sábado, 23 de janeiro de 2010

São Paulo admite ter de usar professor reprovado em exame

Isso mostra o compromisso do governo com a educação!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
É triste, mas é verdade, essa é a política pública de educação do Estado mais rico da federação. Incoerência total. As vezes penso que o governo tem prazer em desmoralizar a classe dos professores, tamanha são as mentiras contadas e mostradas para a população de um universo criado e que só existe para os representantes do governo e da secretaria de estado da educação.
Professores OFAs não se iludam, embora o processo seletivo foi classificatório, primeiramente os aprovados no processo escolhem, depois os OFAs que não conseguiram a nota mínima para serem classificados.
Fonte: 23/01/2010 - 08h14 - FÁBIO TAKAHASHI - da Folha de S.Paulo
A Secretaria da Educação de SP anunciou ontem (22) que poderá atribuir aulas a professores reprovados em seu processo de seleção para docentes temporários para a educação básica.
Dos temporários que já trabalharam na sala de aula (pouco menos da metade do total de docentes), 40% foram reprovados --não conseguiram acertar metade das 80 questões.
Segundo o secretário da Educação, Paulo Renato Souza, haverá dificuldades para preencher vagas em algumas escolas, principalmente para as matérias de física e matemática.
Ao justificar a possibilidade de convocar professores reprovados, o secretário afirmou que "a nossa prioridade é garantir aulas aos alunos".
Os sindicatos do setor dizem que é quase certo que os abaixo da nota de corte sejam convocados, principalmente para atuar na periferia das cidades da Grande SP, onde o desempenho dos alunos já é mais baixo.
Ainda não é possível saber quantos dos reprovados terão de lecionar, pois o processo de distribuição de aulas não começou --primeiro escolhem os concursados; os temporários preenchem as aulas que faltam.
Apesar do ano passado ter terminado com 80 mil temporários e cerca de 130 mil concursados, a rede chegou a precisar de mais de 100 mil não concursados (para suprir casos como licença e aposentadoria).
Além dos temporários, o exame também foi feito por outros candidatos --total de 182 mil, dos quais 48% não atingiram a nota de corte. O total de aprovados foi de 94 mil.
Novo discurso
A prova para seleção de temporários foi adotada no ano passado pelo governo José Serra (PSDB). Antes, o critério para a contratação eram os diplomas do candidato e o tempo de serviço. Ao lançar o projeto, o governo afirmou que quem não atingisse a nota mínima não poderia lecionar. A possibilidade de reprovados darem aulas neste ano letivo foi anunciada ontem.
Paulo Renato afirmou que o corpo docente deste ano está melhor. A explicação do secretário é que foi "uma inovação" classificar docentes com base em seus conhecimentos.
Disse ainda que, caso tenha de contratar os reprovados, serão selecionados os de melhor desempenho. Além disso, a pasta irá criar cursos a distância para capacitação específica em física e matemática.
Um atenuante para o desempenho dos docentes, afirma Paulo Renato, foi a dificuldade das provas, consideradas por ele como "complexas e longas".
O presidente do CPP (um dos sindicatos dos docentes), José Maria Cancelliero, teve avaliação semelhante. O exame foi feito pela Vunesp, que aplica o vestibular da Unesp.
Além de permitir que reprovados lecionem, o governo alterou outro critério. Inicialmente, só iria valer a nota da prova. Após negociar com sindicatos, a pasta decidiu levar em conta o tempo de magistério (que dá bônus de até 20% na nota).

3 comentários:

  1. Prezados colegas educadores !

    Toda a imprensa ( todos os jornais) trouxeram a informação que quase a metade dos professores não passaram na prova. Quem lê essa noticia vai (claro) acreditar que a situação (péssima) da educação e culpa dos professores. No entanto sabemos que não é bem assim. A bibliografia para a prova foi extensa o prazo muito curto e a prova muito dificil.
    Por que os jornais não deram a seguinte manchete - MAIS DA METADE DOS PROFESSORES DE SP PASSARAM NA PROVA PARA DAR AULAS (isso e verdade e poderia muito bem ter sido a manchete) reflitam!!!!!! Quando a imprensa coloca na primeira página (FOLHA, JORNAL DA TARDE, DIÁRIO DE SÃO PAULO, UOL EDUCAÇÃO) manchetes dizendo que quase a metade dos professores não acertaram 50% da prova induz o leitor a acreditar que a situação está ruim por culta dos professores. Triste, muito triste...........

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  2. Bom no meu ponto de Vista, Todos deveriamos é nem ir a atribuição, porque estudar tirar nota nesta prova se voce é descriminado por não ter pego aula em 2007, não importa a bibliografia do concurso, não importa estarmos sempre nos atualizando, o que vejo na rede é descriminação em todos os setores, fui capacitada numa prova duas vezes, sou L mesmo se gabaritasse escolheria depois dos F, que diabos é essa prova então? pergunto e fico deveras triste. Por que? garantir a esse governadorzinho e seus secretáriozinhos de araque que inicie-se o ano letivo, não temos meritos de nada, não temos direito a nada, somos o tempo todo excluidos, que classe é a nossa que aceita tudo de cabeça baixa, viramos capacho, ditadura, burrocracia, exclusão, são sinonimos de um governo chamado Serra, acredito que daque para frente poderá começar sumir professores e anos depois encontrados os ossarios. Desculpe a Revolta, é que vejo todos apenas discutindo e esperando para darmos uma resposta a esse governador e equipe incompetentes. que apenas oprimem os professores, e nossa classe que depende de ações de alguns poucos que junto com o sindicato tentam, mas falham dando sempre a palavra a esse governo, não temos que reinvindicar nada, temos que atirar na cara deles a constituição Brasileira, temos que parar e deixar o estado de São Paulo sem os tais professores ruins, quero ver se o tal governo não acaba com isso, com prova de merito, eu que estou na rede desde 2006, ja fiz varios cursos na rede do saber, ou seja, sempre me atualizo, tirei nota boa na prova desclassificatória, opressora e descriminatória, tenho que esperar todos os F escolherem primeiro, depois 0s que não atigingiram a nota minima da prova irão coitados escolher. ora vamos dar um basta nisso, ninguem vai a atribuição e aguarde em casa, sei que muitos tem que honrar com suas dividas, mas pessoal ta na hora de colocarmos alguma coisa em jogo, porque ao meu ver ano que vem não haverá professor na rede, porque voce trabalha um ano e "descansa" outro então se ano que vem não vamos comer, porque não damos um basta ja. é para se pensar, estou muito chateada e me desculpe os erros.

    1 de fevereiro de 2010 12:13

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  3. O secretário da Educação Paulo Renato, e o governador José Serra, também deveriam fazer uma provinha de 500 questões, conforme o grau do cargo, preparada por cobras da administração, inclusive com dissertação. E ver como eles iriam sair. Se reprovarem, que percam o cargo por incompetencia probatória. Pois nunca vi ninguém ter que fazer prova para conseguir aumento, ou para ter que dar aula, a não ser que seja concurso para efetivar. Quanta Burrocracia e insensatez. Muitos estam pensando em abandonar a educação, não aguentam mais serem tão sacrificados. Cheeeeeeegaaa!
    Márcio

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