quinta-feira, 25 de junho de 2009

Programa amplia inclusão de pessoas com deficiência

Fonte: nota10.com.br
O ministro da educação, Fernando Haddad, lançou ontem (24), em Brasília a nova tecnologia Mecdaisy: um conjunto de programas que permite transformar qualquer formato de texto disponível no computador em texto digital falado. A ferramenta está disponível gratuitamente no portal do ministério. “Agora, além de ler o livro, posso me localizar no livro”, disse o aluno de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Neno Albernaz, que participou dos testes da nova tecnologia. Ele perdeu a visão aos 23 anos após ser atingido por uma bala. “Hoje, me sinto lendo um livro da mesma forma que fazia quando enxergava”, disse.Antes de o software ser criado, os programas de leitura para deficientes visuais tinham recursos limitados que impediam o acesso autônomo às obras. “Eu tinha que contar com a ajuda de outras pessoas para ler notas de rodapé ou saber a numeração das páginas”, exemplificou Neno.Baseado no padrão internacional Daisy - Digital Accessible Information System -, a ferramenta brasileira traz sintetizador de voz (narração) e instruções de uso em português brasileiro. O software permite converter qualquer texto em formato Daisy e, após a conversão, é possível manusear o texto sonoro de maneira semelhante ao texto escrito. “O Mecdaisy permite que o usuário folheie, consulte o índice, pesquise, faça comentários”, enumerou o analista de sistemas da UFRJ, João Sérgio Assis, que participou da equipe de desenvolvimento da ferramenta.“Pelo depoimento de quem usa, sabemos que as pessoas com deficiência terão a disposição facilidades para manusear livros de maneira mais proveitosa”, afirmou o ministro Haddad. De acordo com o ministro, estão sendo investidos R$ 1,5 milhão em projetos de recursos tecnológicos para pessoas com deficiência, sendo que R$ 680 mil já foram investidos na criação do Mecdaisy. A ferramenta foi desenvolvida em parceria com o Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ. Por meio do acesso ao Mecdaisy, qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento em computação pode produzir livros digitais falados e ler as obras com mais autonomia. “Esse é um passo importante para fortalecer a educação inclusiva porque a ferramenta permite o manuseio do livro falado e navegabilidade simplificada”, sintetizou Haddad.

Curso de prevenção do uso de drogas abre 25 mil vagas

Fonte: nota10.com.br
Mais 25 mil educadores, entre eles, professores, coordenadores e gestores das escolas públicas, têm este ano oportunidade de conhecer, discutir, tirar dúvidas e trocar informações com especialistas sobre a prevenção do uso de drogas nas escolas. O curso Prevenção do Uso de Drogas, gratuito e a distância, é oferecido pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). A pré-inscrição pode ser feita até dia 6 de julho.A formação é para educadores que trabalham com estudantes de 5.ª a 8.ª série do ensino fundamental (6.º ao 9.º ano) e do ensino médio. A inscrição é individual, mas cada estabelecimento deve formar um grupo de cinco profissionais (professor, diretor, coordenador) que responderão pelo núcleo de prevenção do uso de drogas e que, ao final do curso, apresentarão um projeto para a escola. Para participar do curso, a escola precisa atender a dois requisitos: ter acesso à internet e ter turmas dos anos finais do ensino fundamental ou do ensino médio, ou ambas.Maria de Fátima Malheiros, da Diretoria de Concepções e Orientações Curriculares da Secretaria de Educação Básica (SEB), explica que, encerrado o processo de pré-inscrição, o MEC e a Senad farão uma triagem no banco de inscritos com base em quatro critérios: ordem de inscrição; proporcionalidade por estados e regiões; equilíbrio de vagas para o ensino fundamental e ensino médio; atuação das escolas no desenvolvimento de ações de prevenção e promoção da saúde escolar.O objetivo do MEC e da Senad, diz Maria de Fátima, é formar educadores capazes de desenvolver programas de prevenção do uso de drogas, detectar comportamentos de risco na escola, abordar adequadamente crianças e adolescentes, e encaminhar alunos e familiares para a rede de serviços existente no município.O curso, a distância, tem 120 horas, duração de quatro meses e certificado de extensão universitária expedido pela UnB. Para obter o certificado, a equipe (cinco educadores) precisa apresentar um projeto de prevenção para aplicar na escola, além de fazer as tarefas do curso. Os participantes receberão materiais didáticos individuais – um livro e um DVD – que os promotores do curso encaminharão para o endereço da escola onde o educador trabalha.Na UnB, uma equipe de tutores estará à disposição dos cursistas para tirar dúvidas por correio eletrônico e auxiliá-los no estudo dos conteúdos, no diagnóstico da situação da escola e da comunidade e na elaboração do projeto final. A ficha da pré-inscrição está disponível até o dia 6 de julho na página eletrônica do curso (www.prevencao.mec.senad.gov.br). O início da formação está previsto para agosto. Além de informações no sítio do curso, escolas e professores poderão tirar dúvidas pelo correio eletrônico prevencao@cead.unb.br e pelos telefones (61) 3340-8561 e 3349-6007.

15 mil professores perderão o cargo em 2011

Se estas atitudes e decisões de fato melhorassem a educação, tenho certeza que todos validariam a postura do governo, mas quem esta na rede sabe que esse tipo de postura não ajuda, apenas cria um clima de mal estar entre os professores.
Fonte: 25/06/2009 - Vinícius Segalla - do Agora
Os professores temporários da rede estadual que foram contratados depois de 1º de junho de 2007 terão que deixar seus cargos no fim de 2011. Isso ocorre porque foi aprovado anteontem, na Assembleia Legislativa, um projeto de lei que prevê o tempo máximo de dois anos de trabalho para docentes temporários contratados a partir de junho de 2007.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, porém, o prazo de dois anos para esses temporários só vai começar a contar a partir do momento em que os profissionais fizerem um prova de avaliação de desempenho, o que está previsto para acontecer até o final deste ano. O Agora apurou que são cerca de 15 mil professores na rede que estão nessa condição. Após o fim do contrato, o professor temporário será obrigado a passar por um período de "quarentena" de 200 dias para se tornar apto novamente a concorrer a uma nova vaga na rede pública.
Pacote da Educação
As mudanças nas regras de contratação dos temporários fazem parte de um pacote criado pelo governo para tentar melhorar a qualidade do ensino público no Estado. De acordo com os dados do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), apenas 40,5% das escolas com ciclo de 1ª a 4ª série do ensino fundamental --administradas pela Secretaria de Estado da Educação-- atingiram suas metas de melhoria de qualidade de ensino de 2007 para 2008. Já entre as escolas de 5ª a 8ª série, o índice é um pouco melhor: 44,8%. O governo estadual quer reduzir o número de temporários a quase zero, na medida que aumenta a quantidade de concursados, que vão passar por um curso de formação.

Polícia esvazia escola estadual após revolta de estudantes

Infelizmente a cada dia os índices de violência escolar aumenta, principalmente em escolas públicas, onde os professores estão sozinhos para enfrentar o problema, haja vista que o governo sempre nega os fatos e quem não conhece pensa que professor vive em um mundo do faz de conta.
Fonte: 25/06/2009 - Guilherme Russo - do Agora
Mais uma escola estadual foi invadida pela Polícia Militar para conter um tumulto causado por estudantes. Ontem de manhã, a escola estadual Professora Francisca Lisboa, em Osasco (Grande SP), registrou explosões de várias bombas. Havia cerca de 700 pessoas dentro da unidade na hora na confusão.
As bombas explodiram no pátio perto das 10h. A PM chegou em seguida. Os alunos, do ensino fundamental e médio, reclamam que a PM agiu de forma violenta, batendo neles com cassetete e jogando gás de pimenta para conter a confusão. A polícia nega, diz que a ação foi pacífica e que as acusações são "conversa de criança". A princípio, segundo a versão dos estudantes, a PM obrigou os alunos a voltar para a sala de aula. De acordo com os relatos, já dentro das salas, alunos mais revoltados começaram a destruir carteiras. Eles contaram ainda que houve princípio de incêndio em latas de lixo onde as bombas explodiram e que alguns extintores de incêndio também foram depredados. Os estudantes disseram que, pouco depois, os PMs os obrigaram a deixar a escola. Na hora da saída, outra confusão se formou na frente da unidade de ensino, e parte da avenida Professor Lourenço Filho ficou interditada. Mães e alunos queriam saber porque a polícia havia colocado todos para fora da escola. "Soltaram bomba aí na escola, e a PM começou a bater em todo mundo quando chegou. Foi por causa de um grupinho que também estava tocando fogo nas coisas", disse o estudante Bruno Cesar Vicente, 18 anos, do segundo ano do ensino médio. Ele afirma que tomou um golpe de cassetete no joelho direito, mostrando um pequeno hematoma. "Sobrou para todo mundo." DesesperoA cozinheira Maria Lidonei Bessa, 36 anos, contou que sua filha ligou para casa desesperada pedindo que a mãe fosse buscá-la. "Ela disse que vários colegas ficaram machucados", afirmou a mãe. Uma estudante de 16 anos, do primeiro ano do ensino médio, contou que "muita gente passou mal por respirar o gás de pimenta". Ela disse que os policiais jogaram o gás dentro das salas, quando a turma havia voltado para lá. Um outro aluno, de 17 anos, disse que os primeiros PMs que chegaram ao local "não quiseram conversa" e jogaram spray e agrediram os alunos. "Me bateram sem motivo. Fui agredido e humilhado", afirmou, contando que a PM golpeou as pernas dos jovens, que foram impedidos de filmar a ação com os celulares.

Aprovação PLC 19 e 20/2009 pela Alesp

Fonte: Fax nº 39 – APEOESP - 25/06/2009
ASSEGURADA ESTABILIDADE PARA 80 MIL PROFESSORES TEMPORÁRIOS
*Governo usa ampla maioria na Alesp para aprovar PLCs 19 e 20/2009
*Luta dos professores e da APEOESP altera projetos originais do governo
*Luta prossegue pelo reposição salarial de 27,5%, formação continuada e demais reivindicações
Agora é lei: o Projeto de Lei Complementar nº 19/2009, aprovado na noite de 23/06 na Assembleia Legislativa, regulamenta em definitivo a estabilidade para 80 mil professores admitidos em caráter temporário que ingressaram na rede estadual de ensino até o dia 1º de junho de 2007, data em que entrou em vigor a Lei 1010 que criou a SPPrev, sistema de previdência dos servidores estaduais. A inclusão destes milhares de professores temporários na SPPrev foi uma conquista da categoria que se mobilizou durante a tramitação do projeto de lei do governo estadual, que originalmente pretendia remeter estes profissionais para o regime geral da previdência, o INSS. Com a aprovação do PLC 19, esta estabilidade está regulamentada. Além do PLC 19, que estabelece novas regras para a contratação de servidores temporários, o governo estadual utilizou sua ampla maioria na Assembleia Legislativa para aprovar também o projeto 20, que cria duas novas jornadas de trabalho, de 12 e 40 horas, e cargos para concursos públicos de docente na rede estadual de ensino. Durante sessão plenária, os deputados de oposição registraram seus votos contrários aos projetos, defendendo as reivindicações da categoria, que lotou a galeria e os corredores da Casa durante todo o processo de discussão e votação.
Mobilização denuncia ataques do governo
Desde o momento em que os projetos do governo foram anunciados, os professores mobilizaram-se denunciando que o PLC 19 institucionaliza a rotatividade dos professores (ao impor uma quarentena de 200 dias entre uma contratação e outra), precariza ainda mais os direitos dos novos temporários e não oferecia perspectiva de realização periódica de concursos para reduzir, a níveis aceitáveis, o elevadíssimo número de professores temporários na rede estadual de ensino: este quadro compromete a qualidade do ensino. Ao mesmo tempo, a Diretoria da APEOESP denunciou o PLC 20 por criar uma nova etapa no concurso público, após a prova inicial e apresentação de títulos, submetendo os aprovados a nova avaliação depois de um cursinho de quatro meses. A prova do concurso público já é suficiente para avaliar a capacidade do professor e a formação deve ser continuada, em serviço e no local de trabalho, durante toda a carreira. O governo tinha pressa em aprovar os projetos e utilizou o regime de urgência para atropelar as comissões permanentes da Assembleia Legislativa. Com isso, pretendia impedir necessária discussão aprofundada das matérias. A pressão da categoria, organizada pela APEOESP, conseguiu assegurar realização de uma audiência pública ocorrida no dia 3 de junho, na qual a presidenta do Sindicato, professora Maria Izabel Azevedo Noronha, Bebel, reafirmou as posições da categoria e cobrou diretamente do secretário a instituição de concursos periódicos para dar solução ao problema dos temporários. Em resposta, o secretário comprometeu-se a editar decreto com este teor. A Secretaria da Educação reafirmou, na data de ontem, que o decreto será publicado nos próximos dias, estabelecendo concursos públicos no prazo máximo de quatro anos, ou em prazo inferior, dependendo da necessidade da rede. No próximo semestre, segundo a S.E., haverá concurso para 10 mil vagas.
Pressão da categoria garante ampliação no número de vagas
Mantendo a pressão sobre os parlamentares da base aliada e sobre o próprio governo, os professores conseguiram também que fosse alterada a duração do contrato temporário, de um para dois anos (combinando-se com a realização periódica dos concursos) e que fosse ampliado número de vagas para concurso, de 50 mil para 80 mil, conforme emenda proposta pelo deputado Roberto Felício.
Campanha salarial e educacional continua
Em todos os momentos deste processo, a categoria manteve-se em estado de mobilização permanente, com a realização de assembleias gerais em frente à Secretaria da Educação e, sobretudo, vigílias na Assembleia Legislativa. Também foram realizadas reuniões com a Secretaria da Educação. Na primeira delas, com presença do secretário, a Diretoria reafirmou as reivindicações, denunciou os problemas advindos dos projetos, entre eles, a rotatividade e a imposição de uma escolinha de formação, sobre a qual não há qualquer informação consistente. O Sindicato reforçou a necessidade de formação continuada a todos os profissionais da rede pública de ensino. A pressão e a mobilização continuam pelo atendimento de todos os pontos da pauta da categoria, entre eles, 27,5% para repor as perdas acumuladas; garantia de 33% da jornada para atividade extraclasse; concurso público classificatório periódico em todos os níveis e disciplinas; novo Plano de Carreira; fim da superlotação das salas de aula; reajuste salarial para todos; incorporação de todas as gratificações, com extensão aos aposentados; fim da política de bônus e imediatas ações para prevenção à violência nas escolas. O Sindicato também fortalecerá a luta pelo reconhecimento social de toda a categoria.