quinta-feira, 8 de julho de 2010

RS: trans poderão usar nome social nas escolas

Rio Grande do Sul autoriza uso de nome social de trans em documentos escolares
O Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Sul publicou nesta semana o Parecer nº 739/2009, que aconselha as escolas do sistema estadual de ensino a adotarem o nome social de alunos e alunas transexuais e travestis em seus documentos escolares como boletins e lista de chamada.
Na decisão, o Conselho argumenta que o “nome social de travestis e transexuais nos registros contribuirá para a inclusão dos mesmos no processo educativo”. Menores de 18 anos precisam da autorização de um responsável para pedir a troca do nome.
Com o parecer, o Rio Grande do Sul se torna o 12º Estado brasileiro a aceitar o nome social da população trans nas escolas. Já aceitam: Tocantins, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Piauí, Paraíba, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Alagoas.

Educação em primeiro lugar

Fonte: Diário de São Paulo, de 07/07/10
Gostaria de aproveitar este espaço para falar sobre um tema muito importante para o desenvolvimento de São Paulo: a educação de qualidade. Para profissionalizar os jovens e garantir que as crianças aprendam de verdade, educação deve ser prioridade absoluta.
Se quisermos fazer planos para melhorar a educação, precisamos valorizar os professores, este é o único caminho para alcançar um ensino de qualidade.
O governo do estado tem que pagar salários dignos, abrir concurso para mais de 90 mil professores que estão em situação precária, oferecer plano de carreira e programas de formação permanente, em parceria com USP, Unesp e Unicamp.
Além de professores qualificados e motivados, educação de verdade também exige acompanhamento por parte dos pais. Por isso a avaliação sistemática e o boletim têm que ser levados a sério. Só assim, professores e pais poderão acompanhar o desempenho das crianças, não para reprová-las, mas para ajudá-las. O sistema de ensino precisa de profundas mudanças. Instituir progressivamente o ensino integral, por exemplo, é uma meta estratégica.
Tudo isso para garantir que nenhuma criança chegue à primeira série e continue passando de ano sem saber ler e escrever, como , infelizmente, ainda acontece. A aprovação automática desmotiva os alunos, desvaloriza a escola e retira a autoridade do professor. Isto vai acabar no meu governo.
Uma área que merece atenção especial é o ensino médio. Os adolescentes devem conciliar o estudo das matérias básicas e o ensino profissionalizante. Os jovens conseguirão o primeiro emprego com mais facilidade, o que também é fundamental para São Paulo.
O governo de São Paulo precisa fazer mais creches, escolas técnicas e universidades públicas no interior. E, finalmente, pretendo colocar banda larga , dar aos alunos acesso, aos computadores e produzir material pedagógico digital para colocar os estudantes na internet e a escola no futuro.
No meu governo esses projetos serão colocados em prática e a sociedade sairá ganhando. É mais barato educar para a cidadania e profissionalizar a juventude do que tentar tirar os jovens das drogas, da violência e do álcool.
Aloizio Mercadante é economista, senador pelo PT-SP e candidato a governador do Estado.