segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

GOVERNADOR DE SP CHAMA PROFESSORES REPROVADOS PARA DAR AULAS

Assim que teremos qualidade?.... Tantas regras, tantas inovações e no final caimos na mesma coisa. professores que não passaram na prova, agora podem dar aula, isso que não entendo, antes não podiam e agora podem. Qual a diferença? antes quem não fez a prova não poderia ser contratado, agora podem. Mas isso ninguém divulga em solenidade. A educação esta de mal a píor e o governo brinca de escolhinha. Nem em 2100 seremos uma das 10 potências em educação. Com essas patacoadas, acho que nunca.
Fonte: Secretaria da Educação e Folha de S.Paulo
Além de chamar docentes que não conseguiram atingir metade dos 80 pontos possíveis na prova, aplicada em novembro passado, a Secretaria da Educação permitiu, por meio de uma resolução publicada na última sexta-feira (24/2) no Diário Oficial, que lecionem professores temporários que nem fizeram a prova.
A gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) alega que a medida é necessária por conta da insuficiência de professores concursados ou aprovados no exame da rede estadual paulista. E para suprir afastamentos de efetivos.
Com essa e outras medidas em nota à imprensa, o governo diz que pretende atenuar a falta de professores.
A primeira foi a realização de concurso público, com nomeação de 14 mil novos efetivos. Houve ainda redução do período em que o temporário deve ficar fora da rede.
Em 2012, a lei do então governador José Serra exigia que o professor temporário ficasse 200 dias fora da rede após um ano de trabalho. Agora, a "quarentena" caiu para 45 dias.
Numa entrevista ao jornal Folha de São Paulo, sábado (25/2), a coordenadora da pedagogia da Unicamp, Maria Marcia Malavazi, afirmou que as medidas são insuficientes. "Para haver mudança profunda na educação, o governo tem que dar condições de trabalho aos docentes semelhantes a de um executivo, não migalhas. Senão, quem vai querer lecionar?".
Em 2011, o governo aprovou lei que prevê reajuste de 42% no salário base dos professores, em quatro anos. O salário inicial de um docente hoje como PEB II é R$ 1.989.
Na última avaliação nacional, 70% dos formandos nas escolas estaduais de SP tiveram desempenho considerado insuficiente em português.
Ainda no Jornal Folha de São Paulo - o jornalista Fábio Takahashi declara em sua matéria que, tradicionalmente, o deficit de docentes é maior em bairros mais carentes da capital paulista, mas atinge também as áreas centrais.
Nesta segunda-feira (27/2), quase um mês após o início das aulas, serão convocados professores para 35 dos cerca de 75 colégios da diretoria Centro-Oeste da capital, que engloba bairros como Moema, Pinheiros e Morumbi.
Segunda melhor escola da capital, a Rui Bloem (na Saúde) chamará docentes de sociologia, geografia, física, educação física e arte.
Fique de Olho: o tema educação deverá ser um dos pontos centrais da eleição deste ano na capital, na qual poderá haver dois candidatos ligados à área: Fernando Haddad, pelo PT, e Gabriel Chalita, pelo PMDB.

6 comentários:

  1. Essa chamada "emergencial"foi previsto por nós, professores, muito antes disso tudo acontecer,pois todos sabiam que iria faltar professores na rede. O governo quando implantou essas "medidas", como a prova e outras,não houve nenhum planejamento.Nessas burradas,quem perde é a educação, como sempre.Será que é tão dificil planejar? Bom para quem não passou, será chamado merecidamente!

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  2. Também, é mais mão de obra escrava, São professores que receberão depois de 2 ou 3 meses. Para o governo é interessante realizar esse tipo de coisa. os que estão agora trabalhando como "O" sabe-se la quando receberão salário. Temos que paralizar sim.

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  3. Infelizmente concordo com os colegas. A educação esta perdida. Todos nós sabiamos que existiria a falta de professor e com isso o governo cria essas manobras e contrata como OFA Categoria O cobrando os mesmos deveres, mas não oferecendo os mesmos direitos, uma afronta ao princípio de justiça.

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  4. Desconheço qualquer outra categoria que é OBRIGADA ano após ano, a participar de uma provinha, que não corresponde a nada, fica sendo hostilizada, desmerecida, desapropriada socialmente como a nossa e ainda responde pelas mazelas do mundo, da falta de estrutura, daqui a pouquíssimo tempo não teremos mais advogados, médicos, sociólogos, pensadores, afinal, as bases educacionais estão ruindo e com elas nossa convicção de educadores.

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  5. Já não há muitos bons médicos, bons advogados, bons engenheiros, enfim, bons profissionais de qualquer área pois a educação em todos os níveis está indo de mal a pior. Quando é que vão se dar conta disso...

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  6. De verdade, penso que vai demorar muito. Usam mais a educação como estratégia política do que de fato com compromisso com a melhora do ensino, para melhorar a sociedade. Eles preferem assim, pois podem manipular e continuar a enganar.

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