segunda-feira, 6 de abril de 2009

Mais um editorial que colabora com o descrédito da instituição chamada escola. É importante ficarmos atento a fatos. Até hoje a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo não divulgou o nome dos professores que tiraram zero na prova como consta no editorial, então pergunta-se será que existe este número mesmo de professores que tiraram zero e estão em sala de aula? Com relação ao PROCESSO SELETIVO este em momento algum e em nenhuma legislação consta que os aprovados seriam efetivados ou teriam estabilidade, até porque a estabilidade somente pode ocorrer se houver mudança na constituição federal o que até hoje não ocorreu, logo o PROCESSO SELETIVO serviria apenas para estabelecer uma nova classificação dos docentes OFAs (Ocupante de Função Atividade) contratados pela Lei 500/74, pois seria levado em consideração o tempo de serviço, títulos e a nota da prova. Não sou contra a prova e muito menos contra o processo seletivo, sou a favor de CONCURSO PÚBLICO para efetivação dos professores, pois o professor OFA não muda de escola porque ele quer, simplesmente porque ele na atribuição precisa escolher um número de aulas ou uma classe e nem sempre tem a classe ou aula na escola do ano anterior, e todos nós sabemos que professores e gestores se permanecerem na mesma escola terão resultados melhores, e como hoje na rede existem muitos professores contratados isto colabora para que as metas não sejam atingidas e isto não é culpa do professor e sim da forma como o sistema estabelece as regras e as normas que nem sempre são pensadas no âmbito pedagógico e sim em números, gráficos e eleições como a do ano que vem. É imperativo que a mídia entenda realmente o que se passa na rede, nas escolas e nas salas de aulas para terem base e fundamento para estabelecerem editoriais, pois dentro de uma redação e sentando em frente a um computador de fato é difícil entender, explicar e escrever sobre educação ou qualquer outro assunto. Professores não são vandalos, selvagens, são profissionais que se dedicam integramente a um ofício que é extramente difícil, mas recompensador. Ser professor é entender e aprender com o olhar do outro, é o trabalho e ação colaborativa que cotidianamente fomenta as discussões e a criação de novos olhares. Editorial do Jornal Agora São Paulo 06/04/2009 Professores nota zero Não devia ter muito mistério: professor precisa acompanhar o aluno, estar presente em classe, estar vinculado à escola onde dá aula. Mas a realidade do ensino público estadual é outra. Dos 230 mil professores da rede, cerca de 100 mil são temporários. Ou seja, 44% dos professores são do tipo que é chamado para cobrir faltas dos outros. Podem perder o posto a qualquer momento e, pior ainda, não foram selecionados de forma rigorosa. Em resumo, a precariedade é total, com efeitos péssimos para o aluno, e para o professor também. Junta-se o descompromisso pessoal com a má qualidade do ensino. Em Brasília, o Conselho Nacional de Educação determinou que só 10% dos professores podem ser temporários. Para chegar a essa porcentagem, a escolinha do governador José Serra vai ter de suar bastante. Até que tentaram uma solução. O governo quis fazer uma prova para selecionar, entre os professores temporários, aqueles que poderiam ser efetivados. O resultado foi de assustar. Muita gente terminou com nota zero. E aí entrou a Apeoesp, sindicato dos professores da rede pública, melando o concurso na Justiça. Os professores nota zero continuam por aí, dando aulas precariamente. Enquanto isso, em Diadema, professores que participavam de um protesto da Apeoesp deram uma lição de selvageria. Depredaram a Câmara Municipal da cidade por estarem em desacordo com uma lei que estava sendo votada pelos vereadores. Conclusão: muitos professores continuam a ser temporários, mas a má qualidade do ensino parece permanente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário