sábado, 14 de maio de 2011

Proposta de aumento de 11% "só nos fortaleceu", diz sindicalista sobre greve nas Etecs e Fatecs

Fonte: 13/05/2011 - 18h22 Karina Yamamoto Em São Paulo
O anúncio de reajuste de 11%, ofecerecido aos funcionários e professores das Etecs (Escolas Técnicas) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia), só "fortaleceu" o movimento grevista da categoria -- essa é a avaliação do sindicalista Robson Manfredi. Segundo ele, unidades que ainda não haviam decidido sobre a paralisação começaram a aderir após esse anúncio.
Os funcionários decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, no dia 10 de maio.
Manfredi explica que os professores e funcionários acharam pouco, principalmente diante dos 42% prometidos aos professores nos próximos quatro anos pelo governo estadual paulista.
O Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza) estima adesão de 50% dos funcionários e docentes, cerca de 8.000 profissionais. Nas assembleias setoriais realizadas no começo da semana, cerca de 70 unidades estavam dispostas a cruzar os braços.
Segundo a assessoria de imprensa do Centro Paula Souza, haverá adesão parcial em apenas 5,4% das unidades. No levantamento realizado por eles, não haverá paralisação em 84,9%. Foram computadas informações de 239 unidades que responderam à consulta até o momento. No total o Centro administra 247 unidades.
A Assessoria esclarece que as aulas não dadas serão repostas.
O governo anunciou ontem (12) aumento de 11% aos profissionais contratados pelo Centro Paula Souza -- o salário inicial para jornada de 40 horas passa de R$ 2 mil para R$ 2.220,00 para os professores das Etecs, e de R$ 3.600,00 para R$ 3.996,00 para os docentes das Fatecs.
Segundo o sindicato, a maioria dos professores são "horistas" -- e, para eles, o que vale é o valor da hora-aula. Nas Etecs, a hora-aula passa de R$ 10 a R$ 11,10 e, nas Fatecs, de R$ 18 a R$ 19,98.
Na próxima sexta-feira, o comando do movimento tem reunião marcada para decidir se a greve continua.

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