terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mães protestam por creche na zona sul de São Paulo; 519 crianças estão sem atendimento

E alguém ainda acredita que a promessa de garantir vagas para todos na creche será de fato concluída até o final do mandato. Me engana que eu gosto. Os políticos enganam mesmo na cara dura e o píor que uma grande maioria acredita, pois estes vencem as eleições. Bem que aprendi que o consenso e muito melhor do que o voto pela maioria, pois nem sempre a maioria tem razão, haja vista que os nobres políticos são eleitos pela maioria mesmo com suas respectivas folhas corridas. Pois isso, não se deixe enganar, vc pode ser o maior prejudicado votando sem consciência. O presente dado acaba, e eles ficam na vida da gente igual praga.
Fonte: 24/08/2010 - 11h18 - Elisa Estronioli - Em São Paulo
Onze mães das regiões do Grajaú e Capela do Socorro participam de uma manifestação na Diretoria Regional de Educação da Capela do Socorro, na zona sul de São Paulo, na manhã desta terça-feira (24). Elas cobram da prefeitura que seus filhos voltem a ser atendidos em creches da região.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 519 crianças da zona sul estão com o atendimento suspenso após o encerramento das atividades da ONG São Caetano de Thiene, no primeiro semestre deste ano. A entidade era responsável por 1.267 crianças em sete creches nas regiões do Grajaú, uma em Marsilac e a outra em Americanópolis. A prefeitura de São Paulo rompeu o convênio com a entidade em janeiro, por problemas com a prestação de contas.
Das crianças que continuam sem atendimento, 345 são do Grajaú, justamente o distrito que tem a maior demanda por creche da cidade. Segundo o último levantamento da Secretaria Municipal de Educação, referente a junho deste ano, há 5.290 crianças na fila de espera por uma vaga no Grajaú.
Ainda no primeiro semestre deste ano, a São Caetano de Thiene entrou na justiça questionando a decisão da prefeitura. Por conta da disputa judicial, houve atraso na realização de convênios com outras entidades passíveis de administrar as creches – ainda há três unidades cujos convênios estão sendo firmados.
Atendimento municipal
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, das 1.267 crianças sob tutela da São Caetano de Thiene, 748 já tiveram o atendimento retomado.
As unidades Padre José Pegoraro (213 crianças), Ives Ota (291) e Maria Fonseca Lago (64) tiveram as crianças transferidas para outros CEIs (Centro de Educação Infantil). O Jardim Casa Grande (180) voltou a funcionar, segundo Secretaria de Educação, administrado por outra entidade.
As unidades João Maria Boccardo (64), Criança Cidadã (89), Casa de Amor e Carinho (136) e Dona Alexandrina Viturina da Silva (110) ainda não tiveram o atendimento retomado, mas segundo a Secretaria de Educação, a primeira está passando por reformas e as demais estão com os novos convênios em andamento. A creche Sonho do Amanhã (120) deverá, segundo a secretaria, retomar as atividades a partir de 13 de setembro.
A São Caetano de Thiene afirma que a prefeitura deixou de fazer os repasses à entidade em janeiro de 2010. Em fevereiro, os 206 funcionários das creches já não recebiam regularmente. Desde metade de março, algumas unidades funcionavam de maneira precária. Em junho, as atividades da São Caetano foram encerradas definitivamente.
“A obrigação de oferecer esse atendimento é do poder publico, pode ser por meio de convênios ou diretamente. Há uma opção política de alguns governos pelo modelo do convênio, mas é um modelo de atendimento que implica um risco de descontinuidade, como aconteceu”, afirma Flávio Frassetto, defensor público.
A Secretaria de Educação preferiu não divulgar os nomes das novas entidades que vão administrar as creches porque alguns acordos ainda não foram publicados no Diário Oficial.

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