quinta-feira, 28 de maio de 2009

MPF quer impedir universidade de substituir vestibular por novo Enem

Tava demorando...
Fonte: Revista Ultima Instância - Da Redação - 28/05/2009 - 17h09
O MPF-RS (Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul) quer impedir a Ufpel (Universidade Federal de Pelotas) de utilizar o resultado do novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como único critério para escolha de seus alunos em 2009. A Procuradoria ingressou nesta quarta-feira (27/5) com uma ação civil pública questionando a alteração do processo seletivo da instituição, que já anunciou o fim de seu vestibular, com adesão imediata ao novo plano do Ministério da Educação. Segundo o MPF-RS, o procurador da República Max dos Passos Palombo argumenta que a alteração se deu de forma abrupta e pode prejudicar a preparação dos estudantes que pretendem ingressar na Ufpel. Ele pede que a mudança ocorra somente a partir do processo seletivo de 2011. “A decisão deveria ter sido precedida de alteração no Estatuto da instituição, que prevê a realização do vestibular pela própria Ufpel, o que teria de ter sido realizada pelo Consun (Conselho Universitário da Ufpel), e não por decisão apenas do Cocepe (Conselho de Ensino da Ufpel)”, diz o procurador na ação. Procurada, a Ufpel disse por meio de sua assessoria que não comentaria o caso por ainda não ter sido notificada sobre a ação. Ainda de acordo com Palombo, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) prevê que as universidades devem levar em conta o impacto que a alteração de seus processos seletivos podem acarretar sobre a orientação do ensino médio (art. 51 da LDB). Esse é exatamente um dos objetivos alegados pelo MEC para substituir o vestibular. De acordo com o Ministério, as provas atuais exigem um excesso de conhecimentos específicos que prejudicam o planejamento do ensino médio. Outra finalidade do novo sistema é aumentar o acesso de estudantes de escolas públicas ao ensino superior.

Novo Enem terá 180 questões e 10h de duração; MEC lança edital

Fonte: 28/05/2009 - 10h29 - Da Redação - UOL educação -Em São Paulo
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2009 terá 180 questões e tempo de duração total de 10h, sendo 4h30 no primeiro dia e 5h30 no segundo. As informações foram divulgadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (28). As provas serão realizadas nos dias 3 e 4 de outubro.
O MEC (Ministério da Educação) resolveu mudar o formato do Enem. Inicialmente, eram previstos 200 testes, mas a pasta avaliou que 180 eram suficientes para avaliar os candidatos.No primeiro dia de exame (3/10), haverá provas de ciências da natureza e suas tecnologias e, depois, ciências humanas e suas tecnologias. Nesse dia, os candidatos terão 4h30 para resolver as questões.No segundo dia (4/10), serão aplicadas a prova de linguagens, códigos e suas tecnologias, que inclui a redação, e a prova de matemática e suas tecnologias. Os estudantes terão 5h30 para a resolução dos exames desse dia.Até agora, 42 faculdades federais já declararam que irão utilizar o exame em seus vestibulares.
O MEC definiu que o Enem poderá ser usado de quatro formas:
como prova única para a seleção de ingresso;
substituindo apenas a primeira fase do vestibular pelo Enem;
combinando a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional; nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem que será utilizado na média definitiva;
usando o Enem como fase única apenas para as vagas ociosas da universidade.
InscriçãoAs inscrições do exame devem ser feitas somente pela internet, das 8h de 15 de junho às 23h59 de 17 de julho (horário de Brasília (DF). É preciso preencher o cadastro e imprimir o comprovante de inscrição e o boleto de pagamento; a taxa custa R$ 35. Os comprovantes de inscrição estarão disponíveis via web até o dia 24 de julho.Estudantes que tenham estudado em escolas públicas ou em instituições participantes do Encceja 2006, 2007 e 2008 têm isenção de taxa. Também terão isenção de taxa candidatos de baixa renda, bem como os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais; para isso, é necessário fazer requerimento entre os dias 15 e 19 de junho, pela web. A relação dos isentos será divulgada até 3 de julho.O resultado do Enem deverá ser enviado aos candidatos via Correios, a partir da segunda quinzena de janeiro de 2010.

MEC quer que candidato a professor vá bem no Enem

Fonte: Agência Estado - 28/05/2009 - 09h24 Após mexer com avaliação, aumentar recursos para escolas e prefeituras, incrementar material escolar e instituir piso salarial nacional, o Ministério da Educação quer cobrar mais qualidade do professor. Um pacote de medidas a ser apresentado hoje vai mexer com a formação, os concursos e até o acesso aos cursos de licenciatura: para ser candidato a professor, o estudante terá de ir bem no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). 600 mil têm aulas com professores apenas com ensino fundamental Metade dos professores de 1ª a 4ª séries não têm formação adequada Apenas 1 em 4 professores de física têm formação específica MEC prevê investimento de R$ 1,9 bi e 330 mil vagas de formação Estudante de licenciatura e de medicina poderá pagar Fies com trabalho Ministério quer sistema nacional de contratação Censo: professor padrão é mulher de 30 anos e leciona na cidade
"Fizemos um mapeamento do que funciona no sistema de valorização do professor no mundo para tentar atrair jovens talentosos para a carreira do magistério. Concluímos que teríamos de criar dois filtros, o primeiro no ingresso à própria licenciatura. A ideia é que o ingressante tenha uma pontuação mínima no Enem", explicou o ministro Fernando Haddad.A obrigatoriedade dessa pontuação no Enem terá de ser introduzida por mudança na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e vai atingir candidatos a licenciatura em qualquer área, em faculdades particulares ou públicas, estaduais ou federais. Se a instituição não usar o Enem na seleção, o candidato terá de fazer as duas provas.O governo federal também levou adiante uma proposta que se arrastava havia mais de um ano: permitirá que estudantes formados com ajuda do Financiamento Estudantil e que se tornem professores em escolas públicas paguem com trabalho o seu empréstimo. A cada mês de trabalho, 1% do saldo devedor será quitado. O mesmo valerá para médicos que ingressarem no programa Saúde da Família. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Censo revela formação deficitária do professor

O Texto é longo, mas vale a leitura, precisamos entender porque tantas falhas com os professores. Talvez porque se cobre e espera-se muito deste profissional, afinal de contas todos valorizam o papel do professor, todos, inclusive os políticos fazem uso da importância deste papel em época de eleição, mas valorizar apenas com elogio não funciona, professor ganha muito pouco, sei que muitos utilizarão o argumento que ao ingressar na carreira já era sabido que o salário era baixo, mas isso não justifica em nada, podemos continuar com o papel preponderante que exercemos perante a sociedade e podemos também sermos melhores remurados. Afinal de contas, elogio não paga conta. Porque que os membros do executivo e legislativo, não estabelecem que ao se darem aumento o mesmo percentual seria usado para os profissionais da educação. Outra incoerência, é justo e necessário a cobrança de solída formação do professor, mas porque algumas pessoas que exercem altos cargos, ganhando muito, mas muito bem e para estes nada é exigido, é no mínimo incoerente. Algumas pessoas governam o país em vários setores públicos e a estes nada é cobrado, não existe pressão e por vezes são expostos quando descobrem alguma falcatrua, o que hoje em dia, infelizmente tem sido corriqueiro, talvez seja o momento de exigir deste profissionais tanto ou mais daquilo que se cobram dos professores.
Fonte: Angela Pinho – Folha de São Paulo – 28/05/2009 - Da Sucursal de Brasília
Até teólogo e bibliotecário dão aula de física
Dos professores de quinta a oitava série do país, 26,6% não têm a habilitação legal exigida para dar aulas nesse nível, que é diploma de ensino superior com licenciatura. Do total de docentes desse nível, 21,3% não têm nenhuma graduação e 5,3% têm diploma superior, mas sem a licenciatura.O retrato é do censo da educação básica de 2007 feito pelo Inep, o instituto de pesquisas ligado ao MEC. Pela primeira vez, foram identificados dados individuais do universo de 1,8 milhão de docentes de escolas públicas e particulares do país.Para quem trabalha até a quarta série, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, determina como formação mínima o curso normal (de formação de professores) de nível médio ou um curso superior com licenciatura.Da quinta série ao ensino médio, a exigência é ter nível superior com licenciatura.Entre os docentes, há até uma parcela que só estudou até a oitava série: 0,8% do total.Sem a qualificação mínima exigida, esses profissionais dão aula para cerca de 600 mil alunos -ou 1% das matrículas-, segundo o levantamento.Roraima, Pará e Ceará têm a pior situação: 12% dos professores só têm nível fundamental ou médio, sem magistratura.O ministro Fernando Haddad (Educação) diz acreditar que grande parte dos professores não enquadrados nas exigências tenha iniciado a carreira do magistério antes da Lei de Diretrizes e Bases, aprovada em 1996. Como a legislação não tem efeito retroativo, eles continuaram em atividade.Para melhorar a qualificação, o MEC enviará ao Congresso um projeto que exigirá de todos os professores do ensino fundamental (1ª a 8ª série) a formação em algum curso superior com licenciatura.O curso normal de nível médio continuaria valendo para quem atua em creche e pré-escola. Também serão criadas 310 mil vagas em universidades públicas de 21 Estados para professores sem a formação legal ou graduados em áreas diferentes daquelas em que atuam.Cursos gratuitos de licenciatura em universidades privadas já são oferecidos no ProUni (programa de bolsas de estudo), mas têm baixa procura -1,2% do total de bolsistas.O professor João Batista de Oliveira, que fez pesquisas na área de formação de professores, lembra que a exigência de nível superior já é o mínimo pedido nos países desenvolvidos.Ressalta, por outro lado, que isso depende da qualidade da graduação. "Não temos muito forte no Brasil a evidência de que os atuais cursos de formação façam grande diferença."
Descompasso
Os dados mostram ainda que há, em todas as disciplinas, um descompasso entre a formação e o que ele tem a ensinar.Incluídas no ano passado, filosofia e sociologia/estudos sociais, por exemplo, têm apenas 25% e 13% de seus docentes graduados em filosofia e ciências sociais, respectivamente.Física é o caso mais emblemático. Dos professores da disciplina no ensino médio, apenas 25% foram formados por algum curso universitário específico da área -contra 34% que estudaram matemática. A lista conta ainda com químicos, bibliotecários e teólogos.Uma das causas dessa distorção pode ser o salário, segundo estudo de Fernando de Holanda Barbosa Filho e Samuel de Abreu Pessôa, da FGV.Eles compararam os vencimentos de professores da rede estadual em SP e no RS com os de profissionais de formação semelhante em outras áreas -o censo não inclui salários.A conclusão é que, no mercado gaúcho, o magistério é menos vantajoso financeiramente para formados em física. Em São Paulo, há quase empate.Para Barbosa Filho, o fato de os salários pagos a docentes de física e química da rede pública serem equivalentes aos de professores de outras disciplinas afasta do magistério os profissionais dessas áreas. Eles acabam indo para profissões com mais retorno financeiro.Na avaliação do presidente da Sociedade Brasileira de Física, Alaor Chaves, é melhor um professor de física formado em engenharia ou matemática do que outro oriundo de um curso genérico de ciências.Mas, ressalva, um formado em matemática tende muitas vezes a abordar mais as equações envolvidas na matéria do que a explicação dos fenômenos, por exemplo.
MEC quer tornar mais rigorosa seleção de futuros professores
Diante das deficiências na formação de parcela expressiva dos professores, o Ministério da Educação lança hoje um conjunto de medidas para, de um lado, qualificar os que já estão em exercício e, de outro, tornar mais rigorosa a seleção dos futuros docentes.Uma das propostas é filtrar futuros professores já na entrada para a universidade.O projeto, que depende da aprovação do Congresso, fixa uma nota mínima no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para quem quiser ingressar em um curso superior de formação de professores.A ideia de uma nota de corte nacional, segundo o ministro Fernando Haddad, parte da premissa de que dificilmente uma instituição de ensino consegue elevar a formação de um aluno que tem base precária.Uma pesquisa com dados do Enem de 2005 de Paula Louzano, doutora em educação pela Universidade Harvard (EUA), mostrou que só 5% dos melhores alunos do ensino médio queriam seguir o magistério, o que ela credita à falta de atratividade da carreira. Entre os piores, o índice sobe para 16%.Segundo o ministro, a nota de corte pode mudar de ano para ano. Nesse cálculo, teriam de ser equacionados o aspecto quantitativo, ou seja, a demanda da rede pública por professores, e o qualitativo.Para depois da universidade, o MEC fará um concurso nacional para seleção de professores da rede pública. A prova será feita pelo Inep, e os Estados e municípios interessados poderão usar o banco de dados com as notas dos aprovados.Serão anunciadas novas regras para a graduação em pedagogia em instituições privadas e federais -as estaduais e municipais não estão sob jurisdição do MEC. Os cursos terão de usar 70% da carga horária para formação de professores.A medida vem após conclusão de que cursos ensinam pouco sobre o que e como ensinar.Para incentivar o ingresso nos cursos de formação de professores, será enviado ao Congresso um projeto de lei que modifica o Fies, que financia estudantes do ensino superior.O aluno de um curso privado de formação de professores que aderir ao financiamento poderá, depois de formado, abater 1% de sua dívida a cada mês trabalhado na rede pública. Ao final de oito anos e quatro meses, ele terá quitado seu débito. A medida valerá também para médicos do Programa Saúde da Família em municípios definidos pelo Ministério da Saúde. Docente do ensino médio é o mais sacrificado
O censo da educação básica do Inep mostra que o professor do ensino médio é o mais sobrecarregado do país.De acordo com o levantamento, 50% dos docentes dessa etapa são responsáveis por cinco ou mais turmas, incluindo os 14% que respondem por dez ou mais classes. Isso acontece porque eles, em geral, lecionam apenas uma disciplina, diferentemente do que ocorre no início da vida escolar das crianças.É o caso do professor Luciano Pereira da Costa, 33, que deixa sua casa em Diadema (Grande SP) por volta das 6h, todos os dias da semana. Às 7h, ele inicia a primeira aula do dia, num colégio particular. A maratona vai até as 23h, quando termina sua última aula, numa escola estadual ao lado de casa.Juntando as duas escolas, ele tem cerca de 700 alunos, divididos em 19 turmas. Para uma delas, não dá aulas de física, sua licenciatura, mas de matemática. São cerca de 55 aulas por semana. Esse esquema rende a ele R$ 2.800 por mês, verba complementada com aulas particulares, que elevam a renda mensal para cerca de R$ 4.000.A rotina corrida não permite que Luciano prepare aulas ou atividades diferentes, lamenta o professor. "Sinto falta disso. Acabo trabalhando sempre com o mesmo material. Se trabalhasse apenas em uma escola, poderia me dedicar mais."O censo do Inep revela que 64% dos professores dão aula em só um período do dia (manhã, tarde ou noite), e 6%, nos três. A possibilidade de um período do dia fora da sala de aula é uma reivindicação de professores, com o argumento de que isso lhes dá tempo para corrigir provas e se preparar melhor.A permanência do profissional em uma única escola acontece com 81% dos professores do Brasil, segundo o censo. Em São Paulo, Estado com o terceiro pior percentual, são 75%.A professora de inglês Mônica Hermini, 43, dedica seu tempo a 180 alunos do colégio Santo Américo, no Morumbi (zona oeste de SP). Ela dá aulas das 8h às 16h20 e tem tempo livre para elaborar material didático próprio. As horas vagas ajudaram a concluir tese de doutorado em literatura inglesa na USP. Mônica recebe mais que o triplo dos salários de Luciano juntos.Em média, segundo o censo, o professor brasileiro típico é mulher, tem 30 anos e dá aula a apenas uma turma de 35 alunos em uma escola. Mas o retrato varia com a região e a série. MEC: PROJETO DE LEI EXIGIRÁ LICENCIATURA
O MEC enviará ao Congresso um projeto que exigirá de todos os professores do ensino fundamental a formação em algum curso superior com licenciatura. Hoje, a lei admite o curso normal de nível médio (antigo magistério), que continuaria valendo para quem atua em creche e pré-escola. Serão criadas 310 mil vagas em universidades públicas de 21 Estados para professores sem a formação legal ou graduados em áreas diferentes das que atuam. Com esse salário, quem quer ser um professor?
ANTÔNIO GOIS DA SUCURSAL DO RIO
Um dos problemas mais graves detectados no censo do MEC com professores é o alto percentual dos que dão aulas de física, matemática e química no ensino médio sem formação nessas áreas.Em 2007, o Conselho Nacional de Educação já alertara que havia um déficit na formação de professores nessas disciplinas, evidenciado também pela dificuldade dos Estados de preencher vagas em seus concursos.A principal explicação para isso depende de uma informação que o censo do MEC não traz, mas que pode ser obtida na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE.Na comparação de 30 ocupações que exigem nível superior, as cinco de menor rendimento médio são todas relacionadas ao magistério.O salário médio de um professor de ensino médio com nível superior no Brasil era de R$ 1.335 em 2007. Isso representa dois terços dos rendimentos de um enfermeiro diplomado (R$ 2.022), metade do que ganham jornalistas (R$ 2.767) e 27% do obtido por médicos (R$ 4.865).É verdade que há evidências empíricas de que salários maiores não significam melhores notas de alunos nas avaliações do MEC. Mas esse é um dado que capta apenas um efeito imediato.Sabe-se, a partir de um estudo da consultoria McKinsey, que os países com melhor desempenho educacional são os que selecionam para suas escolas os profissionais mais bem capacitados. Para isso, não há dúvida de que a remuneração é um fator essencial.No Brasil, dados do questionário socioeconômico do Enade (exame substituto do provão) mostram que vamos em direção oposta: os alunos em cursos de formação de professores são os mais pobres, de famílias menos escolarizadas e que mais estudaram na rede pública.Em áreas em que o número de formados já não dá conta da demanda -caso de matemática, física e química- o problema fica ainda mais agudo. Os melhores que se formam nessas licenciaturas se deparam com escolhas como essas: receber R$ 1.335 como professor ou, por exemplo, fazer um concurso público para bancário, cuja remuneração média para nível superior é de R$ 2.216?Sem salários atrativos, não há vocação que resista. Resta às escolas darem um jeitinho para que os alunos não fiquem sem aulas dessas áreas.

Rio proíbe uso de eletrônicos em escolas estaduais

No Estado de São Paulo já tem essa lei, os regimentos escolares já proíbem o uso, mas infelizmente é muito difícil controlar, proibir e punir os alunos que ainda insistem em utilizar os aparelhos em sala de aula para atormentar a vida dos professores. Não basta apenas a lei, precisa também fiscalizar e punir, afinal de contas todos os atos sociais são punidos na forma da lei, o único lugar que pode se fazer tudo e nada acontece em nome de uma suposta nova psicologia e nas salas de aulas e nas escolas públicas não só de São Paulo, mas infelizmente de todo o país.
Fonte: Folha de São Paulo - 28/05/2009 - Da Sucursal do Rio
Aparelhos reprodutores de música, jogos, agendas eletrônicas e máquinas fotográficas estão proibidos nas salas de aula, bibliotecas e outros espaços de estudo das escolas da rede pública estadual do Rio.O veto consta de lei aprovada pelo governador Sérgio Cabral e publicada ontem no "Diário Oficial", colocando em vigor projeto de lei do deputado Marcelo Simão (PHS).O impedimento se estende aos professores, exceto em situações em que haja a autorização do estabelecimento de ensino para fins pedagógicos.

Senado estende merenda para ensino médio

Até que enfim foi aprovado. Será que pensavam que os alunos do ensino médio não tinham fome e por isso não precisava da merenda? Inclusive os alunos do período noturno sempre deram e continuarão a valorizar esta refeição. Tomare que o congresso continue pensando na população e não apenas em seus benefícios.
Fonte: Folha de São Paulo - 28/05/2009 - Da Sucursal de Brasília
O plenário do Senado aprovou ontem medida provisória que estende o programa de merenda escolar aos alunos das escolas públicas do ensino médio e profissionalizante. E inclui os alunos de ensino médio e da educação infantil no programa federal de transporte escolar.Atualmente o Programa Nacional de Alimentação Escolar é restrito à educação fundamental. A matéria agora vai à sanção do presidente da República.A MP, já em vigor, determina que 30% dos alimentos usados para merenda sejam produzidos pela agricultura local.

Livro para adolescentes é entregue a crianças em (escola estadual) SP

Primeiramente é importante deixar claro que o programa Ler e Escrever, de fato, estabelece excelentes parâmetros e tem contribuido com a melhora do processo de alfabetização e letramento, é um material facilitador e orientador e organiza uma rede imensa que é a estrutura da SEE/SP, contudo, nada se justifica, alguém precisa esclarecer os critérios de avaliação, escolha e compra, ou orientar melhor quem realiza este processo, lembrando que é alguém comissionado, ou seja está nesta função porque foi escolhido por alguém e provavelmente deve seguir a cartilha do governo, por isso não acredito em boicote, pois não é alguém que não tem compromisso com o governo que faz a seleção. Então, o governo precisa criar uma melhor forma de comissionar, quem sabe fazendo provas como quer fazer com os professores OFAs que não são concursados, talvez cobrando e exigindo mais, os resultados serão melhores, nesse sentido tento estabelecer o raciocínio de lógica que o governo faz ao propor o processo seletivo. Fonte: Folha de São Paulo - 28/05/2009 - Fábio Takahashi - Da reportagem local O governo de São Paulo enviou a alunos de terceira série (faixa etária de nove anos) um livro feito para adolescentes, que possui frases como "nunca ame ninguém. Estupre". A coletânea de poesias faz parte do mesmo programa de melhoria da alfabetização que teve um livro recolhido por conter palavrões e expressões de conotação sexual: "Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol", também distribuída para a terceira série. A nova obra, "Poesia do Dia -Poetas de Hoje para Leitores de Agora", foi enviada às escolas há cerca de duas semanas para ser usada como material de apoio. Foram distribuídos 1.333 exemplares. "Não é para crianças de nove anos. São várias ironias, que elas não entendem", afirmou o escritor Joca Reiners Terron, autor do poema mais criticado por professores da rede, chamado "Manual de Auto-Ajuda para Supervilões". Alguns dos versos são "Tome drogas, pois é sempre aconselhável ver o panorama do alto"; e "Odeie. Assim, por esporte". "Espero que o Serra [governador José Serra] não ache o texto um horror, como ele disse do outro livro. Horror é quem escolhe essas obras para crianças", disse Terron. Em nota, a direção da Abril Educação (responsável pela Ática) afirma que o livro é recomendado para adolescentes de 13 anos, "indicação reforçada na contracapa, na apresentação e no suplemento ao professor". Após questionamento da Folha, a Secretaria da Educação da gestão José Serra (PSDB) decidiu ontem retirar os livros das salas de aula. Os exemplares, no entanto, permanecerão nas escolas, para consulta de alunos mais velhos. O entendimento é que os assuntos do poema devem ser abordados na escola, mas com supervisão de um especialista. A secretaria não esclareceu como é feita a escolha dos livros. A sindicância aberta para apurar o caso do outro livro ainda não foi concluída. Críticas
Professor da Faculdade de Educação da USP, Vitor Paro afirma que a escolha do livro para crianças de nove anos "é produto da incompetência e ignorância do governo". "Por que os livros só foram retirados após o jornalista questionar? A análise não deveria ter sido feita antes?", diz. A coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Angela Soligo, classifica como "um horror" o poema. "Tem uma ironia que talvez só o adulto entenda. É totalmente desnecessário para uma escola." "Já é o segundo caso. Os professores ficam inseguros com o material", disse ela. Secretaria diz que programa requer "ajustes"
A Secretaria da Educação admitiu que o programa Ler e Escrever, que usa os livros criticados, precisa de "ajustes". Afirmou, porém, que o projeto tem tido bons resultados -cada aluno, diz, poderá ter acesso a até 200 títulos. Sobre a nova obra criticada, afirma que ela se refere a assuntos que "o noticiário aborda, as crianças estão expostas". "A escola precisa tratar desses temas. Mas com supervisão", afirmou a diretora de projetos especiais da FDE (fundação da secretaria responsável pela compra), Claudia Aratangy. A Folha solicitou entrevista com o secretário Paulo Renato Souza, mas não foi atendida. Durante a entrevista, na tarde de ontem, Aratangy disse que analisava retirar o livro das salas de terceira série e deixá-lo para os alunos mais velhos, com supervisão. Mais tarde, a assessoria de imprensa afirmou que a decisão já havia sido tomada. "O poema é uma ironia, não está incentivando uso de drogas ou os crimes. Mas ele precisa de uma mediação para ser lido", afirmou Aratangy. Questionada se o critério não deveria ter sido definido antes do envio do material às escolas, ela afirmou que "foi feita análise, mas algumas coisas passaram".

Falta estudo a professor no país

Não é nenhuma novidade. Por isso muitos sistemas de ensino, dão formação e capacitação quando ingressam na função através de concurso público e outros sistemas dão capacitação e formação independentemente do concurso, haja vista que este profissional mesmo se contratado precisa e necessita de formação e atualização constante. Neste ponto preciso dizer que a SEE/SP fez um grande avanço quando ofereceu aos professores com apenas o magistério o curso de formação universitária totalmente gratuito. Fonte: 28/05/2009 - Folha de S.Paulo

Dos professores de quinta a oitava série, 27% não têm diploma de ensino superior com licenciatura, que é a habilitação legal exigida para dar aulas nesse nível. No total, 21,3% não têm sequer diploma. O retrato é do censo da educação básica de 2007 realizado pelo Inep, o instituto de pesquisas ligado ao Ministério da Educação.

Pela primeira vez, foram identificados dados individuais do universo de 1,8 milhão de profissionais de escolas públicas e particulares do país. Para quem trabalha até a 4ª série, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, determina como formação mínima ter curso normal de nível médio ou algum curso superior com licenciatura. Da 5ª ao ensino médio, a exigência é curso de nível superior com licenciatura.

Entre os professores que lecionam nas escolas públicas e particulares brasileiras há até uma parcela que só estudou até a 8ª série: 0,8% do total.

Esses profissionais sem a qualificação mínima exigida dão aula para cerca de 600 mil alunos --ou 1% das matrículas--, diz o Inep.

O ministro Fernando Haddad (Educação) diz acreditar que grande parte dos professores não enquadrados nas exigências tenha iniciado a carreira do magistério antes da lei, aprovada em 1996 e que não teve efeito retroativo.

O Ministério da Educação informou ainda que lança hoje um conjunto de medidas para tornar mais rigorosa a seleção dos futuros docentes.

Uma das propostas do projeto é filtrar futuros professores já na entrada para a universidade, como uma nota mínima para o ingresso deles em um curso superior.