Mostrando postagens com marcador falta de vagas estado e município. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador falta de vagas estado e município. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sem perua escolar, crianças deixam de estudar

Falar de democratização do ensino é fácil, o difícil é garantir. Já sabemos que não temos qualidade, pois as avaliações institucionais provam isso. Para melhorarmos não podemos apenas garantir acesso, mas sim condições para permanência e quem sabe com isso conquistar um dia a qualidade tão distante da realidade hoje. Quem sabe no futuro?
Fonte: 22/02/2011 Adriana Ferraz do Agora
Uma caminhada diária de quatro horas para ir e de mais quatro para voltar. A jornada, de pelo menos 20 km, é a que estudantes de Raposo Tavares, na zona oeste da capital, terão de fazer se quiserem frequentar as salas de aula neste ano. E o percurso, além de longo, é perigoso. Sem transporte gratuito, crianças de seis anos precisam cruzar as pistas da rodovia Raposo Tavares e andar no acostamento até a passarela. De ônibus, as crianças teriam que pegar ao menos duas conduções para chegar às escolas.
Em alguns casos, as dificuldades causam atraso na aprendizagem. O ano letivo ainda não começou para Luiz Felipe Ribeiro da Silva, 6 anos. "Ele reclama, diz que quer estudar, mas não tenho como levá-lo para a escola nem de perua nem de ônibus. Não tenho dinheiro", diz a mãe, Rosimeire Pimentel Ribeiro, 32 anos, auxiliar de limpeza.
O garoto, que tem idade para cursar o 1º ano do ensino fundamental, foi transferido da Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) Professora Carolina Ribeiro para a Escola Estadual Odair Martiniano da Silva Mandela. Até o ano passado, ele precisava andar 30 minutos. "Uma prima dele o acompanhava todos os dias. Agora, não dá para pedir que ela ande quatro horas. A gente precisa de uma vaga mais perto de casa", pede a mãe.
'Aluno mudará de escola'
A Secretaria de Estado da Educação informou ontem que já autorizou a transferência dos estudantes Luiz Felipe Ribeiro da Silva e Marcos Vinícius Oliveira Félix. As vagas serão oferecidas na Escola Estadual João 23, que fica a cerca de 30 minutos, a pé, das casas das famílias.
A Secretaria Municipal da Educação também afirmou que a aluna Fernanda Pereira da Silva estudará mais perto de casa. A pasta disse que o sistema que faz a divisão das vagas pode falhar. A diretoria regional fará a transferência dela para a Emef Professora Daisy Amadio Fujiwara ou para a Emef Alcides Gonçalves Etchegoven, de acordo com a disponibilidade de vagas.

sábado, 11 de abril de 2009

São Paulo tem mais de mil crianças fora da escola

Não é a primeira e tão pouco será a última vez que escrevo sobre falta de vagas, a última escrita era referente a educação infantil, agora temos problemas com o Ensino Fundamental, direito público subjetivo assim estabelecido na Constituição Federal, Estadual, na Lei Orgânica do Município, LDB, ECA e demais documentos. Enfim, é um absurdo, os governos precisam ser notificados e somente quando alguém responder de fato por este problema, talvez, o mesmo seja solucionado ou minimizado. É verdade que são poucos os alunos que estão fora da sala de aula e da escola tanto no Estado quanto no Município, o problema e estas famílias terem de buscar ajuda nos Conselhos Tutelares o que mostra que a implantação de um sistema único de vagas não funciona, porque as escolas foram incapazes de resolver estes problemas ou talvez nem deram atenção a família. Os governos divulgam que diminuiram o número de alunos em sala de aula, outra balela, não adinta nada diminuir os alunos em sala se eles estão fora da escola, e outra coisa é só as secretarias de educação buscarem nas demandas escolares e saberão o quanto têm de escolas com salas lotadas, com muito mais alunos do que determina as resoluções, isso me parece conversa para boi dormir, ou para divulgar nas próximas eleições. Para acabar com o problema de vaga, ou o governo constroi mais escolas aonde precisa, ou utiliza as salas ociosas nas escolas da região central (onde todo o ano diminui salas) e garante o transporte.
11/04/2009 - 17h41 da Folha Online Passados dois meses do início do ano letivo, mais de mil crianças estão sem vagas no ensino fundamental em São Paulo, aponta reportagem de Fábio Takahashi na Folha de domingo (12) com base em levantamento dos conselhos tutelares da cidade. A edição do jornal deste domingo já está nas bancas. A responsabilidade de oferta na cidade é dividida pelas redes do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e do governador José Serra (PSDB). O ensino fundamental é a única etapa obrigatório do ensino no país, segundo a Constituição. O descumprimento da obrigação pode levar ao afastamento dos gestores públicos (governador, prefeito e secretários da Educação). Devido às reclamações sobre falta de vagas, os conselhos tutelares fizeram uma lista única com os nomes das famílias que foram ao órgão. A relação, com 1.027 nomes, de nove regiões, será enviada ao Ministério Público. Os governos municipal e estadual negam que haja falta de vagas. A prefeitura admite, no entanto, que o processo pode estar mais lento.