sábado, 13 de junho de 2009

MEC quer identificar onde estão as 680 mil crianças que não frequentam a escola

Muito mais do que ter a preocupação de encontrar estas crianças, deve ter a preocupação de garantir o acesso, a permanência e a qualidade do ensino não apenas para estes alunos que estão fora da escola, bem como para aqueles que estão, mas que por vários motivos encontram dificuldades de desenvolver e potencializar suas habilidades e competências, principalmente e essencialmente as leitoras e escritoras e as de raciocínio lógico matemático.
Fonte: 13/06/2009 - Agência Brasil - Atualizado às 13h19.

O MEC (Ministério da Educação) quer descobrir quem são e onde vivem as 680 mil crianças que estão fora da escola em todo o país. Nesta semana, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgou relatório que destaca as dificuldades de algumas populações no acesso à educação e na permanência na escola. Crianças indígenas, moradoras do campo, quilombolas, negras e com deficiência física são as mais afetadas.

De acordo com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, uma equipe de estatísticos já conseguiu identificar 95 mil das 680 mil crianças a partir do cruzamento de diversos bancos de dados. O trabalho começou pela Região Norte, apontada pelo Unicef como uma das mais problemáticas. Regiões como o Semiárido também serão foco da ação.

O ministério entrou em contato com 55 municípios para detectar o motivo pelo qual essas crianças não estão na escola, seja falta de acesso ou evasão. O mapeamento mostra diferentes realidades. "Em alguns lugares o problema é de ônibus escolar, em outros de barco escolar e até de búfalo, porque em Marajó, nem ônibus nem barco resolvem. Em outras [regiões] é preciso construir escolas ou adaptar o calendário escolar aos fluxos migratórios de uma população que se desloca em tempos de colheita, por exemplo", contou o secretário.

O relatório do Unicef aponta que "as desigualdades presentes na sociedade ainda têm um importante reflexo no ensino brasileiro". Segundo o fundo, as populações mais vulneráveis são as mais privadas do direito de aprender. Para Lázaro, essa análise ajuda a focar um problema que é invisível para a sociedade.

"O Unicef coloca no centro do debate a questão da equidade e das desigualdades na educação. Para nós isso é muito bom, é um estímulo para a sociedade enxergar aquilo que não está visível."

A Secad (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade) foi criada em 2004 justamente com a função de trabalhar a questão das desigualdades. Na avaliação de Lázaro, historicamente as políticas educacionais não foram fortes o bastante para enxergar as especificidades "desse público socialmente mais fragilizado".

"Para eles, você tem que dar o que todos têm e mais um pouco, porque o ponto de partida desses públicos é inferior. Por isso o MEC tem muita clareza da necessidade de ações afirmativas, que não se reduzem a cotas. Ação afirmativa é também você reconhecer que a população indígena e a quilombola têm que ter um adicional de merenda para combater as dificuldades de acesso", exemplificou.

Como cada uma dessas populações têm características distintas, não há uma fórmula específica para trabalhar a diversidade na educação, explica Lázaro.

"São situações muito complexa e distintas. Uma situação é a população das periferias nos grandes centros urbanos, outra é o atendimento adequando à população do campo. Também há a singularidade dos grupos indígenas e o atendimento aos quilombolas. Não há um único fator", disse.

Mas, para o secretário, o fato de 97,6% das crianças estarem na escola deve ser comemorado. "O desafio agora é que todos permaneçam na escola e aprendam. A escola ainda não está conseguindo garantir a todos o direito de aprender. E, quando você olha quem não aprende, são sempre os pobres, os negros. Portanto a escola precisa dar mais um passo para que não seja um lugar a mais que reproduza a desigualdade."

680 mil crianças que estão fora da escola em todo o país. Nesta semana, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgou relatório que destaca as dificuldades de algumas populações no acesso à educação e na permanência na escola. Crianças indígenas, moradoras do campo, quilombolas, negras e com deficiência física são as mais afetadas.

De acordo com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, uma equipe de estatísticos já conseguiu identificar 95 mil das 680 mil crianças a partir do cruzamento de diversos bancos de dados. O trabalho começou pela Região Norte, apontada pelo Unicef como uma das mais problemáticas. Regiões como o Semiárido também serão foco da ação.

O ministério entrou em contato com 55 municípios para detectar o motivo pelo qual essas crianças não estão na escola, seja falta de acesso ou evasão. O mapeamento mostra diferentes realidades. "Em alguns lugares o problema é de ônibus escolar, em outros de barco escolar e até de búfalo, porque em Marajó, nem ônibus nem barco resolvem. Em outras [regiões] é preciso construir escolas ou adaptar o calendário escolar aos fluxos migratórios de uma população que se desloca em tempos de colheita, por exemplo", contou o secretário.

O relatório do Unicef aponta que "as desigualdades presentes na sociedade ainda têm um importante reflexo no ensino brasileiro". Segundo o fundo, as populações mais vulneráveis são as mais privadas do direito de aprender. Para Lázaro, essa análise ajuda a focar um problema que é invisível para a sociedade.

"O Unicef coloca no centro do debate a questão da equidade e das desigualdades na educação. Para nós isso é muito bom, é um estímulo para a sociedade enxergar aquilo que não está visível."

A Secad (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade) foi criada em 2004 justamente com a função de trabalhar a questão das desigualdades. Na avaliação de Lázaro, historicamente as políticas educacionais não foram fortes o bastante para enxergar as especificidades "desse público socialmente mais fragilizado".

"Para eles, você tem que dar o que todos têm e mais um pouco, porque o ponto de partida desses públicos é inferior. Por isso o MEC tem muita clareza da necessidade de ações afirmativas, que não se reduzem a cotas. Ação afirmativa é também você reconhecer que a população indígena e a quilombola têm que ter um adicional de merenda para combater as dificuldades de acesso", exemplificou.

Como cada uma dessas populações têm características distintas, não há uma fórmula específica para trabalhar a diversidade na educação, explica Lázaro.

"São situações muito complexa e distintas. Uma situação é a população das periferias nos grandes centros urbanos, outra é o atendimento adequando à população do campo. Também há a singularidade dos grupos indígenas e o atendimento aos quilombolas. Não há um único fator", disse.

Mas, para o secretário, o fato de 97,6% das crianças estarem na escola deve ser comemorado. "O desafio agora é que todos permaneçam na escola e aprendam. A escola ainda não está conseguindo garantir a todos o direito de aprender. E, quando você olha quem não aprende, são sempre os pobres, os negros. Portanto a escola precisa dar mais um passo para que não seja um lugar a mais que reproduza a desigualdade."

Professora é acusada de aliciar alunas em escola na zona leste de SP

Um absurdo, de fato precisa ser instaurado sindicância e se o fato ocorreu ser punida de acordo com a legislação. Não podemos jamais perder a confiança no espaço escolar e nos professores, isso é um fato isolado e deve ser visto como tal, é uma excessão. Mas não pode passar em branco.
Fonte: 11/06/2009 - 08h48 - Jéssika Torrezan - do Agora
Uma professora e uma estagiária de uma escola estadual da zona leste de São Paulo foram indiciadas por corrupção de menores.

Segundo a polícia, dez alunas de uma mesma sala, entre 14 e 16 anos, confirmaram em depoimento que participavam de festas e passeios com as duas e que normalmente "ficavam" entre si. O grupo tinha até uma comunidade em um site de relacionamentos.

A polícia afirma que tanto a professora da escola, de 36 anos, quanto a estagiária, de 23, tinham namoradas entre as meninas.

A investigação começou quando a mãe deu queixa do desaparecimento de uma aluna, em abril. A polícia descobriu que a garota estava na casa da estagiária do colégio.

A professora afirmou que só vai falar perante o juiz. A estagiária negou as acusações. Se condenadas, elas podem pegar até quatro anos de prisão. A Secretaria Estadual da Educação disse que a professora foi afastada e que uma sindicância foi instaurada.

Haddad pede aprovação rápida de proposta que aumenta recursos da educação

Não tenham duvidas que se fosse aumento de salário já teria sido aprovado e como os filhos dos nobres congressistas não estudam em escola pública, não tem porque pressionar. Se fosse interessante de verdade para eles já teria sido votado, mas como o benefício é do e para o povo, esse que espere. Por isso continuamos ainda em um país em desenvolvimento e sem data para ser desenvolvido.
Fonte: 10/06/2009 - 17h39 - Da Agência Brasil
O ministro da Educação, Fernando Haddad, pediu nsta quarta (10) que o Congresso aprove em segundo turno a proposta de emenda à Constituição (PEC) que poderá aumentar os recursos para a àrea. Na terça, após divulgação de um relatório sobre o direito de aprender no país, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância) recomendou que o país invista pelo menos 8% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação. Hoje esse patamar está em 4,6%. A PEC acaba com a incidência da DRU (Desvinculação de Receita da União) sobre os recursos da educação. A DRU é um mecanismo que permite ao governo federal gastar 20% de qualquer arrecadação sem justificar a destinação dos recursos. A proposta já foi aprovada em primeiro turno na Câmara. Sem a DRU, a educação terá cerca de R$ 8 bilhões a mais por ano em seu orçamento. O relatório do Unicef alerta para o fato de que o Brasil ainda tem 680 mil crianças em idade escolar que não tem acesso à educação. Segundo a organização, são os grupos mais vulneráveis da população que enfrentam dificuldades para ter acesso à educação e concluir os estudos. Entre eles estão as crianças e adolescentes indígenas, negros, moradores da zona rural e portadores de de deficiência. "É difícil chegar a 100% do atendimento e exige muito investimento. Não basta construir escolas, você tem que construir um certo tipo de escola apropriada para a comunidade indígena, a comunidade ribeirinha, filhos de trabalhadores do campo com mobilidade, como os cortadores de cana-de-açúcar. São situações muito especificas", ressaltou o ministro. Haddad apontou que grande parte das crianças que estão fora da escola moram na Região Norte. Para resolver o problema de acesso, ele destacou que o programa Caminhos da Escola firmou um convênio com a Marinha para aquisição de barcos escolares. "Nós sabemos que essas crianças têm grande dificuldade de acessibilidade. Elas vivem em comunidades indígenas, ribeirinhas e dependem de um transporte mais ágil", afirmou. O ministro defendeu que os indicadores educacionais têm melhorado no país e que as metas previstas no PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) estão sendo cumpridas.
Amanda Cieglinski, com colaboração de Roberta Lopes

Incrições para o 13 Educaids vão até o dia 24 de junho

O 13º Encontro Nacional de Educadores na Prevenção as DST Aids e Drogas (Educaids) acontecerá de 1º a 4 de julho, no Centro de Convenções Frei Caneca. As inscrições, com valor de R$ 300,00 por pessoa, devem ser feitas até o dia 24 de junho.

Idealizado pelo mestre Paulo Freire, em 1996, e promovido pela Associação para a Prevenção e Tratamento da Aids (Apta), o Educaids procura discutir pesquisas, formas de prevenção e tratamento às DST/Aids entre educadores e profissionais da saúde.

Reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Educaids foi eleito como maior referência em Educação Preventiva na América Latina e Caribe pela Organização das Nações Unidas (ONU). O evento deu origem ao projeto de lei que torna a educação preventiva na rede escolar obrigatória e pela inserção de mais de 430 crianças e 260 jovens com HIV na rede escolar.

Durante o evento, serão anunciados os vencedores dos Prêmios Paulo Freire e Samuel Pessoa, que premiarão trabalhos de Educadores na área da Educação Preventiva. Os trabalhos deverão ser inscritos até o dia 20 de junho.

Inscrições e mais informações sobre o evento no site da Apta (http://www.apta.org.br) ou por e-mail (educaids@apta.com.br).