quarta-feira, 14 de julho de 2010

Brinquedo quebrado é estímulo, diz vice-prefeita

É o famoso para inglês ver. Que palhaçada essa declaração da prefeita interina. Agora a mesma histórinha vale para a escola. Professor não tem material didático, cria, professor sofre violênica, proteja-se, professor tem lousa quebrada, arruma. E assim vai, essa é a política de qualidade do serviço público. Ou seja façam mágica, mesmo sem condições, façam milagre, para que o professor consiga dar aula. Só esqueceram de lembrar que professor não trabalha em circo e que professor não é santo. Professor infelizmente sofre com as péssimas condições de trabalho.
Fonte: 14/07/2010 - Mateus Parreiras do Agora
Ao encontrar equipamentos esportivos estragados e emendados de forma improvisada, ontem, em um Clube Escola da Vila Maria (zona norte de SP), a prefeita interina Alda Marco Antonio (PMDB) considerou que as condições são "estímulos" para as crianças. A unidade é uma das 36 do programa Super Férias da prefeitura, que oferece atividades de lazer aos jovens.
No Clube Escola, as 180 crianças que participavam das recreações e atividades culturais e artísticas tinham, por exemplo, uma mesa de pingue-pongue furada para brincar. A rede do jogo também estava frouxa, presa por pedaços de papelão e amarrada em barbantes. Os tabuleiros de xadrez e dama eram de papel e estavam no chão, voando com o vento e pisoteados por meninos que jogavam bola no local. O pebolim era precário, desnivelado e com várias peças tortas.
Ainda assim, a prefeita interina considerou as condições saudáveis. "Quando você tem um aparelho deficiente, você estimula o menino a colaborar, a reformar, a fazer seu próprio instrumento."
O programa consumiu R$ 339 mil para dar atividades esportivas e artísticas a 60 mil crianças da capital. "[Se] Não tem a rede, vamos estimular os próprios alunos para que façam uma rede nova. [Se] Faltou um cartão, vamos estimular o aluno para que ele desamasse esse cartão. Mas que jogue assim mesmo, porque o que vale é o raciocínio e o empenho, e não o equipamento de primeira qualidade", afirmou Alda.
"Só sobra a bola para a gente jogar, mesmo. O ruim é que o espaço é apertado e só sobra um gol, porque existe a cesta de basquete em cima do outro", disse uma criança.
O coordenador das atividades, André Luiz de Oliveira, reconheceu o problema. "Tivemos uma grande reforma. O próximo passo é consertar equipamentos", disse.
RespostaA prefeitura foi procurada ontem para comentar as declarações de Alda, mas, até a conclusão desta edição, não havia enviado um posicionamento.

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