domingo, 1 de novembro de 2009

Avaliação - SEE 2010

AVALIAR PARA PROMOVER: AS SETAS DO CAMINHO
HOFFMANN, JUSSARA.
Buscando Caminhos
· Promoção – decisão burocrática.
· LDB encaminha novas regulamentações.
· Repensar os princípios de avaliação.
· Discussão em conjunto: valores, princípios e metodologias.
· Pesquisas sobre avaliação – representam uma prática incompatível com uma educação democrática.
· Agir consciente e reflexivo frente ás situações de avaliadas
· diferença entre pesquisar e avaliar em educação.
· Avaliar para promover é a ação pedagógica visando a promoção moral e intelectual dos alunos.
· a avaliação que projeta o futuro, tem por finalidade a evolução da aprendizagem.
· Regimes seriados X regimes não seriados
· Provas de recuperação X estudos paralelos
· Conselhos de Classe X “Conselhos de Classes”
· Avaliação como uma atividade ética
· As reformas educacionais (críticas)
· medidas para evitar a evasão, repetência
· classes de aceleração e as turmas de progressão
· A plena consciência das finalidades em avaliação favorecerá a escolha consciente de estratégias de ação pelos educadores e não a imposição de metodologias.
· Participação da família: não é a família que deve dizer o que a escola deve fazer.
· A educação inclusiva será exclusiva quando a avaliação for para classificar e não para promover, estabelecendo parâmetros comparativos.
· O tempo na avaliação: não há como delimitar tempo, deve ser levado em consideração o tempo de cada sujeito da aprendizagem.
· Pressuposto de tarefas iguais para todos, o ideal é olhar cada aluno em seu próprio tempo e jeito de aprender.
· Acompanhar a construção do conhecimento.
· O privilégio aos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sugerido pela LDB, é anda fator de não entendimento entre muitos que trabalham em educação.
· A reflexão e auto-avaliação a cada passo é importante e necessária.
· A finalidade da avaliação pode ser concebida em duas dimensões:
- de controle como cerceamento;
- de controle enquanto acompanhamento
· Definir objetivos, definir caminhos, rumos, norte...
· Analisar de maneira qualitativa: múltiplas dimensões, trabalhar não com a memorização mas sim com a formulação de hipóteses.
· Precisa ser uma leitura investigativa, atrelada a uma dose de humildade do professor.
· Eixo temáticos: a análise do desenvolvimento do aluno ainda se dá de forma fragmentada.
· O diálogo entre o educador e o educando pode ser amplamente favorecido se estiver fundamentado numa reflexão série e profunda acerca do saber construído por ambos em relação, e não em ações corretivas autoritárias, a partir de impressões gerais e vagas do professor.
· As novas concepções de avaliação levam a repensar o trabalho pedagógico.
· Avaliar é essencialmente questionar.
· A intervenção do professor será mais significativa à medida em que ele se questionar permanentemente sobre os alunos.
· Para Piaget, o sujeito constrói a si mesmo em um processo de interação dialética com o meio sociocultural.
· A linguagem para Vygotsky e Piaget, é a mediação do pensamento. “Quando o aluno ouve o professor, ele interpreta a sua fala e , por meio dela, o pensamento do professor. Ao interpretar, um novo pensamento se cria, o pensamento do próprio aluno”.
· O processo avaliativo, em sua perspectiva mediadora, se destina, assim, a acompanhar a contínua progressão do aluno em termos destas etapas: mobilização, experiência educativa e expressão do conhecimento.
· O conceito de mobilização implica idéia de movimento, que é diferente de motivação.
· Papel do educador / avaliador:
- Mediar a mobilização exigir-lhe-á manter-se flexível, atento, crítico sobre seu planejamento. Propor sem delimitar, questionar e provocar, sem antecipar respostas possíveis/ articular novas perguntas à continuidade observada dos estudantes.
- Avaliar é essencialmente problematizar, não com a intenção de resolver problemas mas de criar diferentes hipóteses.
· Atividades diversificadas ou diferenciadas?
· No contexto da expressão do conhecimento construído pelo aluno, toda ou qualquer tarefa ou teste elaborado pelo professor atua como instrumento de tal análise.
· É o uso que fazemos desses instrumentos que os validam ou invalidam.
· Tarefas Gradativas e Articuladas
· As tarefas avaliativas são instrumentos de dupla função para o professores e alunos
- Para o professor: elemento de reflexão sobre os conhecimentos expressos pelo aluno;
- Para o aluno: oportunidade de reorganização e expressão do conhecimentos X elemento de reflexão sobre os conhecimentos construídos e procedimentos de aprendizagem.
· Registros em avaliação mediadora:
- Devem se construir em dados descritivos, analíticos, sobre aspectos qualitativos observados, pois dados quantitativos não permitem analisar em que aspectos o aluno evoluiu, de que estratégias se utiliza e outras questões de igual significado em termos de sua aprendizagem;
- O sistema de atribuição de notas em avaliação são também formas de registros (embora a autora não concorde com o sistema de atribuição de notas);
- Não pautar apenas na observação o acompanhamento dos alunos;
· Alguns cuidados na elaboração de tarefas avaliativas:
- Questões claras, sem ambigüidades;
- Dificuldades de compreensão ao alcance do aluno;
- Não reproduzir textualmente frases de livros;
- Procure escrever de tal maneira os itens de modo que um deles não forneça indicio ou confunda a resposta do aluno;
- Evite a interdependência de itens.
· Revisão dos testes e tarefas: é importante que o professor estude estes documentos antes de entregar ao aluno.
· Dossiês, Portifólio, Relatórios de avaliação.
· O Significado do Registro para os Professores:
Nada em avaliação serve como regra geral ou vale para todas as situações, em termos de procedimento. Precisamos construir princípios atrelados a valores éticos e á nossa sensibilidade, que nos permitam sempre seguir na direção do que é mais justo para cada aluno, para cada contexto educacional. Exame Nacional do Ensino Médio
Objetivo: Medir e qualificar as estruturas responsáveis por essas interações. Tais estruturas se desenvolvem e são fortalecidas em todas as dimensões de nossa vida, pela quantidade e qualidade das relações que estabelecemos com o mundo físico e social desde o nascimento.
Competências e Habilidades:
· Por que competências e habilidades, hoje?
- Escola de excelência e escola para todos.
· Exercício ou problema?
- Exercício corresponde a um meio para uma outra finalidade.
- O problema é aquilo que se enfrenta e cuja solução, já conhecida ou incorporada, não é suficiente, ao menos como conteúdo.
- O exercício é fazer contas, o problema é realizar uma conta.
As três formas de competências:
· Competência como condição prévia do sujeito, herdada ou adquirida;
· Competência como condição do objeto, independente do sujeito que o utiliza;
· Competência relacional.
Competição, competência e concorrência
- Competência é a qualidade relacional de coordenar a multiplicidade (concorrência) à unicidade (competição). Autonomia como princípio didático
Aprendizagem significativa e competência relacional
O método da cooperação e a competência relacional
Um tabuleiro chamado escola
- Gestão da sala de aula
A situação problema como avaliação e como aprendizagem
· Competência x situação – problema
· Julgar em função de indicadores
· Ciclo Fechado: Alteração, Perturbação e Regulação.
Interdisciplinaridade e contextuação
· Conhecimento: construbilidade
· Transdisciplinaridade: pessoas
· A mediação das competências
Critérios a serem observados na elaboração de questões do Enem:
- nível fácil (20%), médio (40%) e difícil (40%).
· Quanto à situação problema: muitas vezes esta no enunciado e deve ser atraente;
· Quanto ao enunciado da questão;
· Quanto às alternativas;
· Quanto à questão como um todo. A V A L I A Ç Ã O DA A P R E N D I Z A G E M: PRÁTICAS de MUDANÇA - Por uma práxis transformadora - Celso dos S. Vasconcelos
a) Do ponto de vista objetivo
* Sistema Social altamente seletivo
* Legislação educacional refletindo a lógica social
* Longa tradição pedagógica autoritária e reprodutora
* Pressão familiar no sentido da conservação das práticas escolares
* Formação acadêmica inadequada dos professores
* Condições precárias de trabalho.
b) Do ponto de vista subjetivo
* Não estar suficientemente convencido da necessidade de mudança
* Não conseguir vislumbrar um caminho para a mudança
* Não ter clareza conceitual.
Toda a ação humana consciente, toda prática, é pautada por um nível de reflexão.
Construir uma autêntica práxis transformadora, e para tanto:
1) Professor na condição de sujeito
2) Mudança de postura - (ação e reflexão)
3) Criticidade
- é preciso sempre avaliar a mudança e se necessário, retificar o caminho.
4) Totalidade
5) Visão do processo
- mais importante que a velocidade, é a direção.
6) Trabalho Coletivo
7) Supervisão
8) Ética
9) Estética
A prática que buscamos é aquela que pode contribuir para um projeto educativo libertador. Capítulo 1
Avaliação como compromisso com a aprendizagem de todos – por uma nova intencionalidade
Avaliação assumir um caráter transformador, antes de tudo deve estar comprometida com a aprendizagem da totalidade dos alunos.
Sobre o conceito de intencionalidade
O núcleo, a centralidade da Intencionalidade da Avaliação, está:
* No seu conteúdo
* Na sua forma:
* Na sua intencionalidade
* Nas suas relações
Problema nuclear da avaliação está na intencionalidade
Todo o ser humano é capaz de aprender!
Mudando o paradigma da avaliação
* O aluno não está aprendendo. E então? O que fazer?
* Por que o aluno não está aprendendo?
* O que podemos fazer para que aprenda mais e melhor?
A avaliação no seu sentido libertador, passa por questões proeminentes:
a) Parar, e logo no começo!
Não parar para atender o aluno em suas necessidades é suicídio pedagógico. b) A questão da “falta de base”
c)Construção dialética do autoconceito.
Saber que está na escola para aprender e “não para ter aula”, e aprender é uma possibilidade e um direito.
d) Questão do tempo
e) Postura frente ao contexto problemático do aluno
Como favorecer a aprendizagem: * Esgotar as possibilidades
* Ousar nas práticas
a) Práticas da instituição
Projeto Político-Pedagógico / Conselhos de Classe / Organização de turmas Professor orientador / Avaliação do avaliador / Atendimento individualizado Laboratório de Aprendizagem / Abertura a estagiários / Ciclos de formação
Outras práticas de transição: estudo de férias,
estudos em dependência, classes de aceleração
b) Práticas Pedagógicas em sala de aula
c) Sobre as novas oportunidades de Aprendizagem (Recuperação)
Capítulo 2
Conteúdo e forma da avaliação
1 - Avaliação Sócio-Afetiva
A preocupação do professor não é, pois, “como gerar nota”, mas, fundamentalmente, “como gerar aprendizagem”.
2 – Avaliação Cognitiva
a) Reflexão X Memorização Mecânica
Representações e práticas relativas à forma da avaliação
* Avaliação como processo:
- É a elaboração cotidiana do conhecimento.
- O registro avaliativo pode ser descritivo ou o portfólio
Instrumentos de avaliação
Apontamos a seguir alguns critérios para a elaboração dos instrumentos de avaliação numa perspectiva libertadora:
Essenciais – dar ênfase ao que é fundamental
Reflexivos – levar a pensar, estabelecer relações
Abrangentes – o conteúdo da avaliação deve ser amostra representativa do que está sendo trabalhado
Contextualizados - a contextualização permite a construção de sentido
Claros - dizem bem objetivamente o que se quer
Compatíveis - no mesmo nível de complexidade do dia a dia. Nem mais fáceis, nem mais difíceis.
Capítulo 3
Avaliação e Vínculo Pedagógico
A avaliação classificatória julga e qualifica
* Como Distorções do Ensino podemos apontar:
- Metodologia passiva - ensino de caráter transmissivo, memorização mecânica.
- Conteúdos sem sentido relevante para o aluno - alienados e alienante, desvinculados da realidade, fechados, esclerosados.
O Não – Ensino - É o vazio pedagógico, não há mediação. Podemos apontar:
* Formação Frágil
* Modismos
* Necessidade de sobrevivência pedagógica
* Demissão em serviço
Estruturando um novo vínculo pedagógico
O Projeto de Ensino-Aprendizagem
a) Conhecimento da Realidade
Três dimensões básicas para o professor organizar o trabalho
Sujeito – olha para o aluno, sua história de vida.
Contexto - o ensino se dá num certo espaço – o docente busca o conhecimento dessa realidade.
Objeto - outro nível imprescindível é o objeto de estudo.
A partir desses conhecimentos, torna sua atividade significativa.
b) Projeção de Finalidades
Quando o professor sabe onde quer chegar, tem mais facilidade, mais critério para organizar seu trabalho.
c) Elaboração de formas de mediação
Plano de ação voltado para a construção do saber.
Metodologia
- Mobilização
- Construção
- Elaboração e expressão
Avaliação
Possibilita alterar a qualidade da aprendizagem é o ensino; a avaliação vai dar subsídios para, mas não faz por.
Propiciar a interação coletiva através de diferentes formas de trabalho.
Se o aluno não aprende do jeito que o professor ensina, o professor tem de ensinar do jeito que o aluno aprende!
Capítulo 4
Avaliação e mudanças institucionais e sociais
Escola se organizar para garantir a aprendizagem de todos
Organização Geral da Escola:
- O trabalho coletivo
- Decisão Coletiva
- Estudo/ Formação contínua do professor
- Projeto Político-Pedagógico
- O Papel da equipe diretiva
* criação de um clima organizacional favorável
* criar um ambiente de confiança