segunda-feira, 27 de abril de 2009

Estudantes invadem prédio na USP e fazem reivindicações

Fonte: 24/04/2009 - 16h04 - da Folha Online
Estudantes da USP (Universidade de São Paulo) ocuparam na noite de quinta-feira (23) o prédio que era sede do DCE (Diretório Central dos Estudantes) até 2006. A decisão de ocupar o prédio ocorreu durante uma assembleia que reuniu cerca de 400 alunos. Além de querer de volta o prédio para desenvolver as suas atividades, eles lançaram uma lista com reivindicações a serem discutidas. A primeira delas diz respeito à manutenção dos investimentos no ensino. Eles querem inclusive que os patamares de investimento sejam mantidos independentemente do impacto que a crise econômica mundial venha a refletir sobre a arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O ICMS é a base do repasse de verbas às universidades públicas em São Paulo. Outro ponto é sobre a Univesp (programa do governo do Estado para aulas a distância). Em fevereiro começou a funcionar na USP o primeiro curso de graduação a distância. Por fim os alunos sustentar estar sendo perseguidos pela direção da universidade. Assim como os funcionários da instituição eles reivindicam para que o sindicalista Claudionor Brandão, ex-diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), seja readmitido. Brandão foi uma das principais lideranças da ocupação do prédio da reitoria da instituição entre maio e junho. Em julho de 2007 a universidade entrou na Justiça contra os líderes da ocupação. A ocupação rendeu uma multa de R$ 276 mil aplicada contra o sindicato. Assembleia Ainda nesta sexta-feira os estudantes realizam uma assembleia para discutir os rumos da ocupação. A estudante de letras da instituição, Gabriela Hipólito, 23, que também participou da ocupação da reitoria em 2007, afirma que os estudantes já tentaram pedir a devolução do espaço, sem sucesso. O que foi oferecido a eles, segundo diz, é uma sala de 80 metros quadrados, um quinto dos cerca de 400 metros quadrados do prédio. Antes disso eles ocupam um galpão dentro do campus. Ela enfatiza que os estudantes não são contrários à tecnologia associada ao ensino. Entretanto, não admitem a troca do ensino presencial. Em relação às denúncias de perseguição, ela diz que responde a processo administrativo na instituição devido a um piquete que realizou. O grupo defende que o desligamento de Brandão foi político. Sobre os investimentos, Hipólito diz que o grupo admite que a crise econômica mundial pode gerar impactos financeiros aos cofres da universidade. Para ela, o governo estadual deve eleger a educação como prioridade e não reduzir investimentos ou cortar verba. Outro lado A reportagem da Folha Online procurou a reitoria da USP para comentar o assunto, que não se manifestou até por volta das 16h desta sexta-feira.

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