terça-feira, 12 de abril de 2011

Governo vai dar alto-falante para professor

Estou abismado com tanta vontade de melhorar a educação paulista. Pq então não comprar auto-falante para os professores que ainda não tem problemas de voz como medida paleativa para evitar o excesso de readaptações? Depois quem ta lascado com a voz não adianta muita coisa, até pq o serviço público de atendimento é coisa de outro mundo. Demora as consultas, principalmente o tratamento com fono. Precisamos ser realistas, precisamos criar condições para que todos os readaptados possam ter condições de voltarem para sua função de origem, mas precisamos acima de tudo termos cautela e cuidado. O estado então deveria garantir em todas as escolas lousas brancas, para evitar o pó de giz (que em muitas escolas é o píor possível), diminuir drasticamente o número de alunos por sala, pois acredito eu que esse é o maior problema. Salas com 40, 45, 50 alunos, não tem voz e nem auto-falante que dara jeito. Isso significa que precisamos ser olhados com cuidado, carinho e atenção e que as condições de trabalho sejam dignas e de acordo com as necessidades, assim, com certeza teremos cada vez menos professores readaptados e quem sabe uma boa melhora na educação paulista.
Fonte: Lucas de Abreu Maia - O Estado de S.Paulo Colaborou Mariana Mandelli
Em uma tentativa de levar professores da rede pública afastados por problemas de voz de volta às salas de aula, o governo do Estado deve comprar alto-falantes portáteis. Profissionais da educação, no entanto, manifestaram-se contrários à medida - adotada sem estardalhaço ou anúncio.
O governo afirma que a medida seria suficiente para "amenizar algumas patologias inerentes a uma parcela dos docentes". Segundo críticos da compra, não há evidências de que os amplificadores portáteis impedirão danos à saúde dos professores.
A compra dos aparelhos será feita pelo programa São Paulo Educação Com Saúde, lançado nos primeiros dias do governo Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com nota conjunta enviada ao Estado pelas secretarias de Educação e Gestão Pública, "os professores podem continuar lecionando normalmente" com os alto-falantes.
Os professores da rede ficaram sabendo da medida no dia 24 de março, por meio de um comunicado da Secretaria da Educação enviado para as escolas da região metropolitana São Paulo. O documento pedia que cada unidade listasse os professores afastados por problemas na voz.
Atualmente, docentes que alegam impossibilidade de continuar lecionando por problemas vocais são enquadrados em um programa de readaptação e passam a ocupar cargos na estrutura administrativa das escolas.
São 6.538 docentes readaptados por problemas de saúde que vão desde síndrome do pânico a obesidade mórbida. Não há, ainda, uma estimativa de quantos professores participam do programa por problemas com a voz.
Precariedade. Profissionais e especialistas em educação afirmam que a compra dos alto-falantes portáteis não é suficiente para combater os problemas com a voz dos professores. Para a presidente do sindicato dos professores (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, a medida é paliativa e não vai resolver o problema. Segundo ela, os principais fatores que contribuem para o desgaste da voz são as classes muito numerosas e o pó do giz usado na lousa. "O microfone pode ajudar, mas não previne nem soluciona a situação do professor que já está doente", afirma.
Professora de língua portuguesa há 20 anos, Dulcelena do Prado, de 37 anos, concorda com o sindicato. "Ainda tem a quantidade de aulas que temos de dar para conseguir um salário razoável." Ela desenvolveu nódulos nas cordas vocais.
O Ministério Público também poderá questionar a compra dos equipamentos. "A princípio, me parece que os aparelhos podem causar constrangimento aos professores, que se sentirão obrigados a voltar a dar aula mesmo sem condições", afirma o promotor Eduardo Ferreira Valerio, que deverá pedir esclarecimentos ao governo. O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) também fará um pedido de informações à Secretaria Estadual de Gestão Pública.

Creche é suspeita de dar calmante para alunos

É o que falta mesmo para a educação ir para o buraco. Se for verdade os responsáveis precisam ser responsabilizados de forma exemplar, mas se for mentira é importante darmos o mesmo crédito.
Fonte: 12/04/2011 Caio do Valle e Manuela Barem do Agora
SÃO MANUEL - Uma creche municipal em São Manuel (259 km de SP) está sendo investigada pela polícia sob suspeita de dopar três crianças matriculadas no local. O caso teria ocorrido na última sexta-feira, no bairro Santa Mônica.
Segundo Michela Aparecida Silva, delegada-titular da Delegacia de Defesa da Mulher da cidade, onde a ocorrência foi registrada, os pais suspeitaram quando foram buscar os filhos na unidade. Os três tinham sonolência excessiva, segundo depoimento dos pais à polícia.
"Eles, então, decidiram levar as crianças ao pronto-socorro, onde a médica não entendeu o motivo de elas estarem daquele jeito", disse a delegada. Depois, as crianças foram encaminhadas ao Hospital das Clínicas da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Botucatu (238 km de SP), onde foram avaliadas. Elas passaram por exames no local, cujos resultados ainda não foram entregues à polícia.

Desdobramento: você já caiu nessa?

Infelizmente isso é mais comum do que a gente imagina.
Fonte: UDEMO
Você já caiu nessa história de “desdobramento”? É um “conto do vigário”, que funciona da seguinte forma: por ocasião das matrículas (reserva ou confirmação), alguém da Diretoria de Ensino convence você a receber o maior número possível de matrículas, inchando bastante as classes para, depois, requerer o desdobramento delas, justificando-o pelo excessivo número de alunos em uma mesma sala. Você aceita (ou seja, cai no conto), incha a escola e as classes e, em seguida, requer o famoso “desdobramento” na Diretoria de Ensino. Aí, o seu pedido (verbal) ou o seu requerimento (escrito) é negado, pelas mais diversas razões. O resultado é que sua escola vai ficar com superlotação por, no mínimo, um ano.
Cuidado! Esse é mais um caso de estelionato educacional. A vítima, como sempre, será você (e a sua escola).

Udemo é recebida em Audiência na S.E.

Fonte: UDEMO
A Udemo foi recebida em audiência, terça-feira, dia 12 de abril, pelo Secretário da Educação, Prof. Herman Voorwald, pelo Secretário de Educação - Adjunto, Prof. Palma e pelo Assessor Maurício Tuffani.
A pauta e os resultados foram os seguintes:
1. Reajuste Salarial: para o pessoal do Q.M., ativos e aposentados, o percentual deverá ser anunciado até o final deste mês; para o QAE e o QSE são necessários estudos complementares, pois esses quadros implicam o funcionalismo em geral. A intenção do governo é enviar a mensagem à Assembleia Legislativa até a segunda quinzena de maio. A Udemo ressaltou a necessidade de uma política salarial contínua, ao longo do mandato.
2. Faltas da greve: o Secretário anunciou que sairá, em breve, uma Resolução da SE resolvendo, definitivamente, a questão.
3. ALE – Adicional de Local de Exercício – reconhecendo as dificuldades, incoerências e insatisfações com esse benefício, o Secretário prometeu resolver as questões pendentes, com urgência, e analisar melhor esse adicional.
4. Plano de Carreira: o rascunho do projeto, a ser apresentado às entidades para discussão, deverá estar pronto até o mês de junho. Alguns pontos já foram comentados: será um projeto de médio e longo prazos; mérito (e não prova de mérito) será requisito para a evolução na carreira; inclusão dos aposentados; distribuição em níveis e faixas; uma evolução acadêmica; uma evolução por critérios de mérito.
5. Aposentadoria Especial dos Especialistas: todos os pontos foram esclarecidos ao Secretário, que vai tentar uma solução definitiva para o caso, na sua Pasta. A Udemo deverá ser chamada para tratar do assunto junto à assessoria (especializada) do gabinete.
6. Promoção por Mérito: para a Secretaria, a questão chave é definir o que é “mérito” na educação. A prova pode ser uma forma de avaliação, mas não a única nem a mais importante. Pode ser um indicador num conjunto de indicadores. Segundo a Secretaria, no ano passado a avaliação do mérito foi discriminatória, porque excluiu muitos profissionais e não promoveu todos os aprovados. Deverá haver, pelo menos, mais uma prova, enquanto não se implementa o novo Plano de Carreira. A Secretaria deixa claro que esta avaliação não será discriminatória.
7. Bônus: a Secretaria reconhece a fragilidade dessa política, que gera desigualdade, incoerências, injustiças e que acaba se confundindo com uma política salarial, o que não deveria acontecer. O Idesp é um complicador para o bônus; na avaliação da SE, deveria haver uma avaliação do sistema (Saresp, por exemplo) combinada com uma avaliação do aluno, para fins de bônus.

Secretaria abre inscrições para concurso de remoção de docentes

Fonte: educacao.sp.gov.br
Os professores, titulares de cargo, da rede estadual que estiverem interessados em mudar de escola em 2012 podem se inscrever no concurso de remoção a partir das 9h desta terça-feira (12/04). O cadastramento deve ser feito via internet, até as 23h59 da próxima segunda-feira (18/04), pelo sistema GDAE - Gestão Dinâmica de Administração Escolar do Departamento de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Educação (http:/drhunet.edunet.sp.gov.br/PortalNet/), acessando o link relativo ao concurso e seguindo as instruções ali contidas. O candidato que não tiver ou se esqueceu do login e senha para acesso do sistema GDAE deverá clicar em “Manual Para Acesso ao Sistema” e seguir as orientações.
A inscrição está condicionada à indicação de pelo menos uma unidade escolar. As indicações são feitas no ato do cadastro e o candidato que não indicar nenhuma escola não terá a inscrição efetuada. A relação das vagas iniciais está disponível no site da secretaria (www.educacao.sp.gov.br), mas o docente poderá indicar qualquer unidade escolar, mesmo que não apresente vagas iniciais, pois pode concorrer às vagas potenciais (quando há a saída de um outro docente).
O candidato poderá se inscrever para concorrer por títulos ou por união de cônjuges. No cadastramento, serão utilizados os dados constantes no cadastro funcional da Secretaria da Educação.
Mesmo efetuando a inscrição pela internet, o professor deverá apresentar ao diretor da escola em que atua toda a documentação comprobatória dos títulos para a classificação (doutorado, mestrado, especialização ou aperfeiçoamento) e dos documentos relacionados para a comprovação da inscrição por união de cônjuge (certidão de casamento ou escritura pública de declaração de convivência marital e atestado do cônjuge original).
O professor que não estiver com jornada constituída (adido), que estiver com jornada parcialmente constituída ou aquele que constitui jornada em mais de uma unidade escolar poderá inscrever-se no concurso na modalidade remoção/reserva. Assim, se o professor, concorrendo entre seus pares, não for atendido na remoção, poderá, se houver, ter aulas reservadas na escola na qual tem o cargo classificado.
Não poderá participar do concurso o docente em condição de readaptado ou ingressante estágio probatório que tenha sido nomeado mediante concurso regionalizado. Também será eliminado aquele que optar pela remoção por união de cônjuges, mas que tenha sido transferido nesta modalidade há menos de cinco anos, exceto se o seu cônjuge foi removido “ex ofício” (transferência obrigatória) ou vier a prover novo cargo em outro município, apresentando o comprovante ao seu superior imediato.
Uma vez inscrito no processo, o candidato não mais poderá desistir da mudança de escola e nem alterar, incluir ou excluir unidades escolares que vier a indicar para a remoção. A conclusão do concurso de remoção está prevista para dezembro e os professores somente assumirão a nova escola no próximo ano.
Em caso de dúvidas, os professores interessados podem entrar em contato com a Central de Atendimento da Secretaria de Estado da Educação, por meio do telefone 0800-7700012 ou pelo e-mail centralgdae@edunet.sp.gov.br.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Professor poderá pedir mudança após dia 12 - Remoção SEE

Pq a imprensa sabe antes as informações que deveriam privilegiar os professores????
Fonte: 07/04/2011 Cristiane Gercina do Agora
A Secretaria de Estado da Educação abrirá, no próximo dia 12, as inscrições para as transferências de professores.
Apenas os docentes efetivos poderão participar do concurso para a mudança de escola em uma mesma cidade ou em outro município.
Os professores temporários e os novatos, que ainda estão em estágio probatório, não terão o direito. Hoje, a Educação tem 115.814 professores efetivos na rede pública.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Professores aprovam nova assembleia para 29 de abril

A SEE precisa com urgência dar uma resposta aos professores e profissionais da educação, o clima esta muito ruim o que gera insegurança e a possibilidade de greve esta no ar. Isso é ruim para todos, principalmente para os alunos.
Fonte: APEOESP
Reunidos em assembleia geral na tarde de 1º de abril, mais de três mil professores e professoras de todo o estado aprovaram a continuidade da luta por reajuste imediato de 36,74% para repor as perdas salariais, decidiram marcar nova assembleia para 29 de abril e encaminharam para debate nas reuniões de representantes de escolas em 09 de abril propostas de calendário e ações de nossa campanha. Ao final da assembleia foi realizado ato conjunto com as demais entidades do funcionalismo.
A assembleia reafirmou a posição da categoria contra a política de bônus do governo estadual, por meio da palavra de ordem “Salário é solução, bônus é enganação” e definiu a produção de materiais para continuar mantendo nossa campanha em evidência, como cartazes denunciando os baixíssimos valores do bônus e faixas que serão enviadas a todas as escolas.
Também foram reafirmadas posições contra o conjunto da política educacional do governo estadual, destacando-se a luta contra a política de “mérito” e por isonomia salarial, com política salarial para todos, da ativa e aposentados; contra as provas excludentes; contra a fragmentação da categoria e contra a LC 1093/2009, mas mantendo-se a estabilidade.
A assembleia confirmou posições já definidas pelo Conselho de Representantes (CER), que se reuniu no período da manhã. Entre essas posições, luta contra a municipalização do ensino, pelo retorno das unidades escolares à rede estadual, bem como pela destinação de 10% do PIB para a educação.
O CER e a assembleia reafirmaram a importância da discussão sobre o plano de carreira e da convocação da comissão paritária de gestão da carreira. Porém, essa discussão, necessária, não pode em momento algum se sobrepor à necessidade do reajuste salarial e lutaremos para que o secretário da educação cumpra suas promessas.
É preciso que cada um trabalhe com afinco para que a assembleia de 29 de abril seja expressiva e massiva, para que possa deliberar à luz da proposta que o governo vier a apresentar.
Se o governo não apresentar uma proposta de política salarial, verá a nossa resposta!

domingo, 3 de abril de 2011

Flexibilização do ensino médio: SP dará autonomia a regionais

Já postei algumas vezes aqui no blog sobre o Ensino Médio Inovador proposto pelo MEC. Torço de verdade para que a SEE deixe de lado as questões políticas e pense única e exclusivamente no aluno. Do jeito que esta o ensino médio na rede não dá para continuar. É urgente a necessidade de mudança. A SEE esta no caminho certo.
Fonte: Cinthia Rodrigues, iG São Paulo 01/04/2011 12:33
A proposta do Conselho Nacional de Educação (CNE) de uma grade curricular livre para o ensino médio agrada a Secretaria Estadual de São Paulo – que administra a maior rede do País, com 1,6 milhão de estudantes matriculados apenas nesta etapa. As novas diretrizes para o ensino de adolescentes, que serão votadas em Brasília no próximo dia 6, liberam cada sistema de ensino para montar uma proposta atraente para seus alunos sem se prender a disciplinas.
O documento diz apenas que a ênfase do ensino médio deve ser para trabalho, ciência e tecnologia e cultura, mas reforça que algumas escolas podem ser mais voltadas a cada um dos três tópicos. O relator da proposta, José Fernandes de Lima, explica que o currículo obrigatório, continuará existindo, mas cada escola poderá escolher incluí-lo em projetos ou disciplinas e a quantidade de tempo que preverá para cada assunto.
O secretário-adjunto de Educação de São Paulo, João Cardoso Palma Filho, disse ao iG que a rede paulistana deve dar a cada Diretoria Regional de Ensino, autonomia para propor currículos. “Nós também achamos que as escolas não devem ser todas iguais, esta gestão tem dialogado com professores e funcionários em todas as regiões e as necessidades são diferentes, então, as soluções podem ser também”, diz.
Agrupamento de disciplinas
Pelo documento do CNE, das 2.400 horas de aula que a etapa deve garantir ao longo de pelo menos três anos, 600 seriam livres para o tema que a escola achasse mais importante. As outras 1.800 ficam responsáveis pelo currículo básico, mas as instituições podem optar, por exemplo, por ciências da natureza, agrupando física, química e biologia.
“Sou muito favorável a reunir disciplinas, principalmente estas que já têm pouco tempo na grade, insuficiente para o professor desenvolver um bom programa”, afirmou Palma.
Ensino técnico
Em relação à ênfase no trabalho, ele disse que já existem “entendimentos” entre o governo paulista e o federal para abertura de 2 mil vagas para estudantes da rede paulista fazerem cursos técnicos nos 25 Institutos Federais do Estado. “Também estamos conversando com outras instituições de diferentes regiões para que todo adolescente que tiver interesse possa fazer um curso técnico junto com o médio.”
Entre as outras possibilidades, está adiantada a negociação com a Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (Fiec), as escolas do Senai. Também é estudada a participação do Centro Paula Souza, responsável pelas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs).

sábado, 2 de abril de 2011

Idade de Conclusão da EJA - CENP - SEE SP

70 – São Paulo, 121 (62) Diário Oficial Poder Executivo - Seção I sábado, 2 de abril de 2011 Instrução CENP, de 1º-4-2011
A Coordenadora de Estudos e Normas Pedagógicas, à vista do contido na Res. SE n º 16, de 21 de março de 2011, que dispõe sobre a idade mínima para matrícula inicial nos cursos de Educação de Jovens e Adultos – EJA, do Ensino Fundamental --, mantidos pelas escolas estaduais, altera a redação do subitem
1.1.3 do item 1 da Instrução Cenp, de 06 de agosto de 2010, na seguinte conformidade:
1. A idade mínima de 15(quinze) anos completos estabelecida para a matrícula inicial nos cursos de Educação de Jovens e Adultos – EJA refere-se aos estudos correspondentes ao 1º termo/semestre dos estudos do Ciclo II;
2. Observada a matrícula inicial, a idade mínima para a matrícula nos termos/semestres subsequentes é de:
15 anos e meio completos para o 2º termo/semestre;
16 anos completos para o 3º termo/semestre;
16 anos e meio completos para o 4º termo/semestre.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Bônus Resultado – Para quem?

Hoje com muita tristeza recebi vários e-mails de colegas e amigos reclamando do valor a receber do Bônus Merecimento – BR, dinheiro esse alias esperado com muita ansiedade por todos os profissionais da educação. Mas vamos esclarecer.
Os profissionais da educação esperam esse valor durante todo o começo de ano, a rede como sempre aumenta a tensão, pois dificulta o acesso e entendimento do referido pagamento. Pois, primeiro paga e depois explica. Os que receberam um bom valor (o que será raro) fica na sua e não faz nenhum questionamento, os que receberam pouco ou não receberam querem uma explicação e muito mais do que isso querem entender o que aconteceu e de modo geral não encontram a resposta. Afinal a única resposta é: não atingiu os índices do IDESP de sua escola. Mas fica também a pergunta a escola só pode ser retratada pelo IDESP e pelo SARESP e os outros valores tão cobrados e questinados pelo governo, como a formação para a cidadania e mercado de trabalho. Aonde fica a aprendizagem atitudinal, de valores, normas e regras? Essa não é importante?
Claro, que a aprendizagem conceitual é necessária, ela garante a especificidade da escola, mas é cobrada de forma classificatória, pois é uma mesma prova para todos, sendo assim, julga, quantifica, penaliza as escolas e não o aluno, sendo assim mais uma inversão de papéis. Esclareço. Há anos falamos em avaliação formativa, que tem por objetivo o diagnóstico do desenvolvimento cognitivo do aluno, para reflexão do professor e intervenção com o objetivo de garantir o sucesso do aluno, muito mais do que apenas o acesso e a permanência. Dentro dessa concepção o professor deve avaliar o aluno na sua singularidade, respeitando limite, tempo e forma de aprender de cada individuo dentro dos espaços de aprendizagem. Além claro de todas as função que foram incorporadas a função docente, tais como psicólogo, assistente social, sexólogo entre outras, bem como o excesso de conteúdos e disciplinas, criadas sabiamente pelo congresso nacional pelos “especialistas em educação”, onde muitos se quer sabem escrever a palavra EDUCAÇÃO.
Sendo assim, todos são unânimes em dizer que a escola precisa se adaptar a nova demanda e realidade. Isso é um fato. O problema é que ninguém assume sua parcela de culpa e responsabilidade e de forma covarde esta recai quase que única e exclusivamente nas costas dos professores. E ainda mais no caso do Bônus, a cobrança recai nos professores de matemática e língua portuguesa e ainda nas séries que prestaram o SARESP, o que mostra mais uma vez de forma equivocada a realidade da escola e culpabiliza um grupo que fica estigmatizado no ambiente escolar.
Antes que alguém diga, mas não é assim, tem suas exceções, é verdade, mas para quem sabe como de fato funciona uma escola, para quem vive dentro de uma escola, sabe muito bem de tudo o que estou escrevendo. Teorias são essenciais, mas só quem vive a prática, o cotidiano da escola pública, sabe de fato o que se passa.
Voltando as avaliações. O SARESP é uma avaliação classificatória, forma de avaliar que foi praticamente execrada de todas as práticas pedagógicas, mas que há anos vem sido utilizada pela SEE para avaliar os professores e as escolas. Fato o SARESP não avalia os alunos, pois é uma prova padronizada para todos os alunos da rede, sendo assim não leva em considerações as múltiplas demandas que existem em uma rede com mais de 5 milhões de alunos.
Não acredito que os professores sejam contra o SARESP, o que acredito sim e que todos sejam contra da forma que ele é utilizado. Pois é uma moeda de troca para os professores, quando na verdade deveria ser um diagnóstico para a melhora do trabalho e como consequência a melhora do aluno e da escola, mas não. Mas nem sempre foi assim, durante alguns anos por bom senso, o SARESP foi mais um diagnóstico para a melhora da escola, assim os professores realizavam seu trabalho sem essa marca de dinheiro, pois hoje o SARESP significa possível dinheiro na conta, não é atoa que várias foram as denúncias de fraude em relação a aplicação da prova, haja vista que a preocupação cerne não é a melhora da educação e sim quanto cada um vai receber. Assim, como os alunos praticam em sala de aula, a escola também desvia o foco da ação.
Professor tem que dar nó em pingo d'água. Falta infra-estrutura, material didático, condições de trabalho, e não venham com essa patacoada de que é mentira, que inúmeros são os investimentos, pois eles são verdadeiros, mas não da conta das inúmeras realidade que apresentam as escolas. Vejamos:
Foi amplamente divulgado que toda escola teria um computador com acesso a net e impressora para os professores. Isso é verdade, mas muitas escolas não permitem que os professores utilizem tais equipamentos e em muitos casos a quantidade de impressão e cópias ficam reduzidas a números insignificantes em relação ao número excessivo de alunos que cada professor tem. Aí então vem a pergunta: teremos qualidade? Desse jeito tão cedo não. Resposta obvia, mas parece que os principais responsáveis ainda não se deram conta.
O resultado do BR 2011 não poderia ser pior, mostrou que as escolas em 2010 ensinaram menos que em 2009 quando na verdade deveríamos ter melhorado, mas isso apenas corrobora para mostrar que os rumos, caminhos impostos pela SEE não estão dando resultados. É fundamental que os resultados, os critérios sejam claros antes do pagamento e não depois. Mas professor fique calmo se agir da mesma forma na escola, será punido pelo diretor e supervisor, de forma exemplar, pena que isso não acontece em todos os níveis hierárquicos.
Mas acredito que o grande problema com o pagamento do BR 2011 esteja na auto estima dos profissionais da educação. Muitos, mas muitos mesmo fizeram o que podiam, desenvolveram um excelente trabalho e hoje ficaram frustrados quando souberam o que receberiam ou não. Isso apenas desmotiva ainda mais os profissionais, que de modo geral já andam bem desmotivados. Não devemos ficar buscando os culpados na escola, devemos sim refletir sobre o nosso papel e ação.
Precisamos de fato, repensar todos os valores nas escolas, precisamos pensar e nos adequar as novas demandas sociais e escolares. Mas é imperativo que o governo assuma sua parcela de responsabilidade. Também não podemos culpar a nova equipe da SEE, haja vista que o BR é referente ao ano de 2010. Eu particularmente acredito e quero continuar a acreditar na boa vontade e respeito aos professores e demais profissionais da educação que a nova equipe demostra.
Quem viver, verá.
Aos profissionais da educação o meu carinho, respeito e admiração. FORÇA

segunda-feira, 28 de março de 2011

MEC defende brincadeiras em toda a educação infantil

Fonte: 28/03/2011 - 03h00 GABRIELA ROMEU Folha de São Paulo
A coordenadora de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, Rita de Cássia Coelho, fala à Folha sobre a importância da brincadeira nos primeiros anos escolares.
FOLHA: Qual a ênfase que o documento 'Diretrizes Nacionais da Educação Infantil' dá à importância do brincar na educação infantil? É suficiente?
COELHO: As novas diretrizes da educação infantil dão à brincadeira um papel estruturante. Elas determinam que o currículo da educação infantil deve ser estruturado a partir de dois eixos: interações e brincadeiras. De acordo com as diretrizes, a brincadeira tem uma função importante que estimula a imaginação da criança. Por meio do brincar é que a criança vai significar e ressignificar o real, tornar-se sujeito e partícipe. Ao brincar, as crianças exploram e refletem sobre a realidade e a cultura na qual vivem, incorporando-se e, ao mesmo tempo, questionando regras, papéis sociais e recriando cultura.
Nos jogos de faz de conta, por exemplo, a criança recria situações que fazem parte de seu cotidiano, trazendo personagens e ações que fazem parte de suas observações. As brincadeiras são repletas de hábitos, valores e conhecimentos do grupo social ao qual pertence. Por isso dizemos que a brincadeira é histórica e socialmente construída. Brincar implica troca com o outro, trata-se de uma aprendizagem social.
Nesse sentido, a presença do professor é fundamental, pois será ele quem vai mediar as relações, favorecer as trocas e parcerias, promover a integração, planejar e organizar ambientes instigantes para que as brincadeiras aconteçam. O professor precisa refletir sobre a importância e o papel das brincadeiras no seu trabalho.
E deve fazer de todas as atividades de educar e cuidar um brincar: no banho, nas trocas, na alimentação, na escovação dos dentes, na "contação" de histórias, no cantar, no relacionar. Brincar dá à criança oportunidade para imitar o conhecido e construir o novo. Portanto, do ponto de vista de diretrizes é suficiente, importante e decisivo o que dizem sobre brincadeira. O desafio é como concretizar isso.
Diante de um tema tão importante nos anos iniciais, o MEC planeja desenvolver uma ação diferenciada ou uma pesquisa?
O Brasil tem vários grupos de pesquisadores que se dedicam a essa questão e eles apontam evidências sobre a importância do brincar. O Ministério da Educação dá providências para implementar uma compra governamental de brinquedos, entendidos como materiais pedagógicos da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental.
O que queremos com isso é dar uma identidade à educação infantil e aos anos iniciais do ensino fundamental coerente com as características desta faixa etária e com as necessidades das crianças.
Como avalia o tempo e o espaço dedicados ao brincar?
Na educação infantil todo tempo deveria ser de brincadeira. O brincar não é só uma atividade, mas uma forma de estabelecer relações, de produzir conhecimento e construir explicações. Então, na verdade, não deveria existir tempo de brincar pois na educação infantil a brincadeira deve ser contínua. A questão do espaço é um dos grandes desafios, pois na educação infantil eles são precários, principalmente nos grandes centros urbanos em que a disponibilidade é limitada. O espaço muitas vezes é insuficiente não só para a brincadeira, mas até para o conforto das crianças. É preciso pensar em como melhorar a qualidade dos espaços.
O interessante é que com o brincar, as crianças conseguem transformar os espaços. Por isso é importante a escola potencializar outros espaços disponíveis como as áreas externas, no entorno do prédio escolar.
O Ministério da Educação oferece assistência financeira aos municípios e ao Distrito Federal para construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da educação infantil, por meio do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância). Iniciado em 2007, o programa formalizou até agora 2.348 creches em 2.151 municípios. Incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), prevê o repasse de recursos para a construção de 1.500 escolas em 2011.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Balanço da educação paulista

Fonte: O Estado de São Paulo, 24 de março de 2011
O desempenho dos estudantes de ensino médio caiu pelo segundo ano consecutivo na avaliação do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo(Saresp). As provas foram aplicadas no final de 2010 aos alunos da 3.ª, 5.ª, 7.ª e 9.ª séries do ensino fundamental e da 3.ª série do ensino médio das 5.065 escolas da rede pública paulista.
Concebido com o objetivo de subsidiar as políticas de educação do governo estadual, o Saresp já está em sua 13.ª edição. A avaliação mede os conhecimentos dos alunos em língua portuguesa, matemática e ciências. O Saresp também propicia um quadro comparativo do desempenho das escolas da rede pública e um balanço do chamado fluxo escolar - que compreende as aprovações, as reprovações e as taxas de abandono ou evasão. Com base nas notas em cada prova, as autoridades educacionais calculam o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), que vai de 0 a 10.
Os piores desempenhos no último Saresp foram registrados na 9.ª série do ensino fundamental e na 3.ª série do ensino médio. Essas foram as duas séries com o maior número de estudantes com conceito insuficiente - ou seja, reprovados. Entre 2009 e 2010, o desempenho dos alunos da 3.ª série do ensino médio caiu de 274,6 pontos para 265, em língua portuguesa, e de 269,4 para 269,2 pontos, em matemática. Por causa dessa queda, o Idesp da série recuou de 1,98 para 1,81. Na 9.ª série do ensino fundamental, as notas em matemática despencaram de 251,5 pontos para 243,3 e as notas em língua portuguesa passaram de 236,3 pontos para 229,2. Como consequência, o Idesp dessa série, que havia ficado em 2,84, em 2009, diminuiu para 2,52, no ano passado.
Entre as séries que tiveram melhor desempenho médio e maior número absoluto de alunos aprovados na 13.ª edição do Saresp, destacou-se o 5.º ano do ensino fundamental. Em matemática, o desempenho dos alunos saltou de 201,4 pontos para 204,6, entre 2009 e 2010. Em língua portuguesa não houve mudança no período. Nesta disciplina, os alunos obtiveram 190,4 pontos, em 2009 e em 2010. Graças à avaliação positiva em matemática, o Idesp desta série passou de 3,86 para 3,96.
O Idesp também serve para calcular o bônus dos professores das escolas estaduais com melhor desempenho, que começarão a ser pagos na próxima semana. O bônus é proporcional ao resultado obtido pela escola no Saresp e pelo cumprimento das metas de desempenho definidas pela rede pública para a escola. Professores e funcionários das escolas que atingem 100% das metas recebem 2,4 salários de prêmio.
Por causa das quedas registradas na 9.ª série do ensino fundamental e na 3.ª série do ensino básico, o número de escolas que não receberão bônus este ano triplicou. Com base no Saresp de 2010, 29,1% da rede pública - 1.474 escolas - não será contemplada, por não ter atingido as metas de desempenho. No ano passado, com base no Saresp de 2009, o porcentual foi de 9,9% - 510 escolas.
Os números mostram que, apesar de o governo estadual ter aumentando os investimentos no setor nos últimos anos, a qualidade média da educação da rede pública estadual piorou. No ensino fundamental, a maioria dos alunos continua sem saber ler e escrever e com enormes dificuldades no domínio das mais elementares técnicas matemáticas. Já na 3.ª série do ensino médio, que antecede os vestibulares, a maioria dos estudantes deixa a escola com dificuldades de leitura, sem saber fazer reflexões abstratas numa redação e sem conseguir resolver equações.
As autoridades estaduais atribuem os números negativos do Saresp de 2010 a dois fatores. Um deles é a rotatividade dos docentes, que prejudica o aprendizado dos estudantes. O segundo fator é o número insuficiente de professores. Quaisquer que sejam as explicações, o fato é que, no Estado mais rico da Federação, o ensino público básico continua muito abaixo dos padrões necessários para a formação do capital humano de que o País precisa para crescer.

quarta-feira, 23 de março de 2011

MP pede que Kassab seja condenado por falta de vagas em creches de SP

Isso só reforça o quanto somos desiguais. Essa não é a primeira ação e tão pouco será a última. O problema e que fazem o que querem e não acontece absolutamente nada, com o isso o povo sofre cada vez mais e os representates eleitos pelo povo, nessas horas nem sabem que ele existe. Aqui é terra de ninguém. Estamos sozinhos. Pq agora os advogados muito bem pagos entrarão com uma quantidade enorme de recursos e isso vai demorar ainda anos para ser resolvido. Agora se fosse um pobre, sem recursos, tudo seria muito rápido. Esse é o nosso país, triste, mas real.
Fonte: 22/03/2011 - Da Redação UOL Educação e MP/SP Em São Paulo
A Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e Juventude de São Paulo propôs ação civil pública contra o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pela falta de vagas em creches da cidade. O documento pede que o prefeito seja responsabilizado e condenado pelo déficit, com base na Lei de Improbidade.
O texto aponta que o Plano Plurianual 2006/2009 previa a construção de 126 Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil) e 142 CEIs (Centros de Educação Infantil), dos quais foram efetivamente construídos 38 e 53, respectivamente. Em outubro de 2010, após pedido de informações feito pela Promotoria, a Secretaria Municipal da Educação informou que, de sua dotação orçamentária total de R$ 211 milhões, 67% (R$ 142,4 milhões) se encontravam congelados (indisponíveis para serem usados). Isso teria levado à paralisação de diversos projetos.
A Promotoria também argumenta que, nos últimos dois anos, ajuizou mais de 100 ações civis públicas em benefício de mais de 10 mil crianças. Há, ainda, sentenças em que não há mais possibilidade de recurso há mais de quatro anos - as decisões garantem o acesso à educação infantil a todas as crianças entre 0 e 3 anos e 11 meses na jurisdição dos foros regionais de Pinheiros, Santana, Lapa e Penha e, segundo o MP, estão sendo descumpridas.
Segundo o último levantamento da secretaria municipal de Educação de dezembro de 2010, há déficit de 100 mil vagas de creche em São Paulo. Essa etapa do ensino não é obrigatória, mas se os pais precisarem desse tipo de atendimento, a prefeitura é obrigada a atender.

terça-feira, 22 de março de 2011

Concurso SME SP

Foi publicado hoje no DO da cidade de São Paulo, os editais de ingresso e acesso para professores e coordenadores pedagógicos da SME.
Clique no link abaixo e será direcionado para a página da FCC, empresa responsável pelo certame.
http://www.concursosfcc.com.br/concursos/pmspd111/index.html

Idade Minima para EJA - EF - SEE SP

terça-feira, 22 de março de 2011 Diário Oficial Poder Executivo - Seção I São Paulo, 121 (53) – 27
Resolução SE-16, de 21-3-2011
Dispõe sobre a idade mínima para matrícula inicial nos cursos de Educação de Jovens e Adultos – EJA, do ensino fundamental, mantidos pelas escolas estaduais
O Secretário Da Educação, atendendo à liminar concedida na ação civil pública, constante do Processo 0048756- 32.2010.8.26.0053, em tramitação na 10ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, e considerando o disposto nos incisos I e VII do artigo 4º da Lei nº 9.394/96, bem como a prioridade para o atendimento da escolarização obrigatória, resolve:
Artigo 1º - A idade mínima para matrícula inicial nos cursos de Educação de Jovens e Adultos – EJA, do Ensino Fundamental, mantidos pelas escolas estaduais, é de 15 (quinze) anos completos.
Artigo 2º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Professor do 1º ao 5º ano deve ter bônus maior

Fonte: 22/03/2011 Cristiane Gercina do Agora
Os professores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental (pré-escola a 4ª série) são os que deverão ter o maior aumento no Bônus da Educação neste ano. O motivo é o avanço dos estudantes no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) de 2010.
De acordo com os dados divulgados na sexta-feira pela Secretaria de Estado da Educação, os alunos do 5º ano (equivalente a 4ª série) tiveram bom desempenho no índice entre 2009 e 2010, saltando de 3,86 para 3,96. Em 2008, o ciclo alcançou 3,25 pontos no Idesp.
"Pela lógica da lei, os professores das séries iniciais são os que terão o maior aumento do bônus, mas a lei não trabalha apenas com o desempenho da escola e leva em consideração também o desempenho individual", disse Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da Apeoesp (sindicato dos professores).

Nota de alunos da 5ª a 8ª série também cai no município de SP

Fonte: 22/03/2011 - 08h44 FÁBIO TAKAHASHI Folha de São Paulo
O rendimento dos alunos das séries finais (5ª à 8ª) do ensino fundamental da Prefeitura de São Paulo piorou na avaliação municipal do ano passado. Por outro lado, nas séries iniciais (1ª à 4ª) os estudantes evoluíram em relação ao exame anterior.
Chamado de Prova São Paulo, o exame avaliou estudantes com testes de língua portuguesa e matemática.
Exemplos de desempenhos: na 8ª série, a média em português caiu 7% em um ano, chegando a 213 pontos, numa escala que vai até 375; na 2ª série, houve aumento de 4% em matemática.
O aluno da 8ª série, formando na rede, teve nota semelhante ao que educadores esperam para a 4ª série, ou seja, um atraso de quatro anos (a Secretaria da Educação divulgou os dados usando como padrão o ensino fundamental de oito anos).
Do lado positivo, o exame mostra que a defasagem dos mais novos já foi maior: alunos da 3ª série de 2010 tiveram nota superior aos da 4ª série de 2008. A melhora das séries iniciais e a piora das finais também ocorreu na rede estadual de São Paulo.
"O desempenho dos anos finais não é bom, mas as séries iniciais mostram que o caminho está certo", disse o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, falando pela gestão do prefeito Gilberto Kassab (que está saindo do DEM).
Ele afirma que há mais dificuldades de melhorar os mais velhos porque eles foram alfabetizados em condições piores, com escolas com o terceiro turno ("turno da fome") e colégios de lata.
Para tentar reverter a queda de desempenho desses estudantes, as escolas municipais deverão passar a oferecer, fora do horário de aula, reforço aos que tiverem mais dificuldade. A medida já era praticada nos anos iniciais.
IMPLEMENTAÇÃO
"Até agora, não havia programas especiais para os alunos mais velhos com dificuldades, como havia para os mais novos", disse o presidente do Sinesp (sindicato dos diretores de escola), João Alberto Rodrigues de Souza.
Ele afirma que a recuperação é uma boa proposta, mas que é necessário acompanhar sua implementação. "Até agora, os professores não foram capacitados, o material específico não chegou e as escolas terão problemas para encontrar espaço para essas turmas."
Para o pesquisador da Faculdade de Educação da USP Ocimar Alavarse, a prefeitura precisa reavaliar seus programas na área.
"Os anos passam, as avaliações são feitas, o dinheiro é gasto e não aparece melhora substancial no desempenho", disse o pesquisador.
Um dado comemorado pela prefeitura foi o desempenho dos alunos mais novos, com mais dificuldades, que estudam em turmas especiais. Houve melhora nas séries em que existe o programa, que prevê salas menores e materiais específicos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Professor "novato" desiste de aulas na rede estadual de SP

Precisamos tomar cuidado com a questão da normalidade. Penso que não é normal. Vamos deixar algumas coisas claras, para ter direito ao certificado de aprovação o professor não precisa tomar posse e entrar em exercício, a lei diz apenas que passe pelas fases do concurso. Então esse argumento é falho. Acredito que o governo precisa sim, olhar com atenção para essas questões, já alguns anos tem sido muito alto o números de professores exonerados ou afastados da sala de aula. Temos sim um problema que é real, a falta de vontade dos alunos em aprender. Claro que o professor tem que ensinar, mas para isso não basta apenas boa vontade, se faz necessário uma ação articulada entre todos os envolvidos. Mas ainda esbarramos na falta de equipamentos e condições de trabalho. A realidade é cruel. Os próprios meios de comunicação divulgam isso o tempo todo, sem contar ainda com os casos de violência que não são pontuais como querem que a gente acredite. Com isso perdemos todos, os alunos, a família, os professores e a sociedade.
Fonte: FÁBIO TAKAHASHI Folha de São Paulo 21/03/11
Formado na USP, Edson Rodrigues da Silva, 31, foi aprovado ano passado no concurso público da rede estadual para ensinar matemática. Passou quatro meses no curso preparatório obrigatório do Estado para começar a lecionar neste ano no ABC paulista. Ao final do primeiro dia de aula, desistiu.
"Vi que não teria condições de ensinar. Só uma aluna prestou atenção, vários falavam ao celular. E tive de ajudar uma professora a trocar dois pneus do carro, furados pelos estudantes. Se continuasse, iria entrar em depressão. Não vale passar por isso para ganhar R$ 1.000 por 20 horas na semana."
Silva diz que continuará apenas na rede privada. Como ele, outros efetivados neste ano pelo governo já desistiram das aulas, passados apenas 39 dias do início das aulas, sendo 25 letivos.
Até sexta-feira, 60 já haviam finalizado o processo de exoneração, a pedido, média de mais de dois por dia letivo. Volume não informado pela Secretaria da Educação está com processo em curso.
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) diz ser normal o número de desistências, considerando a quantidade de efetivações (9.300). Educadores, porém, discordam.
Para a coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Maria Marcia Malavasi, "o cenário é triste; especialmente na periferia, os professores encontraram escolas sem estrutura, profissionais mal pagos, amedrontados e desrespeitados."
DESMOTIVAÇÃO
As desistências têm diferentes motivações. Entre as principais citadas por exonerados ouvidos pela Folha estão falta de condições de trabalho (salas lotadas, por exemplo), desinteresse de alunos e baixos salários.
"Muitos alunos não apresentam condições mínimas para acompanhar o ensino médio e têm até uma postura agressiva com o professor", disse Juliana Romero de Mendonça, 25, docente de química. "A realidade da escola é diferente da mostrada no curso", afirmou Gilson Lopes Silva, 30, de filosofia.
O concurso selecionou docentes de todas as matérias do final dos ensinos fundamental e médio, séries com muitos temporários e mais problemas de qualidade.
Para Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato do magistério, além de condições precárias da rede, "a formação nas universidades não é satisfatória, pois elas trabalham com uma escola irreal, de alunos quietinhos". Ela exige que o Estado dê mais tempo aos docentes para a formação em serviço.
Estado diz que saída de docentes é normal
A Secretaria da Educação informou que considera normal o volume de docentes novatos que desistiu da rede.
A pasta afirmou que devem sair do sistema 10% dos recém-efetivados (cerca de 900 professores), mas não informou em qual prazo podem ocorrer as exonerações.
Segundo a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), nem as condições de trabalho oferecidas nem os salários da rede são as causas das desistências.
A secretaria aponta como explicações a situação pessoal de cada professor, como quem arrumou outro emprego ou só queria o certificado de aprovação, que pode ajudar em concursos futuros.
Para o governo, a carreira está atrativa, por conta do bônus por desempenho (que pode chegar a 2,4 salários) e do reajuste com base no mérito (ano passado, 20% dos professores com as melhores notas numa prova ganharam 25% de reajuste). O salário inicial é de R$ 1.834 (jornada de 40 horas semanais).
A professora recém-efetivada Ana Paula dos Santos, 28, elogiou as condições da rede. "Posso fazer aulas diferentes com datashow ou na sala de informática. Se o professor montar uma boa aula, os alunos vão se interessar", disse ela, que leciona biologia em colégio estadual da zona norte de São Paulo.
A secretaria disse ainda que alunos que estudariam com docentes desistentes não ficarão sem aula, pois há reposição com temporários.
E esses professores provisórios serão substituídos no ano que vem, quando devem entrar nas escolas estaduais 25 mil novos concursados, também aprovados no concurso do ano passado.
Desde 2004, a rede estadual não contava com um concurso tão amplo para efetivar professores do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

Professores da educação básica terão bolsas de mestrado

21/03/2011 - 14h30 Yara Aquino Da Agência Brasil Em Brasília
O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou hoje (21) que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) passará a conceder bolsas de mestrado a professores da educação básica. Os cursos serão ligados às áreas de ensino da educação básica.Os educadores que conseguirem a bolsa terão de permanecer nas salas de aula da rede pública de ensino por, no mínimo, cinco anos depois da diplomação.
O anúncio foi feito pelo ministro durante cerimônia de premiação de professores no Palácio do Planalto. “Muitas vezes o mestrado não é na cidade onde o professor mora e isso exige custeio, gastos com transporte, alimentação, aquisição de material pedagógico”, explicou Haddad ao falar sobre a importância da bolsa para a formação dos professores da educação básica.
Fernando Haddad afirmou que a medida objetiva também estimular o aumento da oferta de mestrado para os educadores da rede pública ao criar a demanda pelos cursos. A portaria que normatiza a concessão dessas bolsas será publicado no Diário Oficial da União de amanhã (22).

domingo, 20 de março de 2011

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO - JUSTIÇA DE SÃO PAULO RETIRA FÉRIAS EM JANEIRO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Depois reclamam que a família é ausente. A própria justiça isenta a família de muitas responsabilidades, depois não adianta reclamar e quando isso acontece já é tarde. Absurdo, professor é um profissional qualificado e merece respeito. Não podemos concordar com essa desvalorização do espaço na educação infantil. Hoje educação infantil é um espaço de aprendizagem e não um depósito de crianças como foi considerada durante muito tempo. Nessa faixa etária é importante a relação da criança com sua família. Daqui a pouco vão transformar a educação infantil e internato, assim quem sabe os pais também fiquem livres dos cuidados e responsabilidade durante a noite, os finais de semana e a vida inteira. Depois queremos cobrar e falar de justiça na escola. Cadê? onde ela está? infelizmente não presente em nossa sociedade de desiguais.
Fonte: Sinpeem
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo suspendeu o direito de férias em janeiro da educação infantil, obrigando crianças de até 6 anos de idade a estudarem o ano todo. Pais e mães de alunos e a comunidade não foram ouvidos.
A Constituição Federal assegura à criança o contato com sua família (art. 227) e o Parecer nº 22/98 da CNE/CBE ressalta a importância da família no processo educativo da criança pequena.
Também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) determina em seu art. 29 que a educação infantil será complementar à ação da família e que o primeiro dever de educar pertence ao núcleo familiar.
Mesmo considerando que o espaço na educação infantil (CEIs e Emeis) seja prazeroso e importante para o desenvolvimento das crianças atendidas, não deixa de ser uma obrigação para a criança sair do seu aconchego familiar. Nós, professores e profissionais que atuamos na educação infantil, percebemos como é visível o cansaço das crianças quando estamos próximos do encerramento do ano e a necessidade de um tempo para descanso e maior contato familiar.
Sabe-se que quanto menor a criança maior a necessidade de atenção e contato com seus pais, amigos e parentes. Entretanto, o que acontece é o contrário: quanto menor a criança maior o tempo de atendimento pelas escolas.
É preciso considerar a necessidade de manutenção dos prédios. Quando serão feitas pinturas, consertos e outras atividades de manutenção? Nunca ou com as crianças frequentando o espaço, o que é inadmissível, pois obras e consertos colocam em risco a segurança das crianças.
A Justiça, pelo que se entende, deveria zelar, em primeiro lugar, pela defesa daqueles que não têm poder de se defenderem sozinhos, como é o caso das crianças que não possuem condições de reclamar e decidir o que consideram melhor e que, com certeza, seria ficar no aconchego de seu lar, ao menos alguns dias por ano.
É preciso consultar as mães e pais das crianças sobre a ação do Poder Judiciário que limita o direito da criança ao convívio familiar, impondo-lhe uma jornada educacional em janeiro, período tradicional de convívio entre a criança e sua família.
Posicione-se. Reúna sua comunidade e discuta este ataque à família e aos direito das crianças.

sábado, 19 de março de 2011

Nota de aluno em exame do Estado recua dois anos

Precisamos refletir muito em função destes dados. Afinal de contas os alunos estão passando apenas pela escola e em muitos casos com pouco aproveitamento, dessa forma então a escola esta perdendo sua função. Será? Ou precisamos repensar nossos valores e o papel da escola? Claro que com a ação de todos os envolvidos e sem esse jogo de empurra empurra, onde ninguém assume nenhuma responsabilidade. Precisamos rever e não esquecer o regime de progressão continuada, os professores precisam de formação e capacitação para a adequação a essa nova realidade, precisamos de infraestrutra, de condições reais para desenvolver nosso ofício. Precisamos de disciplina, respeito, carinho e dignidade. Precisamos de ação prática. Discurso já temos demais.
Fonte: 19/03/2011 - TALITA BEDINELLI e FÁBIO TAKAHASHI Folha de São Paulo
Alunos que terminaram os ensinos fundamental e médio na rede estadual em 2010 tinham um nível de aprendizagem igual ou até pior que os formandos de dois anos antes -patamar que já representava grande defasagem.
A conclusão é baseada em dados do Saresp, exame do governo paulista que avalia o conhecimento de matemática e de português de estudantes da rede, divulgados ontem. A Folha adiantou o resultado geral ontem.
A pior situação foi em português no 9º ano do fundamental. No ano passado, a nota média (229,2) foi menor do que a de 2007 (242,6). A escala vai a 500 pontos.
Isso significa dizer que esse estudante estava quase quatro anos defasado -em 2010, tinha nível apenas pouco superior do que os especialistas esperam para um aluno do 5º ano (200 pontos).
No ensino médio, os estudantes do ano passado tiveram na disciplina um desempenho pior que os de 2008. O mesmo ocorreu nas duas séries no teste de matemática.
O único sinal de melhora foi no 5º ano do fundamental. Em matemática, as médias têm crescido desde 2007: de 182,5 para 204,6. Em português, a situação evoluiu nos últimos anos, mas ficou estável de 2009 a 2010.
“Pelo que a secretaria mobilizou de recursos para elevar esses resultados nos últimos anos, era de se esperar que as notas subissem, o que não ocorreu”, diz o professor da Faculdade de Educação da USP Ocimar Alavarse.
Ao contrário do que houve nos outros anos, os dados do Saresp não foram apresentados em uma entrevista coletiva. A secretaria divulgou um e-mail com as informações.
Nele, o secretário Herman Voorwald, que assumiu neste ano a pasta, diz que “não há como dissociar essa variação negativa do Saresp de 2009 para 2010 da necessidade de mais professores efetivos na rede estadual. A rotatividade de professores é prejudicial ao aprendizado dos alunos”.
O órgão diz que vai contratar mais 25 mil professores já aprovados em concurso.
Para a presidente da Apeoesp (sindicato dos professores), Maria Izabel Noronha, a grande falta de professores em 2010 ajuda a explicar esses resultados. No ano passado, lei estadual dificultou a contratação de temporários, que costumam cobrir a falta de docentes efetivos.
Na época, a Folha mostrou que a medida, alterada neste ano, fez algumas turmas ficarem até seis meses sem aulas em certas disciplinas.
As notas do Saresp ajudam a compor o Idesp, índice usado pelo governo paulista para bonificar professores de escolas que mais evoluíram.

Resultados SARESP 2010 - SEE SP

Proficiência A distribuição por níveis de proficiência nos três níveis seguiu o resultado do Idesp, com melhora nos anos iniciais e piora nos finais e no ensino médio. Veja: Anos iniciais do fundamental 2009 2010 MATEMÁTICA Insuficente 30,3% 29% Suficente 63,3% 62,7% Avançado 6,3% 8,2% PORTUGUÊS Insuficente 20,9% 19,8% Suficente 68,8% 70,4% Avançado 10,3% 9,8% Anos finais do fundamental 2009 2010 MATEMÁTICA Insuficente 27,6% 34,9% Suficente 71,2% 64,3% Avançado 1,2% 0,8% PORTUGUÊS Insuficente 22,5% 28,4% Suficente 75,5% 69,8% Avançado 2,3% 1,7% Ensino médio 2009 2010 MATEMÁTICA Insuficente 58,3% 57,7% Suficente 41,2% 42% Avançado 0,5% 0,3% PORTUGUÊS Insuficente 29,5% 37,9% Suficente 69,8% 61,6% Avançado 0,7% 0,6%

Três em cada dez escolas ficarão sem o bônus neste ano

Fonte: Agora SP - Carol Rocha e Cristiane Gercina do Agora
Menos escolas estaduais receberão o Bônus da Educação neste ano. De cada dez unidades, três não terão o benefício porque não atingiram as metas propostas no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) em 2010.
Além disso, como caiu o desempenho dos alunos do 9º ano do ensino fundamental (de 2,84 para 2,52 entre 2009 e 2010) e do 3º ano do ensino médio (de 1,98 para 1,81) no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), a grana de quem trabalha nesses ciclos também será menor.
Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Educação. A bonificação será paga no próximo dia 31, conforme afirmou o governador Geraldo Alckmin em entrevista exclusiva ao Agora. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, o pagamento será feito por folha suplementar.

Fonte: SEE

Neste ano, o bônus será pago para as equipes de 3.591 unidades (70,9% do total de 5.065), mas 1.474 (29,1%) não o receberão. Em 2010, foram contempladas 4.659 (90,1% do total de 5.169), contra 510 (9,9%) que deixaram de receber. A relação das escolas com seus respectivos índices de desempenho será divulgada nos próximos dias.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Desempenho dos estudantes cai em provão paulista

Fonte: 18/03/2011 FÁBIO TAKAHASHI Folha de São Paulo
Caíram as notas dos alunos que terminam o ensino fundamental e médio da rede estadual no ano passado.
Já a média dos mais novos do fundamental melhorou.
O panorama, obtido pela Folha, foi constatado no exame do governo estadual chamado Saresp, que avalia estudantes do 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º do médio, em português e matemática. Os números oficiais serão divulgados hoje.
A Secretaria da Educação entende que, além de problemas com qualidade de ensino, falta interesse dos alunos mais velhos no exame. Por isso, pretende que a prova passe a valer no vestibular.
A pasta articula com USP, Unesp e Unicamp a utilização do Saresp -processo semelhante ao usado por universidades com o Enem.
Hoje, o Saresp é aplicado para mensurar a aprendizagem dos estudantes e é o principal fator considerado para definir quais professores receberão bônus. Em geral, profissional de escola onde houve redução de média não ganha a gratificação.
No exame do ano anterior, o ensino fundamental inteiro havia melhorado (ainda que com menor intensidade no 9º ano), e o médio, piorado.
Quando da divulgação das notas de 2009, no ano passado, o então secretário da Educação, Paulo Renato Souza, projetou uma "onda" de melhora no sistema a partir do avanço dos estudantes do 5º ano (antiga 4ª série).
Ainda não houve tempo para esses alunos chegarem ao patamar seguinte considerado no exame (9º ano).
Titular da Educação agora no governo Geraldo Alckmin (PSDB), Herman Voorwald deve comentar os novos resultados do provão hoje.
INCENTIVOS
Segundo a Folha apurou, o governo conta com duas medidas para melhorar as notas dos alunos nos próximos anos. A primeira é a implementação de provas bimestrais em todo o ensino básico. Hoje, não há uma sistematização nas avaliações.
A ideia é que haja melhor diagnóstico da situação dos estudantes, para que sejam oferecidas ações específicas àqueles com dificuldade.
A segunda medida é uma tentativa de aumentar a motivação dos alunos para resolver as questões do Saresp.
Entram aí as negociações para que as universidades estaduais usem a prova.
A Unesp disse que as conversas são iniciais. A Unicamp disse desconhecer o plano. A USP não respondeu até o fechamento da edição.
Outra ideia é que os alunos do 9º ano do fundamental usem o Saresp como parte do vestibulinho das Etecs (escolas técnicas estaduais).

quinta-feira, 17 de março de 2011

Supremo adia julgamento de piso nacional de professores

Fonte: Débora Zampier e Amanda Cieglinski Da Agência Brasil Em Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento da ação que questiona a lei do piso nacional dos professores. O tema estava em 12º lugar na pauta de hoje e não houve tempo para ser apreciado pelos ministros. A ação deverá ir a plenário nas próximas semanas.
Há dois anos, a Corte negou pedido de liminar a cinco governadores que questionaram a constitucionalidade da lei que determinou um piso de R$ 950 a professores da educação básica da rede pública com carga horária de 40 horas semanais. Agora o plenário irá julgar o mérito da matéria.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Aluno joga carteira escolar em professora no interior de São Paulo

Se bobear os pais vão falar que foi uma brincadeira de criança. Nesse momento o governo também deveria estabelecer uma intervenção para dar toda a assistência para a professora, haja vista que se fosse com o aluno essa seria a ação do governo e que não esta errada. É uma pena apenas que essa preocupação não ocorra de forma imediata quando isso acontece com os profissionais da educação. A professora agiu corretamente em realizar o boletim de ocorrência. A escola não existe para punir, mas não pode passar imune as essas situações que são pontuais e extremas.
Fonte: 16/03/2011 - 09h21 - Agência Estado
Uma professora de matemática ficou ferida ontem após um de seus alunos arremessar uma carteira escolar contra ela, dentro da sala de aula, em uma escola estadual de Guaimbê, na região de Marília, no interior de São Paulo.
A agressão ocorreu depois que a professora chamou a atenção do aluno. Ela pediu que o adolescente, de 16 anos, parasse de conversar durante a aula e, ao abrir a porta da sala para chamar a diretora, o jovem a xingou e arremessou uma carteira escolar contra ela. A professora foi atingida na altura da cintura. Ela foi levada ao hospital e passa bem. O caso foi registrado na delegacia da cidade como ato infracional e lesão corporal.

Leia a íntegra da nota da secretaria

"A Secretaria de Estado da Educação lamenta a agressão praticada por um aluno contra a professora de classe na Escola Estadual José Belmiro da Rocha, em Guaimbé. É importante esclarecer que este foi um caso isolado que não reflete o cotidiano da unidade. A escola realiza trabalho permanente de prevenção a conflitos, proposto pelo programa Sistema de Proteção Escolar da Secretaria na presença de um professor mediador. Também aos finais de semana o corpo estudantil, familiares e a população do entorno participam de oficinas gratuitas oferecidas na unidade pelo Programa Escola da Família a fim de promover o fortalecimento dos laços entre a comunidade e a escola.

Todas as medidas em relação ao estudante agressor já foram tomadas. O conselho escolar determinou a suspensão do adolescente por seis dias. A professora agredida ficará afastada de suas funções para recuperação."

Para Reflexão, vale a pena ver a matéria:

http://www.youtube.com/watch?v=S5ENpcGnRKs&feature=player_embedded

Alerta: atestados usados para abonar faltas.

Fonte: UDEMO
Caso concreto: o professor faltou e está requerendo o abono da falta, por problema de saúde.
O Requerente deverá especificar, no requerimento, na coluna “Documentos Anexados”, o tipo de atestado, o nome e o nº de inscrição do profissional no respectivo Conselho Regional. Ex.: documento anexado: Atestado Médico, assinado por Dr. José da Silva, CRM 17.171. Existe a possibilidade de o atestado ser falso e, posteriormente, numa auditoria ou sindicância, o Requerente negar que tenha apresentado aquele documento quando do requerimento do abono.

Faltas da greve

Fonte: UDEMO
A Udemo vinha reivindicando, desde o final da greve do ano passado, que as faltas dos grevistas fossem retiradas dos seus prontuários, desde que eles tivessem repostos os dias e aulas não trabalhados. Foi, também, por essa razão que a UDEMO orientou os seus associados, que fizeram a greve, a repor os dias parados. O atual Secretário da Educação e o Secretário Adjunto haviam prometido uma solução para o caso. A UDEMO insitiu na solução urgente, uma vez que isso implicaria no bônus. Fomos informados de que, numa reunião em Ribeirão Preto, no dia 11 de março, a Secretaria da Educação anunciou, oficialmente, o atendimento daquela reivindicação. As faltas serão retiradas, para todos os fins.
Isso pode ser considerado uma vitória para todos; para os professores que fizeram a greve e repuseram os dias não trabalhados, a quem se fez justiça; para a Secretaria da Educação, que agiu com bom senso e razoabilidade.

terça-feira, 15 de março de 2011

Professor deve ter bônus neste mês

Fonte: 15/03/2011 Cristiane Gercina do Agora
Os quase 300 mil professores da rede estadual de ensino deverão receber o bônus da área ainda neste mês. A informação é da Secretaria de Estado da Educação.
Segundo o órgão, conforme já foi afirmado anteriormente, "o bônus deve ser pago ainda em março, a partir dos resultados do Saresp [Sistema de Avaliação do Rendimento do Estado de São Paulo] e do Idesp [índice que mede o desenvolvimento da Educação]".
A Educação afirmou ainda que não há uma data definida para a divulgação dos resultados, mas eles devem sair "nos próximos dias".

segunda-feira, 14 de março de 2011

AOS COLEGAS DO MAGISTÉRIO: ENFIM, A CORREÇÃO DO PLANO DE CARREIRA

Fonte: Professor José Maria Cancelliero, presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP)
Após muita luta das Entidades, em sensibilizar o governo do Estado da necessidade de corrigir as distorções da LC 836/97 (Plano de Carreira do Magistério), o novo secretário da Educação, professor Herman Voorwald, está abrindo um espaço para realizar as correções e aperfeiçoar nosso Plano de Carreira, deixando-o mais atualizado. Queremos que o Magistério, no Estado de São Paulo, volte a ser um atrativo para profissionais bem qualificados, com salários dignos e uma progressão, acadêmica e não acadêmica, que estimule o aperfeiçoamento constante do profissional, para acabar com as gratificações e bônus por meio de provinhas que, até agora, só serviram para desagradar e provocar a isonomia entre a classe.
Mérito é a boa formação e atualização continuada do profissional.
Infelizmente, o secretário da Educação, ao formar o grupo de trabalho para a revisão de nossa carreira, atropelou o parágrafo único do art. 25 da LC 836/97 que determina ser uma Comissão Paritária, nomeando só funcionários da SE.
Não aceitamos essa atitude. Fomos obrigados a ingressar com um Mandado de Segurança para garantir a presença de todas as entidades do magistério, paritariamente, para discutir e votar o nosso novo Plano de Carreira.
Continuamos a luta.

SME CONVOCA PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL

14/03/2011 – A Secretaria Municipal de Educação publicou ma página 39 do Diário Oficial da Cidade de 12 de março a convocação de 52 professores de educação infantil. A relação dos candidatos e as instruções podem ser consultadas no site da Imprensa Oficial (www.imprensaoficial.com.br). A escolha de vagas para o provimento dos cargos ocorrerá no dia 25 de março.
Os candidatos convocados deverão comparecer ao auditório da Conae 2, na avenida Angélica, 2.606, Consolação, conforme o cronograma abaixo.
CRONOGRAMA DE ESCOLHA DE VAGAS DA CLASSE DOS DOCENTES PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL
DIA 25/03/2011
HORÁRIO CLASSIFICAÇÃO
9h 1248 a 1280
10h 1281 a 1299
10h25 RETARDATÁRIOS DA ESCOLHA ATÉ 10h30

sábado, 12 de março de 2011

SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO: PROGRESSÃO É REDISCUTIDA, MAS NÃO SERÁ EXTINTA

Fonte: Agência Estado
Ribeirão Preto - O secretário estadual da Educação de São Paulo, Herman Voorwald, disse ontem (11), em Ribeirão Preto, que a extinção da progressão continuada na rede está totalmente descartada. "Essa é a grande questão-chave, que a própria rede coloca, não no sentido de eliminá-la, mas de rediscuti-la sob a ótica de torná-la eficiente e viabilizar que os estudantes saiam efetivamente alfabetizados e com o conteúdo aprendido durante a sua formação", disse.
Segundo ele, são discutidas ainda com os profissionais da educação propostas de mudanças do atual ciclo de avaliação do ensino fundamental, uma nova política salarial e o Ensino Médio Integrado (aumentaria de três para quatro anos, dando ao estudante a possibilidade de optar por um curso técnico profissionalizante simultâneo).
Voorwald e seu secretário-adjunto João Cardoso Palma Filho participaram hoje na cidade do interior paulista da sexta reunião com professores e profissionais da rede de ensino do Estado, debatendo as propostas de reorganização da educação. Ao todo, eles farão o encontro nos 15 pólos do Estado, dialogando com a categoria, formada por cerca de 5,3 mil escolas.
Voorwald informou que a secretaria preparou um documento, intitulado 'Por Uma Educação de Qualidade', passado às escolas, que respondem sobre a progressão continuada. A meta não é encerrar o que está acontecendo, mas construir a nova proposta. A secretaria propõe a mudança dos atuais dois ciclos de avaliação, que é de 5 e 4 anos (na prática, no quinto e no nono ano), para um de três, ou seja, 3, 2 e 4 anos. "Nossa proposta é consolidada na garantia da recuperação logo", avisa o secretário.
Porém, nas reuniões de trabalho dos polos, surgiu outra alternativa: um quarto ciclo de avaliação (3, 2, 2 e 2). "Qualquer que seja o número de ciclos, o mais importante é que o estudante aprenda", disse Voorwald, citando que nenhum pólo falou em extinção, mas em melhoria da progressão continuada. A definição só valerá a partir de 2012.

AS 20 METAS DA EDUCAÇÃO

Fonte: CPP, MEC e Jornal Diário de S.Paulo
Nesta sexta-feira (11), o jornal Diário de S. Paulo, divulgou a matéria "Escola pública tem avaliação parecida", onde mostra que os alunos da rede estadual vão melhor no Ideb nas séries iniciais. Já os da Prefeitura têm notas melhores da quinta a nona séries.
As escolas estaduais e municipais da capital dividiram as avaliações do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino fundamental. Pelos dados mais recentes, de 2009, os estabelecimentos do estado receberam notas melhores nas séries iniciaiis, da primeira até a quarta: 4,6 contra 4,1 das municipais. Já a Prefeitura se saiu bem nos anos finais, da quinta a nona: 41, contra 3,8 das estaduais.
Os números, que revelam o desempenho nas avaliações das escolas, amenizam uma das razões que motivam os pais a preferirem os estabelecimentos municipais.
Segundo o jornal Diário de São Paulo, a qualidade do ensino é apontado pelos pais como um diferencial das unidades da Prefeitura. Os outros itens são a qualidade de gestão e dos espaços físicos, além de benefícios como leite e uniforme distribuídos aos estudantes.
A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) também definem responsabilidades específicas para os governos. O município tem como prioridade a creche e o ensino fundamental e o estado, o ensino médio.
O Plano Nacional de Educação, que está em discussão no Congresso, reforça as prioridades dos governos. Segundo a deputada Fátima Bezerra (PT-RN, relatora da proposta, os governos devem se voltar ao que está previsto na Constituição e na LDB. "O ideal é que cada esfera federativa cumpra o seu papel de acordo com a Constituição", afirmou.
Plano de educação tem 20 metas - O Plano Nacional de Educação (PNE) que está em discussão no Congresso Nacional tem 20 metas para serem cumpridas pelos governos federal, estaduais e municipais até 2020. O projeto está sendo analisado pela Comissão de Educação e depois vai para a Comissão de Constituição e Justiça antes de ser votado no plenário da Câmara.
Projeto confirma tese de municipalização - a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), relatora do PNE, acredita que a proposta deve reforçar a tese da municipalização do ensino, uma vez que prevê o regime de colaboração entre União, estados e municípios para criar o sistema nacional de educação.
AS 20 METAS DA EDUCAÇÃO
1) Atender, até 2016, crianças de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil para atender 50% das crianças até 3 anos.
2) Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos.
3) Atender, até 2016, jovens de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
4) Atender os estudantes de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
5) Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.
6) Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
7) Atingir as médias nacionais do Ideb.
8) Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos.
9) Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015.
10) Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos.
11) Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
12) Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos.
13 - Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores.
14) Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu.
15) Garantir que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior.
16) Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu.
17) Valoriza o magistério público da educação básica.
18) Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério.
19) Garantir a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho.
20) Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB.

SINPEEM debate com a categoria o direito de férias coletivas na educação infantil

Fonte: SINPEEM
O SINPEEM realizou neste sábado, 12 de março, reunião com profissionais de educação de mais de 200 CEIs e Emeis da rede municipal de ensino para debater a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de suspender as férias coletivas em janeiro na educação infantil. Um direito conquistado pelo SINPEEM depois de muitos anos de luta.
Durante o debate, foram feitos encaminhamentos importantes, que visam defender o direito das crianças de socialização, partindo do princípio de que esta responsabilidade envolve a participação da escola e da família para garantir a formação integral e o desenvolvimento da criança, conforme preveem a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O presidente do SINPEEM, Claudio Fonseca, explicou que a decisão do Tribunal de Justiça cabe recurso do governo municipal. O SINPEEM, que figurará como parte interessada no processo, cobrará, fiscalizará e reivindicará do governo municipal atuação incisiva para derrubar a decisão da Justiça de suspender as férias coletivas.
Entre as propostas apresentadas está o envolvimento direto dos profissionais de educação na realização de reuniões periódicas nas unidades para debater com a comunidade o papel da família, da escola e do Estado na educação infantil, tendo como foco a importância do convívio familiar para a criança, portanto, de maior tempo com os pais e demais familiares no período de férias.
Também foi proposto que o SINPEEM deve promover campanha nos meios de comunicação sobre a importância das férias coletivas em janeiro para o desenvolvimento e formação integral das crianças.
Os encaminhamentos serão apresentados para deliberação da categoria na assembleia geral ordinária, marcada para a próxima quarta-feira, dia 16 de março, quando será debatida e aprovada a pauta de reivindicações da campanha salarial de 2011.

sexta-feira, 11 de março de 2011

SP só terá creche para todos daqui a dez anos

Fonte: Folha de São Paulo, 07 de março de 2011 - ELEONORA DE LUCENA
Só daqui a dez anos toda a criança que nascer em São Paulo terá a garantia de vaga em creches públicas. A avaliação é do secretário de Educação do município, Alexandre Schneider, que diz estar "tirando a rede do fundo do poço". Apesar da evolução descrita como positiva -dá nota 8 ao ensino público-, ele ainda está pensando se seu filho mais novo entrará numa escola pública.
Folha - Por que há crianças sem escola na mais rica cidade da América do Sul?
Alexandre Alves Schneider - Não há crianças sem escola no ensino fundamental. E, em algumas regiões da cidade, já não há crianças sem escola na pré-escola.
Na pré-escola há um deficit?
Sim. O deficit era de 79 mil há três anos; hoje é de 19 mil. Na creche temos muitas crianças fora da escola. Isso porque os investimentos começaram a ser mais pesados nos últimos anos. Tínhamos, em 2005, 60 mil crianças matriculadas em creche na cidade. Fechamos 2010 com 130 mil. Estamos hoje com 187 mil crianças. Temos 100 mil na fila. O deficit ainda é grande. A demanda cresceu. Cresceu o emprego entre as mulheres e elas precisam de um lugar para colocar os filhos. Como o sr. acha que esse deficit será zerado? A creche é obrigação do Estado, mas não é obrigação dos pais. Imagino que nós vamos ter ainda um bom tempo para zerar esse deficit. Nenhum lugar do mundo conseguiu fazer isso.
O que é um bom tempo?
A meta do Ministério da Educação é ter 50% das crianças em creche até 2020. Só com base na demanda, hoje estaríamos atendendo já 2/3 das crianças que precisam de creche em São Paulo.
Quando o sr. acha que atingirá a meta?
Se forem mantidos os mesmos níveis de investimentos, vamos precisar de mais duas gestões pelo menos, mais dez anos. O compromisso que assumimos -e que vamos cumprir- é de gerar a demanda de dezembro de 2008: 58 mil vagas. Isso é diferente de ter portas abertas para todas as crianças que nascerem em São Paulo. Isso pode demorar uma década.
A prioridade na educação infantil é construção de unidades ou fazer convênios?
Nós não temos uma escolha. Devemos ter 40% [das creches] diretamente administradas pela prefeitura e 60% por convênios. A grande dificuldade de administrar tudo diretamente é a velocidade que se tem para construir, fazer concursos. O convênio possibilita o atendimento mais rápido.
Há muitas críticas em relação a esses convênios, sobre o critério das contratações, a interferência política nessas entidades conveniadas. Não há problema aí?
Existem entidades que prestam serviço para a prefeitura há 50 anos. Reduzimos a possibilidade de ter algum tipo de influência política. As regras foram ficando mais duras para os convênios. Os supervisores de ensino do município não são cargos de confiança, são cargos concursados. Eles fazem o trabalho na ponta sobre o andamento dessas unidades. A prestação de contas é analisada por contadores e pela área jurídica. Sobre a matrícula, nem o prefeito pode passar uma criança na frente da fila de creche. Isso era usual num passado recente. Hoje a fila está na internet.
Eu não estava falando desse tipo de interferência política.
Com relação aos convênios, isso não existe. Pode ter alguém vinculado a político? Pode. Está todo mundo atento para esse tipo de coisa. Os supervisores fazem uma fiscalização muito dura.
Não há redutos políticos?
Há vereadores que têm ligação com a área. Isso é inegável. Agora, não é um critério para conveniar. Eu não recebo pedido de vereador para conveniar. Aliás, eu nem decido com quem conveniar. Isso é feito na ponta.
Como o sr. avalia hoje a questão do primeiro ciclo? O sr. colocaria o seu filho numa escola municipal?
Eu colocaria na educação infantil do município de São Paulo. E acho que, com as mudanças que estamos fazendo, eu pensaria em colocar no ensino fundamental.
Pensaria em colocar? O sr. não está muito convicto.
Veja, essa é uma questão importante. Há quatro anos, tínhamos 75 mil crianças em escolas e salas de lata e 75% das crianças do ensino fundamental estudando em escolas de três turnos diurnos.
Tínhamos professores desestimulados por conta do salário e das condições de serviço. Não se sabia o desempenho dos alunos, não havia uma prova externa. Muitas vezes, não havia professor. Hoje estamos conseguindo tirar essa rede do fundo do poço. O piso dos professores, que era de R$ 1.200, é de R$ 2.300. Hoje não falta professor, temos um currículo. O desempenho das crianças do ciclo 1 está melhorando. Quando fizemos a primeira prova São Paulo, tínhamos 61% das crianças alfabetizadas no segundo ano. Em 2009, já foram quase 75%. A escola está melhorando.
Mesmo assim, o sr. não colocaria seu filho numa escola municipal ainda?
Eu estou pensando em colocar o meu filho numa pré-escola municipal, o mais novo. Eu espero que daqui a alguns anos, quando estiver no fundamental, ele possa ir. O turno da fome ainda existe?
Ele existe em 39 escolas. Quando chegamos, ele existia em 330 escolas, com quase 150 mil crianças. Hoje são 16 mil. A previsão é acabar.
Acabar em quanto tempo?
Eu queria que fosse ontem, mas acho que, até o fim da gestão, a gente consegue.
Qual sua avaliação sobre o modelo dos CEUs?
É um modelo excelente para garantir à comunidade algo que ela não teria condição em outros lugares. Mas isso não é garantia de sucesso. Entre as 127 escolas que não conseguiram atingir a meta do MEC, tem uma escola de um CEU. Nós já tivemos escolas de lata com resultados melhores do que o CEU. O que muda a educação é o professor e a equipe da escola, mais do que o espaço.
Sobre alfabetização: 25% saem do segundo ano sem saber ler e escrever. Como resolver isso?
Muitas vezes, se esqueceu de fazer o feijão com arroz. Uma boa escola precisa ter uma boa estrutura física, um número razoável de alunos por professor -30 alunos nos primeiros anos e eu quero chegar a 30 alunos para todos. A média na rede em 2005 era um pouco mais de 35 alunos por professor. Hoje, a média é 31. Construímos 118 escolas nesse período.
Na periferia as coisas sempre são piores, não é verdade?
É e não é. Nós dividimos a demanda com o Estado. Em alguns casos, conseguimos reduzir, mas ainda temos os últimos anos com 37 (alunos/professor), o que é inadequado. Mas já há um equilíbrio maior. Foi criado o programa ler e escrever, focado na alfabetização. Desenvolvemos ainda dois processos de recuperação.
E a progressão continuada?
A discussão está fora de lugar. No fundo, é preciso ver por que a escola não está ensinando. O sistema mais bem avaliado no mundo, o da Finlândia, tem um ciclo de nove anos.
Qual a linha pedagógica que o sr. prefere?
As escolas municipais têm uma influência muito grande do construtivismo. Acho que o melhor método é que o professor sabe ensinar.
E o material pedagógico. Como o sr. avalia o mercado de apostilas privadas?
Esse mercado cresce muito nas cidades menores onde não há estrutura. Não tenho nenhum preconceito, mas acho que seria praticamente impossível numa cidade como São Paulo se comprar um sistema apostilado.
O que o sr. acha da premiação de professores?
É importante ter política de mérito, que não pode ser confundida com a salarial.
Qual a melhor e a pior escola de São Paulo?
Difícil. Temos muitas boas escolas, na zona leste, no Butantã, no Jardim Ângela. Uma das que mais melhoraram fica na Cratera da Colônia, lá no fim de Parelheiros.
Que nota o sr. dá para a educação municipal em SP?
Comparando com outras redes ou escolas particulares na periferia, que atendem ao mesmo público, daria 8.
Qual sua visão sobre o novo partido do prefeito Kassab?
Acompanho pelos jornais. Sou filiado ao PSDB.
Qual sua avaliação do ministro Haddad? Há identidade entre as gestões?
Sim. Ele teve mérito ao trazer de volta a questão das avaliações.
O sr. é candidato a candidato a prefeito?
Não, o que é isso?! No município, o quadro ainda é muito confuso. Apesar dessa movimentação do prefeito Kassab, eu imagino que ele possa ter o mesmo candidato, apoiar o candidato do PSDB. Não é impossível.

sábado, 5 de março de 2011

Governo de São Paulo aprova docentes barrados em concurso

Não entendi. Em relação aos médicos do HC, isso significa que são imparciais e por isso mais profissionais que os médicos do DPME? Todos não são médicos? Alguma coisa esta errada então. Quem sabe se colocar os médicos do HC no DPME seremos tratados com mais respeito e urbanidade. Que pelo menos o governo repense sobre esse tratamento ofertado aos servidores. Importante os médicos do DPME são tão funcionários públicos quanto os que atendem, contudo se acham, ou é permitido que pensem assim, que são os donos do mundo e podem fazer e falar o que quiserem aos doentes que frequentam esse local. Afinal de contas qualquer pessoa com o mínimo de coerência não iria visitar ou passear no departamento. Logo, quem vai ao departamento vai por necessidade e em um momento de bastante fragilidade. Respeito e bom, e todos gostam.
Fonte: 04/03/2011 - 10h06 Agência Estado
A Secretaria de Gestão Pública recuou e decidiu aprovar professores que haviam sido vetados por motivos de saúde, pela própria pasta, no último concurso público da rede estadual de São Paulo. Havia casos de profissionais barrados por serem obesos ou por terem tido depressão em algum momento da carreira. Os docentes entraram com recurso e pediram nova perícia médica.
O resultado da nova perícia foi publicado ontem no Diário Oficial do Estado, com a lista dos professores. Segundo consta na publicação, 304 professores pediram reconsideração da perícia. Desse total, 33 não compareceram ao procedimento ou não concluíram o processo e 48 foram considerados novamente não aptos - ou seja, uma taxa de 16% de reprovação.
Após o resultado da primeira perícia, a secretaria havia divulgado nota em que dizia que não poderia admitir um funcionário "doente" - uma vez que ele poderia faltar por motivo de saúde - porque prezava pelo bom funcionamento da rede de ensino.
Segundo a secretaria, dos casos de professores vetados por endocrinologistas na primeira perícia, 73% foram classificados como aptos na reconsideração. Já no caso dos docentes vetados por psiquiatras, 66% passaram.
O secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini, nega que a pasta tenha voltado atrás na decisão anterior, que reprovou os docentes. "Não mudamos de opinião. Para essa segunda perícia, chamamos uma junta médica do Hospital das Clínicas", disse. "Tomei pessoalmente esse cuidado, especialmente nesses casos mais polêmicos, para que o procedimento fosse o mais independente possível da primeira perícia", explicou. Os professores que continuam considerados não aptos ainda podem entrar com recurso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.