quarta-feira, 29 de abril de 2009

Assembleia dos professores aprova nova paralização para 29 de maio.

Fonte: APEOESP

Cerca de três mil professores reunidos em assembleia na Praça da República em 24 último aprovaram nova paralisação para o dia 29 de maio, com assembleia às 14 horas. Na data, funcionários públicos de todas as categorias paralisarão as atividades contra o governo Serra. Juntamente com os professores, as categorias do funcionalismo reivindicarão, entre outros pontos, o cumprimento da data-base ocorrida em março e, mais uma vez, descumprida pelo governo estadual.

Professores também aprovaram ampla campanha contra a política de bônus, aliada à denúncia em relação à propaganda enganosa veiculada pelo governo Serra em todos os veículos de comunicação. Segundo material do governo, professores receberam até R$ 15 mil de bônus. Uma tentativa de engôdo à população em vésperas de eleição.

A APEOESP veiculará matéria-paga e encaminhará adesivos “Salário é solução! Bônus é enganação! - Reajuste para todos, já!” como parte da campanha contra esta política.

Secretário receberá APEOESP: R.Es realizam reunião centralizada

A diretoria da APEOESP assegurou a primeira reunião com o novo secretário da Educação, Paulo Renato Souza, para o próximo dia 12 de maio, quando discutirá a pauta de reivindicações da categoria em defesa da valorização profissional e da melhoria da qualidade do ensino na rede pública estadual.

Na oportunidade, os professores representantes de escola realizarão reunião centralizada em frente à Secretaria da Educação na Praça da República. Conforme aprovado na assembleia, a centralização busca reforçar a pressão pelo atendimento da pauta de reivindicações. Portanto, todos os R.Es e R.As devem comparecer à reunião na Capital. As subsedes não devem organizar reunião regionalizada nesta data.

Fim da política de bônus; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; reposição salarial de 27,5%; reajuste para todos, já!; piso do Dieese (R$ 2.005,57 em março); concurso público classificatório em todos os níveis e disciplinas; estabilidade, já!; fim da superlotação das salas de aula; melhores condições de trabalho; novo Plano de Carreira; liberdade de cátedra; fim da municipalização do ensino, por creche e pré-escola e cumprimento da jornada garantida pela Lei do Piso (33% para atividades extraclasse), entre outros pontos, fazem parte da pauta de reivindicações aprovada pelos professores e que deverá ser debatida com o novo secretário.

A assembleia também aprovou a participação da APEOESP em todas as atividades organizadas em defesa do emprego da classe trabalhadora para o 1º de maio, Dia do Trabalhador. No site da Central Única dos Trabalhadores (www.cutsp.org.br) os professores podem checar a programação da Central nas diversas regiões do Estado. Na capital, os principais eventos da Central serão na zona leste (avenida Barão de Alagoas, s/n, Praça Lions, Itaim Paulista) e zona sul (avenida Arvoreiro, altura do número 395, Parque das Árvores, Cidade Dutra).

Anexo a este Fax, encaminhamos proposta de material específico que poderá ser utilizado nas atividades do Dia do Trabalhador.

Serra desvaloriza professores e mente para o povo na TV

Nas propagandas veiculadas pelo governo do Estado nas emissoras de televisão, São Paulo mais parece uma Suíça brasileira: nossas estradas são as melhores do mundo; o transporte coletivo – especialmente os trens de subúrbio e o metrô – funcionam que é uma maravilha. As que mostram nossas escolas, então... As escolas não têm classes superlotadas, têm bibliotecas, os alunos uniformizados e bem comportados, os professores felizes, pois ganham R$ 15 mil de bônus! Um mundo de fantasias.

Não vivemos num conto de fadas. A realidade é bem diferente.

Falta de política educacional

São Paulo não possui um Plano Estadual de Educação. E o que faz o governo Serra? Distribui material “didático” de péssima qualidade, pois contém erros crassos.

E o salário, ó!

Estado mais rico da Federação, São Paulo investe pouco em educação e paga um salário menor do que outros nove Estados brasileiros, todos com orçamentos menores.

Bônus, política nefasta

Ao invés de imprimir uma política de valorização dos professores, com reajustes que reponham as perdas salariais, o governo do PSDB há nove anos implantou a política de bônus, extremamente prejudicial à carreira. O governo não respeita a data-base do funcionalismo e nem abre negociação salarial. Se ao invés do bônus tivesse, por exemplo, concedido 5% de reajuste a cada ano neste período, os professores já teriam salários 45% maiores do que atualmente recebem.

Sem contar que gasta milhões em propaganda para enganar o povo paulista. Nenhum professor recebeu R$ 15 mil de bônus. A média, daqueles que receberam, ficou entre R$ 2 e R$ 3 mil; ou seja, na melhor das hipóteses, parte dos professores recebeu o equivalente a R$ 250,00 por mês de bônus!

De olho em 2010, Serra mente para o povo. Não se deixe enganar.

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