quinta-feira, 16 de abril de 2009

MEC propõe concurso único para professor

Esse é o famoso tiro dado no pé, pensam em uma ação e em seguida vira outra. Embora eu particularmente gosto da proposta, é fundamental a avaliação constante, é muito melhor do que avaliar com conceitos subjetivos que são oferecidos aos professores em estágio probatório, se o professor pensa como o diretor tem os pontos atribuidos da melhor forma, já se pensa diferente... Pois essa é a avaliação durante os 3 primeiros anos de efetivo e exercício para garantir a estabilidade. Com uma prova o critério é justo e muito mais honesto.

Fonte: Agência Estado

O Ministério da Educação vai entrar em uma área até agora intocada pelo governo federal: a seleção de professores para a educação básica. Em comum acordo com os secretários estaduais de Educação, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) apresentou uma proposta de concurso nacional para contratação de professores, tanto para as redes estaduais quanto municipais. O primeiro pode ocorrer já no segundo semestre deste ano, se houver adesão.

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A proposta não é que o MEC faça a seleção no lugar dos governos locais, mas prepare a prova que será usada nos concursos, o que criaria um padrão mínimo nacional. "Nós discutimos há muito tempo a qualidade da formação do professor. Uma das formas de influenciar essa qualidade seria por meio dos concursos, mas muitos municípios afirmavam que é caro desenvolvê-los", explica Maria Auxiliadora Rezende, presidente do Consed (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação). Os secretários de Educação não só aprovam a medida, como pretendem ir além. Vários manifestaram ontem, na reunião do Consed, a intenção de usar a prova com os professores já na ativa, em avaliações de desempenho para determinar promoções. A presidente do Consed explica que a avaliação de desempenho para promoção já está prevista na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), mas é feita burocraticamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diretora de colégio é afastada pelo governo

Eu fico muito abismado quando vejo esta postura da SEE/SP, somente quando os casos aparecem na mídia é que se toma providências, será que ninguém sabia desses acontecimentos, pois, várias irregularidades acontecem em várias escolas, e de modo geral na diretoria de ensino todos ficam sabendo, mas sempre os processos são arquivados, ou como dizem, não dão em nada. Mas quando o caso toma outras proporções então o governo reage e normalmente afasta para instauração de apuração preliminar. É esperar para ver. Mas como escrevo sempre, esperamos muito e não vemos nada. Fonte: 16/04/2009 - Adriana Ferraz - do Agora

A diretora da Escola Estadual Dr. Genésio Almeida de Moura --cujo nome não foi divulgado-- foi afastada ontem, após denúncias publicadas pelo Agora. Os alunos da escola afirmaram que são obrigados a limpar as salas de aula e que os livros didáticos entregues pela direção estão em desacordo com as séries.

Há crianças de dez anos com livros indicados para estudantes de seis ou sete --a troca acontece no material de português e no de matemática. Para os pais, os problemas tiram a atenção dos alunos e geram baixo desempenho.

A tese tem fundamento: a escola é a pior colocada no ranking da 4ª série em português, segundo dados do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo).

A Secretaria Estadual da Educação informou que o afastamento é temporário, enquanto as denúncias são apuradas. Nos próximos dias, uma comissão da coordenadoria de ensino da Grande São Paulo supervisionará a escola.

Obra em escola faz aluno ter intervalo no corredor

Infelizmente o mesmo problema acontece em outras escolas com reforma, rodízio de salas é algo bem conhecido na rede. Como as obras demoram muito, perde-se em aprendizagem e com isso os resultados aparecem e normalmente são baixos. Culpa dos professores, claro que não. Culpa de um sistema que não pensa nos alunos e que quando estabelece reforma, pensa em divulgação, pois de modo geral as reformas não acontecem nas férias ou recesso, e com certeza as coordenadorias possuem o calendário escolar. Fonte: 16/04/2009 - Talis Mauricio - do Agora

Uma obra de ampliação na Escola Estadual Presidente Café Filho, no Capão Redondo (zona sul de SP), está fazendo com que 1.800 alunos da unidade passem os intervalos diariamente nos corredores das salas de aula.

O acesso ao pátio da escola, segundo os alunos, está proibido porque a quadra, que fica ao lado, está passando por reforma. O bloqueio acontece porque na hora dos recreios os alunos invadiam a quadra e faziam guerra de pedras em cima dos entulhos.

Para conter as brincadeiras, nos últimos dias a direção da unidade proibiu o acesso dos estudantes ao pátio da escola, ainda segundo os alunos ouvidos pela reportagem.

"Os meninos entravam na quadra e ficavam jogando pedras uns nos outros. A escola proibiu e agora nós estamos passando os intervalos nos corredores", disse uma estudante de 12 anos.

Uma outra aluna, de 11 anos, reclamou que os corredores ficam lotados e que não há espaço para todos. "É muito apertado. Vamos ficar nessa situação até quando?"

Os alunos também reclamam que as obras deixou a escola sem cozinha e, por consequência, os estudantes sem merenda. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, a obra na quadra da escola começou há cerca de um mês. A previsão é a de que ela termine no início de 2010.

O objetivo, diz a pasta, é construir um prédio no local com 18 novas salas para crianças de 1ª a 4ª série. A Café Filho atende atualmente alunos do ensino fundamental e do médio.

Guerra de pedras

Sem supervisão no meio de ferros e entulhos, as brincadeiras dos alunos acabavam passando dos limites, segundo os próprios funcionários da unidade. Um funcionário da escola registrou as cenas, feitas na semana passada, e relatou ao Agora que, além de escalarem as montanhas de concreto, os alunos fazia até guerra de pedras entre eles.

Uma aluna de 14 anos da 8ª série disse que a 'guerra' se repetia diariamente antes da proibição. Ela, inclusive, afirma ter sido vítima das brincadeiras. "Uma vez me derrubaram em cima das pedras durante uma brincadeira de mau gosto. Fiquei com a perna toda ralada", disse a garota.

Além do medo constante dos filhos se machucarem, pais de alunos reclamam também da poeira que é formada no local por causa das obras. Uma funcionária pública de 43 anos, que pediu para não ser identificada, disse que a filha tem sinusite e às vezes precisa faltar por conta da sujeira.

"Essa obra está prejudicando os alunos. Como é que fica a situação da minha filha que tem sinusite?", questionou. Um outro pai de aluno, que não quis se identificar, diz que o filho volta com o nariz congestionado.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Falta de interesse faz 40% largarem escola, diz estudo

E ainda alguns Estados dizem que bateram recorde com os menores índices de evasão da história. Será que isso ocorreu porque os diretores foram orientados a colocarem transferidos nos alunos que foram evadidos. Será?
15/04/2009 - 16h04

O principal motivo da evasão escolar de adolescentes é a falta de interesse pelos estudos. Uma pesquisa divulgada hoje, coordenada pelo economista Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, mostra que 40,3% dos jovens de 15 a 17 anos abandonam a escola por falta de interesse, enquanto 27,1% saem por razões de trabalho e renda. Por outro lado, apenas 10,9% deles deixam de estudar por falta de acesso à escola e 21,7% o fazem por motivos diversos, entre os quais a gravidez precoce tem porcentuais relevantes.

O estudo mostra que, em 2008, 14,1% dos jovens dessa faixa etária deixaram de estudar. Esse porcentual é mais alto na região metropolitana de São Paulo (18,7%), de Porto Alegre (18,8%) e entre os ocupados (28%), o que indica uma relação entre a demanda do mercado de trabalho e o abandono escolar. "O pior da evasão acontece quando uma família pobre está num ambiente rico. O canto da sereia do mercado é mais forte", interpreta Neri. A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) dos anos de 2004 e 2006 e a série de 2008 da pesquisa mensal de emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) são as bases do estudo.

Crianças são suspeitas de incendiar escola

Imaginem quando estas crianças tiverem 15, 16, 17 anos... Uma pena, mas é importante termos clareza se o incêndio foi de fato provocado pelos alunos. Vamos esperar novas notícias e a confirmação. Infelizmente este é o retrato da violência gratuita que acontece em várias escolas, independentemente de localização, condição social e etc. Precisamos de políticas públicas claras no combate a este tipo de ação. Afinal de contas alguém precisa ser responsabilizado. Mas daqui duas, três semanas, todos esquecem, e quando acontecer outro ato, então as pessoas voltam a ficar perplexas.
Fonte: CRISTINA MORENO DE CASTRO - DA AGÊNCIA FOLHA
Henrique Higino/"Alfenas Hoje"
Equipamentos em corredor de escola em Alfenas (MG) que foram destruídos por um incêndio Três meninos -dois de nove e um de 11 anos- são suspeitos de atear fogo a uma escola de Alfenas (378 km de Belo Horizonte) na Páscoa, destruindo um depósito e danificando várias portas de salas de aula, de acordo com a Polícia Civil. O presidente do Conselho Tutelar da cidade, Paulo Aparecido Silvério, diz que os três admitiram ter iniciado o incêndio. Eles estudam na própria escola municipal Tereza Paulino da Costa. Para incendiar o prédio, as crianças tiveram que pular o muro e arrombar a despensa do colégio. Não há vigilância na escola e o alarme estava desativado, segundo a chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Educação, Aliene Carvalho. O incêndio começou domingo à tarde e durou cerca de duas horas, atingindo o forro do galpão, portas, materiais de educação física e diários escolares, entre outros. Carvalho estima um prejuízo de até R$ 10 mil. Com o material inflamável usado para acender o fogo -que pode ter sido achado na escola-, as crianças também mataram peixes da fonte do jardim interno, segundo a diretora Márcia Helena Rodrigues. As aulas não foram suspensas e os danos estão reparados, diz ela. O presidente do Conselho Tutelar diz que os meninos passam necessidades e não têm estrutura familiar. Por terem menos de 12 anos, eles não podem ser submetidos a medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, que abrange jovens de 12 a 18 anos -como prestação de serviços à comunidade e internação. Eles estão em casa e recebem acompanhamento psicológico. Os meninos não têm histórico de infrações anteriores. Seus responsáveis poderão ser penalizados. O Conselho Tutelar de Alfenas -que tem cerca de 72 mil habitantes- possui cinco conselheiros, quantidade que Silvério considera insuficiente.

Na pior escola, aluno da 4ª série usa livro da 1ª

Depois ainda o governo fala que as condições estruturais das escolas é de boa para excelente. Este é o retrato de várias escolas. Fonte: 15/04/2009 - Adriana Ferraz - do Agora

Na escola estadual em que os alunos da 4ª série tiveram o pior rendimento em língua portuguesa no Saresp, as dificuldades de aprendizagem ultrapassam os limites da sala de aula. Parte é explicada pela falta de organização na distribuição de livros. Crianças com dez anos estudam com livros indicados para alunos de seis ou sete. Outras sequer têm material.

Na Escola Estadual Doutor Genésio Almeida de Moura, no Jardim Damasceno (zona norte da capital), o conceito dos alunos ficou abaixo do básico no Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). "Meu livro de português é da 2ª série e o de ciências é da 1ª, e eu estou na 4ª", diz Amanda Manoelli Santos, 10 anos.

O desempenho ruim --a escola é a última em português entre 580 colégios e uma das últimas também em matemática-- está relacionado ainda à falta de higiene. Em parte do horário que deveria ser dedicado aos estudos, os alunos limpam as carteiras e o pátio. A escola tem apenas uma faxineira, que não dá conta.

"Tem rato, barata e ninho de pomba aí. É perigoso deixar as crianças comerem a merenda", diz Eva Pereira dos Santos, 67 anos. O neto dela, Wesley Raion, 11 anos, conta que o coordenador da escola dá vassouras para a turma limpar a sala. "Se a gente não obedece, sai mais tarde", diz.

Diante da falta de estrutura, os pais não se surpreendem com a posição da escola no Saresp. "Tenho de estudar com meu filho, ensinar a lição, para que ele saiba ler e escrever", diz Maria do Carmo Pereira, 33 anos. "Os professores são esforçados, mas o ambiente não ajuda.

Do lado de fora, mais problemas. O muro baixo da escola facilita a saída das crianças. Ontem, a reportagem flagrou estudantes pulando as paredes sem qualquer fiscalização. "Aqui não tem segurança. Não passa guarda nem carro da ronda escolar. Dá briga toda hora na porta", afirma Eva, avó de Wesley.

Salas superlotadas --com mais de 40 alunos--, biblioteca desestruturada e laboratório de informática sem uso completam a lista de falhas apontadas pelos pais. Muitos reconhecem que é difícil incentivar os filhos a estudar em um ambiente tão precário. O resultado é refletido na frequência das crianças, que acumulam faltas.

"Minha filha menor, que está na 1ª série, já pede para mudar de escola. Ela não gosta de sujeira", diz Maria do Carmo.

"Gabarito errado prejudica nota"

Fonte: 15/04/2009 - Adriana Ferraz - do Agora

Nem é preciso passar pelos portões da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP --cujos alunos da 4ª série tiveram as melhores notas em português no Saresp-- para notar o cuidado no trato com os alunos. No espaço limpo, crianças leem pelo jardim. A mesma prática é seguida com os alunos da 6ª série, mas, segundo dados do Saresp, as turmas desse ano estão abaixo da média. Para a direção da unidade, houve erro na divulgação das respostas.

A orientadora pedagógica da escola, Marlene Isepi, diz que os alunos perceberam, no dia das provas de português e matemática, que a folha de prova era de uma versão diferente da do papel em que deveriam marcar as respostas (as provas têm várias versões, sendo que a ordem das questões é diferente em cada uma delas; o aluno deve receber a mesma versão das folhas de prova e de respostas).

Marlene diz que a escola enviou para a Secretaria da Educação um pedido para que fossem desconsideradas as folhas de respostas e que a correção fosse feita pela folha de prova dos aluno. "Desconfiamos que não foi atendido, porque as diferenças [de notas] são enormes.

A escola de educação fundamental e de ensino médio da USP é, tradicionalmente, bem colocada em rankings, daí a desconfiança. "Não é só na aula de português que a leitura e a escrita devem ser ensinadas ou incentivadas. A prática serve para todos", diz.

A escola também tem uma sala de leitura --anexa à biblioteca com mais de 30 mil livros-- montada para criar um ambiente agradável, onde os alunos podem ler no tapete ou em almofadas.

Secretaria da Educação vai apurar reclamações

Espero que de fato alguém investigue. Importante lembrar que o número de funcionários nas escolas é estabelecido em função do módulo que é constituido pelo número de salas de aulas total da escola, não em espaço físico mas sim as ocupadas pelos alunos. Infelizmente em muitas escolas, de fato não tem funcionários e a prática de pedir para alunos ajudar na limpeza é muito mais comum do que se imagina. Entretanto é um fato a verba dada pelo Estado para a aquisição deste material. Com relação ao material, os livros são entregues através do PNLD - Programa Nacional do Livro Didático, programa do governo federal e nesse caso os livros regularmnete chegam as escolas, e quando existe a falta basta solicitar na Diretoria de Ensino, pois, de modo geral as Diretorias articulam as trocas e sobras de livros entre as escolas de sua jurisdição. Com relação a escola de aplicação da USP, é público o quanto é eficiente e eficaz com vários resultados disponibilizados para consulta. Não duvido que possa ter ocorrido falha do Estado. Difícil talvez seja reconhecer o erro. Fonte: 15/04/2009 - Adriana Ferraz - do Agora

A Secretaria de Estado da Educação informou ontem que desconhece a troca de livros didáticos relatada pelos alunos da Escola Estadual Dr. Genésio de Almeida Moura. O governo também assegurou que não há falta de material. Diante da denúncia, porém, a pasta diz que vai enviar um representante da Cogesp (Coordenadoria de Ensino da Grande São Paulo) à escola para verificar os problemas.

Sobre a falta de faxineiras para limpar as salas de aula e o pátio, a secretaria informou apenas que o quadro é suficiente para o local, mas não mencionou quantos funcionários fazem o serviço atualmente.

Segundo o Estado, o trabalho será terceirizado em breve em todas as escolas.

A diretoria da escola negou, porém, que os alunos sejam convocados para a limpeza e afirmou que os professores não pedem colaboração em detergentes ou esponjas --o governo fornece esse tipo de material. Segundo a secretaria, é "inadmissível que um aluno limpe a escola.

Saresp

As diferenças relatadas pela Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP na divulgação dos resultados do Saresp para a 6ª série também serão investigadas pela pasta.

Ontem, a secretaria afirmou, porém, que a USP não enviou nenhum formulário de reclamação. Segundo a pasta, os documentos relacionados à aplicação do exame na escola estão preenchidos como se não tivesse havido nenhum problema com as fichas de respostas.

Lula entrega hoje medalhas a campeões da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas

15/04/2009 - 10h10 - da Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira, no Rio, da solenidade de premiação dos campeões da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) 2008.

Participaram da olimpíada no ano passado 18,3 milhões de estudantes, da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Além das medalhas de ouro, prata e bronze que serão entregues aos vencedores, a quarta edição da Obmep concederá 3.000 bolsas de iniciação cientifica do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), no valor de R$ 100 mensais. Durante um ano, os vencedores poderão receber aulas extras preparadas pela equipe da Obmep.

Ao falar sobre a olimpíada, o diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, César Camacho, disse que ela ressalta o fato de que a escola pública brasileira encontra-se carente de receber programas de qualidade.

"A vantagem da olimpíada é que o material enviado pela organização da competição é muito bem preparado por matemáticos profissionais, com apoio de antropólogos, numa linguagem acessível, em que os professores podem preparar seus alunos para a competição --o que por si só já estimula o estudo da matemática nas escolas".

A solenidade será realizada na Escola Naval, no centro do Rio, e o presidente --acompanhado pelo governador Sérgio Cabral e os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Ciência e Tecnologia Sérgio Resende --participará da entrega de medalhas de ouro a 300 alunos.

Segundo os organizadores, a "maior olimpíada de matemática do mundo" já atinge 99% dos municípios brasileiros e chega a 40.377 escolas municipais, estaduais e federais.

Lula entrega hoje medalhas a campeões da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas

15/04/2009 - 10h10 - da Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira, no Rio, da solenidade de premiação dos campeões da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) 2008.

Participaram da olimpíada no ano passado 18,3 milhões de estudantes, da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Além das medalhas de ouro, prata e bronze que serão entregues aos vencedores, a quarta edição da Obmep concederá 3.000 bolsas de iniciação cientifica do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), no valor de R$ 100 mensais. Durante um ano, os vencedores poderão receber aulas extras preparadas pela equipe da Obmep.

Ao falar sobre a olimpíada, o diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, César Camacho, disse que ela ressalta o fato de que a escola pública brasileira encontra-se carente de receber programas de qualidade.

"A vantagem da olimpíada é que o material enviado pela organização da competição é muito bem preparado por matemáticos profissionais, com apoio de antropólogos, numa linguagem acessível, em que os professores podem preparar seus alunos para a competição --o que por si só já estimula o estudo da matemática nas escolas".

A solenidade será realizada na Escola Naval, no centro do Rio, e o presidente --acompanhado pelo governador Sérgio Cabral e os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Ciência e Tecnologia Sérgio Resende --participará da entrega de medalhas de ouro a 300 alunos.

Segundo os organizadores, a "maior olimpíada de matemática do mundo" já atinge 99% dos municípios brasileiros e chega a 40.377 escolas municipais, estaduais e federais.

O Secretário de Educação do Estado de São Paulo começou bem...

De modo geral os secretários de educação dificilmente atendem. Sempre estão ocupados, não atendem os grupos organizados dos alunos e depois pede que as escolas desenvolvam criticidade no corpo discente, que desenvolvam atividades de protagonismo juvenil, pedem para revitalizar e estruturar os grêmios estudantis. De nada vale se na hora em que se organizam não são respeitados. Normalmente estas comissões atendem só para não deixar transparecer que o governo não respeita os colegiados. Pois provavelmente depois do atendimentos os documentos vão para o "cesto ofício".
15/04/2009 - 13h38 - Da Redação - UOL Educação - Em São Paulo

Comissão da Secretaria da Educação de SP recebe manifestantes; Paulo Renato faltou

Estudantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) e da Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas) que fizeram uma passeata nesta quarta-feira (15) foram recebidos por uma comissão de assessores da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. O secretário Paulo Renato Souza não esteve presente. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, Paulo Renato estava em um compromisso na secretaria - que não foi divulgado. Os estudantes foram orientados a enviar um ofício com as reivindicações.
Mario Ângelo/AE
Estudantes partiram do MASP em direção à República; lentidão na Consolação
"Vamos protocolar o documento e insistir por essa reunião", afirma o presidente da Ubes, Ismael Cardoso. "Paulo Renato assumiu e vai ter um tempo para provar que pode construir uma gestão mais democrática. Viemos pedir mais democracia nas escolas", diz. Os estudantes planejam novas manifestações, a princípio, para o dia 25 de abril. Mais reivindicações
Entre outras reivindicações, os universitários pedem ao governo federal que duplique a verba de assistência estudantil. Segundo André Pereira Tokarfki, um dos diretores da UNE (União Nacional dos Estudantes), é preciso um plano para a "permanência do estudante na universidade". Eles também pedem a aprovação do projeto que destina 50% das vagas das universidades federais a egressos da escola pública. "No ano passado, foram R$ 200 milhões aplicados em assistência estudantil; queremos que o valor dobre", disse André, 25, que é estudante do 5º ano do curso de direito da UFG (Universidade Federal de Goiás). Segundo a assessoria de imprensa do MEC, a duplicação do valor vai acontecer em 2010. Ainda segundo o diretor da UNE, cerca de 5 mil estudantes participaram da caminhada que partiu do MASP, na avenida Paulista, em direção à Praça da República. O número diverge da estimativa da PM (Polícia Militar) que contabilizou 200 manifestantes. Por ocupar duas faixas da Rua da Consolação, o grupo de estudantes provocou lentidão no trânsito. Pauta do ensino médio
Os estudantes do ensino secundário, representados pela Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas), querem o fim do vestibular. E discordam do modelo proposto pelo MEC que utilizará o novo Enem como prova para ingresso nas universidades federais. Para Ismael Cardoso, presidente da Ubes, a melhor maneira de selecionar os alunos seria "aplicar o Enem de maneira seriada, ou seja, no final de cada ano do ensino médio".

Verba milionária para a educação no Estado de Pernambuco

Espero que de fato a verba seja destinada e usada em prol da melhoria da educação.

Fonte: Publicado em 15.04.2009, às 00h40 -Do Jornal do Commercio

O Banco Mundial (Bird) decidiu nessa terça-feira (14) conceder um crédito de 154 milhões de dólares para melhorar o ensino público no Estado de Pernambuco, segundo informou o próprio organismo em um comunicado. Nesta quinta-feira, o governador Eduardo Campos e o secretário de Educação Danilo Cabral estarão em Brasília, no Distrito Federal, para assinatura do acordo. O dinheiro foi disponibilizado graças a um projeto apresentado pela administração estadual no mês de novembro de 2008, quando o chefe do executivo visitou Washington, capital dos Estados Unidos.

A verba financiará um projeto para monitorar os resultados nas escolas e verificar se o dinheiro público está sendo bem aplicado. “Este novo programa nos dará as ferramentas para realizar o trabalho de fornecer um ensino de qualidade para nossas crianças e jovens”, disse o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em declaração citada pelo Bird.

“Entre seus objetivos, o projeto pretende assegurar que as crianças aprendam a ler mais cedo, pilar do enfoque baseado em resultados que o Estado busca para o setor", destacou o diretor do Bird para o Brasil, Makhtar Diop.

Segundo informações contidas no endereço eletrônico do Bird, o investimento servirá para, entre outras coisas, introduzir reformas de gestão que conduzam a uma maior eficiência no uso de recursos públicos na área de educação, melhorar a infraestrutura das escolas estaduais, corrigir a distorção idade-série existente nas instituições de ensino pernambucanas, bem como criar mecanismos que auxiliem o monitoramento da evasão escolar e a adequação do número de alunos em cada sala de aula.

O texto cita, ainda, outras melhorias como introdução de laboratórios de computação e treinamento para os professores e reformas nas bibliotecas. Os detalhes sobre os prazos do financiamento serão repassados durante o encontro na capital federal.

Professores de Pernambuco fazem manifestação nesta quarta-feira

As paralizações estão acontecendo em várias cidades e estados. Isso mostra o quanto o poder público está preocupado com esta área que tanto dinheiro tem. A dificuldade talvez seja de investir, afinal de contas precisa sobrar algum. Para quem? Reflitam. Só sabemos que estes investimentos não estão chegando nas escolas e tão pouco aos professores.
15/04/2009 - 14h57 - Ana Okada - UOL educação - Em São Paulo
Professores da rede estadual de Pernambuco realizaram protesto nesta quarta-feira (15). Segundo o Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco), cerca de 300 professores levaram cartazes e queimaram diários de classe em frente à Secretaria de Educação do Estado. Os docentes reivindicam o direito a participar de atividades legais, a substituição de professores que estão em licença médica, a eleição direta para diretor, a implantação integral da lei do piso e o aumento do tempo extra-classe para organizar as aulas.
Reprodução
Cerca de 300 professores queimaram seus diários de classe na manhã desta quarta (15)
De acordo com a vice-presidente do Sintepe, Antonieta Trindade, o governo se comprometeu a analisar a pauta. "Em Pernambuco recebemos o piso antes de a lei ser aprovada; agora queremos assegurar também a implantação do reajuste de janeiro, de 19,2% e a quantidade de aulas-atividades prevista, que é de 1/3", explica. A próxima assembleia do sindicato será em 6 de maio. Segundo Antonieta, os docentes de PE também irão participar da paralisação nacional de 24 de abril pela implantação do piso, organizada pelo CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educaçaõ). A rede estadual de Pernambuco tem, atualmente, 66 mil trabalhadores de educação e mais de um milhão de alunos.

APEOESP conclama todos os professores a paralisar as atividades

EM DEFESA DA JORNADA DO PISO

No próximo dia 24 de abril, às 14 horas, professores realizam nova assembléia estadual, com paralisação, em frente à Secretaria da Educação, na Praça da República. A atividade engrossará a greve nacional dos trabalhadores em educação, organizada pela CNTE em defesa da aplicação da Lei do Piso Salarial Nacional Profissional em todos os estados e municípios brasileiros.

Garantia de 33% da jornada para atividade extraclasse (conforme determina a Lei do Piso); concurso público classificatório em todos os níveis e disciplinas assegurando estabilidade aos ACTs; novo Plano de Carreira, fim da superlotação das salas de aula; reajuste salarial para todos; incorporação das gratificações com extensão aos aposentados; 27,5% para repor as perdas salariais; fim da política de bônus; revogação do Decreto 53037 e da Lei 1041 e imediatas ações contra a violência nas escolas são alguns tópicos da pauta de reivindicações da categoria.

É de suma importância que um grande número de professores participe da assembléia pressionando o novo secretário da Educação, Paulo Renato Souza, a atender a pauta já encaminhada pela diretoria do Sindicato. Em 2008, a mobilização e organização garantiram conquistas e ampliaram direitos. Além disso, provocou a queda da secretária Maria Helena, que, de forma profundamente desrespeitosa, impôs provinha aos ACTs, adotou “jornaizinhos” com erros crassos e instituiu bonificação por resultado com critérios obscuros, confusos e injustos, desestimulando o trabalho de professores e equipes escolares.

Contra todas estas ações e pela adoção imediata da jornada do Piso, o que assegurará a abertura de novos postos de trabalho e melhoria na qualidade do processo de ensino-aprendizagem, todos devem paralisar as atividades em 24 de abril. A assembléia estadual será a partir das 14 horas na Praça da República.

APEOESP conclama todos os professores a paralisar as atividades

O Sindicato divulgará matéria paga convidando todos os professores a participar da paralisação em 24 de abril, comparecendo à assembleia. A matéria será veiculada na TV Globo, nos dias 21 e 22 de abril, intervalo dos telejornais Bom Dia Brasil (entre 7h15 e 8h10) e Jornal da Globo (entre 23h55 e 0h30 ), respectivamente. O programa televisivo da APEOESP - EducAção na TV – veiculará matéria sobre a paralisação neste sábado, 18 de abril, às 13h05, na Rede TV! Associados estão recebendo carta assinada pela presidenta da APEOESP. Além do convite, a carta reforça a importância da aprovação das diretrizes nacionais da carreira do Magistério, cuja relatoria foi da presidenta do Sindicato, pelo Conselho Nacional de Educação do MEC. Todas as escolas e subsedes receberam cartazes divulgando a assembleia com paralisação.

Secretaria divulga classificação final dos 45,5 mil aprovados no concurso de Agente de Organização Candidatos devem se apresentar para escolha de vaga

Candidatos devem se apresentar para escolha de vaga a partir do próximo dia 22

A Secretaria de Estado da Educação divulga nesta quarta-feira, 15 de abril, a classificação final dos 45.544 aprovados no concurso para Agente de Organização Escolar. A relação com a classificação dos aprovados foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Estado. A lista poderá ser consultada pelo site www.imprensaoficial.com.br . O site da Secretaria ( www.educacao.sp.gov.br ) também terá um link para a relação .

De imediato, a Secretaria de Estado da Educação irá chamar 11.274 aprovados no concurso. Os agentes de organização escolar receberão salário de R$ 654,86 mensais, com carga horária de 8 horas diárias. As vagas são para todas as 91 Diretorias de Ensino do Estado. Só para a Capital e Grande São Paulo são 6.654 novos funcionários da pasta, outros 4.620 aprovados irão reforçar o quadro de servidores do interior e litoral do Estado.

Os aprovados têm entre os dias 22 e 24 de abril para realizar a escolha de vaga. Eles devem comparecer à Diretoria de Ensino onde realizaram a prova. O calendário, datas, horários e a relação de documentos necessários também serão divulgados na edição de amanhã do Diário Oficial.

O Agente de Organização tem como atribuições dar suporte às atividades da secretaria da escola, desenvolver atividades no âmbito da organização escolar, atender à comunidade escolar, realizar trabalho de digitação de informações, efetuar registros e manter atualizados arquivos cadastrais. Além disso, ele deve contribuir para a integração escola-comunidade, colaborar na implementação da proposta pedagógica e controlar a movimentação dos alunos no recinto da escola e em suas imediações.

* Clique aqui e confira sua classificação

Documento Oficial do Enem

Caros colegas, caso tenham interesse em ler o documento que foi enviado aos reitores das universidades federais, cliquem no título. Boa leitura.

Ensinar 2 milhões de adultos a ler é o desafio para este ano

Fonte: nota10.com.br Estados, municípios e o Distrito Federal têm este ano o desafio de colocar em salas de alfabetização 2,1 milhões de jovens e adultos que ainda não dominam a leitura e a escrita. O prazo para aderir ao Programa Brasil Alfabetizado é de 90 dias, conforme a Resolução n.º 12/2009, publicada no Diário Oficial da União em 7 de abril.A meta de 2,1 milhões de alfabetizandos compreende todas as unidades da Federação, especialmente os 1.928 municípios situados nos nove estados da região Nordeste, mais o Pará, Tocantins e Acre, onde estão os mais altos índices de analfabetismo do país. De acordo com Mauro Silva, coordenador geral de alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), a definição da meta tem por base os planos plurianuais de alfabetização (PPAlfa) elaborados por estados, municípios e Distrito Federal para o triênio 2008-2010. Nesses três anos, a meta é alfabetizar 3,9 milhões de jovens e adultos.Os secretários de educação da região Nordeste e dos três estados da região Norte celebraram um pacto com o Ministério da Educação (MEC) em 27 de janeiro. O pacto define duas ações: um esforço concentrado durante três anos (2008-2010) para a alfabetização de jovens e adultos e a garantia de vagas para eles nas redes públicas para que continuem os estudos.Para auxiliar os estados e municípios que apresentam dificuldades para executar o Brasil Alfabetizado, o MEC enviará a essas localidades 54 consultores. O papel dessa equipe especializada e treinada, explica Mauro Silva, é tirar dúvidas em todas as etapas do processo – da mobilização para cadastrar alfabetizadores e alfabetizandos ao uso adequado e produtivo dos livros didáticos, passando pela matrícula dos alunos. O esforço, segundo Mauro, é para dar maior efetividade ao programa – menos evasão, maior rendimento escolar, motivação para ingresso na rede regular e para completar a educação básica.Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007 revelam que o analfabetismo de jovens de 15 a 17 anos é de 1,7%, índice que vai subindo conforme aumenta a idade dos adultos. Na faixa de 45 a 54 alcança a 11,7%.

Faculdades discutirão os Objetivos do Milênio

Fonte: nota10.com.br O Movimento Nós Podemos Paraná e o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) iniciam esta semana a série de 30 encontros em todas as regiões em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O primeiro será na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba, dia 16. Na sexta-feira (17), as discussões serão na Universidade Federal do Paraná (UFPR), com envolvimento de alunos da UFPR, UniBrasil, Fesp e Faculdades Spei. A agenda pode ser conferida no site www.nospodemosparana.org.br, onde também é possível fazer as inscrições.Este ano, os trabalhos envolverão universitários de todo o Paraná, que poderão receber certificação da United Nations Volunteers Programme (UNV), programa de voluntários da Organização Nações Unidas (ONU), ao desenvolverem trabalhos de conclusão de curso, estágios supervisionados, projetos de extensão e todas as formas de atividades complementares que impliquem em projetos, práticos ou teóricos, que envolvam os Objetivos do Milênio. Os ODM são metas pactuadas pelo Brasil e por outros 190 países membros da ONU para melhorar indicadores sociais, ambientais e econômicos.“É de grande importância a parceria com o Movimento Nós Podemos Paraná, já que tanto o Movimento quanto o UNV visam à melhoria na vida das pessoas por meio do voluntariado. As duas organizações têm muito em comum e a parceria permite um benefício mútuo fortalecendo as atividades em execução e a elaboração de novas iniciativas em prol do desenvolvimento”, explica a oficial de Programas UNV Brasil, Anika Gärtner.Articulado pelo Sistema Fiep, o Movimento Nós Podemos Paraná trabalha desde 2006 para que o estado antecipe o alcance dos Objetivos do Milênio para 2010, cinco anos antes do prazo estipulado pela ONU. Até agora, o Movimento envolveu mais de 15 mil pessoas, em cerca de 250 municípios do Estado. Hoje são 19 Núcleos Regionais formados em todas as microrregiões, trabalhando com projetos e ações que visam o desenvolvimento local sustentável

Governo do Paraná retira projeto do Piso dos Professores

Governo para fazer média cria proposta, depois retira, é por estes e muitos outros motivos que os professores do Paraná entram em greve nesta terça feira dia 15/04.
Fonte: nota10.com.br O governador em exercício do Paraná, Orlando Pessuti, pediu de volta a mensagem 039/08 que fixava o piso de R$ 1.392,00 para os professores da rede estadual. A proposta, que já havia sido aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), estava paralisada na Assembleia desde o fim do ano passado. O motivo é que, na época, a liderança do governo havia pedido a retirada, por alegar ‘problemas de redação’.Agora Pessuti solicitou a retirada definitiva. A proposta do novo piso salarial para os professores havia sido encaminhada pelo governador Roberto Requião (PMDB), que está em viagem ao exterior. Na época o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou a lei federal 11.738/2008, que instituiu o piso nacional dos professores da educação pública e estipulou o valor de R$ 950,00. Mas Requião, junto com outros quatro governadores, assinou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF), contra a lei. Segundo Requião o estado precisaria contratar mais 6 mil professores se um dos aspectos da nova lei do Piso, a da hora-atividade (tempo que o professor utiliza para preparar aulas e demais atividades), passasse. Ela previa aumento da hora-atividade de 20% para 33%.O Supremo julgou em dezembro a Adin contra o piso. Ficou estabelecido que o piso salarial de R$ 950,00 seria introduzido a partir de janeiro, deste ano. O julgamento foi suspenso e não houve decisão sobre a criação de um terço de hora-atividade.Os deputados da oposição reagiram com indignação ao tomar conhecimento que o governo do estado desistiu de apresentar o projeto de lei. “Cai a máscara dos que dizem que defendem o servidor público. Não se pode administrar o estado enganando seus funcionários”, disse o deputado Élio Rusch (DEM), líder da Oposição.Rusch lamentou que o projeto tenha sido mais um factóide criado pela atual administração estadual. “O governo garantiu o aumento para o mínimo regional do setor privado e 24 horas depois retira o projeto do piso dos professores. É lamentável essa atitude”.Rusch lembrou que governo está retirando a proposta pela segunda vez. O projeto de lei foi retirado da pauta de votação em 10 de dezembro, com a justificativa que teriam correções a ser feitas. Na época, o piso nacional era R$ 950,00. O líder da Oposição cobrou a volta do projeto, que retornou à Assembleia com votação prevista para a última quarta-feira (8). De acordo com o projeto retirado pelo governo, os professores do Paraná ainda teriam um salário acima do piso nacional, fixado atualmente em R$ 1.132,40.O deputado Reni Pereira (PSB) considerou a retirada do projeto um absurdo cometido pelo governador. “Quando o salário é para ser pago pela iniciativa privada o discurso é fácil, tem que ter rapidez na votação, independente da economia comportar ou não o aumento, como foi com o mínimo regional. Mas quando é algo para beneficiar o servidor o projeto fica parado na Assembleia por seis meses. Isso demonstra a falta de vontade para votá-lo”.Pereira justificou a pressa para a aprovação do salário mínimo regional, votado na última terça-feira. “A festa do 1.º de maio, dia do Trabalhador, tem que acontecer, com shows e fogos de artifício pagos com dinheiro público. Já o anúncio do piso dos professores pode ficar para 2010 ou sabe-se lá para quando, porque o governador demonstra que isso não é prioridade”.O deputado Plauto Miró Guimarães (DEM) também criticou a retirada do projeto e lembrou com ironia que o governador Requião está de férias justamente nessa hora. “Não dá para entender. Parece que o governador gosta de fazer pose para fotografia no momento em que lança a ideia. Mas quando volta atrás não está aqui, está em férias passeando na Europa”, ironizou.Já o deputado Antonio Belinati (PP) condenou a falta de coerência do governador na apresentação dos projetos. “Em campanha eleitoral tanta fala bonita coberta de expectativa para os servidores públicos e aos professores. Passam as eleições, fecham as portas na cara dos nossos servidores. A retirada deste projeto é mais um exemplo claro disto”.O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), disse na última quinta-feira que o julgamento do caso do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou o projeto de lei sem efeito. “Não há um professor da rede estadual de ensino que ganhe menos do que R$ 1,3 mil pela carga horária de quarenta horas semanais”, disse.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Apitaço na capital gaúcha

Alunos da rede estadual de ensino fizeram hoje um apitaço contra a atual governadora Yeda Crusius (Rio Grande do Sul). Os alunos consideram um novo movimento dos caras pintadas. A idéia dos alunos é chamar atenção dos governantes para a educação. Torço para que isso aconteça em outros estados e municípios. Isso sim é protagonismo juvenil.

Definida carga horária mínima de nove cursos de saúde

Fonte: nota10.com.br

O Conselho Nacional de Educação (CNE) definiu a carga mínima dos nove cursos de graduação na área de saúde que ficaram fora da atualização geral nos currículos dos demais bacharelados do país. De acordo com a Resolução n.º 4, publicada no Diário Oficial da União do dia 7, os cursos de biomedicina, ciências biológicas e educação física passam a ter carga horária mínima de 3,2 mil horas, assim como nutrição, terapia ocupacional e fonoaudiologia. Enfermagem, farmácia e fisioterapia terão grade curricular de quatro mil horas. “Havia um entendimento das entidades de saúde de que a qualidade dos cursos estava atrelada ao aumento da carga horária. Isso não é verdade. A formação, hoje, é continuada e não se encerra com o curso”, explica o conselheiro Antônio Carlos Caruso Ronca, da Câmara de Educação Superior do CNE e presidente da comissão que avaliou a carga horária mínima desses cursos. Segundo Ronca, quatro mil horas são a carga mínima dos bacharelados na maioria dos países do mundo. No Brasil, apenas os cursos de medicina, psicologia e odontologia têm duração maior. “A maioria dos cursos na área de saúde tem 3,6 mil horas, o que é suficiente para o currículo mínimo. Exceder essa carga horária é aumentar muito o custo da graduação no país”, explica o conselheiro. A nova carga horária deve ser distribuída em 200 dias letivos, em aulas de no mínimo 60 minutos. Todas as instituições de educação superior, públicas e privadas, devem ajustar os projetos pedagógicos de seus cursos até o encerramento do primeiro ciclo de aferição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), com previsão para o final de 2010.

Professores se mobilizam para greves que começam amanhã

Fonte: nota10.com.br

Os professores da rede municipal de Curitiba e os da rede estadual do Paraná já estão mobilizados para as paralisações que têm início amanhã. Neste dia 15 os docentes da rede municipal deverão cruzar os braços e, no próximo dia 24, os da rede estadual. A greve da rede municipal não tem prazo para acabar, já que no último dia 31 houve uma paralisação de advertência e que, segundo o Sindicato dos Servidores do Magistério de Curitiba (Sismmac), que representa a categoria, não surtiu o efeito desejado. A prefeitura quer conceder 0,25%, além da inflação de 6,5%. Para o Sismmac o índice reivindicado é de 39,52% e se refere à inflação dos últimos 12 meses, reposição das perdas entre 1999 e 2005 e ganho real, acima da inflação, de 15%. Para o auxílio alimentação, é reivindicado valor de R$ 10 por dia. Na rede estadual a paralisação do dia 24 é de advertência e durará 24 horas. O objetivo é fazer com que a Lei 11.738, que institui o piso salarial nacional do magistério, seja implementada nos estados e municípios conforme o texto aprovado no Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Lula, em 2008. Segundo a APP/Sindicato, que representa os professores e funcionários da rede estadual, no Paraná este dia será também de mobilização da campanha salarial dos educadores. A reivindicação tem como principais enfoques a equiparação salarial (reajuste de 25,97% para professores e funcionários), o cargo de 40 horas, auxílio-transporte para todos os funcionários, posse dos funcionários concursados e a melhoria das condições de trabalho e saúde dos educadores e a instituição de um plano estadual de educação. A APP/Sindicato produziu uma série de materiais para municiar os professores para a paralisação. Dentre os materiais preparados estão cartaz, carta para os pais, um jornal e adesivos.

Paulo Renato assume em clima de evento político

Fico até com medo, quando dizem que querem que implantem no Brasil o que se implanta em São Paulo. Na verdade a preocupação maior é fazer para 2010, ninguém esta preocupado de fato com as reais necessidades, as preocupações se voltam para o que deve ser feito para alguém ser eleito e não para que o Estado precisa e necessita, principalmente em educação. Que chegue logo 2010. E que o povo tenha clareza das suas escolhas e consequências. DA REPORTAGEM LOCAL - Folha de São Paulo - 14/04/2009
O novo secretário da Educação, Paulo Renato Souza, afirmou ontem, durante seu discurso de posse, que aceitou a pasta "principalmente como um compromisso partidário, neste momento particularmente delicado da vida do nosso país". Terceiro titular da pasta na gestão Serra, ele substitui Maria Helena Guimarães de Castro (oficialmente, ela pediu para deixar o cargo). A posse do novo secretário da Educação teve clima de evento político, com a presença de prefeitos, deputados e vereadores do PSDB e de seus partidos aliados. Serra é um dos possíveis candidatos à Presidência na eleição de 2010. Cerca de 200 pessoas participaram do evento, na sede do governo. Deputado federal pelo PSDB e ministro da Educação no governo FHC, Paulo Renato fez críticas ao presidente Lula. Sem dar detalhes, falou em "aparelhamento do Estado" e "uso de força de polícia para constranger adversários". O presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB), encerrou seu discurso dizendo que Serra "vai fazer para o Brasil o que tem feito para São Paulo". Além de fazer críticas às políticas econômicas e administrativas do governo Lula, Paulo Renato também atacou a área de educação do governo federal. "A melhora nos indicadores estão desacelerando desde 2003 [ano da posse de Lula]. Sobre sua afirmação de que aceitava a pasta como "compromisso partidário", feito no discurso, o secretário disse que pretende apresentar os avanços do governo Serra e "acelerar as melhorias já feitas". Já a ex-secretária Maria Helena disse que não seguirá como assessora da pasta, como havia sido anunciado quando sua saída foi divulgada, em março. Ela disse ainda estudar propostas.

Desempenho no ensino médio piora em MG

Alguns dias atrás postei uma matéria sobre o ensino médio em MG, pois lá como publicado os alunos a partir do 2 ano escolhem o que querem estudar. O resultado esta na frente de todos, mas o governo não abre mão do que chama de inovação e o píor é que acreditam de verdade que estão inovando, quando na verdade comete um retrocesso. No ensino fundamental, cresceu o número de alunos do 5º ano que atingiram o nível "recomendado" PAULO PEIXOTO DA AGÊNCIA FOLHA, Folha de São Paulo - EM BELO HORIZONTE O desempenho em português e matemática dos alunos do 3º ano do ensino médio (antigo colegial) da rede pública estadual de Minas caiu entre 2007 e 2008. Os alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental obtiveram resultado melhor, mas, na média, também não atingiram a meta desejada. O nível recomendado para o 5º ano era de 225 pontos ou mais em português e 225 em matemática. No 9º ano, era de 275 e 300 nas mesmas disciplinas. No ensino médio, a pontuação era de 300 e 375. Os dados são do Proeb (Programa de Avaliação da Educação Básica), que integra o sistema geral de avaliação do governo mineiro e trata especificamente desses três anos do ensino fundamental e médio. Esses dados não podem ser comparados com os de São Paulo, pois foram obtidos por metodologias diferentes. A avaliação dos alunos do ensino médio mineiro mostra, na variação de 2007 para 2008, que o desempenho do 3º ano foi negativo, sendo -0,07% em matemática e -0,04 em português. Nesse grupo, 61,8% dos estudantes tiveram desempenho "baixo" em matemática, contra 34,4% que ficaram no "intermediário". Apenas 3,8% dos alunos atingiram o nível "recomendado". Em português, 30,4% ficaram no "recomendado", 40% no "intermediário" e 29,7% no "baixo". O governo Aécio Neves (PSDB) vê "avanços", considerando a variação positiva dos alunos de 5º e 9º anos nas duas disciplinas, mas sobretudo em relação aos do 5º ano. Cresceu quase dez pontos (de 35,2% para 44,7%) o número de alunos do 5º ano que atingiram o nível "recomendado" em matemática. Em português, o crescimento foi de cinco pontos (de 26,5% para 31,5%). "Tem que investir na alfabetização", disse a secretária de Educação, Vanessa Guimarães.

Nenhuma escola de ensino médio atinge meta em SP

Engodo, para não dizer outra coisa, será que todas as escolas estão em condições de boa para excelente. Acredito que o governador e o novo secretário passem a visitar mais escolas, porque conheço várias, muitas escolas em que as condições são de ruím para píor. Essa situação que os professores tem vontade e os alunos também, mas isso não acontece, pode ser traduzido como o professor finge que ensino e o aluno finge que aprende, mas quando chega as avaliações (que são tão condenadas pelos profissionais da própria pasta), chegam também os resultados, e lógico não são os esperados e isso acontece porque falta muitas coisas nas escolas, baixos salários, falta de condição digna e humana de trabalhar em várias escolas, falta infra-estrutura, e as vezes falta até vontade. Acredito sim em uma escola colaborativa, onde a equipe gestora trabalho junto com a equipe docente, mas esta realidade esta muito distante em várias escolas. Só dez unidades de 4ª série na capital paulista obtiveram nota considerada adequada Dados do Saresp mostram que unidades de 6ª e 8ª séries também ficaram com desempenho abaixo da meta em português e matemática FÁBIO TAKAHASHI - EVANDRO SPINELLI - DA REPORTAGEM LOCAL - Folha de São Paulo Nenhuma escola estadual da capital paulista que oferece sexta e oitava séries ou ensino médio tem médias consideradas adequadas em português e matemática, conforme critério da própria Secretaria da Educação. Na quarta série, apenas dez unidades atingiram o patamar. O governo José Serra (PSDB) mantém 580 escolas com quarta série na capital paulista; 632 têm sexta; 619, oitava; e 588, ensino médio (antigo colegial). Os dados estão presentes no Saresp, exame anual aplicado pelo Estado, cujos resultados foram divulgados na semana passada. A tabulação dos resultados das unidades na capital foi feita pela Folha. A secretaria espera que na quarta série os alunos consigam, por exemplo, compreender a moral de uma fábula ou resolver problemas matemáticos que envolvam centavos. A pasta reconhece que há problemas na qualidade do ensino, mas afirma que tem havido avanços. Cita, por exemplo, a melhora do desempenho em matemática. Em língua portuguesa, porém, houve queda na maioria das séries. Ontem, durante a posse do novo secretário da Educação, Paulo Renato Souza, Serra afirmou que, "em questão de prédios, de merenda, de transporte, a situação é de boa para excelente. As professoras são muito simpáticas, e os alunos têm vontade de aprender. Mas isso não está acontecendo." O tucano apontou como ações para a melhora da qualidade do ensino a criação de materiais pedagógicos e a bonificação por desempenho (pago aos educadores a partir do resultado de sua unidade) -projetos já em andamento. Já o novo secretário da Educação afirmou que "os resultados estão melhorando. O problema é que muitas vezes espera-se grandes mudanças em pouco tempo." Salários O presidente da Udemo (entidade que representa os diretores de escolas), Luiz Gonzaga Pinto, afirmou que "é preciso uma mudança na estrutura da escola pública". Ele diz que os principais pontos são fixar o professor em uma escola e pagar melhores salários. "É preciso uma política para entusiasmar o pessoal". Para ele, o pagamento do bônus por desempenho foi um "desastre". "Cerca de 30% dos educadores não vão receber nada e ficaram muito desanimados. Outros estão em escolas com boas notas, mas vão ganhar menos do que em outras com piores desempenhos." O mecanismo criado pelo governo prioriza as unidades que melhoraram em um ano, não necessariamente as que têm os melhores desempenhos. Colaboraram JULIANA CARIELLO, DANIELA MERCIER, MAURÍCIO MORAES, MÔNICA RIBEIRO E RIBEIRO E IGOR GIANNASI

Escolas antecipam estímulos a criança

O que vocês acham? Aulas de idiomas, música e até visitas a biblioteca já são usadas no ensino para crianças com idade a partir de um ano Há evidências científicas de que atividades, quando trabalhadas adequadamente, terão impacto positivo ao longo de toda a vida escolar
Rafael Andrade/Folha Imagem
Guilherme Serpa (à frente), de um ano, em aula de inglês na Escola Parque da Gávea, no Rio de Janeiro; ele ainda faz educação física e visitas diárias à biblioteca ANTÔNIO GOIS - Folha de São Paulo - DA SUCURSAL DO RIO Guilherme Serpa tem aulas de inglês duas vezes por semana, mesma frequência das classes de música. Às sextas, faz educação física. Já a ida à biblioteca acontece diariamente. Essa rotina não seria nada demais na vida de um estudante não fosse Guilherme uma criança com apenas um ano. Para muitos pais, atividades como essas desde cedo podem parecer um exagero. De fato, dependendo de como são desenvolvidas, podem resultar apenas num superestímulo inútil. No entanto, quando trabalhadas adequadamente, há evidências científicas de que terão impacto positivo ao longo de toda a vida escolar. Boa parte dessas evidências vem de descobertas recentes sobre o funcionamento do cérebro que, aos poucos, começam a ser postas em prática em algumas escolas brasileiras. O ensino de idiomas é o exemplo mais comum. Sabe-se hoje, graças a técnicas menos invasivas do estudo do cérebro, que quanto mais cedo uma criança é exposta a uma língua estrangeira, mais facilidade terá para aprender e falar sem sotaque. Após os dez anos de idade, o aprendizado também é possível, mas exigirá do cérebro esforço maior. Mas não se espera que uma criança de um ano aprenda como adulto. Na Escola Parque da Gávea, no Rio, onde Guilherme estuda, o atendimento para crianças a partir de 12 meses começou neste ano. Na aula de inglês, a professora canta e brinca com as crianças. O objetivo é oferecer um primeiro contato com a língua de uma forma lúdica. Em São Paulo, a escola Porto Seguro antecipou o ensino do alemão. Desde 2007, o primeiro contato com o idioma passou a ocorrer com 18 meses, e não mais aos cinco anos. Concentração O aprendizado de um segundo idioma não é a única atividade com base na neurociência aplicada em sala de aula. Outra linha de pesquisa é o impacto que a arte exerce na melhoria do aprendizado. A pesquisadora Elvira Souza Lima -com formação em neurociências, música, psicologia e antropologia- diz que essas atividades podem ser utilizadas para melhorar a concentração do aluno, uma das dificuldades mais comuns em jovens atualmente. "Uma atividade artística em grupo exige foco e atenção. São comportamentos construídos necessários para o aprendizado de todas as disciplinas. No caso da música, por exemplo, as redes neuronais que se formam com esse aprendizado são as mesmas utilizadas para leitura e escrita", diz a pesquisadora. Na Escola Internacional de Alphaville, em Barueri -onde a exposição ao inglês também acontece já na educação infantil-, a diretora-pedagógica Norma Viscardi conta que antes de algumas aulas à tarde, quando o cansaço é maior, há uma atividade com música para melhorar a concentração. Apesar do interesse crescente de educadores pela neurociência, os cientistas alertam que suas descobertas não devem ser encaradas como panaceia para os problemas educacionais. Uma evidência constatada em laboratório não deve ser vista de forma determinista, mas como mais um elemento a ser considerado no processo de aprendizagem, influenciado também por fatores culturais, econômicos e regionais. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o sindicato das escolas particulares está organizando um grupo de estudo com colégios do Estado para atualizar os professores com as novas descobertas na área. A preocupação, no entanto, é não tratar o tema como mais um modismo educacional. "Queremos colocar esses temas na pauta da discussão pedagógica, mas ninguém vai ignorar a experiência acumulada do professor", diz Monica Timm, diretora do sindicato.

Secretário da Educação de São Paulo critica novo Enem

Engraçado, todos nós somos o tempo inteiro bombardeados com os temas habilidade e competência, todas as capacitações tratam do assunto, os cadernos que a própria SEE/SP estabelecem como currículo trazem a tona o desenvolvimento de habilidades e competências, a matriz de avaliação do SARESP traz estes requisitos como cerne da prova. Logo é conflitante a fala do atual secretário. Outra informação, se observarem a prova do Encceja é muito mais fácil que o Enem, nem se pode comparar as duas avaliações. Não precisa ser secretário para observar tal diferença e talvez falte ao novo secretário apropriar-se melhor do que a sua pasta oferece e estabelece como ação nas escolas.
14/04/2009 - 14h51 - Uol Educação - Ana Okada
Em São Paulo
O novo secretário da Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza, criticou o novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), proposto pelo MEC (Ministério da Educação): "O modelo é parecido com o dos Estados Unidos; pode ser interessante para eles, mas não sei se é o melhor para o Brasil".
Segundo Souza, que foi um dos criadores do Enem, o tema é complexo, pois o objetivo inicial do exame era utilizá-lo para ajudar na implementação da reforma no ensino médio, e não como prova de ingresso no ensino superior. "Isso [o uso do Enem em vestibulares] é um elemento a mais, senão substituiríamos uma prova pela outra", disse.
Para ele, o ideal é que "a universidade faça a avaliação do aluno em função de vários indicadores, incluindo a nota do Enem", pois o exame não tem elementos que devem estar presentes em uma prova de vestibular, como "uma sintonia fina para diferenciar dois candidatos", disse. O secretário afirmou também que o novo modelo é parecido com o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), em que são avaliadas mais competências e habilidades: "Seria um novo Encceja, com o nome do Enem". "Não sei se é esse o caminho que deve ser adotado; temos que examinar com mais calma a proposta do governo para saber se não estaremos tendo prejuízo grande ao abandonarmos o Enem na sua forma atual". As declarações foram proferidas em visita ao Museu Catavento nesta terça-feira (14), projeto do governo do Estado de São Paulo, com exposições científicas.

Resultado do Saresp

Quanto aos resultados do Saresp, apresentados na última semana, Paulo Renato disse que vai continuar os programas da secretaria. "O desafio da aprendizagem ocorre no mundo todo, vamos persistir nessa linha e os resultados continuarão a aparecer". Sobre o museu, Paulo Renato afirma que "deixou de ter inveja do La Villette", museu voltado às ciências, localizado em Paris. "Estou muito impressionado de termos um equipamento como esse." O Museu Catavento foi inaugurado em março e tem média de visitação de 4.000 pessoas por dia nos finais de semana. Com 250 instalações, a atração inclui laboratório de química, auditório para 180 pessoas, miniplanetário e cinema em 3D, divididos em quatro pavilhões. Há ainda projetos para instalações sobre matemática, música, foguetes e satélites, afirmou o presidente do conselho de administração do museu, Sérgio Silva de Freitas.

Comissão do Senado obriga instalações de cadeiras para canhotos em escolas públicas

14/04/2009 - 13h29 - da agência Senado

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou nesta terça-feira um parecer favorável a um projeto de lei que obriga os governos federal, estadual e municipal a instalarem cadeiras escolares para alunos canhotos em todas as salas de aula da rede pública.

De acordo com o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), autor do texto, o projeto de lei nº 305/08 é baseado na falta de carteiras apropriadas para alunos canhotos, o que gera dificuldades para esses estudantes. Os canhotos representam cerca de 10% da população.

A matéria agora será examinada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, também do Senado, onde será votada em decisão terminativa. Se for aprovada, será enviada à Câmara dos Deputados para apreciação.

Prioridades de novo secretário da Educação de SP são alfabetização e ensino médio

É natural que se preocupe com estes níveis de ensino, pois o SARESP e o IDESP das escolas mostraram essa necessidade, afinal de contas raras foram as escolas que conseguiram a meta no ensino médio. Cabe ao novo secretário reavaliar as políticas impositivas que vem sendo estabelecida pela SEE/SP. Temos que esperar, tomara que não demore muito.
13/04/2009 - 18h05 - UOl Educação - Simone HarnikEm - São Paulo
O novo secretário da Educação de São Paulo, o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, assumiu a pasta nesta segunda-feira (13) e informou que vai priorizar a alfabetização de crianças de até 8 anos e as melhorias do ensino médio. Souza deixa o mandato de deputado federal pelo PSDB-SP afirmando que assume um "compromisso partidário em um momento delicado da vida política do país". "Vamos dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito pela secretária Maria Helena [Guimarães de Castro]. Há duas ações que terão uma atenção especial da minha parte. A primeira é a alfabetização. Queremos todas as crianças plenamente alfabetizadas até os 8 anos. Em segundo lugar, há a diversificação do ensino médio, que deve proporcionar um caminho para a vida em geral, para a profissionalização", disse Souza em entrevista coletiva após assumir o posto. Em sua posse, estiveram presentes lideranças do PSDB, como o presidente do partido Sérgio Guerra, além do líder do DEM na Câmara federal, Rodrigo Maia, e do prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM). O evento, com ares de posse ministerial, ocorreu no Palácio dos Bandeirantes.

Foco nas apostilas

O governador José Serra (PSDB) afirmou que o foco da educação paulista está na implantação de melhores materiais docentes e discentes. "As apostilas permitem organizar melhor o ensino", disse.

Em março, a Secretaria de Estado da Educação foi criticada pelo governador por ter distribuído livros de geografia para alunos da 6ª série do ensino fundamental com erros em mapas.

Os livros traziam um mapa com dois Paraguais e ainda erros de digitação. "Isso não é um erro que alguém possa ignorar. Ninguém acha que tem dois Paraguais. Acho que houve algum problema de impressão, mas acho que secretaria deveria revisar os materiais", afirmou o governador na época.
Para onde vai a secretária?
A ex-secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, concedeu entrevista coletiva que durou poucos segundos. Limitou-se a falar de suas realizações na pasta e disse que não pretende continuar na assessoria de Paulo Renato. No dia 27 de março, o Palácio havia anunciado que Maria Helena permaneceria na pasta. A secretária afirmou que tem projetos com Fernando Henrique Cardoso e que pode vir a oferecer consultorias para a Secretaria da Educação do Estado "mais para frente". No momento, não informou seus projetos. Em discurso emocionado - lido, e não improvisado - durante a posse, Maria Helena chamou Paulo Renato de "amigo" e enfatizou o estabelecimento de metas para a educação paulista. "Cumpri rigorosamente as metas que havia estipulado para mim", afirmou.

Perfil do novo secretário

O economista Paulo Renato Souza exercia o mandato de deputado federal pelo PSDB-SP e foi Ministro da Educação nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso. Como ministro, criou o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o Provão (atual Enade - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), o Fundef (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental) e o Bolsa-Escola. Segundo seu site, Souza defende a prioridade para o ensino básico, o crescimento econômico, a geração de empregos e a democracia. Na área de educação, Souza foi também reitor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e secretário de educação em São Paulo na gestão de Franco Montoro. O deputado foi ainda diretor do BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento) e coordenou o programa das duas candidaturas de Fernando Henrique.

Paulo Renato assume comando da Secretaria da Educação de São Paulo

Vamos esperar para ver. Será que mudará alguma coisa? Já conhecemos o que fez como ministro, talvez como secretário pense melhor. É aguardar, nada como um dia após o outro .
13/04/2009 - 15h42 - Uol Educação - Da Redação
Em São Paulo
O deputado Paulo Renato (PSBD-SP) assumiu nesta segunda-feira (13) a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. O ex-ministro da Educação do governo Fernando Henrique Cardoso foi anunciado como novo dirigente da pasta no dia 27 de março. Ele substitui Maria Helena Guimarães de Castro, que ficou no posto desde julho de 2007. Na versão do Palácio dos Bandeirantes, a saída de Maria Helena ocorreu por motivos "estritamente pessoais".
Marcia Gouthier/Folha imagem
Paulo Renato de Souza assume a secretaria de Educação de São Paulo

Perfil

O economista Paulo Renato Souza exercia o mandato de deputado federal pelo PSDB-SP e foi Ministro da Educação nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso. Como ministro, criou o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o Provão (atual Enade - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), o Fundef (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental) e o Bolsa-Escola. Segundo seu site, Souza defende a prioridade para o ensino básico, o crescimento econômico, a geração de empregos e a democracia. Na área de educação, Souza foi também reitor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e secretário de educação em São Paulo na gestão de Franco Montoro. O deputado foi ainda diretor do BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento) e coordenou o programa das duas candidaturas de Fernando Henrique. Ex-secretária
Carol Guedes/Folha Imagem
Maria Helena Guimarães de Castro deixou o comando da secretaria
Maria Helena, como havia sido anunciado pelo Palácio, continuaria prestando assessoria especial à pasta. No momento, perde os vínculos com a secretaria. Especialista em Educação, Maria Helena foi secretária-executiva do MEC (Ministério da Educação) em 2002 e presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC entre 1995 e 2002, ambos os cargos durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Ela deixa o posto após desgaste na imprensa com os resultados da bonificação para professores e o mau desempenho de estudantes do ensino fundamental em português. Além disso, em março, a Secretaria de Estado da Educação foi criticada pelo governador por ter distribuído livros de geografia para alunos da 6ª série do ensino fundamental com erros em mapas. Os livros traziam um mapa com dois Paraguais e ainda erros de digitação. "Isso não é um erro que alguém possa ignorar. Ninguém acha que tem dois Paraguais. Acho que houve algum problema de impressão, mas acho que secretaria deveria revisar os materiais", afirmou o governador na época.

Greve tem adesão de mais da metade das escolas do Distrito Federal

Eu acredito que o direito de fazer greve é constitucional, mas às vezes me pergunto se esta forma de manifestação é a mais correta? Temos clareza que com isso o aluno é quem sai prejudicado, não o governo que infelizmente não esta nem dando bola para os professores, pelo contrário normalmente conseguem colocar a população contra, pois basta ler e assistir aos noticiários que temos a real clareza de como pensam e tratam os nossos professores. A categoria acaba perdendo espaço porque os meios de comunicação dependem do governo em função das verbas destinadas as propagandas e claro se falarem mal do governo não receberão tal cota, logo é melhor defender o governo a qualquer custo. Felizmente dia a dia, observamos que os GOVERNOS estão quebrando a cara com as atuais políticas públicas de educação. Os resultados são transparentes e estão a disposição para todos. É só consultar, observar e reflitir. Será que a culpa é somente dos professores?
13/04/2009 - 13h45 - Uol educação - Da Redação*
Em São Paulo
*Atualizada às 16h12. Iniciada nesta segunda-feira (13), a greve dos professores da rede pública do Distrito Federal teve adesão de 63,51% das escolas. Segundo levantamento da Secretaria de Estado da Educação do DF, 362 aderiram parcialmente e 33 tiveram paralisação total, de um total de 622 estabelecimentos. Os docentes reivindicam aumento de 15,31% dos salários, seguindo o aumento do Fundo Constitucional do DF. O governador José Roberto Arruda alegou, em carta entregue ao Sinpro-DF (sindicato dos professores do Distrito Federal), não ser possível aplicar o reajuste devido a corte de verbas vindas da União. O total de estudantes afetados pela paralisação deve ser divulgado ainda hoje. A rede pública de Brasília tem, atualmente, 20 mil professores e 520 mil alunos. Na próxima quarta-feira (15), às 9h30, a categoria irá realizar novo encontro em frente ao Buritinga, sede do governo.

Justiça condena limite municipal à meia-entrada

13/04/2009 - 09h36

MARCO AURÉLIO CANÔNICO da Folha de S.Paulo

Alegando inconstitucionalidade do artigo da lei municipal de São Paulo que restringe a venda de meia-entrada a 30% da carga disponível, a estudante Priscila Pivatto venceu em duas instâncias um processo contra a promotora de shows CIE Brasil (atual Time for Fun), abrindo um precedente jurídico contra a limitação dos ingressos para estudantes.

Pivatto tentou comprar uma meia-entrada para o show da banda inglesa Oasis que aconteceu em 15 de março de 2006, no Credicard Hall (que pertence à Time for Fun), mas foi informada de que a cota de estudantes estava esgotada --o artigo 2º da lei municipal nº 11.355/93 limita a 30% do total a carga destinada a estudantes.

Ela comprou, então, uma entrada inteira (R$ 120) e entrou com um processo em um Juizado Especial Cível da capital pedindo ressarcimento da quantia paga a mais.

Sua alegação foi a de que o artigo da lei municipal é inconstitucional, uma vez que extrapola os limites da competência legislativa do município fixados na Constituição, restringindo, ainda, o direito assegurado pela lei estadual 7.844/92, que cria a meia-entrada para estudantes sem estabelecer limites.

O julgamento em primeira instância foi favorável à estudante, com o juiz destacando a "inconstitucionalidade da lei municipal" e a "prevalência da lei estadual, que não prevê qualquer limitação".

A CIE Brasil recorreu e perdeu novamente. Três juízas da 4ª Turma Cível do Colégio Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado de São Paulo deram ganho de causa à estudante "por unanimidade de votos", "confirmando a sentença pelos próprios fundamentos".

A reportagem falou com a assessoria da ex-CIE Brasil, atual Time for Fun, por e-mail e por telefone, mas a empresa não se manifestou sobre a ação.

Uma vez intimada, ela ainda poderá recorrer da decisão em instâncias superiores.

Oasis de volta, com cota

Apesar de a decisão judicial dizer respeito ao caso específico da estudante, a vitória na segunda instância cria um precedente que poderá ser citado em futuras ações de mesmo teor.

"Na prática, temos que uma segunda instância considerou inconstitucional o pedaço da lei municipal que limita a venda de meia-entrada a 30% da lotação", diz Daniel Strauss, advogado da estudante. "Esse entendimento facilita a vida de quem entrar com um processo pelo mesmo motivo."

O mesmo Oasis voltará a se apresentar em São Paulo em 9 de maio próximo, na Arena Anhembi --e, agora, como então, já há setor com a cota de meia-entrada esgotada. Em sua defesa, a CIE Brasil argumentou que não havia inconstitucionalidade na lei pois o município teria competência para regulamentar a meia-entrada, "adequando-a aos interesses locais".

O advogado da estudante contra-argumentou citando decisões do Tribunal de Justiça de São Paulo que mostrariam que "o entendimento do Tribunal (...) é pacífico no sentido de que o município não pode legislar sobre meia-entrada. Diversas leis municipais estabelecendo o benefício foram alvo de ações diretas de inconstitucionalidade, todas julgadas procedentes, acatadas as alegações de vício de competência"