segunda-feira, 20 de abril de 2009

Professores fazem conferências esta semana e planejam paralização para sexta

Fonte: 20/04/2009 - 15h10 - Da Agência Brasil - Mariana Jungmann Começa nesta segunda (20) em todo o país uma semana de conferências escolares estaduais e municipais em defesa da educação pública brasileira. Coordenada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação), a mobilização vai culminar com uma paralisação geral dos professores de escolas públicas de todo o país na próxima sexta-feira (24)."Essas conferências escolares têm incluído vários temas de discussão nas escolas, desde o financiamento da educação, a gestão democrática e qualidade da educação. E no dia 24 teremos greve nacional de um dia em defesa do piso que não foi implantado ainda por muito estados", explica Denilson Costa, secretário-geral do CNTE.Segundo ele, mesmo os professores dos estados que já aplicam o piso de R$ 950 estipulado por lei federal, vão parar para defender a aplicação de outros pontos da lei que ainda não estão sendo respeitados por muito estados. "Na verdade, essa é uma lei que tem várias conseqüências, porque tem estados que aplicam o piso, mas não respeitam a jornada de trabalho ou o reajuste anual do piso, por exemplo", explica Costa.As conferências que ocorrerão ao longo da semana também terão como objetivo preparar os delegados que irão para as conferências estaduais e municipais preparatórias à Conferência Nacional da Educação, que será realizada no próximo ano.

No RJ, Cabral vai criar bolsa-transporte para alunos do ensino técnico.

Fonte: 20/04/2009 - 12h52 - Da Agência JB Online O governador Sérgio Cabral vai abrir os cofres para incentivar a formação de mão-de-obra qualificada no estado. A partir do segundo semestre, alunos dos CVTs (Centros Vocacionais Tecnológicos), vinculados à Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica), vão receber uma bolsa-transporte para frequentarem as aulas.O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, calcula em cerca de R$ 1,3 milhão a verba anual necessária para oferecer o benefício. Outra medida para manter as salas de aula ocupadas é a implantação de supletivos dos ensinos fundamental e médio nas unidades. Nos dois casos, o objetivo é combater a evasão escolar, que chega a 50% anuais por causa do analfabetismo funcional e da falta de dinheiro para o transporte.A Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) liberou R$ 260 mil para a preparação do material didático dos supletivos. Os professores serão da própria Faetec. A oferta dos cursos, aprovada na sexta-feira pelo Conselho Estadual de Educação, começa em junho."De 25% a 30% dos alunos são analfabetos funcionais. Identificamos, ao longo dos dois anos do programa, que eles não entendiam o que liam. Alguns tinham o ensino fundamental, mas ao saírem da escola se tornaram analfabetos por falta de hábito de leitura. Há pessoas que nem sequer conseguem ler as apostilas", explicou o secretário.Com o investimento extra, as metas são acabar com o "apagão da mão-de-obra", atrair novas e empresas e dar sustentação às empresas instaladas no estado. O crescimento econômico do país nos últimos anos levou muitas empresas brasileiras a se depararem com a falta de qualificação dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que a crise mundial faz o desemprego subir com velocidade alarmante. Na avaliação do secretário, o "grave" problema na educação brasileira é oferecer ensino médio com ensino técnico, por meio dos Cefets (centros federais de educação tecnológica), mas não dar chances de os jovens trabalharem nas áreas."Sabemos que 85% dos alunos dos Cefets não usam o ensino técnico que aprendem, porque o ensino médio lá é tão bom que eles fazem vestibular, passam e preferem cursar a faculdade. A intenção da secretaria é formar mecânicos, soldadores, montadores e operadores de micro, também chamados de técnicos, para o mercado de trabalho", esclarece Cardoso.A construção dos CVTs antecede a instalação das indústrias, a partir de um mapeamento prévio que possibilite aos alunos estudarem próximo das residências e do futuro trabalho. A qualificação profissional começa pelo menos um ano antes das ofertas de emprego surgirem, e as unidades colocam os profissionais à disposição dos empregadores.Trabalhadores on-lineA partir de maio, a Faetec passa a oferecer trabalhadores on-line. Todos os profissionais formados vão ter endereços eletrônicos disponíveis no site da fundação. A primeira unidade a abastecer o serviço é o Cetep (Centro de Educação Tecnológica e Profissionalizante) Santa Marta, no Morro Santa Marta, em Botafogo, onde se formaram turmas de bombeiros hidráulicos, eletricistas, cabeleireiros e manicures, entre outros."Estamos incetivando todo mundo a ter e-mail e a fazer o cadastro no site, onde ficarão registrados o endereço e demais referências do profissional. A ligação com a Faetec é uma garantia de qualidade e segurança para o cliente, além de aumentar as chances para os trabalhadores", enfatiza.Lançados no início do governo Cabral, há dois anos, os CVTs fazem parte do Programa de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia, do Ministério da mesma pasta. Por ano, cerca de 18 mil alunos se matriculam nos 16 CVTs do estado, que oferecem de cursos de corte e costura a eletromecânica de automóveis, de acordo com o que o secretário chama de "vocação produtiva" da região onde estão implantados. O projeto consome R$ 50 milhões de investimento, sendo R$ 35 milhões do governo federal. A meta é chegar a 40 unidades e o total de 100 mil alunos formados até o ano que vem.O programa integra o esforço do governo federal - como chama o MEC (Ministério da Educação) - em contornar a dificuldade na contratação de mão-de-obra treinada. A primeira medida do governo Lula foi derrubar a lei 9.649/98, que barrava a criação de escolas técnicas. A partir de 2007, começou a implantar mais 150 unidades de ensino, com o investimento R$ 1,1 bilhão."A construção das escolas técnicas e a valorização da educação profissional fazem parte da estratégia de desenvolvimento econômico do país. Não há como o Brasil se desenvolver se não houver mão-de-obra qualificada", justifica o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco.

CONCURSO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO

MAIS DE 300 VAGAS - GESTORES - ACESSO
MAIS DE 800 VAGAS - EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL (CICLO I)
MAIS DE 1500 VAGAS - ENSINO FUNDAMENTAL (CICLO II) E MÉDIO
CURSÃO SANTA RITA (0XX11) 55750769
O CURSO É MUITO BOM, O CURSÃO TEM ALTOS ÍNDICES DE APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO NA ÁREA DE EDUCAÇÃO. NÃO DEIXEM PARA ESTUDAR PRÓXIMO DA PROVA, ANTECIPE-SE E DÊ UM PASSO A FRENTE DOS CONCORRENTES FAZENDO O CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO DO CURSÃO SANTA RITA.

Terminalidade da educação básica em baixa e Resposta do governo

Fonte: 20/04/2009 - Jéssika Torrezan - do Agora Ensino médio é pior Além de não ter nenhuma escola classificada no nível adequado de matemática e ciências, o terceiro ano do ensino médio é a série da rede estadual da Grande SP que tem mais escolas classificadas no nível abaixo do básico. No caso de ciências e matemática, o número de escolas que têm nota abaixo do básico supera as avaliadas no nível básico. Ciências tem 365 com nível básico, contra 946 abaixo do básico. Em matemática é ainda pior: 1.009 escolas estão abaixo do básico e 302 no nível básico. Fonte: 20/04/2009 - Jéssika Torrezan - do Agora Nível subiu, diz governo "A qualidade do ensino público é uma preocupação permanente do governo do Estado de SP. O Saresp é um exame realizado justamente para avaliar as condições do ensino. Em paralelo, e também em razão de seus resultados, são desenvolvidas políticas de capacitação dos educadores e reforço da aprendizagem, tais como, por exemplo, o Programa Ler e Escrever, uma nova proposta curricular implementada pela Secretaria da Educação, materiais de apoio a professores e alunos e a valorização do professor." A nota cita que o Idesp, índice que mede o quanto melhorou ou piorou cada escola, é feito com base no exame dos estudantes. "Nesse sentido, o Idesp, elaborado justamente com base nos dados do Saresp, aponta que 71,4% das escolas atingiram alguma ou todas as metas. No total, 80,8% das escolas evoluíram dentro do processo pedagógico."

Matemática não sai do básico na rede estadual de São Paulo

O governo precisa estabelecer estratégias para todo o ensino fundamental e médio, pois ao atingir um nível sem dar condições a outro, apenas mudará o foco do problema.
Fonte: 20/04/2009 - Jéssika Torrezan, Lívia Sampaio, Luciana Lazarini e Aline Mazzo - do Agora Nenhuma escola estadual da Grande SP ensina adequadamente ciências e matemática para os alunos da 8ª série do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. Em português, apenas a escola Maria da Conceição Moura Branco, em São Caetano do Sul, conseguiu ter a média adequada para a 8ª série. No 3º ano, só 30 de 1.311 escolas conseguiram esse nível em português --menos de 3%. Segundo critérios da própria Secretaria de Estado da Educação, os alunos da rede pública prestes a fazer vestibular não conseguem resolver equações de 1º grau, exercícios sobre a inércia em uma colisão nem questões envolvendo juros simples. É o que revela levantamento feito pelo Agora com base no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) de 2008, exame aplicado pelo governo José Serra (PSDB) para avaliar os alunos e cujas notas foram divulgadas no último dia 9. Além de analisar o que e quanto está sendo aprendido, as notas influenciam no pagamento dos bônus para os professores. São quatro os níveis: abaixo do básico, básico, adequado e avançado. Nenhuma escola, em nenhuma disciplina, obteve nível avançado. No resultado geral da prova, houve uma queda no desempenho em português e uma pequena melhora em matemática em relação a 2007. Na 4ª série, que só têm português e matemática, a maioria das escolas fica no nível básico. Em língua portuguesa, nove estão abaixo do básico. Analisando os dados da 6ª série, a maioria também fica no básico em todas as matérias, que é quando os alunos demonstram desenvolvimento parcial dos conteúdos. Em relação a matemática, apenas uma escola, Lúcia de Castro Bueno, em Taboão da Serra, conseguiu o nível adequado. A situação na Grande SP piora na 8ª série do fundamental. Nenhuma escola chegou a adequado em matemática e ciências. Mesmo as primeiras colocadas ficaram no básico, assim como a maioria dos colégios. Em língua portuguesa, apenas a escola de São Caetano ficou no nível adequado. O quadro é ainda mais grave no 3º ano do ensino médio, último antes do vestibular. Há mais escolas com abaixo do básico (o pior) que com básico. No discurso de posse, no dia 13, o novo titular da Educação, o ex-ministro Paulo Renato Souza, disse que o ensino médio terá "especial atenção". "É nesse nível onde observamos os maiores retrocessos nos últimos seis anos no plano nacional. A proporção de jovens de 15 a 17 anos fora da escola registrou até leve aumento."

Demora de 7 meses em análise de aposentadoria faz Estado indenizar professora

Fonte: Da Redação - 18/04/2009 – Última instância A 1ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), em decisão unânime, determinou que o Estado do Mato Grosso do Sul deve indenizar uma servidora pela demora injustificada da administração pública para apreciar seu pedido de aposentadoria. De acordo com o tribunal, ela foi obrigada continuar exercendo compulsoriamente suas funções de professora efetiva. A aposentadoria foi solicitada em julho de 1996, mas só foi concedida em 18 de setembro de 1997. A professora então entrou com ação de indenização contra o Estado buscando receber o valor referente ao trabalho prestado no período superior ao necessário para a concessão de sua aposentadoria, ou seja, sete meses e 21 dias, além de férias proporcionais e décimo terceiro salário. Decisão de primeira instância foi favorável à professora. Para o juiz, apesar de ser evidente que o administrador público deve ter algum tempo para a prática do ato administrativo e ainda que, como no caso, não haja prazo legal para tal cumprimento, este deve enquadrar-se no razoável —limite que, para ele, seria de 30 dias. Assim, determinou que o Estado ressarcisse a professora pelo trabalho compulsório, tomando-se como parâmetro o valor à época dos vencimentos da servidora (R$ 476,43, em março de 1997), totalizando R$ 3.668,51, sem qualquer desconto previdenciário e atualizado monetariamente, acrescidos dos juros de mora de 0,5% ao mês, contados desde a data da citação. No entanto, a sentença foi alterada pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, para quem "o processo administrativo pertinente à aposentadoria tramitou perante vários órgãos da administração pública, de forma que o aguardo pelo período de um ano, três meses e 17 dias para a concessão do pedido de aposentadoria não enseja a pretensa indenização". O ministro Teori Albino Zavascki, relator do recurso especial no STJ, restabeleceu a condenação do Estado. O entendimento é o de que o simples fato de a pessoa ser compelida a trabalhar em período no qual, legalmente, já poderia fazer jus à mesma renda na inatividade, decorrente dos proventos de aposentadoria, já configura evento lesivo ao interesse da parte e à livre manifestação de vontade.

Alfabetização precoce divide especialistas

Fonte: 20/04/2009 - 10h47 – Agência Estado Aprender a ler e escrever já na primeira infância garantirá adultos mais capazes e bem-sucedidos? A alfabetização precoce, dúvida que tira o sono de muitos pais, ganha cada vez mais adeptos nas escolas infantis da capital paulista. A tendência não agrada a boa parte dos especialistas, que dizem que criança tem de ser criança. Outros, porém, defendem a antecipação."Pesquisas mostram que as escolas infantis são para aprender diferentes tipos de linguagem. A escrita não deve ser prioridade", diz Maria Letícia Nascimento, da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) e do Fórum Paulista de Educação Infantil. Segundo especialistas, a corrida para saber ler e escrever foi impulsionada com a recente aprovação da lei, que aumentou a duração do ensino fundamental de 8 para 9 anos. Para que seus alunos não chegassem a essa etapa despreparados, colégios particulares anteciparam o início da alfabetização para os 3 anos.A motivação, em geral, vem da ansiedade dos pais. "Muitos acreditam que o filho tem de ser o melhor. Por isso esperam que tenham o conhecimento antecipado", observa Maria Letícia. Mas, segundo ela, não é colocando o filho em uma escola que ensina alemão no 1º ano de vida que os pais vão garantir que a criança seja um adulto melhor. "O importante é que nessas escolas ela viva bem a infância." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enem exigirá do aluno capacidade de relacionar temas

Fonte: 20/04/2009 - 08h14 - Da Agência Estado O novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que deverá substituir o vestibular de parte das universidades federais a partir deste ano, exigirá dos estudantes conhecimento, raciocínio e, principalmente, capacidade de relacionar temas para chegar à resposta correta. Uma mesma pergunta poderá incluir, ao mesmo tempo, temas de história e geografia, de biologia e química ou de literatura e compreensão de linguagem.Exemplos de questões preparadas para a reportagem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostram que o novo Enem será não apenas mais longo, mas bem mais complexo. "No Enem atual, o aluno não precisa, por exemplo, saber ciências. Uma pessoa que lê bastante pode ter um bom resultado", explica o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes. "O novo exige mais conhecimento de conteúdo."O exame concentrava suas questões em interpretação de textos e linguagens e lógica, sem contar com perguntas de ciências, história e geografia. Já os vestibulares cobrem todas as áreas, mas tendem a se concentrar em perguntas com respostas muito específicas. Um exemplo, retirado da Fuvest de 2008, é uma questão que, após um pequeno texto, pergunta a qual movimento ele se referia: liberalismo, feudalismo, mercantilismo, escravismo ou corporativismo. "Esse tipo de questão não cairá no novo Enem. Serão todas de contextualização e situações-problema", diz Reynaldo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Educação indígena ainda não atende direitos contitucionais

Fonte: 19/04/2009 - 12h11 - Da Agência Brasil - Amanda Cieglinski A Constituição de 1988 garantiu aos povos indígenas uma educação escolar diferenciada, que respeitasse a cultura e os saberes tradicionais de cada etnia. Mas, 20 anos depois, escolas sem infra-estrutura, materiais didáticos inadequados e a falta de professores especializados ainda são problemas comuns nas escolas indígenas.Em setembro, cerca de 600 representantes dessas comunidades e dos governos federal, estaduais e municipais se reunirão em Brasília para a 1ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena. A idéia é discutir qual é o modelo de educação adequado para esses povos."A educação diferenciada significa que eles têm o direito de utilizar a língua materna nas escolas e introduzir no ambiente escolar seus conhecimentos, práticas e saberes. Em termos de legislação, no plano da educação indígena,o Brasil é bastante avançado, o que precisa é sair do plano ideal e ser de fato implementada", avalia o secretário-executivo do Iepé (Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena), Luis Donisete Grupioni.Para o especialista, as secretarias de educação ainda têm "enorme resistência" em aceitar calendários diferenciados propostos pelas comunidades. "A legislação garante que se uma comunidade realiza um grande ritual ou há épocas em que boa parte dos seus membros saem para caçar, a escola teria que se adaptar às atividades cotidianas desses grupos", explica.Susana Grillo, da coordenação de educação indígena do MEC (Ministério da Educação), afirma que é preciso garantir a autonomia pedagógica das escolas indígenas. "Envolve a questão da proposta curricular, da organização da escola, da formação do professor e efetivar esse protagonismo das lideranças, pais e mães a formular esse projeto político ainda é um desafio. Porque a tradição da nossa educação é de propor padrões muito homogeneizantes, sem considerar as diversidades", defende.Desde dezembro passado o MEC está realizando conferências regionais que vão orientar o debate nacional em setembro. Cinco encontros já foram realizados e mais 13 estão programados até agosto. Para Grupioni, um dos maiores desafios é conseguir formar membros das comunidades para que eles possam assumir as salas de aula e a gestão das escolas indígenas. A prática do ensino bilíngue, ou seja, no português e na língua de cada etnia, ainda não é uma prática nesses espaços."Para isso seriam necessários materiais didáticos para que essa língua apareça e possa ser estuda. Essa produção ainda é muito deficiente. Existe em pequenas quantidades e não atinge o conjunto dos grupos", aponta.A infraestrutura das escolas também é um fator que dificulta a aprendizagem. Segundo o especialista, muitas escolas funcionam de forma improvisada na casa de professores, sem bibliotecas ou equipamentos.De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), a educação indígena deve ser orientada pelo MEC e orientada pelas secretarias estaduais e municipais. Para Grupioni, a descontinuidade das políticas que mudam a cada governo dificultam a consolidação do processo. "A cada troca, você começa os programas novamente, a rotatividade dos técnicos é muito grande. No Brasil a gente não tem uma cultura de acumular experiência de uma gestão para outra", diz.O investimento na formação dos técnicos que serão responsáveis pela aplicação das políticas públicas é fator-chave na opinião de Susana. "Você tem que qualificar os gestores permanentemente para a questão da diversidade no campo da educação", afirma.Ela espera que a conferência possa servir como local para apontar os problemas e levantar as soluções. Segundo ela, cerca de 450 lideranças indígenas virão a Brasília para o encontro, além de representantes de instituições responsáveis por executar as políticas públicas."Os problemas não são novos e são reincidentes. O desafio da conferência será trazer essas demandas a público e encaminhar soluções. O interessante é que elas estão sendo levantadas lá na base com as pré-conferências. Após a conferência, as demandas levantas devem seguir de base para que os governos formulem as políticas públicas de educação indígena", defende Grupioni.

Adolescentes ameaçam matar professora em Franca (SP)

Nem preciso dizer que é um grande absurdo, entretanto é muito mais comum do que imaginamos. É uma pena por exemplo que os meios de comunicação não dão importância para esses assuntos, mas quando ocorre com um aluno todos se voltam contra os professores. Infelizmente na educação temos esses casos, a crueldade, a maldade em muitos casos se deve ao fato de não existir legislação com penalidades em relação a estes casos. Existens alguns casos dependendo da idade, que não acontece nada a criança, nem vou entrar em detalhes, porque posso estar dando munição a estas pessoas. Eu repudio qualquer tipo de violência, em qualquer situação, não concordo com professor que agride aluno e também não concordo com aluno que agride professor. Tomare que o programa Hoje em Dia da TV Record mostre o caso, pois na última sexta-feira o jornalista e dono da verdade Sr Brito Júnior, fez todos os julgamentos possíveis contra a categoria, utilizaram um caso para julgar todos os milhões de professores, argumentaram que os alunos são excluídos, que os professores podem ser afastados, mas que os alunos não tem para onde ir. É uma pena que para estes alunos que ameaçaram a professora e queriam inlcusive sequestrar o filho, nada vai acontecer, somente serem transferidos correndo o risco de aprontarem na próxima escola, haja vista que fazem o que bem entendem e nada acontece. Depois ainda sobra para os professores. E alguns governadores ainda chamam a categoria de vagabundo. Ficar no gabinete com ar condicionado e um monte de empregados e falar de uma realidade distante é muuuuiiiiiitttttttoooooooo fácil.
Fonte: 18/04/2009 - 17h05 - Colaboração para a Folha Online Três adolescentes, com idades entre 12 e 14 anos, foram identificados pela Polícia Civil como responsáveis por ameaças de morte enviadas a uma professora de Franca (400 km de São Paulo), informou edição deste sábado do "Jornal Hoje", da Rede Globo. A reportagem mostrou que a professora, que não teve o nome divulgado, recebeu diversas ligações em seu celular em que era ameaçada de morte. A professora, que leciona na Escola Estadual Lydia Rocha Alves, decidiu procurar a polícia após encontrar uma bala de revolver em sua caixa de correio com um bilhete com novas ameaças. Os alunos foram identificados pela polícia na última quinta-feira (16). Em entrevista, a delegada Graciela Ambrósio afirmou que os adolescentes --um menino e duas meninas-- planejavam assaltar a residência da professora e sequestrar seu filho de 3 anos. "Eles tinham, realmente, a intenção de chegar a concretizar algum delito", afirmou a delegada. Os três adolescentes estão sob a guarda dos pais e devem comparecer a Vara da Criança e do Adolescente. O conselho da escola --formado por pais e professores-- deve decidir, nos próximos dias, se eles serão transferidos.

Prefeitura de SP recebe professores e categoria decide esperar para definir sobre greve

É esperar as cenas dos prócimos capítulos...
Fonte: 17/04/2009 - 17h52 - da Folha Online Uma comissão representando os professores da rede municipal de ensino de São Paulo foi recebida nesta sexta-feira pela Secretaria de Gestão após um ato em frente ao prédio do órgão. Os professores reivindicam aumento salarial real, incorporação de gratificações, entre outros itens. A categoria decidiu aguardar o prazo pedido para a secretaria para analisar as reivindicações, até o dia 30. De acordo com a decisão do órgão, a categoria definirá sobre a paralisação. Hoje os professores realizaram uma paralisação para um dia de protesto, no centro de São Paulo, para reivindicar aumento salarial. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), 300 pessoas se reuniram na rua Líbero Badaró, onde fica a secretaria. Segundo a categoria, 800 professores participaram do protesto. Segundo o presidente do Sinpeem (sindicato dos professores), Claudio Fonseca, e também vereador pelo PPS, ao todo a pauta da categoria tem 62 itens, mas os principais envolvem a remuneração e a valorização do trabalho. A principal reivindicação da classe é a aplicação de 17,5% de aumento agora. Na questão funcional, segundo Fonseca, os professores querem o direito de carreira do quadro de apoio. "Como fixaram até o final do mês para dar resposta, nós votamos aqui para, no dia 30, realizar uma outra reunião. Se o governo apresentar a resposta antes nós vamos usar uma reunião que faremos dia 27 para avaliar a resposta do governo. Se não apresentar nada até dia 30, estaremos aqui novamente e vamos deliberar sobre a greve. Por enquanto estamos em campanha, para pressionar o governo", afirmou o presidente do sindicato. Atualmente, um professor de ensino fundamental, em início de carreira, recebe R$ 1.121 (jornada de 30 horas). Projeto da gestão Kassab aprovado no ano passado prevê reajuste de 37,5% do salário-base até o ano que vem, por meio de incorporação de gratificação --os 17,5% estão dentro dessa previsão. Esse aumento permite reajuste aos aposentados (que não recebem gratificações) e ganho em alguns benefícios dos servidores da ativa, calculados em cima do salário-base. Apesar da queda da arrecadação por conta da crise econômica, a prefeitura tem afirmado que dará parte da incorporação das gratificações neste ano. O Sinpeem (sindicato dos professores) alega que há espaço para aumento salarial, uma vez que a prefeitura tem gastado menos de 40% de suas receitas com folha de pagamento.

Em São Paulo, ensino melhora nas séries iniciais e cai da 5 a 8.

Isso talvez se deve ao fato da dificuldade de entendimento dos vários agentes envolvidos no processo de construção do conhecimento (equipe gestora, professores, alunos, pais, funcionários) dos mecanismos do processo de progressão continuada, que infelizmente ainda é vista como promoção automática. Nas séries iniciais acredito que exista um maior controle e melhor aceitação dos professores, já nas séries finais fica muito mais difícil, porque além das inúmeras mazelas sociais e dificuldades que encontramos nas escolas, os professores são mais resistentes e neste ciclo os pais são também mais omissos e ficam distantes da escola, só indo por vezes quando convocado. O governo diz que vai investir nas séries inciais e ensino médio, espero que com estes resultados também pensem em estratégias para melhorar as séries finais, pois caso contrário teremos sérios problemas no futuro e uma grande dificuldade no prosseguimento dos estudos.
Fonte: 18/04/2009 - 09h17 - FÁBIO TAKAHASHI - da Folha de S.Paulo As notas dos alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental melhoraram em um ano, na rede municipal. Mas caíram nas demais séries, segundo a Secretaria de Educação de São Paulo.A base do resultado é a Prova São Paulo, aplicada pela gestão do prefeito Gilberto Kassab. Segundo a avaliação da prefeitura, a proporção dos seus alunos de 4ª série que alcançaram conhecimentos satisfatórios em português aumentou de 54,6% para 56,4% entre 2007 e 2008. Também houve melhora em matemática (de 60,9% para 68,4%). Caiu o rendimento dos alunos mais velhos. Na 8ª série, o índice dos que têm conhecimento adequado caiu de 53% para 38% em português e de 60% para 47% em matemática. O secretário de Educação, Alexandre Schneider, disse que foi dada prioridade às séries iniciais. Ele afirmou que a melhora ocorreu por conta do programa Ler e Escrever (materiais específicos para esses alunos e formação de professores). Uma explicação para a queda no desempenho das últimas séries, segundo o secretário, foi o alto índice de faltas na prova, aplicada em dezembro. "Há um problema estatístico, mas não vou me esconder atrás disso. Precisamos melhorar o desempenho desses alunos." "Os dados desafiam as políticas públicas, não deveria ter nenhum aluno com conhecimento não satisfatório em São Paulo", afirmou o professor da Faculdade de Educação da USP Ocimar Alavarse, que participou da elaboração do exame. "O avanço nas séries iniciais é nítido", disse o presidente do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves. "Mas a queda nas demais preocupa, porque o patamar já era baixo." Os dois educadores entendem que o formato da 5ª a 8ª série, com diferentes professores e disciplinas, pode prejudicar o rendimento dos alunos. O formato das provas dos governos estadual e municipal permite uma comparação das médias entre as redes. Os alunos de 4ª série da rede estadual foram melhor em português do que os da rede municipal. Nas demais séries, os rendimentos foram semelhantes.