sexta-feira, 18 de setembro de 2009

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CONCURSO PROFESSOR FORTALEZA

1.267 VAGAS PARA PROFESSOR pedagogo, educação infantil e ensino fundamental.
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Dados do Pnad. Importante ler, discutir e refletir

Fonte: 18/09/2009 - 10h00 - Simone Harnik - UOL educação - São Paulo
Quase 500 mil crianças de 10 a 14 anos são analfabetas no país
Pela assiduidade de Carlos*, 14 anos, à escola no bairro da Vila Prudente, zona leste da capital, ninguém ousaria dizer que ele enfrenta sérios problemas de alfabetização. O adolescente não falta às aulas de reforço, mas até hoje consegue apenas escrever seu primeiro nome.E ele não é um caso raro no país, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2008, divulgada nesta sexta-feira (18). Pelo Brasil, ainda há 492 mil crianças de 10 a 14 anos que não conseguem redigir bilhetes simples. O analfabetismo atinge 2,8% desta faixa etária no país. Isso significa que, a cada mil crianças, 28 são analfabetas. A professora de Carlos, Alessandra Aparecida Ferreira, 32 anos, afirma já ter trabalhado com "vários" outros estudantes na mesma situação do menino. O problema do garoto, segundo ela, está na falta de apoio dos pais, que vivem em uma comunidade da região."Ele já vem vindo com essa dificuldade, tem dificuldade de concentração. A família não participa nem ajuda - é totalmente omissa. E o irmão menor começou a faltar muito, só que a mãe acha que é normal", diz Alessandra.Na sala de aula, conta a professora, Carlos é tímido, mas não se sente acanhado de estar com colegas mais novos. "Ele participa das tarefas na sala de aula. Só não estuda em casa para fazer a prova, porque não tem estrutura familiar."
Fábrica de analfabetos
O Nordeste é a região que tem, proporcionalmente, mais crianças em fase escolar analfabetas - ao todo, 5,3% da faixa dos 10 aos 14 anos. Segundo o consultor em educação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil, Célio da Cunha, o número é preocupante. "O Brasil continua fabricando analfabetos", diz.Mesmo com o quadro insatisfatório, houve melhora de 2007 para 2008. A proporção, segundo a pesquisa anterior era de 3,1% - 0,3 pontos percentuais maior. Na contramão das estatísticas gerais do país, aparecem as regiões Sul e Sudeste - nas duas houve aumento do percentual de analfabetos (de 1% e 0,9%, respectivamente, para 1,3%).
Aumento do percentual de crianças na escola
De 2007 para 2008, também ocorreu um ligeiro aumento no percentual de crianças na escola - o que é positivo. Entre as pessoas de 6 a 14 anos, 97,5% frequentam instituições de ensino (0,5 pontos percentuais a mais do que o registrado no estudo anterior do IBGE)."A escola, por pior que seja, tem sempre uma dimensão revolucionária no sentido de abrir os olhos das pessoas. Ser alfabetizado é importante para a economia, mas também para a cidadania", diz Cunha.Segundo ele, além de dar retorno à sociedade, uma pessoa com oportunidades de se educar gera economias para o sistema de saúde, por exemplo, pois sabe como se prevenir de doenças."Na minha opinião, não só na faixa até os 14 anos, mas até os 30, 40 anos, daria para reverter a situação. Com concentração de esforços. Mais investimento e continuidade das políticas para acabar com o analfabetismo", explica.* O nome é fictício e foi utilizado para não expor o estudante.
Leia mais Brasil ainda tem 14,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais Brasileiro passa 7,1 anos na escola; defasagem é de quase três anos Mulheres passam mais tempo na escola do que os homens Quase 500 mil crianças de 10 a 14 anos são analfabetas no país Nordeste ainda concentra mais da metade dos analfabetos do país Pnad 2008: Escolarização de crianças que trabalham Analfabetismo: é preciso atrair os adultos para a escola DF tem a maior taxa de escolaridade entre a população de 18 a 24 anos Saiba tudo sobre a Pnad

Educação aprova assistência psicológica para professores e alunos

Importante iniciativa. Vamos ver como os sistemas aplicarão a legislação.
Fonte: 17/09/2009 - 20h30 - Da Redação - UOL educação - * - Em São Paulo
A CE (Comissão de Educação e Cultura) da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que revê a obrigatoriedade de assistência psicológica a professores e alunos da educação básica. O projeto de lei 7500/06 foi aprovado na última quarta-feira (16).Segundo o texto, os sistemas de ensino deverão regulamentar a medida no que diz respeito ao número de alunos por psicólogo e ao número de estabelecimentos de ensino por psicólogo, nas respectivas redes de ensino, e terão cinco anos para se adaptar à nova regra."Os psicólogos poderão contribuir muito para tornar o ambiente escolar mais saudável, eliminando circunstâncias que possam causar distúrbios de comportamento nos alunos e nos professores", observa a deputada Professora Raquel Teixeira (PSDB-GO), que propôs a nova legislação. TramitaçãoO projeto, que tramita em caráter conclusivo, segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
*Com informações da Agência Câmara

Professores que forem aprovados só darão aula em 2011

Fonte: Folha de São Paulo - 18/09/2009
O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato Souza, confirmou ontem que os mais de 10 mil professores que poderão ser admitidos na rede básica de ensino ingressarão em sala de aula apenas em 2011. O concurso deverá ocorrer em março.Pelo planejamento inicial do governo, o concurso seria realizado em setembro deste ano. Assim, os professores já poderiam atuar a partir de 2010.O atraso, segundo Paulo Renato, deu-se porque a programação traçada pela secretaria mostrou que os professores entrariam em aula na metade do primeiro semestre.
"Rotação"
"Estaríamos provocando uma rotação na rede. Mesmo que fizéssemos para o meio do ano, também estaríamos provocando essa rotação. Isso, pedagogicamente, não é conveniente", afirmou o secretário.A prova que aconteceria em setembro seria a primeira etapa do concurso. Depois, os aprovados teriam de realizar um curso de cerca de quatro meses na Escola de Formação de Professores do Estado -o curso tornou-se obrigatório por medida aprovada neste ano.O processo contempla ainda uma terceira etapa: uma prova feita após o curso.Paulo Renato negou que a mudança no planejamento tenha ocorrido por possíveis atrasos na preparação do curso ou em liberação de verbas.Segundo ele, o novo planejamento da secretaria prevê ter todo o processo do concurso concluído entre outubro e novembro de 2009 para que seja feita a nomeação.Paulo Renato disse também que não faltarão professores por causa da mudança na realização do concurso e que muitos dos aprovados poderão ser docentes que já trabalham hoje como temporários.Segundo a Secretaria da Educação, a rede estadual tem hoje cerca de 230 mil professores, sendo aproximadamente 100 mil temporários.
Demora
A presidente da Apeoesp (sindicato dos professores do Estado), Maria Izabel Azevedo Noronha, afirma que a medida é positiva ao dar mais tempo para os candidatos estudarem para o concurso."Faz sentido também quanto à organização do ensino", diz a sindicalista.Ela afirma que o importante é haver concurso e que o governo publique com antecedência o edital, que traz a bibliografia exigida. "Só o que não pode é ficar adiando, adiando..."A opinião é semelhante à do professor da Faculdade de Educação da USP Rubens Barbosa de Camargo."É claro que, do ponto de vista organizacional, é muito melhor que os novos professores cheguem no final do ano, para iniciar a preparação, ou já no início para as aulas", afirma."Só lamento que, com um contingente tão grande de professores temporários, o concurso tenha demorado tanto", afirma.Para Camargo, o ingresso durante o ano letivo afeta a lógica de funcionamento do ensino.

Kassab recua e não vai mais cortar uma refeição em creches

Precisamos tomar bastante cuidado com os questionamentos. É evidente que a discussão deve ser outra, não a retirada das refeições, até pq os sistemas públicos não enfrentam problemas relacionados a merenda na escola. Esclareço: isso não significa que possa haver problema com licitação, ou que alguma escola não serve o cardápio indicado pelos departamentos de suprimento. Mas de modo geral as refeições chegam para as crianças. Ainda acredito que a discussão é outra, a diminuição do tempo de permanência nas creches.
Fonte: Folha de São Paulo - 18/09/2009
Horas depois de dizer que comer demais também faz mal à saúde, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), desistiu de cortar uma das cinco refeições diárias das creches administradas pelo município. Em nota distribuída pela Secretaria da Educação no início da noite, a assessoria de imprensa do órgão afirmou que a medida foi tomada para "tranquilizar as famílias". Com o corte noticiado pela Folha ontem, cada creche teria de optar por retirar o café da manhã ou o jantar das crianças -60 mil seriam afetadas. Pela manhã, questionado sobre a medida, Kassab disse que não era um corte, mas uma decisão técnica motivada pela redução do tempo de permanência das crianças nas creches -de 12 horas para dez horas, em vigor desde janeiro. Na entrevista, afirmou: "Para ser sincero, tecnicamente existe uma exposição de motivos que mostram que as crianças não podem ter uma alimentação superdimensionada. Faz tão mal à saúde comer demais como comer de menos". Na nota, mais tarde, a secretaria informou que manterá a "alternativa de fornecimento de cinco refeições, respeitadas as necessidades específicas dos alunos de cada unidade". A partir de agora, de acordo com a pasta, será feita também uma ampla pesquisa com famílias e diretores para avaliar a situação alimentar das crianças -e solucionar "carências". O secretário da Educação, Alexandre Schneider, havia defendido a medida ao escrever em seu blog: "Se mantivéssemos as cinco refeições estaríamos alimentando as crianças a cada duas horas e desobedecendo todas as recomendações que regem uma alimentação saudável para esta faixa etária". EntrevistaDe manhã, apesar de defender a redução na quantidade de refeições, Kassab afirmou que não havia sido consultado. Negou também que a medida tenha sido tomada em razão de questões financeiras. "É inacreditável que alguém possa acreditar que existirá restrição financeira à merenda", disse. Com a mudança, as despesas mensais da prefeitura com alimentação nas creches seriam 20% menores -de R$ 2,85 milhões para R$ 2,28 milhões. Leia trechos da entrevista de Kassab pela manhã:
Pergunta - Por que cortaram uma das refeições das creches?
Kassab - Não houve corte. O que houve foi uma redução na carga horária das crianças.
Pergunta - Mas reduziu de cinco para quatro refeições diárias.
Kassab - Tecnicamente existe uma exposição de motivos que mostram que as crianças não podem ter uma alimentação superdimensionada. Faz tão mais mal à saúde comer demais como comer de menos. Portanto, a prefeitura tem orientação técnica em relação à refeição dada às crianças.
Pergunta - Muitas crianças vão à creche só para ter refeição porque elas não conseguem ter em casa. Elas estavam com refeições demais?
Kassab - Não acredito. Acredito que as refeições são muito bem balanceadas e continuarão sendo. O que houve foi a mudança no tempo de horas que as crianças permaneciam na escola.
Pergunta - Tem uma crise financeira na prefeitura?
Kassab - Não, não há crise. A saúde financeira da prefeitura está adequada para o momento que vivemos. Nós tivemos uma redução nas receitas de R$ 5 bilhões. Fizemos ajustes no Orçamento que nos permitem manter a prioridade nas ações quanto à saúde e à educação.
Pergunta - Por que está cortando a merenda?
Kassab - Acho inacreditável alguém supor que uma administração vá cortar a merenda. Tem muita coisa para cortar até cortar a merenda.
Pergunta - Por que o corte foi feito agora se a carga horária foi reduzida desde o começo do ano?
Kassab - Volto a dizer que as decisões são técnicas e jamais financeiras.
Pergunta - O sr. foi consultado antes dessa decisão ser tomada?
Kassab - Não, [sobre] as questões técnicas rotineiras eu não sou consultado. Quando tomo conhecimento, se discordo, posso até pedir para ser revisto.

Dificuldades de contratação de professores para a rede estadual

Fonte: UDEMO
São Paulo, 17 de setembro de 2009
Ofício 106/09
Exmo. Senhor,
Essa entidade, preocupada com a situação em que se encontram as escolas da rede pública estadual, vem à presença de Vossa Excelência para denunciar mais um problema que os diretores vêm enfrentando, requerendo a pronta intervenção de V.Exa. para a sua imediata solução.
De um modo geral, as escolas não estão conseguindo contratar professores, sendo que algumas delas estão sem esses profissionais desde o início do ano letivo.
Uma das razões dessa falta de professores é a dificuldade imposta pela própria administração, com a edição da Lei nº 1.093/2009, que cria uma "quarentena" de 200 dias para os professores que forem contratados neste momento, para o projeto de recuperação, ou como eventuais.
Quem vai querer pegar algumas aulas agora, sabendo que depois terá de ficar um ano todo sem trabalhar?
Não bastasse isso, a legislação ainda determina que os professores só poderão ser contratados se houver recursos financeiros disponíveis, e os órgãos da Secretaria da Educação informam que esses recursos não existem.
Dessa forma, os diretores estão sendo orientados para esclarecer os seguintes pontos aos candidatos a professores: primeiro, a quarentena; segundo, se forem admitidos, poderão ficar sem pagamento.
Vossa Excelência há de convir que, com essas disposições legais e administrativas, as escolas continuarão sem professores, por muito tempo.
Essa situação já vem sendo denunciada há algum tempo, mas parece que os órgãos intermediários não se preocuparam muito com a questão.
Por essas razões é que estamos requerendo a pronta e urgente intervenção de Vossa Excelência.
Na certeza do atendimento, e de estarmos, juntos, lutando por uma escola pública melhor e para todos,
Respeitosamente,
Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto
Presidente