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terça-feira, 22 de agosto de 2023

Secretários e conselhos pedem que mudanças no Novo Ensino Médio sejam implementadas só em 2025

Apenas uma reflexão, a proposta desses grupos desconsidera as audiências públicas e a oitiva dos profissionais da educação, que estão diariamente dentro das escolas sabendo o engodo que tem sido esse novo velho ensino médio. O que esses grupos e as empresas que estão por trás (pq isso ninguém fala), não pensam em uma educação em crise, eles tem um projeto para destruir a educação. Qualquer pessoa com o mínimo de discernimento e que conhece escola de fato e não apenas pelos meios de comunicação sabem o absurdo que tem sido esse período com o NEM. 


Os secretários estaduais de Educação devem enviar ao Ministério da Educação (MEC), nesta terça-feira (22), um documento pedindo que as mudanças decorrentes do Novo Ensino Médio possam acontecer a partir de 2025.

O texto conta com o apoio do Conselho Nacional de Educação (CNE), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED) e dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação.

Período de transição

Os órgãos argumentam que as eventuais mudanças no ensino médio devem ser acompanhadas de revisões:

  • dos materiais didáticos,
  • das normas estaduais,
  • dos currículos,
  • das formações dos professores,
  • dos regimes de avaliação.

Isso impossibilitaria as mudanças no ano de 2024, como quer o governo.

O documento afirma que qualquer mudança a ser implementada exige um período de transição factível e que qualquer alteração é “inviável para o ano letivo de 2024, cujo planejamento já teve início à luz da legislação vigente”, complementando o documento.

Mudanças

Dentre as principais propostas feitas pelo MEC, estão:

  • o aumento para 2.400 horas de formação obrigatória
  • e a redução de cinco para três itinerários formativos.

Os itinerários propostos foram:

  1. Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza;
  2. Linguagens, Matemática e Ciências Humanas e Sociais;
  3. e um terceiro de Formação Técnica e Profissional.

Isso significaria que a carga horária básica do Ensino Médio cresceria 33%.

Redução da carga

O documento também critica esse aumento da carga horária obrigatória e pede uma redução para 2.100 horas, 300 a menos do que a proposta do MEC.

Os secretários argumentam que a proposta do governo pode dificultar a oferta do ensino técnico.

Especialistas ouvidos pela CNN avaliam que o aumento da carga horária pode proporcionar uma educação mais completa, mas também pode sobrecarregar estudantes.

Emerson Maia, professor e diretor de uma escola do Rio de Janeiro, diz que a proposta deve ter uma transição gradual para garantir que todas as mudanças necessárias possam ser feitas de forma eficiente.

Flexibilidade

Os secretários também defendem a manutenção da possibilidade de oferta flexível do Ensino Médio em modelo híbrido, ou seja, com atividades presenciais e remotas.

O documento argumenta que a falta de professores, razões logísticas de transporte escolar, infraestrutura das escolas e jornada dos professores são fatores adicionais a favor da manutenção da oferta em EAD.

O documento argumenta que “a eventual falta de professores e situações em que é preciso compatibilizar os horários do Ensino Médio em razão da logística de transporte escolar, infraestrutura das escolas e jornada dos professores são fatores adicionais a favor da manutenção da oferta em EAD”.

Maia acredita que o Novo Ensino Médio visa flexibilidade, permitindo escolhas de itinerários conforme interesses dos alunos. Na visão do professor, a proposta pode aumentar o engajamento e a preparação para o futuro, além de prepará-los melhor para a vida profissional. “É crucial a adequada implementação, com infraestrutura e recursos, assegurando educação de qualidade para todos”, complementou.

O Novo Ensino Médio foi aprovado em 2017 por meio da Lei nº 13.415, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. As alterações em relação à carga horária e implementação nas escolas são avanços propostos pelo MEC em relação ao modelo de 2017.

Fonte: CNN


quarta-feira, 17 de maio de 2023

Avaliação e Reestruturação da Política Nacional de Ensino Médio

Órgão: Ministério da Educação

Status: Ativa

Abertura: 24/04/2023

Encerramento: 06/07/2023


 Finalidade

Estabelecida por ato do Ministro de Estado da Educação (Portaria nº 399, de 8 de março de 2023), esta consulta pública tem por objetivo abrir o diálogo com a comunidade escolar, os profissionais do magistério, as equipes técnicas dos sistemas de ensino, os estudantes, sociedade civil, pesquisadores e os especialistas do campo da educação para a coleta de subsídios para a tomada de decisão do Ministério da Educação - MEC sobre a revisão e reestruturação da política nacional do ensino médio.


Consulta Pública - clique aqui

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Unidades federativas aderem ao programa de tempo integral

Todos os 26 estados e o Distrito Federal fizeram a adesão ao Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral para o Ensino Médio, do Ministério da Educação. As secretarias de Educação estaduais e do DF inscreveram 290 mil estudantes de 586 escolas. O programa foi instituído pela Medida Provisória nº 746, de 22 de setembro deste ano, e pela Portaria do MEC nº 1.145, de 10 de outubro último.
De acordo com a Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, a lista preliminar divide as escolas em deferidas (já aprovadas para o programa); deferidas com ressalvas (precisam de ajustes na proposta para ser aprovadas) e as indeferidas (não contemplaram os requisitos mínimos para participação). As unidades federativas podem apresentar recurso, conforme o Art. 13 da Portaria nº 1.145/2016. A lista final será divulgada pelo MEC ainda este mês.
A lista das escolas, com a divisão de deferidas, deferidas com ressalvas e indeferidas, foi enviada pela SEB às secretarias na quinta-feira, 8.
O titular da SEB, Rossieli Soares da Silva, destaca que o número de inscrições representa o entendimento dos dirigentes de educação de todas as unidades federativas sobre a importância da política de expansão das escolas em tempo integral. “Essa política foi um desafio posto como prioridade pelo ministro Mendonça Filho, e já está se tornando realidade”, afirmou. “A meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece que 50% das escolas e 25% das matrículas devem ser integrais até 2024. No ensino médio, esse índice, hoje, é mais baixo, com um número na casa de 5% de matrículas.”
Para adesão ao programa, tiveram prioridade escolas com maior nível de vulnerabilidade socioeconômica. O fator de seleção foi a proximidade dos estudantes da escola ou do local de moradia. “Tais critérios têm como objetivo promover a equidade e levar uma escola mais atrativa para os jovens que mais precisam”, ressaltou Rossieli.
O Ministério da Educação fomentará essa política com investimentos de R$ 1,5 bilhão, ao longo de dois anos, com meta de chegar a 500 mil novos estudantes de ensino médio no regime de tempo integral até o fim do programa. A implantação do tempo integral nas escolas pode ocorrer de uma única vez ou de maneira gradual, com início no primeiro semestre de 2017.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Currículo do ensino médio será mais flexível

Fonte: 05/05/2011 Folha de S.Paulo
O CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou ontem novas diretrizes nacionais para o ensino médio que incentivam as escolas a elaborar currículos mais flexíveis e adaptados ao contexto dos estudantes.
A ideia é que cada colégio organize o ensino em torno de quatro grandes áreas: trabalho, tecnologia, ciência e cultura. A partir delas, o currículo poderia enfatizar algumas disciplinas em detrimento de outras.
Uma escola que fica em uma localidade industrial, por exemplo, teria a possibilidade de enfatizar tecnologia e trabalho e, dessa forma, dar mais espaço a física e química na grade horária.
Isso poderia ser feito desde que os conteúdos das outras disciplinas, como matemática e português, não fossem deixados de lado.
As diretrizes também mudam o ensino médio noturno, onde estudam cerca de 40% dos estudantes. Elas permitem que até 20% das aulas sejam ministradas a distância e que o curso dure mais do que três anos.
O documento deverá ser homologado pelo ministro Fernando Haddad (Educação) para entrar em vigor.

domingo, 3 de abril de 2011

Flexibilização do ensino médio: SP dará autonomia a regionais

Já postei algumas vezes aqui no blog sobre o Ensino Médio Inovador proposto pelo MEC. Torço de verdade para que a SEE deixe de lado as questões políticas e pense única e exclusivamente no aluno. Do jeito que esta o ensino médio na rede não dá para continuar. É urgente a necessidade de mudança. A SEE esta no caminho certo.
Fonte: Cinthia Rodrigues, iG São Paulo 01/04/2011 12:33
A proposta do Conselho Nacional de Educação (CNE) de uma grade curricular livre para o ensino médio agrada a Secretaria Estadual de São Paulo – que administra a maior rede do País, com 1,6 milhão de estudantes matriculados apenas nesta etapa. As novas diretrizes para o ensino de adolescentes, que serão votadas em Brasília no próximo dia 6, liberam cada sistema de ensino para montar uma proposta atraente para seus alunos sem se prender a disciplinas.
O documento diz apenas que a ênfase do ensino médio deve ser para trabalho, ciência e tecnologia e cultura, mas reforça que algumas escolas podem ser mais voltadas a cada um dos três tópicos. O relator da proposta, José Fernandes de Lima, explica que o currículo obrigatório, continuará existindo, mas cada escola poderá escolher incluí-lo em projetos ou disciplinas e a quantidade de tempo que preverá para cada assunto.
O secretário-adjunto de Educação de São Paulo, João Cardoso Palma Filho, disse ao iG que a rede paulistana deve dar a cada Diretoria Regional de Ensino, autonomia para propor currículos. “Nós também achamos que as escolas não devem ser todas iguais, esta gestão tem dialogado com professores e funcionários em todas as regiões e as necessidades são diferentes, então, as soluções podem ser também”, diz.
Agrupamento de disciplinas
Pelo documento do CNE, das 2.400 horas de aula que a etapa deve garantir ao longo de pelo menos três anos, 600 seriam livres para o tema que a escola achasse mais importante. As outras 1.800 ficam responsáveis pelo currículo básico, mas as instituições podem optar, por exemplo, por ciências da natureza, agrupando física, química e biologia.
“Sou muito favorável a reunir disciplinas, principalmente estas que já têm pouco tempo na grade, insuficiente para o professor desenvolver um bom programa”, afirmou Palma.
Ensino técnico
Em relação à ênfase no trabalho, ele disse que já existem “entendimentos” entre o governo paulista e o federal para abertura de 2 mil vagas para estudantes da rede paulista fazerem cursos técnicos nos 25 Institutos Federais do Estado. “Também estamos conversando com outras instituições de diferentes regiões para que todo adolescente que tiver interesse possa fazer um curso técnico junto com o médio.”
Entre as outras possibilidades, está adiantada a negociação com a Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (Fiec), as escolas do Senai. Também é estudada a participação do Centro Paula Souza, responsável pelas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs).

domingo, 16 de agosto de 2009

Projetos buscam enfrentar a crise do Ensino Médio

Da forma como este nível de ensino se apresenta hoje projeta-se ao fracasso. A escola tem um novo público, um novo perfil, entretanto os conteúdos, as aulas são oferecidas da mesma forma como se oferecia ha pelo menos 15 anos atrás. Não adianta mudar nome, agrupar componentes, se na prática a ação é a mesma. O Ensino médio, precisa cumprir pelo menos com o que se propõe na forma da lei, preparar para o mercado de trabalho e vida cidadã. Isso significa dar sentido as práticas e teorias escolares. Mas para isso se faz necessário mudar a postura do sujeito ensinante. Na verdade a formação acadêmica precisa garantir pelo menos parte dessa necessidade.
Fonte: Vivian Lobato - vivianlobato@aprendiz.org.br - Portal Aprendiz
De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 40% dos jovens abandonam a escola por a considerarem desinteressante. Dados do Instituto de Pesqusa Econômica Aplicada (Ipea) de 2006 apontam que 68,3% dos jovens de 18 a 24 estão fora ou não completaram o ensino regular. Diante da atual crise enfrentada pelo Ensino Médio brasileiro, os projetos “Entre Jovens” e o “Jovem de Futuro” buscam combater a evasão escolar e aumentar o desempenho dos estudantes. “Apenas 16,4% da população brasileira tem Ensino Médio completo. Mas o jovem que não tem Ensino Médio está fora do mercado. O pior perfil é de quem desistiu do Ensino Médio no meio, porque não aceita qualquer trabalho, mas também não é qualificado para as melhores oportunidades”, explica a superintendente do Instituto Unibanco – organização responsável pelos projetos –, Wanda Engel. O projeto Entre Jovens, iniciativa do Instituto Unibanco em parceria com governos estaduais, atua em escolas públicas do Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e Juiz de Fora (MG). O programa oferece atendimento educacional complementar a alunos da 1ª série do Ensino Médio, que apresentam defasagem em relação a conteúdos de Português e Matemática. “A ação educacional se desenvolve por meio de um sistema de tutoria com estudantes de licenciaturas das disciplinas”, explica Wanda. Enquanto isso, o projeto Jovem de Futuro, também desenvolvido pelo Instituto Unibanco em parceria com governos estaduais, busca a melhoria do desempenho escolar dos alunos e a redução dos índices de evasão. O maior objetivo é desenvolver na escola um plano estratégico de três anos, que corresponde ao ciclo completo do Ensino Médio. No programa, as escolas se comprometem a melhorar as médias da escola no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) em português e matemática e a diminuir em 40% seus índices de evasão. “Nem metade dos jovens de 15 a 17 anos estão no Ensino Médio. Eles ainda estão no fundamental ou fora das escolas. Infelizmente, perdemos esses jovens na metade do caminho. 3,6 milhões de jovens ingressam no Ensino Médio, mas apenas 1,8 milhão saem formados”, ressalta Wanda. O Jovem do Futuro teve início em 2007 e acontece em 88 escolas dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. As escolas contempladas têm autonomia para executarem seu plano estratégico e utilizar os recursos colocados à disposição. Mas para isso é necessário que as escolas assumam as metas do programa como compromissos. Entre as ações, o projeto propõe, por exemplo, apoio a projetos pedagógicos, premiações por desempenho, além de atividades culturais para alunos e professores. Para as escolas, as ações se concentram na melhoria na infraestrutura como pequenas reformas, aquisição de equipamento e material didático. “Tentamos usar tecnologias e caminhos que podem funcionar em qualquer escola. Nosso maior objetivo é que o governo possa aplicar nossa metodologia e replicá-la em outros lugares. Após um ano de implantação do Jovem do Futuro, as escolas beneficiadas aumentaram a porcentagem de alunos com proficiência em português e matemática, de acordo com a 3ª meta do movimento Todos pela Educação, na mesma proporção que as demais escolas só alcançam em cinco anos”, destaca Wanda.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Conselho Nacional de Educação aprova fim de disciplinas no ensino médio; cem escolas devem implantar

Vamos esperar os documentos oficiais... De modo geral a idéia é ótima, só falta infra estrutura e capacitação docente para que estas ações possam ser colocadas em prática.
Fonte: 01/07/2009 - 06h26 - Da Redação - * - UOL Educação - Em São Paulo
O CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou nesta terça-feira (30), em Brasília, a proposta do MEC (Ministério da Educação) de apoiar currículos inovadores para o ensino médio. Pelo projeto, será possível lecionar os conteúdos de maneira interdisciplinar, sem que sejam divididos nas tradicionais disciplinas como história, matemática ou química. O aluno também terá condições de escolher parte de sua grade de estudos. A partir de 2010, cerca de cem escolas deverão receber financiamento da pasta para implantar mudanças curriculares com o objetivo de tornar a etapa de estudos mais atraente. "Esperamos que essa proposta seja acompanhada e avaliada e possa se tornar uma política universal", disse a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda. De acordo com ela, a intenção é que o programa seja estendido e que todas as escolas que oferecem ensino médio possam adotar as mudanças curriculares. "Nossa intenção não é ter escolas modelos, mas que todas possam oferecer ensino de mais qualidade", disse o coordenador-geral do ensino médio da Secretaria de Educação Básica, Carlos Artexes Simões.
Como funciona a ideia
Pela proposta, o ministério financiará projetos de escolas públicas que privilegiem, entre outras mudanças, um currículo interdisciplinar e flexível para o ensino médio. A intenção é que a atual estrutura curricular - organizada em disciplinas - seja substituída pela organização dos conteúdos em quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, para que os conteúdos ensinados ganhem maior relação com o cotidiano e façam mais sentido para os alunos. Outra mudança a ser estimulada é a flexibilidade do currículo: 20% da grade curricular deve ser escolhida pelo estudante. O texto prevê o aumento da carga horária mínima do ensino médio - de 2,4 mil horas anuais para 3 mil - além do foco na leitura, que deve passar por todos os campos do conhecimento. A proposta estimula experiências com a participação social dos alunos e o desenvolvimento de atividades culturais, esportivas e de preparação para o mundo do trabalho. Segundo Artexes, a partir das recomendações do CNE à proposta, o ministério terá condições de organizar o programa e apresentá-lo aos estados e ao Distrito Federal. "Nos próximos 40 dias, o ministério definirá o volume de recursos disponível para o programa e a forma de financiamento, se diretamente à escola ou se por meio de convênio com as secretarias estaduais", afirmou. * Com informações da Assessoria de Imprensa do MEC