sábado, 29 de outubro de 2011

Alunos da USP exigem polícia fora do campus

As vezes fico me perguntando o que é AUTONOMIA? Quem tem que ter autonomia é o governo e os órgãos oficias da USP, não os alunos. Tenho a sensação que na USP (é falo isso pq já estudei lá) os alunos pensam e acham que lá é terra de ninguém. Podem tudo. E quando questionados usam o argumento do Estado Democrático de Direito. Pura balela, até porque precisamos da democracia e se a lei diz que é proibido usar drogas ilícitas (é querendo ou não a maconha é uma delas), também vale para a USP. E quando os alunos ingressam na instituição sabem das regras, mas depois querem criar suas próprias regras. Deveriam esses mesmos alunos invadirem a reitoria para pedirem melhores condições de infraestrutura, de aprendizagem. Mas isso não é interessante, até porque precisam de tempo para usar drogas e o estudo fica em segundo plano. Nesse caso concordo sim com o governo, tem que ter mesmo mais policiamento e claro que devem ser treinados, não só para atuar na USP, mas sim em todo espaço público financiado com o dinheiro de todos os contribuintes. Não concordam com as regras? Procurem uma instituição que atenda a suas necessidades e demandas.
Fonte: 29/10/2011 Folha de S.Paulo
O grupo de estudantes da USP (Universidade de São Paulo) que invadiu o prédio da administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) afirmou ontem que só desocupará o local se a Polícia Militar deixar de fazer o policiamento no campus do Butantã (zona oeste).
Anteontem à noite, cerca de cem alunos ocuparam o imóvel após um confronto entre estudantes e policiais militares.
A briga ocorreu após a PM deter três estudantes que fumavam maconha em um carro. Segundo a PM, dois policiais e dois jornalistas se feriram e seis carros foram danificados.
Em nota divulgada ontem, os universitários pediram que a PM seja impedida de atuar no campus "em qualquer circunstância".
Além disso, solicitam garantia de autonomia nos espaços estudantis e a retirada dos processos criminais e administrativos contra estudantes, professores e funcionários.
Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que o eventuais excessos serão apurados, mas que "ninguém está acima da lei". "Não tem nenhum estudante ferido, nós tivemos policial ferido e várias viaturas danificadas." Segundo o DCE, alunos ficaram machucados.
Em entrevista à rádio CBN, o reitor da USP, João Grandino Rodas, defendeu a presença da PM no campus e disse que levará os fatos para análise do Conselho Gestor da universidade. "Se perceber abuso certamente a universidade tomará as cautelas necessárias e fará as ações para que realmente coisas desse tipo não mais voltem a acontecer.
A presença da PM no campus foi decisão quase unânime do conselho, após a morte do aluno Felipe Ramos de Paiva, em maio.
Há 50 dias, a USP assinou convênio com a Secretaria de Segurança Pública que prevê um policiamento especial, mas a ronda ainda é feita por PMs sem preparo específico.

2 comentários:

  1. Seu texto está bem equivocado, não é só a questão das drogas, o buraco é mai embaixo.
    Chega de senso comum!

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  2. Olá Anônimo. Todos nós sabemos que o problema não é apenas em relação a drogas. Contudo esse foi o motivo para a gota dagua e na verdade é uma realidade na universidade. Eu estou fazendo minha 3 pós na USP e conheço bem essa estrutura, não sou nenhum aventureiro quando escrevo sobre a universidade. Se vc se deu ao trabalho de ler um pouco mais no blog, deve ter percebido que tento fugir do senso comum, mas as vezes ele precisa ser sempre pontuado para não cair no esquecimento, bem como todos os outros problemas, como falta de abertura para negociação, a escolha do reitor e todos os outros problemas inerentes a universidade, a quem administra e claro para quem estuda.
    Mas respeito sua opinião.

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