Proposta importantíssima. Pois de modo geral os pais fogem do espaço escolar e ainda infelizmente alguns assumem que essa responsabilidade é da mãe. Ai fica difícil. E necessário que o pai assuma sua parcela na educação do filho. E que usem a abonada para irem de fato a reunião e não apenas chegar na escola e fazer como muitos. "Professor pode ir mais rápido, porque tenho o que fazer em casa", é um absurdo, muitos responsáveis não ficam nada na escola, não querem ouvir e depois ficam perplexos quando os filhos aprontam. Pai, mãe, responsável, assumam o vosso papel. A escola sozinha não faz milagre.
Fonte: Agência Senado - 07/03/2012
O trabalhador que precisar faltar ao trabalho para participar de reunião na escola de seus filhos, uma vez por semestre, poderá ter a ausência abonada, sem prejuízo do salário. A medida consta de projeto (PLS 620/ 2011) de autoria da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), aprovado nesta terça-feira (6) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
A proposta inclui a participação em reuniões escolares entre as hipóteses de ausência justificada ao trabalho, previstas no artigo 473 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Para não ter o dia descontado, o trabalhador precisará comprovar o comparecimento à escola. Com a proposta, Lídice da Mata quer incentivar os pais a acompanharem mais de perto a educação dos filhos.
O relatório favorável do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) foi lido pela relatora Ivonete Dantas (PMDB-RN). Em seu voto, Randolfe observou que os pais devem contribuir para o desenvolvimento escolar dos filhos não apenas acompanhando na realização de tarefas de casa, “mas também – e com crucial importância – no diálogo com a escola”.
Randolfe observa que as reuniões escolares normalmente acontecem no período de trabalho dos pais, sendo essencial que eles contem com a possibilidade de abono da falta ao serviço, para que possam comparecer a esses encontros, sem prejuízos em seus salários.
A proposta segue para a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) e depois para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde será votada terminativamente.