quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Reprovação aumentou e número de matrículas caiu com Alckmin no governo de SP

Essa é a maior prova que em São Paulo o Regime de Progressão Continuada virou aprovação automática, o aluno passa todos os anos do Ensino Fundamental, mesmo sem saber nada, quando chega no Ensino Médio, acabam repetindo, depois querem que os professores façam milagres, primeiro os professores deveriam virar santo para poder executar tamanho milagre. Falta de capacitação, falta de entendimento pedagógico do que é de fato o regime de progressão continuada. Em São Paulo, esse regime foi instituido, não com o objetivo de garantir melhores condições de aprendizagem para os alunos, respeitando seu tempo, limite e forma de aprender, pelo contrário, foi feito nas sombras e imposto como forma apenas de evitar a evasão, claro que algo deveria ser feito, pois os números eram assustadores, mas a forma como foi feita, ninguém até hoje engole, todos foram pegos de surpresa, a rede não foi consultada e como sempre tudo que se faz descer guela abaixo, desce de qualquer jeito e o resultado não poderia ser outro, a não ser estes péssimos resultados de retenção e evasão, sem contar que os que estão sendo aprovados na escola não sabem nada, haja vista os resultados das avaliações institucionais, que provam que os alunos saem do ensino médio com o conhecimento básico de um aluno no último ano das séries iniciais do ensino fundamental. Lamentável, e pelo jeito teremos isso por ainda anos e anos, afinal o povo deve gostar bastante, porque é a maioria quem decide. Depois não adianta ficar reclamando, a hora é agora e vale para todos os candidatos. Votem pelo melhor e não por uma cesta básica, uma dentadura ou qualquer outra coisa que ainda lembre um pais colonizado.
Fonte: 29/09/2010 - 09h00 Folha de São Paulo - EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO
Favorito a vencer no primeiro turno a eleição para o governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) viu o número de matrículas cair e os índices de reprovação aumentarem no ensino estadual durante sua gestão como governador.
No ensino médio, de responsabilidade exclusiva do governo do Estado, a reprovação cresceu de 11,2% em 2003 para 17,8% em 2006. A diferença percentual equivale a 71 mil estudantes.

No período, o ensino médio (antigamente chamado de colegial) "perdeu" mais de 260 mil alunos --saiu de 1,78 milhão em 2003 para 1,52 milhão em 2006.

No ensino fundamental também houve queda de matrículas e aumento dos índices de reprovação.
Entre 2003 e 2006, 160 mil alunos deixaram de frequentar o ensino fundamental na rede estadual. O total de matriculados caiu de 3,11 milhões para 2,95 milhões. A reprovação cresceu de 5,6% para 7,4%. A alta equivale a 44 mil estudantes.
Os dados constam do relatório do grupo de acompanhamento técnico do TCE (Tribunal de Contas do Estado) referente a 2006, último ano de governo de Alckmin.
O tucano governou São Paulo desde 2001, com a morte de Mário Covas (PSDB), de quem era vice. Em 2002 foi eleito para o mandato de 2003 a 2006.
Foi esse período que a Folha analisou, com base nos dados informados pelo próprio governo ao TCE.
O governo Alckmin conseguiu, no período, reduzir a evasão escolar, segundo o relatório. É justamente nisso que o ex-governador se apega durante a campanha, quando questionado sobre a qualidade da educação. O argumento é que ele ampliou o acesso à escola.
OUTRO LADO
A equipe de campanha de Alckmin contestou os números apresentados pela Folha.
Em relação ao ensino fundamental, a assessoria do ex-governador afirmou que não houve queda de matrículas, mas um processo de municipalização do ensino que, no final, ampliou o número de alunos na rede pública.
Sobre a reprovação no ensino fundamental, a campanha defende que foi uma variação pouco significativa.
Já sobre o ensino médio, a defesa é que a taxa de escolarização melhorou na faixa etária de 15 a 17 anos. Diz a nota da equipe de Alckmin que 64,9% dos jovens dessa faixa etária frequentavam o ensino médio e que o índice passou para 66,2% em 2009.
Isso explicaria também o aumento da reprovação. "É natural que a uma expansão significativa do acesso corresponda uma queda nas taxas de aprovação no período subsequente. O que se deve destacar é a melhoria do acesso ao ensino médio e os esforços do governo para melhorar a qualidade da educação nesse grau de ensino."

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