domingo, 14 de junho de 2009

Maioria dos analfabetos não estuda

É triste esta realidade, mas precisamos ter clareza que a educação de jovens e adultos é de responsabilidade dos Municípios, dos Estados e do DF, afinal de contas a LDB é claro quando diz que deve-se oferecer ensino fundamental e médio na idade correta, bem como para aqueles que não puderam estudar e que não tiveram acesso no período entre 7 a 14 anos (EF) e 15 a 17 (EM), importante dizer que o ensino fundamental é direito público subjetivo independentemente da modalidade de ensino e deve ser prioridade tanto para os municípios, quanto para os Estado e Distrito Federal. Entretanto, o grande problema não esta no oferecimento e sim como garantir a permanência, por isso se faz necesário urgentemente ações didáticas e metodológicas para estabelecer a regulação da aprendizagem dentro de uma escola contextualizada e significativa.
Fonte: 14/06/2009 - Folha de S. Paulo
Parelheiros, Campo Limpo e Capela do Socorro, na zona sul de São Paulo, concentram jovens e adultos que não sabem ler nem escrever um bilhete simples. Ao lado da maioria dos analfabetos brasileiros com 15 anos ou mais, eles estão fora das salas de aulas. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) analisados pelo Ministério da Educação, mais de 90% dos analfabetos absolutos não frequentam classes de alfabetização, apesar da crescente oferta de vagas do principal programa federal, o Brasil Alfabetizado. No Estado de São Paulo, apenas 4,5% dos jovens e adultos analfabetos frequentam os cursos. No país, apenas 3,9%. As dificuldades no combate ao analfabetismo inviabilizam a mais recente meta oficial, de erradicar o problema em 2011. A dois anos do fim do prazo, mais de 14 milhões de brasileiros, ou 10% da população acima de 15 anos, ainda se declaram analfabetos. Números mostram que 582 mil jovens e adultos da região metropolitana de São Paulo são analfabetos absolutos (7.000 têm de 15 a 17 anos). Isso significa que a capital e seu entorno têm um a cada três analfabetos das nove regiões metropolitanas do país.
Os governos
Eliminar o analfabetismo é quase impossível, avalia o secretário de Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza. "Quanto menor a taxa, maior a dificuldade de localizar e atrair os que não sabem ler nem escrever; 100% de alfabetizados ninguém no mundo tem." O governo alega que o combate ao analfabetismo de adultos não é responsabilidade do Estado, mas anunciou o o programa Alfabetiza São Paulo, para jovens e adultos. André Lázaro, secretário de Educação Continuada do MEC, diz que persegue a redução dos 10% para 6,7% em 2015, segundo compromisso de 2000 da Conferência Mundial de Educação. A Prefeitura de São Paulo não comentou até a conclusão desta edição.