sexta-feira, 3 de julho de 2009

Fila de vaga na creche ganha 152 nomes por dia

Continuamos com a mesma lenga lenga, é quase que impossível atender a demanda em São Paulo, como já escrevi outras vezes, a prefeitura teria que construir uma creche a cada dois dias, para atender pelo menos as 300 crianças que nascem em média por dia na cidade. Quem acreditou nas promessas de campanha quebrou a cara, agora cobrem e passem a duvidar dos milagres políticos que são prometidos, mas que nunca são executados.
Fonte: 03/07/2009 - Gilberto Yoshinaga e Aline Mazzo - do Agora
A fila de espera por vagas nas creches públicas de São Paulo ganhou, neste ano, uma média de 152 novos nomes por dia. A demanda, que era de 57.607 crianças em 31 de dezembro do ano passado, chegou a 84.807 crianças sem vaga no relatório fechado em 28 de junho, divulgado anteontem pela Secretaria Municipal da Educação. A alta corresponde a 47,21%.
Se o número de crianças na fila de espera não crescer mais, a gestão Gilberto Kassab (DEM) ainda precisará abrir 66,41 vagas por dia, a partir de hoje, para conseguir cumprir sua promessa de campanha de zerar o déficit nas creches até o final de seu mandato --em dezembro de 2012. Ou seja: só para atender à demanda atual, seria necessário oferecer cerca de 2.000 vagas por mês, sem incluir a média diária de 152 novos nomes que aumentam a fila. Sete distritos da zona sul lideram o ranking da demanda por vagas. Juntas, essas regiões concentram quase 25 mil crianças sem creche, ou 29,4% da fila de espera dos 96 distritos do município. Em dezembro do ano passado, o déficit nesses sete distritos era de 17 mil vagas. À esperaHá um ano à procura de uma vaga para a filha de um ano e nove meses, Vanessa Santos, 21 anos, mora no Capão Redondo (zona sul de SP) e conta que, quando vai à creche municipal, ocorre sempre a mesma coisa. "Eles me mostram uma lista imensa de nomes que estão na minha frente e dizem que no ano que vem vão me chamar", afirma. Enquanto isso, ela não tem como procurar emprego. Já a promotora de vendas Juliana dos Santos, 21, do Campo Limpo (zona sul de SP), conta com a ajuda da mãe, que cuida da filha enquanto ela trabalha. Ela está há um ano e meio na fila de espera da creche, que fica a cinco minutos de sua casa. "A promessa era que neste ano teria vaga, mas não ocorreu."

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