terça-feira, 26 de junho de 2012

Professora 'orienta' pais a dar cintadas em aluno

Não é a primeira vez que escrevo sobre violência escolar, e infelizmente não será a última. Entretanto ainda me surpreendo como as pessoas são estimuladas a potencializarem a violência no lugar de boas conversas. Sei que alguns vão dizer que conversar não basta. Mas é importante lembrar que da mesma forma que não podemos permitir que os pais decidam o que temos que fazer na escola, ou seja ensinar a ser professor; a escola não pode ensinar os pais a serem pais. Afinal não vivenciamos as multiplas realidades de nossos alunos, o que não nos qualifica para tal postura, bem como não temos formação para isso e portanto não somos habilitados a serem pais no espaço escolar.
Eu particularmente sou contra qualquer tipo de violência seja ela física ou verbal. A escola precisa sim criar mecanismos para disciplinar (no sentido de orientar e preparar) as ações coletivas na escola, afim de permitir que os alunos sejam preparados para a vivência em sociedade, alías papel cerne da escola.
Não vou julgar, porque não tenho esse direito, não estou na escola e não sei de fato toda a realidade, Mas algo é certo, esse bilhete não vai ao encontro de nada que é estabelecido nas políticas públicas de educação. Nossa sociedade já é violenta por natureza, a escola não pode alimentar e expandir esse fator complicador.
Precisamos refletir na verdade que alguns pais podem levar esse bilhete ao pé da letra e com isso espancar seu filho com cintadas e varadas, ai sim é que mora o grande problema. Isso também deve servir como elemento de reflexão. Fica a dica.
Fonte: 26/06/2012 - SIMEI MORAIS DO "AGORA"
Uma professora da escola municipal José de Anchieta, em Sumaré (a 118 km de São Paulo), mandou um bilhete aos pais de um aluno de 12 anos orientando-os a dar cintadas e varadas para educá-lo.
O bilhete, em papel timbrado da escola e escrito à mão, indica que os pais conversem com o garoto e, se isso não resolver, que partam para a agressão. "Se a conversa não resolver. Acho que umas cintada vai resolver (sic)", diz o recado, com erros de português.
Segundo os pais, o menino teve diagnóstico de dificuldade de aprendizagem há dois anos. Ele está na 5ª série e passa por acompanhamento psicológico.
Em outro trecho, a docente afirma: "Esqueça tudo o que esses psicólogos fajutos dizem e parta para as 'varadas'".
A família diz que o aluno sofreu bullying dos colegas após críticas da professora. Os pais teriam procurado a direção, mas não tiveram resposta.
A prefeitura afirma que o aluno continua a frequentar as aulas e que a família foi atendida pela equipe de orientação educacional da escola após a direção tomar conhecimento do bilhete.
Segundo a nota, a Secretaria Municipal da Educação está tomando medidas administrativas e pedagógicas.
A pasta "solicitou à direção que relate os fatos por meio de ofício para que as medidas cabíveis sejam tomadas", afirma o texto.
A secretaria informa ainda que a direção da escola não sabia do envio do bilhete, que, pelas regras, deveria ter passado pela orientação ou coordenação, antes de ser entregue aos pais. O nome da professora não foi divulgado.

Um comentário:

  1. Concordo com você joão, pois violência só gera violência, e muitas crianças ja encontram essa violência ostensiva na nossa policia então nos professor temos de trazer um ambiente comfortavel e agradavel sendo ele onde for.

    Felipe Quaresma

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