Blog voltado para discussão sobre as ações e construções dos processos de ensino e de aprendizado, políticas públicas de educação e concursos públicos, além de ser um espaço colaborativo tentando estabelecer uma aprendizagem coletiva com trocas de experiências dentro deste imenso e maravilhoso universo chamado EDUCAÇÃO.
Mostrando postagens com marcador mudanças ensino médio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mudanças ensino médio. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
Novo Ministro pretende reformar o currículo do ensino médio
O novo Ministro da Educação, Cid Gomes, afirmou que sua primeira tarefa será a reforma do currículo do ensino médio, adequando as disciplinas à aptidão do aluno. Ele também disse que vai se dedicar a ampliar a oferta de vagas no ensino infantil e em escolas de tempo integral.
Marcadores:
ensino médio,
Escola de tempo integral,
mudanças ensino médio
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Mudanças na SEE SP 2012
Muitos pediram minha opinião, sei que não vai agradar, mas segue abaixo.
Matriz Ensino Médio:
O Ensino médio é por lei a etapa final da educação básica, sendo assim, precisa preparar o jovem não apenas para o mercado de trabalho, mas também com sólidos conhecimentos para que possa exercer de forma plena a cidadania em uma perspectiva democrática.
A escola como se manifesta hoje não atende nenhum dos objetivos estabelecidos em lei, portanto é urgente e necessária a mudança.
A SEE SP pensa e discute essas mudanças, o que precisa ficar claro é que os documentos são propostas e como tal podem sofrer mudanças, adaptações. Claro que na rede existe uma certa desconfiança a cerca da possibilidade de mudanças, haja vista que durante anos os membros da SEE jamais ouviram ou pediram opinião a rede (o que é um absurdo em se falando de gestão democrática) e sempre decidiram tudo de maneira impositiva e autoritarista. Mas nesse momento existe uma intenção e predisposição a prática colaborativa.
Claro que também existe os intermediadores que nem sempre praticam o que é demonstrado pelos chefes da pasta. Muitos dirigentes e supervisores estão apresentando a proposta sem se quer permitir a fala e participação de todos os agentes envolvidos no processo de construção do conhecimento. E como estes representam também a pasta da educação, logo, muitos associam essa postura inadequada como se fosse a postura dos secretários, ai esta o erro. E olha que não estou aqui para defender ninguém, porque não tenho procuração para tal. Mas precisamos ter bom senso (que nunca virá prescrito em legislação) e isso falta em muitos profissionais no caminho entre SEE e escola.
Voltemos à matriz do ensino médio, como já foi dito, ela precisa atender aos anseios dos jovens e nesse caso, de forma equivocada os meios de comunicação estão divulgando que haverá diminuição de Língua Portuguesa e Matemática, então fica uma pergunta: Não aprendemos português e matemática com os outros componentes curriculares? Não escrevemos em português em química, física, história, geografia.... Não usamos a matemática na biologia, geografia, artes.... A questão não pode ser concentrada apenas na quantidade do número de aulas por semana (até porque o congresso não para de criar novas disciplinas e conteúdos, talvez ai esteja o problema, mas isso é uma outra discussão e já postei sobre isso no blog), mas sim no cerne que é a qualidade dessas aulas e de como pode influenciar de forma positiva e atrativa na vida dos educandos.
A mudança ocorre na última série do ensino médio. Claro que existe o questionamento se os alunos terão condições cognitivas e emocionais para a escolha. Alguns teóricos dizem que sim e outros dizem que não. Acredito que vale a discussão e a tentativa. Fato: do jeito que esta impossível de continuar.
Entretanto, existe uma novidade muito boa, o PCA – Professor Coordenador de Área, responsável pelas áreas de conhecimento. O que me preocupa é a forma de escolha, que deve ser bem pensada, para não permitir os “amigos” que muitas vezes não domina a sua disciplina e nesse caso pode prejudicar toda a ação de intervenção.
O número de aprendentes em sala também ajuda, pois a proposta fala de turmas com 30 alunos em média (espero que levem isso a sério, pois temos escolas com mais de 50 alunos em turmas de ensino médio) e a necessidade de estabelecer uma relação com o universo extra escola por meio das ferramentas tecnológicas tão presentes no cotidiano da sociedade e tão ausente do espaço escolar. Claro que de forma articulada para desenvolver a contextualização para garantir a aprendizagem significativa.
Enfim, precisamos discutir, debater e fazer das reuniões um espaço de ação colaborativa e não impositiva e ouvir quem de fato vai desenvolver a proposta: Os professores.
Ensino Fundamental:
Basicamente as mudanças para o ensino fundamental são referente ao regime de progressão continuada, antes dividido em dois ciclos e agora dividido em três.
O que surpreende muitos e que até então a proposta divulgada era de dois ciclos na etapa de alfabetização e na proposta enviada para discussão os dois ciclos aparecem na séries finais do ensino fundamental, permitindo que os alunos fiquem retidos no 5, 7 e 9 ano. Alguns teóricos (que nunca pisaram em uma sala de ensino fundamental em 2011) dizem que isso foi feito para agradar os professores e ceder a pressão, o que é um absurdo.
Se a SEE durante meses ouviu os profissionais da educação, no mínimo deve respeitar tudo o que foi decidido e isso não significa submissão ou regressão. Infelizmente hoje as séries finais do ensino fundamental apresentam os maiores problemas de aprendizagens e de comportamento na rede, pode ser que daqui alguns anos ocorram novas mudanças para atender as novas demandas. Assim deve trabalhar a rede, tendo como foco suas demandas, suas realidades e não os acadêmicos de livros, com todo o respeito que tenho por estes profissionais.
Contudo precisamos ter clareza que a retenção é o último instrumento pedagógico, é uma exceção e não pode tornar-se regra ou forma de ameaça para garantir disciplina no espaço de aprendizagem. A recuperação é um instrumento que se bem preparado e planejado pode ajudar e muito a evitar a retenção.
Nas séries iniciais, ter esse diagnóstico e potencializar a aprendizagem é muito mais fácil, acredito e penso que é correto só permitir a retenção no 5 ano, a criança tem todo esse tempo para potencializar as habilidades e competências. Contudo, isso não significa que vamos deixar apenas para este ano a avaliação das crianças, muito pelo contrário ela deve ser feita todo o tempo, pois nesse caso o mesmo professor passa os 200 dias letivos com esse aluno e tem melhor condição de diagnosticar o problema e preparar uma estratégia para a superação do mesmo.
O que vejo como interessante na nova proposta é o PROJAI, acredito eu que será diferente do PIC, pois não mudariam apenas o nome sem mudar o conteúdo. O PROJAI será aplicado por 4 anos, no 4 ano, para alunos que tiveram dificuldades no bloco de alfabetização e que seriam candidatos a retenção no 5 ano se nada fosse feito. Assim, a retenção no último ano das séries inicias do EF aconteceria em último caso. O PROJAI também acontecera para os alunos que ficarem retidos nas séries finais dos ciclos, nesse caso, no 5, 7 e 9 ano. O que também deve ajudar, haja vista que antes ficavam retidos no ciclo e tinham aulas repetidas da mesma série, agora existirá um programa e um material que dara condições aos professores para realizarem de forma correto a recuperação intensiva no ciclo.
Agora o professor auxiliar de classe, deveria ficar a semana inteira com os professores e não apenas 4 horas por semana, se não for possível que pelo menos no bloco de alfabetização (1 ao 3 ano) tenha esse professor durante todo o período.
Enfim, espero que todas as mudanças venham agregar novos valores a todo rede estadual de ensino.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Governo de São Paulo corta aulas de português e matemática
Fonte: Fábio Takahashi - Folha de São Paulo - 27/09/2011
O governo paulista finalizou projeto de mudança no ensino médio, a ser implantado já em 2012. Português e matemática perdem espaço para outras matérias como espanhol, física e sociologia.
Outra alteração é que estudantes do terceiro ano escolherão currículo com uma das três ênfases: linguagem; matemática e ciências da natureza; ou ciências humanas.
Hoje, o currículo é praticamente o mesmo para todos. A possibilidade de escolha valerá aos alunos que concluírem o ensino médio em 2014. Os colégios receberam documento neste mês com a proposta. Em outubro, a Secretaria da Educação definirá se o projeto será alterado. A secretaria não se pronunciou sobre o tema.
NOVA DISTRIBUIÇÃO
A redução de português e matemática valerá para todos. No ensino médio matutino, por exemplo, o aluno que está na rede hoje deverá ter assistido a 560 aulas de português quando se formar. Pela proposta, se ele escolher ênfase em linguagem, serão 440 aulas (20% menos). No currículo com ênfase em matemática, seriam 400 aulas e 360 em humanas.
Por outro lado, todos os estudantes terão carga maior de física, química, filosofia e sociologia, que hoje chegam a ter apenas uma aula semanal.
Com a alteração, o governo tira carga de matérias em que os alunos têm problemas -prova da secretaria aponta que 38% estão abaixo do esperado em português e 58% em matemática.
Hoje, o ensino médio estadual tem cerca de 1,5 milhão de alunos -quase 85% das matrículas no Estado. A proposta aumenta a carga horária de matérias menos presentes -português e matemática têm cinco vezes mais aulas que sociologia. Outra alteração é que haverá espanhol em todas as escolas (hoje só existe onde há turmas interessadas).
A intenção da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) é que haja maior equilíbrio na distribuição das matérias e que os alunos se sintam mais atraídos pelo ensino, pois terão variações de currículo.
Docente da Faculdade de Educação da USP, Ocimar Alavarse não vê problemas na redução de português e matemática, pois a carga de ambas já é alta. Mas ele discorda das ênfases. "A divisão concentra precocemente a formação do jovem, que precisa de conhecimento geral". Alavarse afirma ainda que a alteração para currículos diferentes pode ser estratégia para atenuar a falta de professores. Podem ser oferecidas, diz, matérias em que haja mais docentes, tirando o peso daquelas com deficit.
Também professora da USP, Carmen Sylvia Vidigal Moraes se diz "desconfiada" da redução de aulas de português e matemática. "Por que, toda vez que se tem de aumentar algumas disciplinas, se fala em retirar outras?", indaga ela, que defende aumento da jornada e ressaltou não ter tido acesso à proposta do governo.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Emendas incham currículo escolar com novos conteúdos
Os deputados não conhecem a realidade de fato e não entendem na sua maioria das demandas e necessidades da educação básica brasileira, com isso aprovam várias legislações que prejudicam ainda mais a qualidade do ensino. Depois são os primeiros a jogar a culpa nas costas dos professores e não assumem as consequências das leis que aprovam. Por isso, precisamos pensar muito na hora da eleição.
Fonte: 18/08/2010 - 10h14 - Agência Estado
São Paulo - Além de português, matemática, história, geografia e ciências, nos últimos três anos os alunos do ensino básico de todo o País se viram obrigados a estudar filosofia, sociologia, artes, música e até conteúdos como cultura afro-brasileira e indígena e direitos de crianças e adolescentes. Também incham o currículo escolar temas como educação para o trânsito, direitos do idoso e meio ambiente.
De 2007 até o mês passado, emendas incluíram seis novos conteúdos na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação. Há ainda leis específicas, que datam a partir de 1997, que complementam a LDB. Outras dezenas de projetos com novas inclusões tramitam no Congresso. Esses acréscimos representam um desafio a todos os gestores, mas em especial aos da rede pública, onde a maioria dos alunos não consegue aprender satisfatoriamente português e matemática.
Na rede estadual de São Paulo, por exemplo, a Secretaria da Educação teve de cortar aulas de história no ensino médio em 2008 para cumprir a lei e aumentar as de filosofia e incluir sociologia na grade. Na época, os estudantes do período diurno tiveram uma redução de cerca de 80 aulas de história, na soma dos três anos letivos do ensino médio.
Paula Louzano, pesquisadora da Fundação Lemann, defende a discussão do currículo do ensino básico de forma integral como forma de combater os remendos na LDB, muitas vezes com tendências corporativistas. "Não sou contra as aulas de música, mas quero discutir o todo, não que cada grupo vá individualmente e faça pressão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Marcadores:
carga hóraria ensino médio,
currículo,
mudanças ensino médio
terça-feira, 5 de maio de 2009
MEC quer começar novo currículo nas piores escolas
Prioridade será para colégio com nota baixa no Enem; sistema proposto acaba com a divisão entre as atuais 12 disciplinasSegundo presidente do conselho que representa os secretários estaduais de Educação, maior dificuldade será a adaptação do professor
Fonte: Folha de São Paulo - FÁBIO TAKAHASHIDA - REPORTAGEM LOCAL
O Ministério da Educação informou ontem que as escolas de ensino médio com as piores médias no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) serão prioritárias para receberem as mudanças no currículo.A pasta pretende acabar, ao menos em parte do sistema, com a divisão por disciplinas, presente no antigo colegial.A intenção é que o projeto-piloto conte, em 2010, com cem colégios, dos governos estaduais que aderirem à proposta.Para a escolha dessas escolas, haverá uma distribuição proporcional entre os Estados participantes do programa (considerando o tamanho das redes). Dentro de cada unidade da Federação participante, deverão ser escolhidas aquelas com piores médias no Enem.Reportagem publicada ontem pela Folha mostrou que o MEC encaminhou ao Conselho Nacional de Educação proposta que prevê ajuda técnica e financeira às redes que aceitarem mudar seus currículos.As 12 disciplinas seriam distribuídas em quatro grupos amplos (línguas, matemática, humanas e exatas/biológicas).Na visão do governo, hoje o currículo é muito fragmentado e o aluno não vê função prática no programa ministrado, o que reduz o interesse do jovem pela escola e a qualidade do ensino.O ministério afirma que a intenção é dar condições para que os modelos de ensino médio sejam diversificados.O governo Lula pretende que no ano que vem algumas redes adotem o programa, de forma experimental. No médio prazo, espera que esteja no país todo.Para entrar em vigor, a proposta precisa ser aprovada pelo conselho, que deve referendá-la em junho. Além disso, precisa ser aceita pelos Estados (responsáveis pelo ensino médio). A adesão, porém, é facultativa.Segundo o projeto, as escolas terão liberdade para organizar seus currículos, desde que sigam as diretrizes federais e uma base comum. Poderão decidir a forma de distribuição das disciplinas nos grupos e o foco do programa (trabalho, ciência, tecnologia ou cultura).ApoioA presidente do Consed (conselho que representa os secretários estaduais de Educação), Maria Auxiliadora Seabra Rezende, afirmou que apoia a proposta. Aponta, porém, dificuldades para a implantação do projeto, principalmente na formação de professores."Hoje, o ensino médio é uma coleção de disciplinas, com pouca integração. Essa já era uma preocupação dos secretários", afirmou Rezende."Mas a proposta precisa ser amplamente debatida. A maior dificuldade será a adaptação dos professores, eles foram formados para disciplinas específicas", disse a presidente."Como projeto-piloto é válido", disse o presidente do Conselho Estadual da Educação de SP, Arthur Fonseca Filho."Mas não haverá mudanças nas redes enquanto o vestibular cobrar disciplinas. Grupos mais amplos já são previstos nas diretrizes curriculares de 1998, mas até hoje não emplacaram por estarem em desacordo com o vestibular."
Assinar:
Postagens (Atom)