sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Piso do professor no país será de R$ 1.024,67

O que me deixa indignado é que quando ocorre aumento dos salários dos políticos ninguém reclama, nenhum governador, prefeito, deputado, senador, vereador, pelo contrário se puderem, ganham muito dinheiro as custas do povo que paga os impostos e estes salários. Já quando se fala de aumento de salário para professor as coisas se invertem, infelizmente vivemos em uma sociedade que inverte muito os papéis, e a necessidade social de cada profissão. Qualquer pessoa sabe que a melhora e crescimento de uma nação, obrigatoriamente passa pela educação. Entretanto no nosso país, a educação serve para fazer politicagem, propaganda enganosa, projetos matusalém, entre outras atrocidades. Professor precisa ganhar bem sim, não que os outros profissionais não sejam merecedores, pelo contrário, todos merecem viver com dignidade. Mas tenho a impressão que existe uma corrente política que são contra os professores, e que querem jogar a culpa pela falta de qualidade não na administração política e sim nas costas dos professores. O píor que quem esta fora do meio, acaba acreditando no governo que tem dinheiro para fazer a lavagem cerebral através dos meios de comunicação. E passam uma imagem mentirosa, inventada, o que nos deixa ainda mais tristes e indignados. Enfim, acho pouco ainda esse piso, pelo excesso de trabalho, pela falta de infraestrutura, pelo excesso de violência, pela ausência do governo na escola, professor pelo o que recebe, ainda faz muito, mas muito mesmo.
Fonte: Agência Estado - 31/12/2009 - 13h38
Brasília - O piso salarial dos professores da rede pública do país aumentará de R$ 950 para R$ 1.024,67 em 2010. O reajuste, anunciado ontem pelo MEC (Ministério da Educação), será de 7,86%. O valor é R$ 255,05 a mais do que o salário médio do brasileiro no mês de outubro. A lei do piso foi aprovada em 2008 e a categoria é a única no País a ter um salário mínimo próprio. Em 2009, segundo uma regra de transição, os municípios podiam pagar até dois terços do mínimo fixado. Quando a lei foi aprovada, cerca de 37% dos professores do País recebiam menos do que o piso.
Atualmente, não há estimativas de quantos municípios ainda não conseguiram pagar o valor completo. Estudo feito pelo MEC neste semestre mostra que o salário médio de professores do País era de R$ 1.527 em 2008. Uma pesquisa da USP indicou que o professor de ensino fundamental da rede pública recebe, em média, 11% mais do que o da rede privada.Para o presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski, boa parte das prefeituras terá dificuldade em arcar com novos custos em 2010, quando municípios terão de obedecer o piso definido pela lei. "Além do piso mínimo do professor, haverá outros aumentos que as prefeituras terão de pagar", afirmou.A secretária de comunicação da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Célia Tavares, defende que o governo federal ajude os municípios que não conseguem pagar o salário mínimo a seus professores.
A lei do piso determina que a União ajude Estados e municípios que provem essa incapacidade. "Esse valor ainda está aquém do que consideramos efetivamente a valorização do magistério", afirma. "Mas sabemos também que existem municípios que não conseguirão pagar." O aumento foi anunciado ontem pelo o ministro da Educação, Fernando Haddad, depois de uma consulta à AGU (Advocacia Geral da União) sobre como fazer o cálculo do aumento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

3 comentários:

  1. Prezado colega,
    Feliz Ano Novo!!
    Gostaria de saber de prof. aposentado tb entra nesse aumento.
    Obrigada.
    Ana Maria

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  2. Olá Ana Maria,
    a lei do piso vale para os professores da ativa, infelizmente os políticos estão esquecendo dos aposentados. Cidades e Estados com verbas maiores pagam mais que o piso e criam na verdade um número imenso de gratificações que não são incorporadas e que não são pagas aos aposentados. Isonomia salarial apenas no papel e na Constituição Federal, infelizmente quem deveria cuidar disso, cuida apenas do próprio bolso.

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  3. Caros colegas,
    O professor necessariamente é um ser político também. É um erro separarmos educação e política. Quando digo política, não é a partidária, mas algo próximo à cidadania. Então, quanto mais proletarizado for um professor, piores serão as suas aulas, pq serão aulas despolitizadas, sem qualquer sentido político em sua essência. É o que acontece com a maioria.
    Há uma massa de professores superproletarizados que fazem parte das redes municipais e estaduais que estão espalhadas pelo país.
    Normalmente é uma massa despolitizada que, dos baixos salários e da ausência de boas perspectivas se empobrece intelectual e financeiramente. É um processo longo, ininterrupto e que, se for interrompido, se reverterá, com ações, apenas, no espaço de muitos anos.
    Mas, então, considerando essa situação de proletarização. Que tipo de pessoa estes professores superproletarizados conseguem ajudar a formar?
    Gente politizada, que sabe o seu espaço num país que se quer democrático? Gente que combate a desigualdade de maneira justa e equilibrada? Gente que aceita de maneira bovina as mentiras que são contadas todos os dias nos jornais que aderiram às correntes políticas em voga?!
    Obviamente os professores proletarizados ajudam a formar, apenas, um exército de despolitizados, despossuídos políticos que, como indigentes políticos, vivem no país de maneira acessória.
    Qual será a razão, então, de termos vergonhosos e sucessivos aumentos de salários dos parlamentares e nada, absolutamente nada é feito para se combater esse tipo de violência?!?!
    Em nenhum lugar do mundo dito civilizado, há um ato tão vergonhoso e violento como esse, desigual no que há de pior, de grandes aumentos para parlamentares em detrimento de pequenos e controlados "aumentos salariais" para a maioria que vive ao redor.
    A impressão que se tem é que vivemos numa espécie de grande matadouro. Somos uma população bovina que é, desde a escola, preparada para não agir politicamente.
    Então, enquanto tivermos professores proletarizados, teremos também um ação política que foi construída para anular toda a ação política que possa vir das bases.
    Marcelo Gomes

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