segunda-feira, 19 de março de 2012

Professores aprovam manutenção da mobilização e nova assembleia no dia 20 de abril

Fonte: APEOESP
No terceiro dia da greve nacional em defesa da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional, na sexta-feira, 16, a paralisação dos professores chegou a 80% no estado de São Paulo. Neste dia, cerca de 10 mil docentes participaram da assembleia estadual nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes.
Na assembleia, informei aos professores que a Secretaria da Educação comunicou a disposição de negociar a implementação da jornada do piso, de acordo com sua correta concepção (Lei 11.738/08) e não a partir da Resolução SE 8. A negociação sobre esta questão se dará em abril no âmbito da Comissão Paritária de Gestão da Carreira do Magistério, que vem se reunindo desde 2011 e atualmente discute a evolução funcional pela via não acadêmica. A SEE chegou a informar que a disposição do governo é a da implementação da jornada da lei do piso de forma paulatina até 2014.
A SEE também comunicou à Presidência da APEOESP que a Resolução 44 (férias repartidas) será revogada, retomando a partir de 2013 o calendário anterior, com 30 dias de férias em janeiro. Também informou que uma comissão do governo está analisando a possibilidade de recompor o reajuste salarial previsto para 2012, uma vez que no índice que consta na lei complementar 1143/11 para este ano (10,2%) está embutida a incorporação da GAM, objeto de lei anterior.
Frente a essas informações, os profes¬sores aprovaram a continuidade da mobilização em torno da implementação da lei do piso e as negociações, exigindo-se do governo que apresente todas as propostas por escrito. Aprovaram também nova assembleia, que será realizada no dia 20/04, às 14 horas, na Avenida Paulista. A ação judicial que a APEOESP move contra a SEE pela aplicação da lei do piso será mantida e as negociações devem ocorrer a partir da seguinte pauta, extensiva aos aposentados:
 Implementação da jornada do piso;
 Reposição salarial imediata de 36,74%;
 Integralização do reajuste salarial previsto para 2012 (lei 11.43/11);
 Incorporar os recursos destinados ao pagamento de bônus aos salários, por meio de reajustes;
 Realizar campanha contra a precarização da contratação dos professores da categoria “O”, inclusive com denúncia à Organização Internacional do Trabalho;
 Garantia de acesso do professor categoria “O” ao atendimento médico (Iamspe);
 Fim da prova dos OFAs – realização de concursos públicos para possibilitar a efetivação dos professores;
 Regularização imediata do pagamento dos professores;
 Pagamento dos dias parados e retirada das faltas dos professores que partici­param da greve;  Concretização da revogação da Re­solução 44 (fim das férias repartidas):
 Debate sobre a LC 836/97 – cons­trução de um plano de carreira que atenda as necessidades da categoria e do processo de ensino-aprendizagem dos alunos;
 Exigir do governo a apresentação de um plano de reformas, estruturação e construção de unidades escolares para garantia de condições de trabalho;
 Readmissão dos professores demiti­dos na greve de 2000.
Devemos manter os professores informados e mobilizados em todas as escolas, em todas as regiões. Por isso, as subsedes devem realizar nesta terça-feira, 20/03, as reuniões de Representantes, com dispensa de ponto, para que possam retornar às escolas plenamente esclare­cidos e transmitir todas as informações aos professores.
Nossa mobilização não acabou. Ao contrário, somente nossa pressão pode assegurar que o governo não volte atrás e possamos avançar ainda mais. Além disso, o período até 20/04, data da assembleia, deve ser utilizado para preparar a catego­ria para um nova greve, ainda mais forte, que será deflagrada se o governo não cumprir seus compromissos conosco.

2 comentários:

  1. Professor João, tenho aprendido muitas coisas visitando seu blog e me atualizando principalmente sobre assuntos pertinentes a nossa profissão. Já recorri a você muitas vezes para tirar dúvidas e agradeço pela atenção com que sempre fui atendida. Tenho mais uma dúvida: Não tenho curso de magistério mas o superior em pedagogia. Sou professora PEB I de categoria O desde agosto/2010, porém pertenci à rede estadual anteriormente no período de 1994 a 2002. Minha dúvida é quanto a faixa salarial pois recebo pela 001/A e não sei se isto está correto, já que este nível é para os que não possuem curso superior. Apresentei meu diploma na escola para tentar mudar de faixa mas a direção não aceitou alegando que não posso solicitar a evolução devido à categoria. Gostaria de saber se isto está correto, pois neste caso não vou evoluir mas solicitar que meu salário seja correspondente ao que professores com curso superior recebem. Por favor me tire mais esta dúvida. Grata, Silmara

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  2. Olá Silmara, alguma coisa esta errada, pq mesmo sendo categoria O, vc deve receber como PEB I portadora de curso superior. Nesse caso , faça a solicitação por escrito e protocole na escola, depois de 10 dias (prazo para a resposta) tiver negado, faça o mesmo pedido para a diretora regional de ensino, depois do final do mesmo prazo, faça um novo pedido para a CGRH (antigo DHRU). Vai demorar mas tenho certeza que vai resolver.
    abraços e boa sorte
    obrigado pela visita.

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