quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Emendas incham currículo escolar com novos conteúdos

Os deputados não conhecem a realidade de fato e não entendem na sua maioria das demandas e necessidades da educação básica brasileira, com isso aprovam várias legislações que prejudicam ainda mais a qualidade do ensino. Depois são os primeiros a jogar a culpa nas costas dos professores e não assumem as consequências das leis que aprovam. Por isso, precisamos pensar muito na hora da eleição.
Fonte: 18/08/2010 - 10h14 - Agência Estado
São Paulo - Além de português, matemática, história, geografia e ciências, nos últimos três anos os alunos do ensino básico de todo o País se viram obrigados a estudar filosofia, sociologia, artes, música e até conteúdos como cultura afro-brasileira e indígena e direitos de crianças e adolescentes. Também incham o currículo escolar temas como educação para o trânsito, direitos do idoso e meio ambiente.
De 2007 até o mês passado, emendas incluíram seis novos conteúdos na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação. Há ainda leis específicas, que datam a partir de 1997, que complementam a LDB. Outras dezenas de projetos com novas inclusões tramitam no Congresso. Esses acréscimos representam um desafio a todos os gestores, mas em especial aos da rede pública, onde a maioria dos alunos não consegue aprender satisfatoriamente português e matemática.
Na rede estadual de São Paulo, por exemplo, a Secretaria da Educação teve de cortar aulas de história no ensino médio em 2008 para cumprir a lei e aumentar as de filosofia e incluir sociologia na grade. Na época, os estudantes do período diurno tiveram uma redução de cerca de 80 aulas de história, na soma dos três anos letivos do ensino médio.
Paula Louzano, pesquisadora da Fundação Lemann, defende a discussão do currículo do ensino básico de forma integral como forma de combater os remendos na LDB, muitas vezes com tendências corporativistas. "Não sou contra as aulas de música, mas quero discutir o todo, não que cada grupo vá individualmente e faça pressão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

2 comentários:

  1. Caro João Wagner, qual a sua posição no que diz respeito ao ingresso de tais matérias?
    Será que elas incham ou trazem qualidade? Formaremos alunos comuns ou alunos que além de conhecimentos básicos, possuem a capacidade de examinar com qualidade problemas atuais e históricos?

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  2. Não sou contra a discussão de conteúdos que garantam o desenvolvimento das múltiplas habilidade e competências. O que questiono e que os membros do congresso nacional nem sempre tem essas múltiplas habilidades e competências para legislar sobre educação. Acredito que quem deveria legislar sobre isso seria o Conselho Nacional de Educação. Hj não damos conta do básico, haja vista os péssimos resultados dos sistemas de ensino nas avaliações institucionais. Vale apena lembrar tbém que os senadores e deputados estabelecem o que ensinar e o grande problema hj esta vinculado a aprendizagem, a assimilação da informação, não apenas o que ensinar, mas sim como ensinar. Eles precisam criar formas para que as escolas garantam a diversidade cognitiva no espaço escolar para que todos possam aprender no seu tempo, limite e forma. O problema e que não vejo esse compromisso, basta assistir as reuniões da comissão de educação, mtos faltas, os que estão presentes, estão lendo, falando ao celular, poucos de fato estão preocupados com a educação de verdade. Para concluir a própria legislação federal diz que os aspectos qualitativos devem sempre sobrepor aos aspectos quantitativos.

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