quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pais e alunos acusam professores de fraudar avaliação de SP que dá bônus salarial

Alguma coisa de errado tem sim. E muito difícil (para não dizer raro) uma escola tirar 10 no idesp em matemática, pois com esse resultado, todos os alunos sabem tudo de matemática. Ta na cara que houve alguma coisa. Mas será que isso somente aconteceu nessa escola. Mas para resolver; algo muito simples pode ser feito. Porque não aplicar uma nova prova com o mesmo grau de dificuldade. Coloque fiscais e pessoas sérias para aplicar a prova. Com o resultado (que duvido que será igual) faz uma comparação e pronto. Assim ninguém precisa descobrir a roda. Mas pelo o que conheço do sistema. Daqui alguns dias todo mundo esquece e fica por isso mesmo. Assim caminha a humanidade e a vergonha nas escolas públicas paulistas.
Fonte: 04/04/2012 11h07 UOL, em Sorocaba
Um resultado que deveria ser comemorado por pais e alunos se transformou em motivo de polêmica na Escola Estadual Reverendo Augusto da Silva Dourado.
A unidade de ensino, que fica em Sorocaba, a 90 quilômetros de São Paulo, obteve 9,3 no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) de 2011, entre as escolas dos anos iniciais do ensino fundamental. O índice vai de 0 a 10.
No entanto, pais e alunos acusam a escola de fraudar a avaliação estadual, que é revertida em bônus salarial para professores e funcionários. Segundo os relatos, os estudantes teriam sido ajudados pelos professores durante a aplicação das provas de português e matemática.
Alguns pais de alunos ouvidos pela reportagem consideram que o resultado, que coloca a unidade no topo do ranking entre escolas de 1º ao 5º ano, não reflete o nível de aprendizado de seus filhos. “Não adianta nada ver essa nota e os nossos filhos continuarem com dificuldades. Essa não é a realidade”, afirma Alessandra da Silva, mãe de um aluno da Reverendo Augusto da Silva Dourado.
Acusação de fraude na prova
Os alunos conseguiram nota máxima em matemática e 9,2 em português, o que resultou na média de 9,3. A nota ultrapassa o dobro da média das escolas do 5º ano de São Paulo, que foi de 4,24. Em 2010, a escola sorocabana obteve uma média de 6,07.
Durante uma visita ao bairro, que fica na zona industrial da cidade, é fácil ouvir comentários sobre o assunto. A mãe de uma aluna que participou da prova disse que a filha tirou dúvidas com uma professora.
“Ela [a aluna] disse que não tinha entendido bem as questões e a professora explicou melhor cada assunto”, afirma Raquel Laminda dos Santos, 30. Ela comentou ainda que o fiscal não teria se incomodado com a presença da professora de classe na sala, durante a avaliação do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo).
Há relatos, ainda, de que os melhores estudantes teriam respondido mais de uma prova: "Eles terminavam rápido e faziam a prova de quem faltou”, contou uma aluna.
Investigação
A diretora da Escola Estadual Reverendo Augusto da Silva Dourado, Vicentina de Jesus, nega qualquer tipo de fraude. Ela diz que a unidade de ensino se empenhou para melhorar a colocação no ranking. “As pessoas pensam que só alunos de escolas particulares têm o direito a ensino de qualidade e nós mostramos que não”, afirma categórica. “As professoras apenas aplicaram um simulado antes da prova e nesse dia, sim, ajudaram os alunos”, completa.
Por nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que já solicitou à Fundação Vunesp, responsável pela aplicação do Saresp, um relatório sobre as circunstâncias da prova realizada na Escola Estadual Reverendo Augusto da Silva Dourado, em Sorocaba. Com base nos esclarecimentos prestados, a secretaria decidirá quais providências serão tomadas.
A secretaria ressalta que o exame não foi aplicado por professoras da própria escola, mas sim por um docente de outra unidade para garantir a idoneidade do Saresp.
Com as denúncias, o Ministério Público em Sorocaba decidiu investigar o caso. O promotor Antonio Domingues Farto Neto pretende acionar as promotorias da Infância e da Juventude e Criminal e a Delegacia da Infância e da Juventude. Ele explicou que o fato de haver premiação aos docentes das escolas que conseguem bons resultados caracterizaria um crime de estelionato se for comprovada a ajuda dos professores.

Um comentário:

  1. Raridade jamais,está prática e muito comum e todo mundo sabe,pois as avaliações vieram com um propósito,mas'''''''''como sempre estão rankiando as escolas e com isso os tais Educadores preferem mentir ao invés de assumir.

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