sábado, 29 de maio de 2010

Educação aprova diretrizes para o ensino de História no nível médio

A Comissão de Educação e Cultura aprovou há pouco o Projeto de Lei 4651/09, do deputado Gilmar Machado (PT-MG), que torna obrigatório o ensino de História em todas as séries do ensino médio.
A proposta, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), estabelece ainda que o ensino de História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias que foram o povo brasileiro.
“O ensino de História é de fundamental importância para a inserção do cidadão contemporâneo no complexo contexto das nações”, afirmou o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Ex-presidente do Inep assume vaga no Conselho Nacional de Educação

Fonte: 28/05/2010 - 20h36 Amanda Cieglinski Da Agência Brasil Em Brasília
O ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) Reynaldo Fernandes vai ocupar uma cadeira no Conselho Nacional de Educação (CNE) a partir de junho. Foi publicada hoje (28) no Diário Oficial da União a lista dos novos membros do colegiado que assumirão um mandato de quatro anos.
Três atuais conselheiros da Câmara de Educação Básica (CEB) foram reconduzidos ao cargo. Mozart Neves Ramos, que é presidente do Movimento Todos pela Educação e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Regina Vinhaes Gracindo, professora da Universidade de Brasília (UnB) e Maria Izabel Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Os novos membros que se juntam à CEB são Nilma Lino Gomes, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Rita Gomes do Nascimento, da Secretaria de Educação do Ceará. Nilma é especialista em diversidade etnorracial e Rita trabalha com educação escolar indígena.
Além de Reynaldo Fernandes, mais quatro novos membros passam a compor a Câmara de Educação Superior (CES). Arthur Roquete de Macedo, que já foi membro do CNE e reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Gilberto Gonçalves Garcia, ex-presidente da Associação das Universidades Comunitárias (Abruc), Luiz Antonio Constant Rodrigues da Cunha, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Paschoal Laércio Armonia, diretor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista (Unip).
Os membros do CNE são escolhidos pelo presidente da República e o ministro da Educação. Entidades do setor educacional indicam até três nomes para cada câmara. A partir dessa lista são selecionados os futuros conselheiros.

Progressão pode mudar

Apenas um correção, o regime de progressão continuada (mesmo que com outro nome) teve início em São Paulo em 1918 com Sampaio Doria. No Estado de São Paulo também em 1984 teve início o Ciclo Básico.
Fonte: Jornal da Tarde, de 27/05/10 - Felipe Oda, felipe.oda@grupoestado.com.br
Os alunos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental não deverão ser reprovados. A recomendação para que as escolas particulares e públicas do País evitem repetir alunos com idade entre 6 e 8 anos voltou a ser defendida, ontem, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em entrevista à rádio CBN. A ideia é evitar a evasão escolar nos primeiros anos de ensino.
A medida, que não tem caráter de lei, precisa ser definida pelo Conselho Nacional de Educação. Haddad disse que pretende transformar os três primeiros anos em um ciclo de alfabetização.
Em 2008, data do último censo escolar nacional, 521.705 crianças dos dois primeiros anos do fundamental foram reprovadas. Dessas, 57.954 só no Estado de São Paulo, seja por excesso de faltas ou abandono do ano letivo.
A abolição da repetência no ensino fundamental, denominada progressão continuada, foi estabelecida em 1997 no Estado. Na capital, a medida passou a vigorar só em 1998.
O ensino fundamental foi dividido em dois ciclos e os alunos só podem ser reprovados no 4º e 8º anos. Caso a diretriz seja aprovada pelo Ministério da Educação e o governo municipal acate a recomendação, um terceiro ciclo será criado.
Para a professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Neide Noffs, a criação de mais um ciclo não trará benefícios aos alunos e professores.
“A reprovação não deu certo, mas esse modelo (ciclos) também não está dando resultado. Demorar quatro ou três anos para identificar as dificuldades do aluno é muito tempo”, diz Neide.
“Outras políticas públicas deveriam ser criadas para melhorar o desempenho de alunos e professores na sala de aula, como o acompanhamento individual do aluno, avaliações periódicas, melhores condições de trabalho”, afirma a professora.
A relação entre evasão escolar e repetência também é criticada. “O aluno abandona a escola quando não sente que tem subsídios para continuar. Ele tem noção das dificuldades. Isso o desestimula”, analisa.
Histórico
A primeira tentativa de estabelecer a progressão continuada em São Paulo aconteceu em 1968, quando o professor José Mario Pires Azanha criou um sistema na rede estadual de ensino que eliminava a reprovação da 1º para a 2º séries e da 3º para a 4º séries.
No entanto, o modelo foi abolido durante o governo militar.
Nas escolas da capital, a progressão em três ciclos foi implantada por Paulo Freire, quando o educador foi secretário municipal de Educação, entre 1989 e 1991.
O mesmo ocorreu na época em várias outras capitais brasileiras, mas não houve continuidade dessas políticas.
Em 1998, o Conselho Estadual de Educação propôs a adoção da volta da progressão continuada. A partir daí, o ensino fundamental foi dividido em dois ciclos e as repetências passaram a ser definidas apenas por faltas em excesso ou em caso de abandono do ano letivo.

Procuram-se professores

Fonte: Editorial do Jornal Agora SP, de 27/05/2010
Faltam professores em São Paulo.
A Secretaria da Educação do Estado não informa quantos, nem em quais matérias, mas reconhece o problema. O sindicato dos docentes afirma que a carência é "generalizada".
O governador Alberto Goldman (PSDB) também admite a falta de pessoal, ao menos em uma disciplina. "Parece que ninguém quer ser professor de física", comentou. "Não sei por quê."
Como assim, governador? Faltam professores porque os salários são péssimos --e as condições de trabalho estão longe das ideais.
Um jovem que se forma hoje em uma boa universidade, em cursos como física ou matemática, tem inúmeras outras opções de emprego, onde certamente vai ganhar mais do que o Estado se dispõe a pagar.
A carência de profissionais é tão grande que o governo paulista teve que voltar atrás em medidas importantes e positivas que havia adotado.
Para melhorar a qualidade dos docentes, professores temporários passaram a se submeter a uma prova de seleção desde o ano passado. Como o número dos aprovados foi insuficiente, o Estado teve que convocar até os que ficaram abaixo da média.
Agora, até quem não tinha prestado o exame pode ser chamado a dar aulas.
Nessa toada, vai ser impossível elevar a qualidade da educação oferecida aos estudantes paulistas.
Se quer mesmo melhorar o ensino e valorizar os docentes, o governo não pode fazer o trabalho pela metade. É preciso cobrar qualidade, mas também pagar por ela.

Temporário não será avaliado

Apenas uma correção, quem aplicou a prova foi a Fundação Vunesp.
Fonte: Jornal da Tarde, de 27/05/10 - Pedro Marcondes de Moura
A prova aplicada pela Secretaria do Estado da Educação em 2009 para professores temporários não será mais o único parâmetro de contratação. Anteontem, o governo publicou resolução no Diário Oficial que desobriga o órgão a contratar os profissionais baseado no resultado do exame.
Assim, quem não passou por nenhuma avaliação também pode dar aulas na rede pública. A atitude desagradou sindicatos de funcionários de escolas públicas estaduais. Aulas de física e química também poderão ser ministradas, em medida de urgência, por profissionais graduados em pedagogia.
Segundo Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto, presidente do Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo (Udemo), a decisão era prevista. “Eles não contratam professores pela CLT. A cada ano que o funcionário trabalha tem que ficar outro afastado para não configurar vínculo empregatício. Óbvio que ia faltar professor.”
Segundo a pasta, “a partir de 2011, além dos temporários, a rede contará com professores aprovados em concurso público realizado em março”.
Avaliação
A prova de seleção, aplicada pela Unesp, avaliou o conhecimento dos temporários nas disciplinas que lecionam. O exame seria eliminatório para evitar que docentes que não demonstrassem dominar minimamente as matérias pudessem assumir aulas e ensinar os estudantes. Dos 181 mil docentes que se submeteram ao exame, 88 mil não alcançaram a nota mínima.