sexta-feira, 3 de abril de 2009

Escolas municiapis distribuem calças que não cabem nas crianças e pais têm que recoorer a costureiras

ASSIM SÃO TRATADOS OS PRINCIPAIS SUJEITOS DA EDUCAÇÃO, NEM PRECISO DIZER O QUE PODE ESTAR POR TRÁS DE TUDO ISSO, COTIDIANAMENTE OBSERVAMOS ESTES "ERROS", "EQUIVOCOS" NA EDUCAÇÃO. PERGUNTA-SE AO INVÊS DE UM SISTEMA PATERNALISTA ONDE SE DÁ TUDO, NÃO SERIA MELHOR INVESTIR EM GERAÇÃO DE RENDA E EMPREGO, DANDO CONDIÇÕES PARA AS FAMÍLIAS TEREM ACESSO E DIREITO DE COMPRAR E FAZER OPÇÕES?

RIO - A entrega de uniformes a alunos das escolas municipais do Rio causou uma desagradável surpresa aos pais: as calças distribuídas aos estudantes não cabem em seus filhos. Mesmo após reclamar às escolas, a solução apresentada pelas unidades, segundo os responsáveis dos estudantes, seria procurar uma costureira. O problema se repetiu em três unidades da 1 Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A estudante do 4 ano da Escola Municipal Celestino da Silva, na Lapa, Carolaine Gomes, de 10 anos, ganhou uma calça que poderia ser comparada a um vestido, já que é quase maior que a altura da menina. Só restou à mãe da aluna, a auxiliar de serviços gerais Sandra da Conceição Gomes, de 36 anos, tentar consertar a peça. - Estou com duas calças das minhas filhas na costureira. Ela disse que vai precisar tirar muito pano, porque a calça é GG, muito grande. Se a escola está ajudando, por que não dá o uniforme certo? Ainda bem que trabalho, senão não teria condição de consertar - afirmou. Compra ocorreu em 2008 A compra dos uniformes foi feita no fim de 2008 por cada uma das dez CREs. No entanto, as calças e casacos estão sendo distribuídos agora nas unidades. Para a dona de casa Lidiane Pereira da Silva, 26 anos, o uniforme dado pela Escola Municipal Campos Sales, no Centro, à filha da educação infantil vai fazer falta. - Não tenho como comprar outra calça. É a única que ela tem - disse. Troca é recomendada O subsecretário de Gestão da Secretaria municipal de Educação, Paulo Figueiredo, diz que já havia recebido reclamações de pais no início do ano, que, segundo ele, foram solucionadas. Segundo Figueiredo, os problemas apresentados nas escolas da 1 CRE não foram informados, mas recomenda que os pais reclamem seus direitos. - A coordenadora da 1 CRE vai resolver o problema. Todos os pais devem cobrar que a escola troque o uniforme. Se não resolver, podem buscar a CRE e, como última alternativa, a Secretaria de Educação - disse Figueiredo, que também cita a ouvidoria como outro canal para reclamação (2503-2000). Depois desse episódio, o modelo de compra do uniforme deverá mudar. - Cada coordenadoria comprava os uniformes de forma avulsa e pela média de tamanho, por isso, aconteceram os problemas. É interessante que o modelo seja centralizado (comprado pela secretaria) e individual, segundo o tamanho de cada criança - disse o subsecretário. O ex-prefeito Cesar Maia afirma que não houve irregularidades: - Basta trocar os uniformes entre as séries, trocar com o fabricante, ou estocar para o segundo semestre. Caso semelhante em Caxias A entrega de uniformes maiores do que o tamanho das crianças também aconteceu este ano em Duque de Caxias. Cerca de 1.300 pares de tênis tamanho 44 e 1.788 conjuntos de agasalho para adultos foram encontrados pela secretária de Educação de Caxias, Maria de Lourdes Henriques, em janeiro, em um depósito do governo municipal. A compra, que foi feita pela administração passada, é investigada pelo Ministério Público (MP) e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). - Os tênis e os agasalhos estão guardados em um local para que não se deteriorem. Não podemos dar outra finalidade enquanto não forem concluídas as auditorias - afirmou a secretária. Com base nas denúncias, a promotora da Infância e da Juventude de Caxias, Andréa Amin disse que abriu inquérito civil em janeiro, mas só recebeu a documentação sobre a compra na última semana. A assessoria do TCE informou que a auditoria ainda está em andamento.

Fonte: Letícia Vieira - Extra

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