categoria na assembleia geral ordinária, marcada para a próxima quarta-feira, dia 16 de março, quando será debatida e aprovada a pauta de reivindicações da campanha salarial de 2011.