quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Educação anuncia concurso para 1,4 mil diretores de escola e mudança na seleção dos profissionais

Fonte: SEE/SP
 
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo vai abrir novo concurso para 1.450 diretores de escola e o processo terá mudanças significativas na seleção dos profissionais. Os gestores aprovados na avaliação, que acontece ainda no segundo semestre, deverão frequentar dois cursos de formação com duração de seis meses antes de atuar nas unidades de ensino. Os novos profissionais já devem ingressar na rede no início de 2014.
 
O objetivo da Secretaria é implantar critérios mais rigorosos de seleção e ao mesmo tempo propiciar aos novos diretores ferramentas para uma melhor atuação. Além da prova objetiva e discursiva e uma avaliação de títulos, serão incluídas duas fases no concurso, que será regionalizado: uma etapa de cursos sobre gestão escolar, questões pedagógicas e liderança e outra de visitas a várias unidades de ensino da rede. Após o curso, os diretores devem apresentar um plano de trabalho específico para a escola em que vão atuar. A aprovação nesta etapa também será condicionada à frequência.
 
Concomitante ao período de formação, o diretor passa por um estágio probatório com duração de três anos, período em que os profissionais vão receber orientações sobre a função de gerenciamento de recursos humanos e estratégias de ensino. Após o estágio, todos os gestores passarão ainda por avaliações anuais feitas pelo conselho escolar.
 
"Nosso objetivo é transformar a avaliação em gestão de desempenho, com a perspectiva de apoio a esses diretores. Aumentamos as exigências do processo de ingresso e fortalecemos os profissionais com cursos, além de permanente acompanhamento", afirma o secretário da Educação, professor Herman Voorwald.
 
Para participar do concurso, o candidato deve ter licenciatura em Pedagogia ou pós-graduação na área de Educação, e ter no mínimo, oito anos de efetivo exercício de magistério. Não é preciso estar em atuação na rede estadual. O novo edital será divulgado ainda neste semestre.
 
A remuneração inicial para diretor com jornada de 40 horas é de R$ 3.552,34. Com a Política Salarial estabelecida em 2011 pela Secretaria, as faixas e níveis de promoção salarial foram ampliados de cinco para oito. Assim, com a progressão funcional, os vencimentos podem chegar a R$ 8.410,82.

Diretor de escola mal avaliado será afastado

Pergunta que não quer calar. E quando o governo não é bem avaliado, como perde o cargo? Duvida cruel.

Fonte: CPP

A Secretaria de Educação entende que a Constituição prevê a possibilidade de perda do cargo público em caso de "insuficiência de desempenho".
 
Nesta quinta-feira (1/8), a matéria de destaque dos veículos de comunicação é: "São Paulo pretende afastar diretor de escola mal avaliado", uma delas, assinada por Fábio Takahashi, da Folha de S.Paulo, revela a decisão do governo paulista em afastar diretor de escola que não seja bem avaliado.
 
Confira:
 
"O governo de São Paulo decidiu criar um sistema de avaliação que vai retirar do cargo diretores de escola que tiverem baixo desempenho.

A iniciativa, à qual a Folha teve acesso, é considerada pela Secretaria da Educação como inédita no país. Atualmente, vigora a ideia de que o dirigente tem estabilidade ao ser aprovado em concurso --ele perde o posto apenas por desvio de conduta.

Pela proposta desenhada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), os novos diretores serão avaliados por três anos.

Após o período, os que não alcançarem desempenho satisfatório terão mais três anos para se recuperar. Os que falharem perderão o posto.

Ainda não foram definidos todos os quesitos da avaliação. Deverão ser considerados o desempenho do diretor em um curso de gestão e a opinião de professores, alunos e funcionários da escola.

O governo ainda analisa se a regra valerá para todos os diretores das cerca de 5.300 escolas da rede ou apenas para os que forem contratados a partir de agora --Alckmin anuncia hoje concurso para cerca de 1.400 dirigentes.

Segundo o secretário da Educação, Herman Voorwald, a ideia é que os dirigentes, mesmo aprovados nos primeiros anos de avaliação, continuem a ser submetidos a exame anual, com a possibilidade de perda do posto.

"Temos a possibilidade de formar o diretor em suas deficiência ou desligá-lo caso o perfil dele não seja adequado para a gestão", disse.

A Secretaria da Educação afirma que já se prepara para contestações judiciais.

A pasta tem o entendimento de que a Constituição prevê a possibilidade de perda do cargo público em caso de "insuficiência de desempenho". O mecanismo, porém, nunca foi regulamentado, afirma a secretaria.

A Constituição prevê a perda do cargo em caso de problema de desempenho, mas isso só pode ocorrer após processo com garantia de defesa e de contraditório.

Outra dificuldade pode ser a perda de interesse pelo posto. O piso para diretor é de R$ 3.552, com gratificações. "