quinta-feira, 18 de março de 2010

Edição da Provinha Brasil 2010 está disponível para gestores

A versão digital da primeira edição da Provinha Brasil de 2010 está disponível para os gestores em educação interessados no exame. É possível acessá-la pela página eletrônica do MEC Eles podem acessar a página eletrônica do MEC.
No mesmo endereço virtual, professores e gestores podem se informar sobre os objetivos da prova, formas de participar, características, aplicação e resultados. Também está disponível o material das edições anteriores.
A Provinha Brasil foi criada em 2008 e é um instrumento de avaliação do nível de alfabetização das crianças das redes públicas de ensino após um ano de escolaridade. A prova é aplicada aos alunos matriculados no segundo ano de escolarização no início e no final do ano letivo. As provas são elaboradas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e distribuídas a todas as secretarias de educação pelo MEC.
A aplicação da prova é voluntária e deve ser coordenada pelas redes estaduais e municipais de educação. A correção dos exames e a utilização dos resultados também é atribuição das redes.
O objetivo é fornecer informações sobre o nível de alfabetização dos alunos logo no começo do processo de aprendizagem, possibilitando intervenções para corrigir insuficiências de leitura e escrita. No final do ano, é aplicada outra prova, para que professor e gestor possam avaliar quanto o aluno progrediu.
Para fazer o download do material, os secretários de educação devem utilizar o CPF e a senha de acesso do sistema Educacenso. Não é necessário imprimir as provas e demais documentos, porque todo o kit da Provinha Brasil já está sendo distribuído pela Secretaria de Educação Básica do MEC, em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, para todos os municípios das 27 Unidades Federativas do Brasil.
O download do Kit do 1º semestre de 2010 é restrito aos gestores das secretarias de educação. Em novembro de 2010 esse material estará disponível para todo o público.

Justiça nega pedido do Ministério Público para proibir ato de professores na Paulista nesta sexta

Fonte: 18/03/2010 - 18h52 - Simone Harnik - UOL educação - Em São Paulo
A Justiça negou o pedido do Ministério Público do Estado para proibir o ato de professores na avenida Paulista, que ocorrerá nesta sexta-feira (19), a partir das 14h. O MPE alegava que a manifestação causará transtornos à circulação de pessoas na região, impedindo o direito de ir e vir. Na última sexta (12), a avenida foi fechada durante o protesto de docentes.
De acordo com a decisão do juiz da 20ª Vara Cível, Flávio Abramovici, é obrigação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da Polícia Militar zelarem para que a circulação de pessoas não vire caos.
Segundo a sentença, o MPE tem de adotar as providências cabíveis a fim de que a PM e a CET adotem "os meios necessários (inclusive força) para que a manifestação não cause qualquer transtorno ao trânsito desta capital".
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) decidiu entrar em greve no dia 5 de março. Nesta quinta-feira, segundo a entidade, 78% da categoria paralisou as atividades no interior. Na grande São Paulo, o sindicato diz que o movimento atingiu 60% dos professores; na capital, 50%.
O governo do Estado afirmou ter cortado os salários dos servidores em greve e tem minimizado as manifestações.
Reivindicações
De acordo com a Apeoesp, o movimento "busca reforçar a luta da categoria pelo atendimento das reivindicações na defesa da dignidade profissional".
Entre as principais bandeiras dos professores estão: reajuste salarial de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira; garantia de emprego; fim de avaliações para temporários; e realização de concursos públicos para a efetivação dos docentes.
A rede de São Paulo conta com mais de 220 mil professores e 5 milhões de alunos. Segundo a Apeoesp, os professores que compõem o comando de greve estão visitando as escolas para conversar com pais, alunos e professores, explicando o porquê da paralisação.

Governo Serra ordena a diretores de escolas que neguem informações à imprensa

FONTE: http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/?p=11462
Extinta em 2009, a “lei da mordaça”, que proibia os funcionários públicos de falarem com a imprensa, foi ressuscitada pelo Governo José Serra (PSDB) para evitar que a população tome conhecimento das deficiências da rede estadual de ensino e da amplitude da greve dos professores. A imposição da “mordaça” está expressa em memorandos enviados por email às direções das escolas estaduais.
Um deles, distribuído pela Diretoria de Ensino Leste 3, diz o seguinte:
“Prezados Diretores Agradecemos a preciosa atenção em relação aos informes sobre os números de professores que estão aderindo à greve. Entretanto, em virtude dessa paralisação, a imprensa está entrando em contato diretamente com as escolas solicitando dados e entrevistas. Solicitamos ao Diretor de Escola para não atender a esta solicitação. Solicitamos que o número de professores paralisados sejam dados reais, visto que os mesmos não estão batendo com os dados da Secretaria da Educação.”
O memorando de censura foi exibido ontem pela Liderança do PT em sessão plenária na Assembleia Legislativa. Os professores da rede pública do estado de São Paulo continuam em greve e pretendem chegar a 100% de paralisação nesta sexta-feira, quando farão nova assembleia.

A VERDADE SOBRE JOSÉ SERRA E A EDUCAÇÃO PAULISTA

Estamos em ano de eleição e, portanto, é hora de prestarmos atenção aos possíveis candidatos para que o nosso voto não seja motivo de mais mazelas sociais causadas por más administrações. Sabemos, no entanto, que manter-nos informados quanto ao que realmente acontece em nossa sociedade não é tarefa fácil, uma vez que boa parte da grande mídia está a serviço do capital e de partidos políticos – geralmente conservadores.
É por essa razão que, por meio desse e-mail, queremos informar a todos o que realmente acontece na educação paulista, uma vez que possivelmente o Sr. José Serra se candidatará ao cargo de presidente da República neste ano.Acreditamos na Internet como um meio eficiente de fazer ouvir a nossa voz, quando o governo e a mídia, por conta dos seus interesses eleitoreiros, querem nos calar e difamar a todo custo. Um exemplo dessa atitude criminosa da mídia golpista é a mateéria que, recentemente, foi pblicada no Estadão. Dentre outras insinuações, o jornal acusava os professores da rede estadual de entrar em greve como um pretexto para ficarem de “braços cruzados”, um jeito “sutil” de classificar a categoria como preguiçosa.
O jornal “esqueceu-se”, no entanto, de contar aos leitores os reais motivos da paralisação dos professores. Este e-mail, portanto, pretende impedir a manipulação asquerosa promovida por esse e por outros jornais de grande circulação, contando o que de fato acontece nos estabelecimentos de ensino do estado de São Paulo e que motivou a greve.
SEGREGAÇÃO DA CATEGORIA
O governo Serra dividiu os professores em categorias com letras sugestivas como O de otário, L de lixo, F de f*****, etc, como se fôssemos gado marcado a ferro quente nas costas com as iniciais do dono.O intuito disso é muito simples: segregar a categoria, jogando professores uns contra os outros, numa clara tentativa de enfraquecer a categoria, facilitando a aplicabilidade dos desmandos do governo tucano.A verdade, no entanto, é uma só. Somos todos professores, e temos – ou deveríamos ter pela lógica mais pueril – os mesmos direitos. Na prática, porém, não é o que acontece depois da invenção das malfadadas “letrinhas”. Cada categoria de professores é totalmente diferente da outra.
A DUZENTENA
Os professores da categoria O, por alguma razão ilógica que ainda estamos tentando compreender, após término de contrato terão que ficar 200 dias afastados das salas de aula. Isto significa que, se um professor está cobrindo uma licença de três meses, após esse período cessa o contrato e ele precisa ficar 200 dias em casa.As perguntas óbvias que surgem imediatamente são: Acaso deixaremos de precisar trabalhar durante 200 dias? Nossos filhos deixarão de comer durante 200 dias? Sob quais argumentos o governo aprovou uma lei tão absurda e sem sentido?O que parece é que a lei é um desestímulo a que os professores participem das atribuições de aula, e cubram licenças como professores eventuais, o que acontece muito.Isso porque um professor contratado exige que se recolha INSS, que se pague horas de HTPC, dentre outros benefícios que o eventual não tem.
MATERIAIS DE PÉSSIMA QUALIDADE
Há alguns anos o governo tucano de São Paulo vem enviando às escolas revistas com aulas já prontas – tirando toda a autonomia e liberdade do professor. Tais revistas são de péssima qualidade, apresentando erros grotescos, propondo exercícios patéticos que pouco ou nada contribuem para o avanço dos alunos.
SARESP NÃO MOSTRA A REALIDADE DOS ALUNOS PAULISTAS
Os índices do IDESP – que somam índice de aprovação de alunos e desempenho na prova do SARESP – estão longe de revelar a realidade das salas de aula no estado de São Paulo. A verdade é que, com a progressão continuada, isto é, a obrigatoriedade de aprovar um aluno de um ano a outro, a menos que este exceda o número de faltas permitidas, é muito fácil manter um índice alto de aprovação de alunos, sem que isso signifique necessariamente que eles possuem as competências e habilidades que deveriam possuir.Ademais nos resultados do SARESP o que vemos são textos asquerosos que tentam intensificar avanços pequenos, e minimizar atrasos significativos. Ademais o governo tem o mau hábito de atribuir a suas políticas educacionais os méritos dos avanços dos alunos, e lançar apenas ao professor a responsabilidade pelos regressos.
SALAS LOTADAS
Há um grande número de alunos por sala de aula, o que dificulta o trabalho dos professores, fazendo com que o ensino não tenha a mesma qualidade que poderia ter caso o número de alunos fosse reduzido. Além disso o governo prometeu que colocaria dois professores por sala na primeira série do Ensino Fundamental I, e isso não é o que temos visto. Ao contrário, o que vemos são PEBs I com 40 crianças de cinco e seis anos sem que haja o prometido professor auxiliar..e não pense que é só nas PEBs I que encontramos esses numeros absurdos de alunos não!!!PROVÃO DOS ACTsEstá claro que o governo pretende com o provão dos ACTs passar a idéia ilusória de que os supostos “professores incompetentes” serão afastados das salas de aula, o que seria um avanço na educação, uma inovação desse governo. Isto porém não passa de mais uma medida para fazer com que o povo acredite que a educação está melhorando graças ao governo Serra. Também é um meio de jogar a responsabilidade pela falência da educação sobre as costas dos professores, classificando-os como incompetentes, para não assumir a parcela farta de culpa do governo tucano que sucateou o ensino.
AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO E VALE-TRANSPORTE
Quanto a essa parte não é preciso dizer muita coisa. Não é à toa que os colegas apelidaram o vale-refeição de “vale-coxinha”. Quem consegue receber o “benefício” sabe que ele é tão vergonhoso quanto o nosso salário. E ai dar mais aulas ou ultrapassar o "limite" de salário para receber o vale-coxinha ou ficar com o vale-coxinha e dar menos aulas? Dificil escolher entre as duas mixarias!!!!
PROPAGANDA ENGANOSA
O governador José Serra, com claros interesses eleitoreiros, tem veiculado propagandas na mídia que mostram uma realidade falseada da educação paulista. Nessas propagandas o salário dos professores é ótimo, a educação avança vertiginosamente, etc.Na prática qualquer professor sabe que isso não é verdade.
SALÁRIOS MISERÁVEIS
Frequentemente somos acusados pela mídia golpista a serviço do PSDB de mercenários, simplesmente porque lutamos pór salários dignos. Parece que a imagem que se tem do professor é a mesma do “voluntariado”.Nós professores temos famílias para sustentar, temos contas a pagar, dedicamo-nos não somente dentro da escola, mas também em nossas casas, já que é no lar que nos atualizamos, corrigimos trabalhos, planejamos aulas.O salário base de um professor hoje não chega a R$ 950,00, o que é muito pouco para um trabalho que exige de nós muito tempo.
FALTA DE CONCURSOS PÚBLICOS PARA EFETIVAÇÃO
Vem do período da ditadura militar essa insistência em manter professores temporários na rede. Hoje esses professores são parte significativa de todo o efetivo da categoria. O número de temporários ultrapassa os 80.000 professores.Isso gera algumas dificuldades na hora de aposentar-se, e não dá acesso a alguns benefícios que o efetivo tem.É verdade que agora – em ano de eleição – o governo realizará um concurso público para efetivação de professores. No entanto o número de vagas é ridículo, pouco mais de 10.000. Precisamos de muito mais vagas para substituir todos os temporários da rede, então só pensando um pouquinho...já sabem de quem serão as vagas..tempo de serviço não conta?
PROFESSORES NÃO FORMADOS ATUAM NA REDE
O governo, que vez ou outra coloca professores de “reforço”, como está acontecendo com os educadores da disciplina de matemática, e que quer demonstrar tanto rigor na contratação de professores com provas eliminatórias, na verdade permite que alunos de faculdade – ainda não formados – bacharéis e tecnólogos – que não passaram em sua graduação por disciplinas relacionadas à prática pedagógica, lecionem tranqüilamente na rede pública.Preste muita atenção em quem você vai votar.A mídia e o governo estão tentando jogar a sociedade contra os professores, ao mesmo tempo que tentam abafar as reais dimensões da greve para que a imagem do “candidato das elites” não saia arranhada e atrapalhe suas pretensões políticas.
Texto sugerido pelo professor Waldir Garcia (por e-mail)

Diante de protestos de professores, Serra cancela ida a evento

Fonte: 18/03/2010 - 15h12 - Agência Estado
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), cancelou hoje sua ida à inauguração de um complexo viário na zona norte da capital paulista, após manifestantes ligados ao Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) chegarem ao local para exigir negociação com o Estado. Os professores estão em greve há duas semanas e reivindicam reajuste salarial.
Apesar da ausência do governador, o evento foi mantido e coube ao deputado federal José Aníbal (PSDB-SP) e ao prefeito da Capital, Gilberto Kassab (DEM), responderem às vaias e aos gritos de "mentiroso", vindos dos mais de 50 manifestantes.
A participação de Serra na inauguração do Complexo Viário do Jaraguá foi informada, às 10h20, na agenda oficial do Palácio dos Bandeirantes. O evento estava previsto para as 12h. Às 12h15, contudo, a assessoria de imprensa do Palácio avisou os repórteres que o tucano não compareceria.
A assessoria de Serra informou primeiro que havia acontecido um "erro de agenda" e que o governador não iria por não ter participação na obra. Logo depois, os assessores corrigiram a informação e disseram que Serra não iria porque estava vistoriando outras obras e que, por engano, o informe de agenda foi distribuído para a imprensa sem o aval do governador.
Mesmo sem a presença de Serra, os professores da regional Lapa da Apeoesp apitaram e gritaram palavras de ordem ininterruptamente durante os 30 minutos da cerimônia. No palco, ao microfone, o vereador Celino Cardoso (PSDB) chamou os manifestantes de "agitadores baratos" e Aníbal completou, acusando-os de serem "a turma do apito antidemocrático". O deputado federal tentou contemporizar e disse que vestia camisa branca, "em sinal de paz" e que Kassab usava a gravata vermelha "da conciliação".
Em seguida, Aníbal foi novamente interrompido por gritos de "mentiroso" e reagiu: "Mentirosa é a quadrilha do Bancoop, chefiada pelo PT." Já Kassab usou como estratégia para driblar os protestos, repetidos pedidos de aplauso para a comunidade do Jaraguá, para Serra e para "os bons professores, que estão em sala de aula". Em coletiva após o evento, o prefeito disse que a manifestação não era inteligente. "Inibir a festa da comunidade é um grande erro. Parece que eles estão gostando do carnaval."
O prefeito negou que Serra tenha fugido do evento por causa da manifestação dos professores. "Só falta vocês acharem que o governador não veio aqui por conta de meia dúzia de pessoas que estão gritando." E emendou: "Serra não fugiu. Ontem à noite, ele já havia me dito que não viria." Ontem, em evento do governo em Francisco Morato, na Grande São Paulo, manifestantes protestaram da presença do governador e chegaram a jogar ovo no carro oficial do tucano. Hoje, os integrantes da Apeoesp reiteraram que seguirão com a estratégia de acompanhar a agenda do governador em busca de uma abertura para negociação. "Onde Serra estiver, os professores estarão", afirmou a professora de ensino médio Maria Sifaneide Rodrigues.

A GREVE CONTINUA CRESCENDO !

Colegas,
A nossa greve continua aumentando. Agora é oficial. Veja a reportagem publicada no jornal Agora São Paulo, dia 18/3/10, pelo repórter Thiago Braga.
Greve de professor já afeta quatro em dez escolas
A Apeoesp (sindicato dos professores da rede estadual) realizará amanhã uma assembleia na avenida Paulista (região central de São Paulo) para decidir se os professores continuarão ou não a greve iniciada na semana passada.
A paralisação no Estado começou no dia 8. A reportagem fez ontem um levantamento da greve. Foram consultadas 108 escolas estaduais da capital e das regiões de Ribeirão Preto (313 km de SP), Campinas (93 km de SP), Jundiaí (58 km de SP) e São José dos Campos (97 km de SP) escolhidas aleatoriamente. Desse total, em 66 escolas todos os docentes trabalharam normalmente (61,5%).
Outras 42 unidades foram afetadas de alguma maneira pela greve (38,5%) --em nove nenhum professor trabalhou (8%) e em 33 uma parte não deu aula (30,5%).
Ontem, o governador José Serra (PSDB) foi hostilizado por grevistas (em Francisco Morato).
Na verdade, colega, a greve é ainda maior do que a reportagem afirma, pois há outras regiões, que o repórter não visitou, como Amparo, Sorocaba e Bauru, onde a greve cresceu muito nos últimos dias.
O Secretário da Educação, no entanto, continua afirmando que a greve só atinge 1% das escolas.
Venha provar para a população que isso é mentira!