Vergonha desse governo. Mais um sistema que joga nas costas dos professores todas as responsabilidades. Quem imaginava isso desse governo. Discurso atraente antes da eleição. Agora mostra sua verdadeira face. Enquanto isso o povo que se lasque. Professor é tão vítima desse sistema quanto os alunos. O governo sim o verdadeiro culpado. Exerce seu poder de forma autoritarista, impositiva. Não ouve a rede. E vem com esse discurso furado de autonomia, de pensar nos outros. Pensam apenas no próprio umbigo. E acreditem pior que esta vai ficar e muito.
Fonte: SINPEEM
Em matéria publicada na última
segunda-feira, 12 de agosto, no jornal O Estado de São Paulo, intitulada “Faltas
de professores aumentam 20% em três anos nas escolas paulistanas”, o secretário
municipal de Educação, Cesar Callegari, definiu o crescimento do número de
faltas dos professores como “alarmante”.
Os números divulgados pelo secretário
têm a clara intenção de desviar a atenção das condições precárias de trabalho e
dos reais problemas da educação e culpar os educadores pelas ausências, causadas
principalmente por doenças a acidentes de trabalho.
A própria matéria revela que a média
das faltas está abaixo do permitido pela legislação e que a ausência que mais
cresce diz respeito às faltas para tratamento da própria saúde. Isto ocorre
porque os profissionais de educação usam as faltas abonadas e assumem as faltas
justificadas para buscar tratamento de saúde particular, já que o Hospital do
Servidor Público Municipal (HSPM) oferece atendimento precário e não possui um
programa de saúde voltado para o servidor, apesar de o governo ter formado uma
comissão de saúde que, até o momento, não surtiu efeito.
Outro aspecto relevante está
relacionado ao fato de que boa parte dos professores acumula cargos na própria
rede municipal, bem como na rede estadual de ensino, em função da falta de
valorização dos profissionais de educação, que os obriga a manter dupla jornada
de trabalho.
Esta deficiência na carreira do
magistério, somada às atuais condições das escolas, com salas superlotadas e
falta de infraestrutura, além da violência dentro e fora das unidades
educacionais, vem transformando a escola em um espaço que mais afasta do que
aproxima; um espaço de adoecimento para o professor e demais profissionais de
educação.
Como é do conhecimento de todos, a
rede municipal de educação é composta em sua maioria por mulheres. Isto
significa que, além da dupla jornada nas escolas, com problemas de toda ordem,
elas ainda têm de enfrentar uma terceira jornada em casa, dar assistência aos
filhos e à família como um todo.
Todo este processo nada mais é que
reflexo da atuação do poder público, que vem tratando a educação com absoluto
descaso, priorizando os seus investimentos em políticas assistencialistas, que
comprometem a verdadeira função da escola com o processo de
ensino/aprendizagem.
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