quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Prova da Escola de Formação - 3 Etapa - UFA sem comentários...

O que é foi essa prova? Milhares de pessoas, ficaram durante quatro meses, fazendo um curso, que não foi a oitava maravilha do mundo, mas que teve seus méritos e valores. Nesse período os professores tiveram que responder inúmeros testes, questões dissertativas, participar de fóruns de discussão, debates, vivenciar a rotina e prática na unidade escolar, além de aguentar os tutores, que é um caso a parte. Durante esses meses, todos os professores tiveram que seguir uma CARTILHA imposta pela Escola de Formação de Professores e por ordem claro da SEE SP, afinal de contas nenhum professor pode fazer críticas ao sistema de ensino e tão pouco ao currículo imposto pelo estado. O que acaba sendo controvérsio, haja vista, que para formamos alunos criticos é essencial que os professores possam desenvolver sua criticidade. Nesse governo tudo é possível, eles mudam a legislação quando querem e da forma que querem, afinal de contas a escolha seria depois da prova, mas foi antes, com isso muitos professores não vão assumir, pois fizeram o curso e a prova apenas para ganhar 1 ponto, ou apenas para ganhar o dinheiro que o governo pagou nesses quatro meses, sendo assim professores que levaram o curso a sério tiveram que escolher escolas distantes e agora os não concursados podem pegar essas escolas que não serão assumidas por boa parte do professores. Números informam que em médias 6 mil professores dos 10 mil não entrarão em exercício, isso significa que o governo jogou dinheiro fora investido em muitos professores que se quer tomarão posse em janeiro de 2011, dá para dizer que o governo é sério. Mas o governo ainda não divulgou esses números. Mas como sempre faz, deve contar mil histórias criando mais um engodo para a população. Nesse período muitos professores passaram um aperto danado, com dificuldade de acesso a internet e ao sistema, muitos ficaram dias sem receber, mas com as contas sempre vencendo no mesmo dia e isso ninguém quer saber. Muitas informações truncadas deixaram também esse processo bem confuso. A perícia médica foi um caso paralelo, angústia, desinformação, aflição, pressão, medo, e muito estresse, tudo isso em um momento de final de ano, depois de trabalhar arduamente durante todo o ano letivo. O governo solicita dezenas de exames, não dá prazo, anuncia para a mídia que vai pagar os mesmos, mas demora em executar a ação, o que é engraçado é que para anunciar as soluções o governo é bem ligeiro, agora para executar, só por Deus mesmo. Além de toda essa situação, existe o constrangimento da perícia médica, os médicos nem sempre tão educados (o que é um absurdo, o governo sabe disso e não toma nenhuma providência, quando isso acontece na escola, todos os funcionários são afastados), alguns grosseiros ao extremo e alguns que se quer olham para os professores e com isso nem sempre o laudo de inapto de fato condiz com a realidade. E depois, vem esse governo e diz que esta preocupado com a qualidade no ensino, faz me rir, patacoada pura. Como disse a prova também foi um caso a parte, da forma como foi aplicada, seria desnecessário, que avaliasse então pelo curso feito, porque essa prova foi muito fácil, nem precisava fazer o curso para responder as questões. Quero deixar claro que não estou menosprezando os professores, mas sim o governo que ao aplicar uma prova dessa, desqualifica seus professores, ou tem medo de ter um número alto de retenção e com isso ainda menos professores para assumir o cargo. O que seria uma vergonha para governo.
Enfim, que venha o próximo governo e que tenha um pouco mais de consideração por uma classe tão importante quantos os professores paulistas.
Assim que liberado, posto algumas questões da prova.

Fórum quer investigação sobre queda nas matrículas de EJA no estado de SP

A matéria já diz tudo, em outras palavras, falta vontade política.
Fonte: Portal Aprendiz
O Fórum de Educação de Jovens e Adultos de São Paulo quer que seja investigada a queda nas matrículas da modalidade. O Censo Escolar da Educação Básica (INEP/MEC) revelou que diminuiu em 25% o número de inscrições realizadas no estado, entre 2009 e 2010.
As entidades do fórum encaminharam representações às Promotorias de Interesses Difusos e Coletivos – órgãos do Ministério Público Estadual – das maiores cidades paulistas. Até a terça-feira (21/12), foram instaurados cinco inquéritos. As promotorias de Osasco, Santo André, Santos, Diadema e Mauá acataram os pedidos. Ainda não houve resposta para outras representações.
Além disso, o Fórum EJA já havia encaminhado um pedido de informações à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. O objetivo era saber mais sobre as causas da diminuição do número de matrículas. De acordo com a Ação Educativa, a Secretaria alegou uma mudança no perfil populacional e ausência de interesse dos potenciais educandos.
O Fórum EJA considerou a explicação insuficiente. Para as entidades que formam o grupo, há responsabilidade do governo estadual e dos municípios, pois decisões organizacionais teriam refletido na redução de matrículas.
Uma das medidas apontadas que poderia ter gerado a diminuição é o fato de a Secretaria de Educação ter deixado de oferecer o Ensino Fundamental I para jovens e adultos. A responsabilidade foi transferida para os municípios. Outra questão é a orientação para que não sejam abertas turmas de EJA de ensino médio com menos de 40 alunos.
Pouco avanço
O governo Lula aumentou os investimentos federais para EJA e criou programas específicos para a área. No entanto, não alcançou os resultados esperados, de acordo com pesquisadores consultados pelo Observatório da Educação.
Considerando apenas os recursos específicos para EJA no Orçamento (descontados os recursos do Fundeb), os valores saltaram de R$ 450 milhões em 2002 para R$ 1,4 bilhão em 2009.
A queda na taxa de analfabetismo, no entanto, atingiu 1,9% em oito anos, passando de 11,6% para 9,7%. Segundo o Ministério da Educação (MEC), mais de dez milhões de pessoas (cerca de 5% da população brasileira) se matricularam no maior programa de EJA do país no período, o Brasil Alfabetizado.
A professora Maria Clara Di Pierro, pesquisadora em EJA, critica a condução do Brasil Alfabetizado. Com duração de seis meses, o programa é uma campanha breve, com recursos humanos despreparados.

Salário e carreira de professores são prioridades

Que as promessas sejam de fato executadas e não fique apenas na propaganda. Precisamos de ação.
Fonte: 23/12/2010 ANGELA PINHO Folha de São Paulo DE BRASÍLIA
O Ministério da Educação no governo Dilma Rousseff deverá ter uma participação mais ativa nas questões que envolvem o professor, diz o ministro Fernando Haddad.
Em entrevista à Folha, ele defendeu o MEC da responsabilidade sobre falhas no Enem e disse que o ideal é ter mais de uma prova por ano.
Folha - O que o novo governo terá de novo na educação?
Fernando Haddad - A novidade é o Plano Nacional de Educação [enviado ao Congresso na semana passada], com 20 metas definidas em 170 estratégias. Tem foco acentuado no professor.
Uma das metas é equalizar o salário com os outros profissionais de nível superior [hoje, há diferença de 60%]. Não há experiência internacional bem sucedida quando o professor ganha menos.
Que medidas concretas serão tomadas para isso acontecer?
Já tomamos uma medida ao aumentar o investimento em educação. É preciso também uma interlocução com Estados e municípios para que as carreiras sejam estruturadas nesse sentido. O PNE prevê uma mesa de negociação permanente sobre o piso salarial [de R$ 1.025].
Haverá mudanças no Enem?
Isso depende menos de uma decisão política e mais de uma técnica. Vamos ouvir a gráfica, os Correios e o consórcio que faz a prova para decidir. O ideal é ter mais de uma edição por ano.
As últimas duas edições do exame tiveram problemas. Que autocrítica o sr. faz?
Os problemas mais marcantes tiveram origem no setor privado, não no público.
Uma gráfica pecou [2009] por falta de segurança e a outra por excesso de segurança [2010], porque a conferência de todos os lotes de prova dependia de um manuseio que se tentou evitar ao máximo para que não se repetisse o que houve no ano passado.
Se os problemas foram só do setor privado, é possível deduzir que podem se repetir?
Esses problemas ocorrem em todos os lugares onde há exames desse porte.
Ou bem aproveitamos para aprender com as eventuais falhas sem abdicar de um processo transformador ou essa evolução não vai se dar por um temor que é justificável, mas superável.
O ensino médio é o que avança mais lentamente, em qualidade e quantidade de alunos.
Talvez não na escala desejada, o MEC vem fomentando a integração do ensino médio com a educação profissional.
O discurso dos secretários de Educação está cada vez mais alinhado com isso. É importante diversificar o ensino médio, integrando-o à realidade profissional e a áreas como cultura e esporte.
Haverá mudança na política de educação superior?
Há espaço para inovação acadêmica, discutir currículos mais interessantes e para um ganho de eficiência: podemos atender mais alunos.
O sr. pretende introduzir alguma mudança no MEC?
Sobretudo em relação ao magistério, precisamos reforçar um núcleo interno. Seria uma estrutura voltada à carreira, à valorização do professor, da formação.
Gostaria que o MEC tivesse um protagonismo maior na mesa de negociação do piso. Estamos também prevendo a prova de concurso [concurso nacional para professor].