terça-feira, 14 de julho de 2009

SP quer formar 100 mil técnicos de enfermagem

Fonte: Agência Estado - 14/07/2009 - 09h39
Cerca de 100 mil auxiliares de enfermagem poderão obter o título de técnicos de enfermagem em São Paulo nos próximos três anos. O governo estadual financiará cursos gratuitos de 690 horas - duração prevista de 10 a 12 meses - em várias cidades do interior e da região metropolitana da capital. O programa - denominado TecSaúde - atenderá profissionais das redes pública e privada. Os interessados devem ter certificação reconhecida de auxiliar de enfermagem.Cerca de 186 mil pessoas no Estado preenchem o pré-requisito. O diploma do ensino médio não é necessário, mas quem cursou apenas o ensino fundamental deverá se matricular também em uma classe para EJA (Educação de Jovens e Adultos). A formação técnica só começa após a conclusão do EJA. "Os recursos humanos são o investimento mais importante na área de saúde", aponta o secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.As inscrições serão feitas no site da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap, www.fundap.sp.gov.br) até 25 de agosto. Não haverá processo seletivo. Os cursos serão ministrados em escolas públicas e privadas que já formaram pelo menos três turmas de técnicos de enfermagem nos últimos cinco anos. Cerca de 300 instituições participarão do programa e receberão R$ 158 mil pela formação de cada turma de 36 alunos. As escolas interessadas devem se inscrever no site da Fundap. O programa envolve as secretarias de Gestão Pública, de Desenvolvimento, da Saúde e da Educação. Contará com investimentos de R$ 440 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Analfabetismo infantil

Não adianta pensar que a família é a única responsável pelo analfabetismo infantil, o governo é muito mais responsável do que se possa imaginar, afinal de contas há poucos anos o governo passou a olhar com outros olhos a educação infantil e dar valor a este nível de ensino, como elemento que potencializa o desenvolvimento da escrita e da criação de repertório. Inclusive o Ex-governador e ex-secretario de educação paulista disseram que era desnecessário a obrigatoriedade do ensino de 9 anos, na época em que a legislação federal ampliou o ensino fundamental. Por ai podemos pensar e imaginar o quanto os políticos são preocupados de fato com a educação, podem até ser, mas seus filhos continuam afastados das escolas públicas.
Fonte: Editoriais editoriais@uol.com.br - Folha de São Paulo - 14/07/2009
NO BRASIL , 11,5% das crianças de oito e nove anos são analfabetas, segundo o IBGE. O percentual supera a média nacional entre adultos, de 10%. No Nordeste, o índice infantil vai a 23%. No Maranhão atinge o pico nacional: 38%.Apesar de ter havido redução significativa desde 1982, quando o índice nacional era de 47%, o ritmo da melhora vem caindo. Se for mantido, o país não cumprirá a meta, estabelecida pelo movimento Todos pela Educação, de ter 100% das crianças plenamente alfabetizadas até 2022.A Provinha Brasil, do Ministério da Educação, que também avalia o nível de alfabetização no segundo ano do ensino fundamental, vem apresentando resultados igualmente dramáticos.Os dados reforçam a necessidade de dar mais atenção à pré-escola. Entre as crianças que têm de quatro a seis anos, 22% estão fora do pré -fonte certa de estímulos e elementos pedagógicos de grande valia para o desenvolvimento intelectual infantil.As crianças mais pobres são as que estão mais afastadas da estrutura escolar. Entre famílias cuja renda per capita é de mais de cinco salários mínimos, apenas 5,5% das crianças de quatro a seis anos estão fora da escola. Já entre as que têm renda de até um quarto de salário mínimo per capita, o índice salta para 30%.A redução da idade mínima obrigatória para ingresso no ensino fundamental -de sete para seis anos- foi decerto benéfica. O governo já discute com os municípios, principais responsáveis pela educação infantil, a possibilidade de tornar obrigatória também a frequência na pré-escola. A universalização e a devida valorização dessa etapa escolar são estratégicas para o país.É preciso investir mais na instalação e na qualificação da rede de pré-escolas e de creches. Do contrário, o analfabetismo em crianças que já deveriam dominar o básico da língua não será extinto num prazo visível.