quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Prova de mérito - PEB I

Eu prometi que não falaria mais de valorização pelo mérito, pois não acredito na forma como o governo estabelece essas ações, que criam insegurança, descontentamento e ainda um clima de rivalidade entre pessoas de uma mesma classe e/ou função. Mas ao ler e responder a prova de PEB I, fiquei querendo saber aonde estão os aultores previstos na resolução 80 de 2009, afinal de contas para esta prova o que deveria ser levado em conta era essa referência. Dividir a prova em partes não é um erro, o erro é não avisar que assim seria e dar condições para os professores estudarem. Não achei difícil a parte de Ciências (e nem poderia como profissional da área) bem como a de Ciências Sociais, mas em nenhum documento estava previsto questões que cobrariam esse conhecimento. A parte de Língua Portuguesa é uma outra história, os autores citados na sua maioria estão presentes na referência de LP do ciclo II e ensino médio, e não dos professores de ciclo I, que não são professores especialistas de LP, um absurdo, sem nexo a prova, um desrespeito. Mas tudo continuara da forma que está, ninguém se mobilizando. Pelo contrário todos ansiosos pelos 25% de aumento. Parabéns desde já aos que conseguiram a pontuação mínima (6) e que farão jus ao merecimento excludente.

Aluno de 15 anos faz teste de HIV em escola

Talvez falte a quem determina e escreva as leis, um pouco de bom senso. Eu particularmente vejo como positivo, até como profissional da área da saúde e da educação. Os pais continuam achando que os filhos não fazem nada e muitos não querem ver a realidade e ficam adiando o quanto podem e depois vem as consequências e os casos de abandono que tanto os meios de comunicação divulgam diariamente. Claro que a família deve saber, mas antes da família que precisa saber é o aluno e caso dê positivo, inclusivo como aceitar e trabalhar, contar para a família como prioridade para que? para expor? para colocar para fora de casa? para sofrer humilhações? Pois, não me digam os teóricos de gabinetes que as famílias estão preparadas, pois sabemos que não estão, logo o primeiro passo deve ser dado com quem de direito. É engraçado como os órgãos sociais gostam de externar suas palavras, mas na hora da necessidade, todos pulam fora e como digo sempre tudo é aceito e tolerado quando é no quintal dos outros, ou na casa do vizinho. Meus parabéns a iniciativa do governo do Maranhão, espero que outros adotem, mas como pode ser uma ação que diminua votos (é essa é a única intensão hoje) muitos vão colocar debaixo do tapete.
Fonte: SÍLVIA FREIRE DA AGÊNCIA FOLHA - 03/02/2010
O governo do Maranhão começou a fazer testes de diagnóstico rápido de HIV em alunos do ensino médio, a partir de 15 anos, de escolas públicas de São Luís, sem pedir autorização aos pais. Os testes são feitos no horário letivo e o resultado, entregue na própria escola, diretamente ao aluno, em 15 minutos.
A medida é criticada porque exclui os pais do processo e dá margem à exposição do aluno.A realização do exame é opcional. Os pais, além de não precisarem dar autorização, não são comunicados do resultado.Em três dias de campanha, iniciada na sexta passada, foram feitos 299 testes -nenhum deles teve resultado positivo.
A coordenadora do Programa de DST/Aids da Secretaria da Saúde do Maranhão, Osvaldina Silva da Mota, afirmou que a campanha atinge cinco escolas.Os testes são feitos por técnicos da Secretaria da Saúde a partir de uma amostra de sangue colhida na hora. O resultado, segundo a coordenadora, é entregue individualmente por profissionais treinados do CTA (Centro de Testagem e Acompanhamento) de São Luís. Os alunos são orientados a não revelar o resultado aos colegas para evitar eventuais constrangimentos.
Caso o teste dê positivo, o que ainda não aconteceu, o aluno é aconselhado a contar para a família. "Não temos como contar para a família. Temos de trabalhar o adolescente para que ele fale", disse a coordenadora.Para Mota, abrir mão da autorização paterna facilita a realização do teste. "Existem pais que acham que a menina ainda não teve relação sexual, embora tenha tido há muito tempo."Ela diz que muitas meninas, antes de fazer o teste, perguntam se os pais vão ficar sabendo.
Raimundo Barros Ribeiro, diretor do Centro de Ensino Dayse Galvão, onde foram feitos 96 testes de HIV anteontem, disse que a experiência foi positiva.
Críticas
Na opinião de Genaro Ferreiro de Lima, do Conselho Tutelar de São Paulo, os adolescentes precisam, sim, ser representados pelo pai ou pela mãe em se tratando de educação e saúde.
Para o advogado criminalista Antônio Gonçalves, consultor da Comissão de Direitos Humanos da OAB paulista, o governo do Maranhão viola Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece que o poder de decisão sobre criança ou adolescente é dos pais ou responsáveis."A secretaria exclui do processo as únicas pessoas que deveriam participar da decisão."O advogado disse que o teste feito no ambiente escolar também pode causar ao adolescente um constrangimento moral, o que pode ser caracterizado como crime de constrangimento ilegal. "O adolescente que não quiser fazer o teste, por exemplo, pode ser visto como alguém que tem algo a esconder."
Colaborou FLÁVIA MARCONDES, da Agência Folha