segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Garota é "expulsa" de escola por causa de bermuda "curta demais"; família quer indenização

Quem escreveu essa matéria, usou algumas palavras que não estão presentes na ação, como por exemplo "expulsa", pelos autos a família pediu transferência. É importante lembrar que isso é muito comum em várias escolas. Fico muito incomodado, quando as famílias ao inves de ajudarem a escola na formação de valores e caráter dos filhos, desvirtua esse papel. Ao invês de conversar, procurar a direção da escola, é mais fácil transferir o problema para outra escola, pois a partir de agora, com certeza todos se bobearem irão semi nu para o espaço escolar. Pois a família em alguns casos (não são todas) para não constranger os filhos, nunca dizem não e sempre passam a mão na cabeça, e sabemos o quanto isso é ruim. Provas mostram que o indivíduo quando cresce sem limites, de modo geral, será um adolescente ou adulto sem limites e quando eles se manifestam agirão de forma impensada e rebelde. Os meios de comunicação diariamnete mostra os filhos que batem e matam os pais, espacam os outros na rua e a família de modo geral justifica dizendo que foi uma brincadeira, que deve ser dado uma chance. Pois é tantas foram as chances sem limites que quando questionados, são capazes de atos barbáros. Mas na escola pública, parece que é terra de ninguém. Sei que a forma de falar as coisas, interfere direto na reação. Mas será que esses pais estão preocupados de fato com a situação da filha, ou querem "apenas" ganhar 200 salários do Estado de forma bem fácil, pq daqui a pouco, todos os profissionais da educação não poderão mais fazer nada, pq os pais verão nessa situação uma forma de ganhar dinheiro. Engraçado, muito ficam indignados quando professores processam alunos e pedem indenização, que de modo geral sempre são simbólicas, mas não percebo essa mesma indignação, quando ocorre de forma inversa. Justamente essa inversão de valores tem provocado uma sociedade de desiguais, haja vista que a escola que tem essa função de justiça, não podendo exercer seu direito, e ao exercer, pode provocar vários problemas nas crianças e adolescentes, principalmente quando se percebe a ausência total da família, e que de forma comoda, joga toda a responsabilidade na escola, assim fica muito fácil ter e colocar filho no mundo. A escola deve criar, mas se ao criar estabelece algum questionamento ou limite, processo e ganho um dinheirinho no mole, mole. A SEE deve mesmo investigar, como deve fazer sempre em todos os casos, mas não pode ceder a pressão comoda que parte da sociedade, por total falta de compromisso, quer estabelecer. Os pais até podem inverter os valores, por conformismo ou comodismo, mas a SEE nunca, jamais. Por isso, vamos esperar e aguardar os fatos. Toda a história tem sempre dois lados e por ser uma história tem toda uma jornada de fatos que devem ser apurados, analisados, investigado e punidos, mas com o único objetivo de garantir justiça e não apenas para ceder a pressões externas.
Fonte: 28/02/2011 - 12h51 Especial para UOL Educação Em Araçatuba (SP)
Uma estudante da 8ª série do ensino fundamental foi impedida de assistir às aulas por vestir uma bermuda "curta demais", na opinião da coordenadora da Escola Estadual Conjunto Habitacional Ezequiel Barbosa em Araçatuba, cidade a 530 km de São Paulo. O fato ocorreu no dia 18 de fevereiro. Na última sexta-feira (25), a família entrou com uma ação judicial pedindo indenização de 200 salários mínimos por reparação de danos morais.
De acordo com os pais da garota, a peça tinha 40 cm de comprimento e a barra da bermuda fica a 5 cm acima dos joelhos. A garota teria ligado para a mãe, Eliana Aparecida Batista Pagliari, que acionou a Polícia Militar e registrou boletim de ocorrência. A mulher chegou a fotografar outras estudantes, que segunda ela, usavam peças mais curtas e blusas decotadas.
Caso a Justiça não aceite os 200 salários como pagamento da indenização, o advogado responsável pelo caso, Anísio Rodrigues dos Reis, pede para que o valor seja fixado por arbitramento, ou seja, decidido diretamente pelo juiz.
Segundo Reis a ação "é uma forma de alertar o Estado e evitar que outras pessoas passem pelo que a aluna passou", disse. Na defesa, ele afirma que não se pode admitir que uma garota de 13 anos sofra pressão e tenha seu psicológico abalado por causa de uma bermuda. A família chegou a mudar do bairro em que residia na semana passada devido à polêmica na cidade. A garota também está fazendo tratamento psicológico e foi transferida de escola.
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo disse que a aluna foi transferida para outra escola da rede estadual, conforme solicitação de seus pais. Além disso, uma comissão formada por três supervisores de ensino foi nomeada para apurar os fatos. "Enquanto não houver uma conclusão, a administração não irá se pronunciar sobre o assunto", diz a nota.

6 comentários:

  1. Esse problema de roupas curtas acontecem em todas as escolas, certo seria se o Estado adotasse como norma o uniforme escolar com era antigamente acabava de uma vez por toda essa novela. Bom seria também se os alunos tivessem a famosa "caderneta" escolar assim os pais não teriam motivados para não acompanhar a frequencia dos filhos. As demandas são muitas as frentes muitas mas aos poucos e como muito disse você João - o diálogo e por hora o melhor caminha.

    Carlos Vale do Paraiba.

    ResponderExcluir
  2. Não cabe ao estado normatizar vestuario do aluno. Cabe aos responsaveis (pais) a responsabilidade de informar os filhos sobre o adequado para se frequentar ambientes publicos. Estamos invertendo valores e a escola recebe todas as camadas da sociedade; responsaveis que por sua vez não demonstram a menor preocupação com ética e cidadania.Professores tambem não se preocupam com seu vestuário.Necessitamos urgente de campanhas midiatricas que ensinem a sociedade a importancia da cidadania e a responsabilidade familiar. Mas com a boçalidade dos programas da nossa tv, percebo que o que demanda sucesso é aparecer a todo custo e das maneiras mais ridiculas e promiscuas possiveis.Nosso alunado não foge a regra... Reproduzem a tv.

    ResponderExcluir
  3. Espero que existam pessoas minimamente lúcidas na SEE e coloquem estes pais e garota no seu devido lugar. A escola é a preparação para vida e, lhe asseguro, quando esta "garotinha" vier a trabalhar, terá que usar uniforme e comportar-se como mandam as regras da instituição. Escola não é desfile de moda, não é shopping, etc. Por isso sou defensor do uniforme.

    ResponderExcluir
  4. Carlos - Vale do Paraiba28 de fevereiro de 2011 às 19:31

    Prezado (a) KràliK,??

    O Estado não pode ditar regras para roupas, concordo com você. Mas você há de convir que seria muito melhor para todos que os alunos usassem pelo menos a camiseta com o nome da escola - isso não faz mal a ninguém, muito pelo contrário traria beneficios para todos.
    Sou de uma época de uniformes tinha orgulho do meu uniforme da escola da minha turma, acho que o uniforme da uma sensação de "pertencimento" ao grupo.

    Respeito sua opinião, mas continuo achando que algo tem de ser feito pois caso contrário teremos esse tipo de problema sempre.

    Carlos - Vale do Paraiba.

    ResponderExcluir
  5. É simplesmente ridículo que os pais dessa garota achem que a escola agiu errado. É mais ridículo ainda que os pais ganhem uma ação dessa e que ainda tenha "advogadozinhos" que se aproveitem de situações como esta...É por esse motivo que a educação anda como anda: Pais assim as escolas têm aos montes. Descontroem todo o nosso trabalho. Acham que nós, os educadores nos formamos e estamos na escola pra perder tempo com coisas tão pequenas. Me enoja certos pais e suas atitudes!

    ResponderExcluir
  6. Em primeiro lugar o princípio da educação era a disciplina e ordem, haviam regras colocadas para que as crianças e jovens tivessem limites. Hoje os próprios pais induzem os filhos a fazer o que querem e ainda a processar por qualquer coisa. Grande exemplo porque o que a sociedade está colhendo não é muito agradável, jovens sendo perseguidas, drogas, gravidez precoce, etc. O perigo da Geyse era justamente servir de modelo para outras, como foram as modelos das passarelas a formar uma legião de anoréxicas que morrem todos os anos. Com tanto problema sério no mundo, esta apelação de problemas psicológicos para fortalecer os ganhos, é tirar proveito da situação. Não faz sentido que a sociedade viva de criar caso por tudo. Qualquer lugar que se frequenta tem suas exigências, é de bom tom respeitá-las.

    ResponderExcluir